49 resultados para organizações trabalho saúde


Relevância:

50.00% 50.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia e Gesto Industrial

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Tese de candidatura ao grau de Doutor em Saúde Pblica na especialidade de Saúde Ocupacional pela Universidade Nova de Lisboa

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Resumo Poltica(s) de saúde no trabalho: um inqurito sociolgico s empresas portuguesas A literatura portuguesa sobre polticas, programas e actividades de Segurana, Higiene e Saúde no Trabalho (abreviadamente, SH&ST) ainda escassa. Com este projecto de investigao pretende-se (i) colmatar essa lacuna, (ii) melhorar o conhecimento dos sistemas de gesto da saúde e segurana no trabalho e (iii) contribuir para a proteco e a promoo da saúde dos trabalhadores. Foi construda uma tipologia com cinco grupos principais de polticas, programas e actividades: A (Higiene & Segurana no Trabalho / Melhoria do ambiente fsico de trabalho); B (Avaliao de saúde / Vigilncia mdica / Prestao de cuidados de saúde); C (Preveno de comportamentos de risco/ Promoo de estilos de vida saudveis); D (Intervenes a nvel organizacional / Melhoria do ambiente psicossocial de trabalho); E (Actividades e programas sociais e de bem-estar). Havia uma lista de mais de 60 actividades possveis, correspondendo a um ndice de realizao de 100%. Foi concebido e desenhado, para ser auto-administrado, um questionrio sobre Poltica de Saúde no Local de Trabalho. Foram efectuados dois mailings, e um follow-up telefnico. O trabalho de campo decorreu entre a primavera de 1997 e o vero de 1998. A amostra (n=259) considerada representativa das duas mil maiores empresas do pas. Uma em cada quatro uma multinacional. A taxa de sindicalizao rondava os 30% da populao trabalhadora, mas apenas 16% dos respondentes assinalou a existncia de representantes dos trabalhadores eleitos para a SH&ST. A hiptese de investigao principal era a de que as empresas com um sistema integrado de gesto da SH&ST seriam tambm as empresas com um (i) maior nmero de polticas, programas e actividades de saúde; (ii) maior ndice de saúde; (iii) maior ndice de realizao; e (iv) maior percentagem dos encargos com a SH&ST no total da massa salarial. As actividades de tipo A e B, tradicionalmente associadas SH&ST, representavam, s por si, mais de 57% do total. Os resultados, correspondentes s respostas da Seco C do questionrio, apontam, para (i) a hipervalorizao dos exames de medicina do trabalho; e por outro para (ii) o subaproveitamento de um vasto conjunto de actividades (nomeadamente as de tipo D e E), que so correntemente levadas a cabo pelas empresas e que nunca ou raramente so pensadas em termos de proteco e promoo da saúde dos trabalhadores. As actividades e os programas de tipo C (Preveno de comportamentos de risco/Promoo de estilos de vida saudveis), ainda eram as menos frequentes entre ns, a seguir aos Programas sociais e de bem-estar (E). a existncia de sistemas de gesto integrados de SH&ST, e no o tamanho da empresa ou outra caracterstica sociodemogrfica ou tcnico-organizacional, que permite predizer a frequncia de polticas de saúde mais activas e mais inovadores. Os trs principais motivos ou razes que levam as empresas portuguesas a investir na proteco e promoo da saúde dos seus trabalhadores eram, por ordem de frequncia, (i) o absentismo em geral; (ii) a produtividade, qualidade e/ou competitividade, e (iii) a filosofia de gesto ou cultura organizacional. Quanto aos trs principais benefcios que so reportados, surge em primeiro lugar (i) a melhoria da saúde dos trabalhadores, seguida da (ii) melhoria do ambiente do ambiente de trabalho e, por fim, (iii) a melhoria da produtividade, qualidade e/ou competitividade.Quanto aos trs principais obstculos que se pem, em geral, ao desenvolvimento das iniciativas de saúde, eles seriam os seguintes, na percepo dos respondentes: (i) a falta de empenho dos trabalhadores; (ii) a falta de tempo; e (iii) os problemas de articulao/ comunicao a nvel interno. Por fim, (i) o empenho das estruturas hierrquicas; (ii) a cultura organizacional propcia; e (iii) o sentido de responsabilidade social surgem, destacadamente, como os trs principais factores facilitadores do desenvolvimento da poltica de saúde no trabalho. Tantos estes factores como os obstculos so de natureza endgena, susceptveis portanto de controlo por parte dos gestores. Na sua generalidade, os resultados deste trabalho pem em evidncia a fraqueza tericometodolgica de grande parte das iniciativas de saúde, realizadas na dcada de 1990. Muitas delas seriam medidas avulsas, que se inserem na gesto corrente das nossas empresas, e que dificilmente podero ser tomadas como expresso de uma poltica de saúde no local de trabalho, (i) definida e assumida pela gesto de topo, (ii) socialmente concertada, (iii) coerente, (iv) baseada na avaliao de necessidades e expectativas de saúde dos trabalhadores, (v) divulgada, conhecida e partilhada por todos, (vi) contingencial, flexvel e integrada, e, por fim, (vii) orientada por custos e resultados. Segundo a Declarao do Luxemburgo (1997), a promoo da saúde engloba o esforo conjunto dos empregadores, dos trabalhadores, do Estado e da sociedade civil para melhorar a segurana, a saúde e o bem-estar no trabalho, objectivo isso que pode ser conseguido atravs da (i) melhoria da organizao e das demais condies de trabalho, da (ii) participao efectiva e concreta dos trabalhadores bem como do seu (iii) desenvolvimento pessoal. Abstract Health at work policies: a sociological inquiry into Portuguese corporations Portuguese literature on workplace health policies, programs and activities is still scarce. With this research project the author intends (i) to improve knowledge on the Occupational Health and Safety (shortly thereafter, OSH) management systems and (ii) contribute to the development of health promotion initiatives at a corporate level. Five categories of workplace health initiatives have been identified: (i) Occupational Hygiene and Safety / Improvement of Physical Working Environment (type A programs); (ii) Health Screening, Medical Surveillance and Other Occupational Health Care Provision (type B programs); (iii) Preventing Risk Behaviours / Promoting Healthy Life Styles (type C programs); (iv) Organisational Change / Improvement of Psycho-Social Working Environment (type D programs); and (v) Industrial and Social Welfare (type E programs). A mail questionnaire was sent to the Chief Executive Officer of the 1500 largest Portuguese companies, operating in the primary and secondary sectors ( 100 employees) or tertiary sector ( 75 employees). Response rate has reached about 20% (259 respondents, representing about 300 companies). Carried out between Spring 1997 and Summer 1998, the fieldwork has encompassed two direct mailings and one phone follow-up. Sample is considered to be representative of the two thousand largest companies. One in four is a multinational. Union membership rate is about 30%, but only 16% has reported the existence of a workers health and safety representative. The most frequent workplace health initiatives were those under the traditional scope of the OSH field (type A and B programs) (57% of total) (e.g., Periodical Medical Examinations; Individual Protective Equipment; Assessment of Working Ability). In SMEs (< 250) it was less likely to find out some time-consuming and expensive activities (e.g., Training on OSH knowledge and skills, Improvement of environmental parameters as ventilation, lighting, heating).There were significant differences in SMEs, when compared with the larger ones ( 250) concerning type B programs such as Periodical medical examinations, GP consultation, Nursing care, Other medical and non-medical specialities (e.g., psychiatrist, psychologist, ergonomist, physiotherapist, occupational social worker). With regard to type C programs, there were a greater percentage of programs centred on Substance abuse (tobacco, alcohol, and drug) than on Other health risk behaviours. SMEs representatives reported very few prevention- oriented programs in the field of Drug abuse, Nutrition, Physical activity, Off- job accidents, Blood pressure or Weight control. Frequency of type D programs included Training on Human Resources Management, Training on Organisational Behaviour, Total Quality Management, Job Design/Ergonomics, and Workplace rehabilitation. In general, implementation of this type of programs (Organisational Change / Improvement of Psychosocial Working Environment) is not largely driven by health considerations. Concerning Industrial and Social Welfare (Type E programs), the larger employers are in a better position than SMEs to offer to their employees a large spectrum of health resources and facilities (e.g., Restaurant, Canteen, Resting room, Transport, Infra-structures for physical activity, Surgery, Complementary social protection, Support to recreational and cultural activities, Magazine or newsletter, Intranet). Other workplace health promotion programs like Training on Stress Management, Employee Assistance Programs, or Self-help groups are uncommon in the Portuguese worksites. The existence of integrated OSH management systems, not the company size, is the main variable explaining the implementation of more active and innovative workplace health policies in Portugal. The three main prompting factors reported by employers for health protection and promotion initiatives are: (i) Employee absenteeism; (ii) Productivity, quality and/or competitiveness; and (iii) Corporate culture/management philosophy. On the other hand, (i) Improved staffs health, (ii) Improved working environment and (iii) Improved productivity, quality and/or competitiveness were the three main benefits reported by companies representatives, as a result of successful implementation of workplace health initiatives. (i) Lack of staff commitment; (ii) Lack of time; and (iii) Problems of co-operation and communication within company or establishment (iii) are perceived to be the main barriers companies must cope with. Asked about the main facilitating factors, these companies have pointed out the following ones: (i) Top management commitment; (ii) Corporate culture; and (iii) Sense of social responsibility. This sociological research report shows the methodological weaknesses of workplace health initiatives, carried out by Portuguese companies during the last 90s. In many cases, these programs and actions were not part of a corporate health strategy and policy, (i) based on the assessment of workers health needs and expectancies, (ii) advocated by the employer or the chief executive officer, (ii) planned and implemented with the staff consultation and participation or (iv) evaluated according to a cost-benefit analysis. In short, corporate health policy and action were still rather based on more traditional OSH approaches and should be reoriented towards Workplace Health Promotion (WHP) approach. According to the Luxembourg Declaration of Workplace Health Promotion in the European Union (1997), WHP is a combination of: (i) improving the work organisation and environment; (ii) promoting active participation; (iii) encouraging personal development.Rsume Politique(s) de sant au travail: une enqute sociologique aux entreprises portugaises Au Portugal on ne sait presque rien des politiques de sant au travail, adopts par les entreprises. Avec ce projet de recherche, on veut (i) amliorer la connaissance sur les systmes de gestion de la sant et de la scurit au travail et, au mme temps, (ii) contribuer au dveloppement de la promotion de la sant des travailleurs. Une typologie a t use pour identifier les politiques, programmes et actions de sant au travail: A. Amlioration des conditions de travail / Scurit au travail; B. Mdecine du travail /Sant au travail; C. Prvention des comportements de risque / Promotion de styles de vie sains; D. Interventions organisationnelles / Amlioration des facteurs psychosociaux au travail; E. Gestion de personnel et bien-tre social. Un questionnaire postal a t envoy au reprsentant maximum des grandes entreprises portugaises, industrielles ( 100 employs) ou des services ( 75 employs). Le taux de rponse a t environ 20% (259 rpondants, concernant trois centaines dentreprises et dtablissements). La recherche de champ, conduite du printemps 1997 lt 1998, a compris deux enqutes postales et un follow-up tlphonique. Lchantillon est reprsentatif de la population des deux miles plus grandes entreprises. Un quart sont des multinationales. Le taux de syndicalisation est denviron 30%. Toutefois, il y a seulement 16% de lieux de travail avec des reprsentants du personnel pour la sant et scurit au travail. Les initiatives de sant au travail les plus communes sont celles concernant le domaine plus traditionnel (types A et B) (57% du total): par exemple, les examens de mdecine du travail, lquipement de protection individuelle, les tests daptitude au travail. En ce qui concerne les programmes de type C, les plus frquents sont le contrle et la prvention des addictions (tabac, alcool, drogue). Les interventions dans le domaine de du systme technique et organisationnelle du travail peuvent comprendre les courses de formation en gestion de ressources humaines ou en psychosociologie des organisations, lergonomie, le travail post ou la gestion de la qualit totale. En gnral, la protection et la promotion de la sant des travailleurs ne sont pas prises en considration dans limplmentation des initiatives de type D. Il y a des diffrences quand on compare les grandes entreprises et les moyennes en matire de politique de gestion du personnel e du bien-tre (programmes de type E, y compris lallocation de ressources humaines ou logistiques comme, par exemple, restaurant, journal dentreprise, transports, installations et quipements sportifs). Dautres activits de promotion de la sant au travail comme la formation en gestion du stress, les programmes d assistance aux employs, ou les groupes de soutien et dauto-aide sont encore trs peu frquents dans les entreprises portugaises. Cest le systme intgr de gestion de la sant et de la scurit au travail, et non pas la taille de lentreprise, qui aide prdire lexistence de politiques actives et innovatrices dans ce domaine. Les trois facteurs principaux qui encouragent les actions de sant (prompting factors, en anglais) sont (i) labsentisme (y compris la maladie), (ii) les problmes lis la productivit, qualit et/ou la comptitivit, et aussi (iii) la culture de lentreprise/philosophie de gestion. Du cot des bnfices, on a obtenu surtout lamlioration (i) de la sant du personnel, (ii) des conditions de travail, et (iii) de la productivit, qualit et/ou comptitivit.Les facteurs qui facilitent les actions de sant au travail sont (i) lengagement de la direction, (ii) la culture de lentreprise, et (iii) le sens de responsabilit sociale. Par contre, les obstacles surmonter, selon les organisations qui ont rpondu au questionnaire, seraient surtout (i) le manque dengagement des travailleurs et de leur reprsentants, (ii) le temps insuffisant, et (iii) les problmes de articulation/communication au niveau interne de lentreprise/tablissement. Ce travail de recherche sociologique montre la faiblesse mthodologique des services et activits de sant et scurit au travail, mis en place par les entreprises portugaises dans les annes de 1990, la suite des accords de concertation sociale de 1991. Dans beaucoup de cas, (i) ces politiques de sant ne font pas partie encore dun systme intgr de gestion, (ii) il na pas dvaluation des besoins et des expectatives des travailleurs, (iii) cest trs bas ou inexistant le niveau de participation du personnel, (iv) on ne fait pas danalyse cot-bnfice. On peut conclure que les politiques de sant au travail sont plus proches de la mdecine du travail et de la scurit au travail que de la promotion de la sant des travailleurs. Selon la Dclaration du Luxembourg sur la Promotion de la Sant au Lieu de Travail dans la Communaut Europenne (1997), celle-ci comprend toutes les mesures des employeurs, des employs et de la socit pour amliorer l'tat de sant et le bien tre des travailleurs e ceci peut tre obtenu par la concentration des efforts dans les domaines suivants: (i) amlioration de l'organisation du travail et des conditions de travail ; (ii) promotion d'une participation active des collaborateurs ; (iii) renforcement des comptences personnelles .

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obteno do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, perfil Gesto e Sistemas Ambientais

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obteno do grau de Mestre em Engenharia e Gesto Industrial

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - No contexto econmico actual, os custos pelos acidentes devem ser tidos em conta por todos os gestores das organizações, com especial destaque ao sector da saúde. Assim a anlise econmica deste estudo visa alertar para o impacto econmico dos acidentes de trabalho em contexto hospitalar e sensibilizar os gestores para a anlise do custo-beneficio da preveno. Existem custos facilmente constatveis, tais como, o tempo perdido no dia do acidente, quer pelo sinistrado quer pelos colegas de trabalho que o assistem, as despesas de uma ida ao servio de urgncia, a paragem da produo, a formao de mo-de-obra alternativa, a substituio dos trabalhadores, o pagamento de horas extras, o restabelecimento dos trabalhadores, os salrios pagos aos trabalhadores sinistrados, as despesas administrativas e o aumento do prmio do seguro, entre outros. Existem outros custos que no so to evidentes e por conseguinte, dificilmente quantificveis, como o caso da deteriorao da imagem da empresa e o impacto sentimental que estes provocam nos colegas de trabalho que se traduz em quebras de produtividade. A anlise econmica foi realizada tendo em conta a definio de vrias variveis, de vrias rubricas de custos pertencentes ao mesmo domnio. Neste projecto pretende-se analisar o custo global da sinistralidade segundo trs pticas distintas. A ptica da variabilidade, da imputabilidade e da responsabilidade, de forma a ser possvel obter o custo marginal devido ocorrncia de um novo acidente, o montante de custos assumidos pelas empresas e os custos unitrios segundo a natureza e a localizao da leso. ---------- ABSTRACT - In the current economic context, the costs originated by labour accidents must be taken in account by all the managers of the organisations, in this case, especially by the health sector. Thus, the economic analysis of this study case aims, to alert for the economic impact of the industrial accidents and motivate the managers for the analysis of the cost-benefit for prevention. There are kinds of costs easily quantified such as, the lost time in the day of the accident, expenses in the urgencies service, production interruption, workforce formation, workers substitution, extra work payment, employers healing, wages paid to injured workers, administrative expenses and a biggest insurers prime, among other things. The economic analysis of the labour injuries, was developed taking in account the definition of some variables, of some cost categories which belong to same domain. In this project we pretend to analyse the global cost labour injuries according to three distinct optics: variability, imputability and responsibility. Thus, it became possible to get the cost due to an occurrence of a new accident, the unitary sum of costs assumed by the companies and costs according to nature and the localisation of the injury.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo aborda a relevncia da mudana organizativa como suporte para reformas do sistema pblico de Saúde portugus. Tanto a reforma como a mudana organizativa sectorial so enquadradas no contexto da modernizao da Administrao Pblica, em Portugal e no conjunto da OCDE. O trabalho tem duas componentes: por um lado, procuram-se as ligaes conceituais entre diferentes disciplinas para compreender a complexidade dos motivos e mecanismos da reforma da Administrao Pblica e da interveno estatal em Saúde; por outro, faz-se o estudo do caso das Agncias de Contratualizao de Servios de Saúde em Portugal, nos anos 1996 1999 (estendendo-se, s experincias de fragmentao institucional introduzidas pelo Executivo Governamental 2002 2004). Utilizam-se os paradigmas das diferentes disciplinas e a avaliao das experincias de outros pases com mudanas organizativas sectoriais anteriores para analisar a experincia portuguesa. A experincia portuguesa com as Agncias de Contratualizao de Servios de Saúde demonstra que j se tinha identificado a necessidade de mudana organizativa para apoiar reformas sectoriais: a separao entre financiador e prestador resultou de diferentes diagnsticos sobre os limites do modelo integrado de comando e controle para a interveno pblica em Saúde. Alis, a sucesso de propostas das equipes dirigentes do Ministrio da Saúde, em 1996 1999 e 2002 2004 incluem instrumentos semelhantes (autonomizao das instituies prestadoras, contratao, estruturas ad-hoc) embora em apoio a estratgias de reforma com objectivos diferentes. Este estudo procura trazer trs contribuies para o debate da reforma das instituies envolvidas na materializao dos objectivos do Sistema Nacional de Saúde, em Portugal. Por um lado, faz-se uma anlise do comportamento dos diferentes tipos de instituies que compem o SNS e a sua administrao de apoio, o que permite identificar algumas das contradies entre as mesmas, bem como alguns dos potenciais motivos da sua tradicional lentido de resposta s presses dos utentes e sociedade. Por outro lado, abordada a influncia da profisso mdica como determinante das organizações, que cria um caso particular de alianas entre interesses profissionais e a procura da legitimao dos modernos Estados de Bem Estar. O terceiro aporte a anlise das limitaes da aplicao das tcnicas do managerialismo ao campo da Saúde, em particular os mecanismos contratuais. A anlise das instituies do SNS revela um conjunto virado para dentro, lento na reaco s mudanas ambientais. Tal como noutras grandes organizações, a defesa da estabilidade reage mudana, e a satisfao dos interesses internos pode sobrepor-se s responsabilidades sociais da rede institucional. As diferentes organizações componentes do SNS apresentam tambm conflitos e contradies entre si: por um lado, a normatizao caracterstica das grandes redes choca-se com a discrio procurada pelos profissionais mdicos; por outro, a gesto centralizada no permite incorporar a diversidade e complexidade da produo de servios realizada nos diversos pontos da rede. A experincia das Agncias de Contratualizao teve curta durao e limitou a possibilidade de avaliar o seu desempenho face aos objectivos inicialmente propostos. O tempo foi suficiente, no entanto, para demonstrar a resistncia mudana organizativa das estruturas regionais habituadas ao comando e - controle. Identificaram-se tambm dificuldades que poderiam advir da descentralizao de poder sobre financiamento e controle de despesa, dados os escassos recursos humanos das Agncias de Contratualizao. As mudanas organizativas introduzidas pela equipe dirigente do Ministrio da Saúde entre 2002 2004 deslocam o foco do nvel regional para o central, em consonncia com os diferentes objectivos estratgicos. O estudo identifica limites e obstculos aplicao de tcnicas managerialistas na gesto de um sistema pblico prestador de cuidados de saúde. Por um lado, na Administrao Pblica em geral, as mudanas organizativas podem coincidir com momentos de limitao oramental (prolongado sub financiamento no caso dos hospitais pblicos portugueses): para evitar a derrapagem de despesas, a descentralizao recomendada para responder fragmentao das necessidades da sociedade ps fordista tem que ser contida por controlo centralizado atravs de designados polticos. Num sistema pblico de Saúde, os benefcios potenciais da aplicao de contratos so limitados por caractersticas sectoriais especficas. Oligoplio e oligopsnio juntam-se para permitir a captura do mercado por mdicos e gestores, desviando as instituies dos seus objectivos sociais. A cooperao entre profissionais situados tanto nas instituies prestadoras como nos loci de planeamento suplanta a competio e limita o papel disciplinador dos contratos. E a inteno de obter resultados de melhoria de estado de saúde operacionalmente mais complexa que a simples resposta procura de cuidados mdicos: tanto o contedo dos contratos a negociar como a sua monitorizao so mais complexos do que no domnio empresarial. A constatao das limitaes no deve, no entanto, ser motivo de resignao pessimista. As presses pela mudana organizativa vo continuar a manifestar-se, mantendo-se o conflito entre contraco fiscal e fragmentao das necessidades da sociedade ps fordista, e podero ter consequncias ainda mais agudas na Administrao Pblica portuguesa, que teve crescimento recente para responder montagem tardia do Estado de Bem Estar. As instituies autonomizadas do sector Saúde podero, paralelamente a re engenharias suscitadas pela gesto da qualidade, mostrar diversas manifestaes de alianas entre mdicos e gestores, defendendo a sua sobrevivncia financeira atravs de desnatao da procura. A Administrao Pblica e os rgos de estratgia devem evitar que os objectivos sociais do sistema sejam prejudicados por esta continuada captura do mercado pelas instituies. Por um lado, com melhor inteligncia para negociar contratos baseados em necessidades. Por outro lado, incentivando a competio entre instituies e profissionais em diferentes nveis da rede prestadora e, por ltimo, fomentando os mecanismos de prestao de contas. So feitas diversas sugestes para adequao da AP sectorial aos novos desafios. Discute-se a adequao do nvel regional para sede da gesto de contratos, baseada nas exigncias de tratamento de informao que respeite a complexidade tcnica da produo e a adequao variedade das necessidades locais. A discusso da adequao do nvel regional prolonga-se com a necessidade de incentivar a inteligncia das Administraes Regionais de Saúde, em paralelo ao reforo do poder e organizao das instituies do nvel primrio como contratadores de servios dos hospitais, considerado um dos poucos meios de restringir o comportamento oligoplico destes ltimos. Considera-se ainda que necessrio continuar a experimentar gerir as inovaes com estruturas ad hoc, paralelas administrao tradicional de organizao hierarquizada. As vantagens destas estruturas estaro na sua independncia das alianas polticas locais, indutoras de ineficincias, e na facilidade em estabelecer ligaes de trabalho informais, mas funcionais, entre diferentes departamentos.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Baseado no relatrio avaliado na disciplina de Economia e Gesto da Inovao (Prof. Maria Lusa Lopes), no programa doutoral de Avaliao de Tecnologia, na Faculdade de Cincias e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa em Janeiro de 2011

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao Saúde Ocupacional em Portugal: O Caso do Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada Autora: Ana Lusa Pinto Nunes Curto Procuramos contribuir com uma perspectiva sistmica para a compreenso das condicionantes das formulaes, polticas e prticas de Saúde Ocupacional em geral, utilizando o Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada como Caso e os aspectos mais singulares do seu processo de implementao e de desenvolvimento das prticas e actividades de saúde. Para o efeito, recorremos a metodologia compreensiva (ou qualitativa), com desenho de Estudo de Caso, de caractersticas exploratrias/explanatrias e intrnseco/instrumental. Desenvolvemos duas abordagens prvias, para melhor contextualizar e compreender as singularidades do Caso em anlise. Uma abordagem geral Saúde Ocupacional, no mbito da Saúde Pblica e do modelo econmico e social europeu, incluindo o esclarecimento de alguns conceitos - recorremos a reviso da literatura sobre experincias e prticas nacionais e internacionais; e a informaes e percepes de intrpretes do processo e das circunstncias da institucionalizao da Saúde Ocupacional no Pas, obtidos por entrevistas, dilogo e nossa reflexo. Como segunda abordagem, o desenvolvimento de um quadro de referncia conceptual, suportado na reviso bibliogrfica, no Estudo de Caso e reflexo, com as dimenses que condicionam o desenvolvimento de servios e sistemas de Saúde Ocupacional. Apresentamos os resultados da Dissertao com um formato prximo da narrativa. Como uma histria preenchida por ambientes, pessoas e organizações, para uma leitura mais fcil e para que melhor se perceba a ligao da Saúde Ocupacional ao percurso das sociedades. Mas tambm para que no pensamento, reflexes e documentos que venham ser produzidos por quem aceda a este trabalho, a histria da Saúde Ocupacional passe a estar ligada aos contributos de alguns protagonistas-chave, e a Almada. Com este trabalho, foi possvel conhecer e compreender melhor a contingncia da Saúde Ocupacional, configurada como sistema de saúde nacional ou rea de referncia em alguns pases, e quase desconhecida noutros, pese embora a maior visibilidade da relao saúde e trabalho, fruto das angstias contemporneas do planeta financeiro, atento sustentabilidade dos sistemas de proteco social, impacto das desigualdades sociais e de saúde nas capacidades produtivas e despesa dos Estados, . A evidncia de ganhos de saúde e efectividade das medidas e cuidados de saúde ocupacional so escassos, mas a solidez dos racionais, o reconhecimento de que os ambientes de trabalho so um Determinante Social de Saúde susceptvel de provocar e/ou agravar as desigualdades em saúde, e alguns exemplos de boas-prticas conhecidos, fundamentam a ateno das agncias internacionais e as recomendaes para que a rea se desenvolva. Em Portugal, apesar das dificuldades em reconhecer institucionalmente o mrito e os resultados, mesmo que validados por entidades de peritos independentes, destaca-se o Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada. um Caso que ilustra as dimenses que necessrio fazer coincidir para que a Saúde Ocupacional se possa desenvolver; a necessidade e vantagem de aco sistmica; a relevncia das lideranas e da viso e da capacidade tcnicas; e de como se podem concretizar os princpios gerais que vm escritos nos livros, mesmo que nem sempre em consonncia com as formulaes legais, sobretudo se desadequadas dos ambientes e das necessidades de saúde. Ao longo do texto, acentuamos as dificuldades quase generalizadas em inspirar e mobilizar aco inovadora neste domnio; em conjugar os saberes e competncias que a rea requer; e a necessidade de valorizar o que invulgar e raro (Cisne Negro ). Na discusso e concluses, sublinhamos o potencial do Caso de Almada como exemplo de um sistema integrado de proteco e promoo da saúde no trabalho, e a vantagem de o utilizar como recurso para organizar solues que permitam pensar, desenhar e realizar sistemas sociais e de saúde que contribuam para que em Portugal, na Europa e por todo o lado, indivduos e comunidades vivam e se sintam bem. Palavras-Chave: Saúde Ocupacional, Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada, Quadro de referncia conceptual, Sistemas de saúde, Promoo da saúde no trabalho.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A sndrome de burnout, definida pela exausto emocional, despersonalizao e realizao pessoal, designa um estado de fadiga fsica e emocional crnico dos profissionais, o qual pode comprometer as organizações. Neste estudo descritivo, pretende-se estudar a sndrome de burnout nos enfermeiros dos servios de saúde, especialmente focado nos servios de atendimento permanente telefnico, suas caractersticas, consequncias e estratgias de preveno. A populao alvo sero todos os enfermeiros que trabalham em servios de atendimento permanente telefnico e a amostra, no probabilstica e de convenincia, os enfermeiros que desempenham funes no centro de atendimento da Saúde 24 Porto. Primeiramente aborda-se o conceito de burnout e a sua relao com a prtica de Enfermagem, de seguida realizada uma descrio sobre os centros de atendimento em saúde at atual situao da Saúde 24. Na amostra em estudo, enfermeiros da Saúde 24 Porto, existe predominncia do sexo feminino (66,99%) e a mdia de idades de 32 anos (26 anos de idade mnima, 49 de idade mxima e desvio padro de 4,59). Constatou-se que 94,26% desempenha funes de enfermeiro comunicador e os restantes 5,74% so enfermeiros supervisores, a mdia de anos de atividade profissional de 5,67 anos e 36,4% dos enfermeiros desempenha funes na Saúde 24 h mais de 3 anos. Foi aplicado o Inventrio de Burnout de Maslach e os resultados indicaram a ausncia de sndrome de esgotamento profissional. Existem nveis mdios de burnout, sustentados pelos valores obtidos na exausto emocional no tero inferior (<19,10), e valores no tero inferior, na realizao pessoal (<38,00) e nvel baixo na despersonalizao (<4,90). No que concerne idade no foram encontradas correlaes significativas em nenhuma das dimenses, contudo, no que refere ao tempo de servio verificou-se que existem correlaes significativas e negativas para a exausto emocional e para a despersonalizao ou seja, a tendncia atual a de que os enfermeiros com menos tempo de servio tm maior tendncia para scores mais altos de burnout. Existe uma relao entre as variveis, grau acadmico, exausto e despersonalizao, a qual mostrou uma tendncia para scores mais altos em relao a enfermeiros licenciados e ps graduados nas dimenses de exausto e despersonalizao contrariamente aos enfermeiros com o grau de mestre ou especialidade. Existe tambm uma relao entre as variveis gnero e despersonalizao, sendo o score baixo, aquele que apresenta maior expresso no sexo masculino, mas principalmente no sexo feminino. As mulheres tm scores mais baixos que os homens nesta dimenso, traduzindo-se na percentagem mais elevada obtida (67,1%, contra 53,6%). E em contrapartida nos resultados obtidos para o score alto relativo despersonalizao, os homens apresentam um resultado pior do que as mulheres, sendo 26,1% para os homens e 12,1% para as mulheres. Quando se examinam as funes desempenhadas distribudas pelas dimenses de burnout, verifica-se a existncia de uma relao entre a varivel funo desempenhada e a realizao pessoal. Nos resultados percebeu-se que, quanto mais elevada a funo desempenhada (enfermeiro supervisor), mais baixa a realizao pessoal. E esta dimenso tem o score inverso, logo a interpretao dever ser feita no sentido de que, quanto mais elevada for a funo, maior ser a realizao pessoal. Os resultados obtidos so animadores contudo a vulnerabilidade para este tipo de problema, entre enfermeiros, potencializada pelo tipo de trabalho realizado por estes profissionais de saúde ser desejvel estar atento e usar estratgias para enfrentar o burnout quando ele surgir. O fenmeno burnout no apenas como um problema do individuo mas principalmente um problema da organizao.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia e Gesto Industrial

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao para obteno do grau de mestre em segurana e higiene do trabalho

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Segurana e Higiene do Trabalho

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Engenharia e Gesto Industrial