997 resultados para Tradução conservativa
Resumo:
“Tradução e criação literária em Gran sertón: veredas: análise de processos neológicos da versão espanhola” é uma pesquisa que tem como objetivo analisar os neologismos presentes em retratos femininos de Gran sertón: veredas (1967) sob o enfoque transcriativo. Compreende-se neologismo em seu caráter literário como ponto de criação da palavra capaz de estimular o leitor a perceber novos significados e, especificamente em Guimarães Rosa, como um dos aspectos que tornam sua linguagem singular. O enfoque transcriativo baseia-se em Haroldo de Campos (1929-2003) e contribui para uma concepção crítica da prática tradutória, que reivindica autonomia para a obra de chegada e que entende o tradutor como o responsável por reconstituir os sentidos da obra de partida. A metodologia do trabalho compreende as seguintes etapas: estudo bibliográfico, no qual se problematiza a conceito de transcriação e suas implicações na prática tradutória. Em seguida, iniciando pela obra de partida, sob a perspectiva estético-receptiva, investigam-se os críticos Cavalcanti Proença, Nei Castro e Nilce Martins quanto a suas apreciações acerca das inovações presentes na linguagem de Guimarães Rosa, sobretudo no que diz respeito aos procedimentos neológicos adotados pelo autor mineiro e suas motivações ao modificar a palavra. Posteriormente, são examinadas as leituras críticas da tradução espanhola, observando o olhar do próprio tradutor, Ángel Crespo, sobre seu labor criativo e o dos críticos Pilar Bedate, Mario Vargas Llosa e Antonio Maura, sobre o grau de elaboração da obra de partida adotado pelo tradutor. Então, analisa-se a transcriação em Gran sertón: veredas, detendo-se sobre os neologismos compreendidos como potenciais instrumentos de criação nas mãos do tradutor espanhol.
Resumo:
Esta dissertação tem como objetivo geral investigar a recepção crítica americana de Grande sertão: veredas (1956), logo após a publicação desta, em 1963, e ler as opções tradutórias da primeira tradução de Harriet de Onís (1869-1968) e de James Taylor (1892-1982), e em seguida trechos da segunda tradução americana mais recente, Grand sertão: veredas (2013), de Felipe W. Martinez. Como método utilizado para analisar a recepção crítica americana, destacam-se os estudos hermenêuticos literários de Hans Robert Jauss (1921-1997). Dessa forma, prioriza-se uma discussão com a tradução americana de Grande sertão: veredas, pois pontuam-se alguns trechos da tradução americana que servirão como objeto de análise da tradução, tendo como critério para as escolhas dos trechos relativos ao sertão (backlands), e ao encontro de Riobaldo e Diadorim em O-de-janeiro. Os parâmetros analisados na primeira tradução serão: a perda da poeticidade, os apagamentos, a alternância de nomes e palavras e alguns neologismos. Após a comparações a partir dos parâmetros entre Grande sertão: veredas e The devil to pay in the backlands, visa-se constatar o distanciamento do projeto dos tradutores e do projeto poético de João Guimarães Rosa. Com isso, embasamo-nos nos estudos de tradução de Antoine Berman (1942-1991), Lawrence Venuti (1953) e André Lefevere (1945-1996). Berman considera que a tradução é uma relação, um diálogo e uma abertura para o estrangeiro. Além dos parâmetros que comprovam uma tradução americana etnocêntrica, utilizam-se alguns recortes de periódicos cedidos pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB) num total de 10 textos sobre Guimarães Rosa. Esses recortes de jornais foram escritos em 1963. Por fim, nesta dissertação abordará sobre os posicionamentos dos jornalistas americanos diante da publicação da tradução rosiana de 1963 e a recepção crítica atual da tradução americana segundo Perrone (2000), Armstrong (2001), e Krause (2013).
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Esta dissertação objetiva pensar os desdobramentos que as traduções da poesia de Rainer Maria Rilke alcançaram no cenário do Suplemento Literário da Folha do Norte - SL/FN e em outros periódicos das décadas de 1940 e 1950, em que foram publicadas. Consideramos que estas traduções foram um indício de intensificação da abertura universalizante das letras paraenses às novidades modernistas iniciadas na Semana de Arte Moderna de 1922. Tais traduções foram cruciais para a formação do Grupo dos Novos, composto principalmente de nomes como Benedito Nunes, Mário Faustino e Paulo Plinio Abreu, além do antropólogo alemão Peter Paul Hilbert. O suporte teórico-metodológico será a utilização dos conceitos de Weltliteratur (Literatura universal) de Goethe e Reflexionsmedium (Médium-de-reflexão) de Benjamin. Estas matrizes interligarão os campos da história, da filosofia da linguagem e da tradução para refletirmos sobre o impacto dessas traduções na Amazônia brasileira da época. Outro conceito importante nesta dissertação é o de Bildung (formação), pensado a partir da leitura de Antoine Berman quando ele o relaciona à tradução, incluindo vários fenômenos que envolvem as relações tradutórias entre culturas e línguas. Ao final, por meio da reflexão tradutológica de Haroldo de Campos, visamos observar possíveis confluências nas produções poéticas e críticas de Mário Faustino, Manuel Bandeira e Paulo Plínio Abreu, como resultante do processo relacional promovido por estas traduções.
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Uma idéia de J. Brodsky sobre tradução, apoiada no conceito de unidade formulado por Hegel, em sua Estética, é aqui a ocasião para que se discuta mais detidamente a questão. Pretende-se, desse modo, tornar mais claros e encaminhar conceitos que parecem úteis no entendimento de textos em língua antiga e na passagem deles ao vernáculo. Serve de exemplo uma breve passagem em hexâmetros virgilianos, vertidos ao português mediante a utilização de quadras. Palavras-chave: Tradução; equivalência; unidade; hexâmetro; quadra.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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O presente trabalho, que é uma crítica à tradução brasileira da obra em epígrafe, propõe-se enfatizar a responsabilidade do tradutor, bem como a necessidade do domínio não apenas das línguas com as quais se trabalha, como também da formação específica no campo do assunto versado na obra a traduzir.
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À luz de questões gerais relativas à tradução literária são analisadas diferentes traduções do italiano para o português de trechos de contos que compõem a obra de Alberto Moravia intitulada Racconti surrealistici e satirici. São levantados alguns aspectos sintáticos e morfológicos que diferenciam estas duas línguas, a portuguesa e a italiana, aparentemente tão semelhantes.
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Este trabalho é uma discussão dós pontos em que se baseiam as duas principais correntes teóricas da Tradução: a teoria de base lingüística e a teoria de base textual e pós-estruturalista. São três as questões centrais examinadas: o conceito de Tradução, o foco do processo interpretativo do texto a ser traduzido e o problema da tipologia textual. Estes pontos são analisados tomando-se como base dados quantitativos, referentes ao sujeito gramatical, levantados em três traduções para o português de um texto literário em inglês, e em duas traduções de um texto científico.Tradução; tipologia textual.Tradução; tipologia textual.
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Procura-se com este trabalho apresentar e discutir alguns aspectos teóricos da tradução de uma obra literária. Geralmente julgada impossível, ela tem-se tornado uma prática cada vez mais freqüente no mundo das letras. E é provável que as melhores traduções dessa espécie ocorram quando são encaradas como um ato de leitura.
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Este artigo constitui uma proposta atualizada para a organização de curso de tradução de nível universitário, fundamentado, teórica e metodologicamente, na análise contrastiva de base textual-pragmática.
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Usando exemplos do francês e do português, este artigo chama a atenção para o fato de que ao se traduzir um texto ficcional deve-se atentar para a necessidade de se verificar, além das formas correspondentes nas duas línguas, a freqüência com que elas aparecem na língua para a qual se está traduzindo.
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Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da tradução intralingual para aprodução de microuniversos discursivos. Para tanto, parte-se do pressuposto de que o texto se constróicomo uma seqüência de paráfrases definicionais/denominativas.
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O presente artigo aborda pontos de contato entre a lingüística aplicada e a tradução, enfatizando a importância da estreita relação entre teoria e prática para ambas as áreas.
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Este trabalho propõe-se a refletir sobre o conceito de equivalência de tradução tomando como ponto de partida as implicações do mito de Babel, como relatado por Jacques Derrida (1982, 1987). A dispersão das tribos e a multiplicidade de línguas decorrentes da destruição da torre instauram o reino da diferença e o da desigualdade de valores, não o dos intercâmbios com perfeito equilíbrio nem o das relações simétricas entre línguas. Assim, é problemático encarar a tradução como uma relação de equivalência, na medida em que pratica a diferença entre valores, crenças, representações sociais e funciona como agente de domínio.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo traçar um retrato em negativo daquilo que se poderia chamar o método de leitura da desconstrução como ponto de partida para se entender o processo de tradução como forma de constituição do sentido. O estatuto ambivalente da desconstrução tem um correspondente na situação teórica da tradução, na medida em que supõe a diferença constitutiva de toda leitura, implicando uma sobrevivência da língua do outro.