112 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente


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Pira um municpio do interior do estado do Rio de Janeiro com uma populao estimada pelo censo do ano de 2010 do IBGE de 26.309 habitantes. A Ateno em Saúde desta populao tem como principal porta de acesso a Estratgia de Saúde da Famlia, com extenso de cobertura de aes e servios a 100% de sua populao. Em 2002 houve a introduo da saúde bucal no Programa de Saúde da Famlia (PSF). Hoje o municpio conta com uma equipe de saúde bucal para cada uma das 13 equipes. Esta estratgia possibilitou a ampliao do acesso e a boa performance dos indicadores epidemiolgicas de saúde bucal no municpio. A organizao do sistema de saúde local se estrutura tendo como eixo a ateno bsica. Alm da cobertura h grande investimento na qualificao da ateno bsica, ampliando as equipes e investindo na educao permanente. Este trabalho procurou refletir sobre o universo e o processo de trabalho dos cirurgies dentistas que atuam na Estratgia de Saúde da Famlia no municpio. Analisou como este profissional se percebe atuando na ateno bsica e como ele est incorporando a noo de integralidade em suas prticas. Foi aplicada a metodologia de grupo focal para promover as falas e a construo de sentidos por parte dos cirurgies dentistas de Pira. Observou-se que a hegemonia da racionalidade biomdica na formao e na construo das prticas ainda produz forte influncia na forma como os cirurgies-dentistas dirigem suas falas sobre o trabalho no PSF. Foi percebida a centralidade nas aes curativas voltadas para a doença bucal, a dificuldade de se integrarem s equipes e a valorizao de uma prtica especializada voltada para o mercado privado. Pode ser identificado o distanciamento da integralidade na forma como abordam suas prticas. Esta distancia foi verificada, por exemplo, na ausncia de falas sobre o vnculo, acolhimento e a integrao da preveno e promoo saúde em seus processos de trabalho. H um sentimento de desvalor sociocultural e profissional em relao atuao do cirurgio dentista como um generalista e como um trabalhador assalariado no SUS. Esta insero profissional ainda compreendida como uma necessidade imposta pelo mercado de trabalho e no como um projeto poltico ideolgico envolvendo um novo saber e uma nova prtica que qualifica a trajetria profissional.

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Esse trabalho tem como perspectiva colocar em anlise o modo pelo qual os movimentos sociais vm abordando as questes da saúde do trabalhador docente em suas lutas, no apenas como ausncia de doença, mas como um estado em que a saúde rompe com os limites do previsvel. Estabelecemos como foco de anlise a atuao dos movimentos sociais em educao, em especial o Frum Nacional em Defesa da Escola Pblica na LDB, como um espao/tempo de proposio e articulao do movimento que busca, para o trabalho docente, a saúde. Trazemos como questo a tenso entre o modelo de gesto presente na atualidade e a proposta de gesto apresentada pelos movimentos que vinculavam a emergncia dos conselhos de participao social como uma forma de intensificar a implementao de um Estado democrtico. Retomar o processo de aprovao da LDB retomar um processo de lutas e de golpe na vida dos educadores, por isso nosso interesse em buscar sadas, espaos de tenso onde os movimentos esto presentes, onde a saúde prevalece.

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Esta dissertao consiste em uma investigao acerca do conceito de atividade dirigida, pertencente Clnica da Atividade e dos Meios de Trabalho, proposta por Y. Clot e D. Fata, no sentido de verificar a sua pertinncia para uma Psicologia da Inventividade. Trata-se da utilizao da categoria de ritornelo para analisar os pressupostos tericos do conceito de atividade dirigida, no que tange cognio. A categoria ritornelo est relacionada a um conjunto de materiais apontados como relevantes para se pensar a questo da inveno: trata-se da Esquizoanlise, proposta por G. Deleuze & F. Guattari. A investigao foi realizada a partir de um caso clnico observado pelo pesquisador, que acompanhou um usurio de um Servio de Saúde Mental, do municpio do Rio de Janeiro, Brasil, em seu trabalho como padeiro em uma cooperativa de culinria. Apesar de lidar bem com situaes mais rotineiras, esse usurio demonstrava ter muita dificuldade em lidar com as variabilidades do meio, com situaes que fugiam sua rotina, apresentando um nvel de ansiedade que o impedia de realizar quaisquer tarefas. Criou-se um projeto de atuao clnica que tinha como foco solicitar que ele explicitasse verbalmente o que o afligia, descrevendo todas as situaes ansiognicas, buscando, juntamente com esse paciente, encaminhamentos para tais situaes. Ao final de seis meses, o paciente conseguia lidar com os imprevisveis pertinentes atividade, laborativa ou no. Foram realizadas duas anlises deste caso clnico. Na primeira, utilizou-se a categoria de ritornelo e na segunda, o conceito de atividade dirigida. Finalmente, a segunda anlise foi articulada primeira, com o objetivo de investigar as possibilidades de sinergia entre uma e outra. Dentre as concluses, observou-se que a construo de um dispositivo dialgico sobre as dificuldades de lidar com o no-rotineiro elemento inerente vida, e vida no trabalho pode ser terapeuticamente frutfero na medida em que sua atividade linguageira acerca das dificuldades vividas apresentou-se como objeto de co-anlise, alimentando variaes no processo de trabalho. Alm disso, ritornelo e atividade dirigida articularam-se no nvel dos processos de territorializao e desterritorializao propostos por Deleuze & Guattari. A atividade dirigida auxiliou no sentido de ser uma ferramenta relevante para encontrar outros modos de proceder, conectando distantes gneros, de modo que o mais pleno faa crescer aquele que se encontra precrio, atendendo ao 2 e 3 princpios do rizoma postulados por Deleuze & Guattari.

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Pacientes com doença renal crnica (DRC) na fase no dialtica so normalmente orientados a seguir uma dieta hipoproteica e hipossdica. Estudos nacionais e internacionais mostram que a adeso a essa dieta tem sido baixa e difcil de ser mantida, pois requer mudanas importantes no hbito alimentar. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto de um programa de educao nutricional sobre a adeso dieta hipoproteica em pacientes com DRC em tratamento conservador. Trata-se de um ensaio clnico randomizado, prospectivo com durao de 5 1,5 meses. Foram acompanhados 85 pacientes com DRC na fase no dialtica, atendidos em dois Ambulatrios de Nutrio e Doenças Renais do Hospital Universitrio Pedro Ernesto. Os pacientes foram divididos de forma aleatria em 2 grupos: Interveno (n=39) e Controle (n=46). Os pacientes do Grupo Interveno foram submetidos a um programa de educao nutricional, alm da orientao de dieta hipoproteica (0,6 a 0,75 g/kg/dia). Os pacientes do Grupo Controle foram submetidos apenas orientao de dieta hipoproteica (0,6 a 0,75 g/kg/dia). A avaliao da adeso foi feita a partir da estimativa do consumo de protena por recordatrio alimentar de 24 horas. Adotou-se como critrio de adeso apresentar ao final do estudo reduo de ao menos 20% da ingesto proteica inicial. A avaliao nutricional e laboratorial foi realizada no incio e no trmino do estudo. Os parmetros antropomtricos avaliados foram peso, estatura, dobras cutneas do trceps, bceps, subescapular e supra-ilaca e permetro da cintura e do brao. As laboratoriais foram creatinina, uria, potssio, fsforo, glicose e albumina no plasma e sdio e uria na urina de 24 horas. Ao avaliar o amostra total, 51,8% dos pacientes eram do sexo masculino, com mdia de idade de 63,4 11,0 anos, IMC indicativo de sobrepeso (28,8 5,4 kg/m2) e filtrao glomerular estimada (FGe) de 32,6 12,2 mL/mim/1,73m2. As caractersticas iniciais no diferiram entre os Grupos Interveno e Controle. Ambos os grupos apresentaram melhora dos parmetros laboratoriais e antropometricos, com reduo significante da uria plasmtica e da glicemia no Grupo Controle (P < 0,05 vs incio do estudo) e do IMC em ambos os grupos (P < 0,05 vs incio do estudo). Aps o perodo de acompanhamento, o Grupo Interveno e o Grupo Controle apresentaram ingesto proteica significantemente diferente (0,62 0,2 vs 0,77 0,26 g/kg/dia, respectivamente). A ingesto de sdio no mudou de forma significante em ambos os grupos no inicio e trmino do acompanhamento. A Adeso ingesto proteica foi observada em 74,4% do Grupo Interveno e em 47,8% do Grupo Controle (P < 0,05). A anlise de regresso logstica multivariada revelou que pertencer ao Grupo Interveno e sexo masculino se associaram com a Adeso (P <0,05), mesmo aps corrigir para outras variveis testadas. Com base nos achados desse estudo, pode-se concluir que o programa de educao nutricional foi uma ferramenta eficaz no tratamento dietoterpico do paciente com DRC na pr-dilise, pois promoveu melhora na adeso dieta hipoproteica, alm de ter promovido melhora dos parmetros antropomtricos e laboratoriais.

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Este trabalho tem por objetivo conhecer, na viso da militncia com atuao no setor saúde no mbito do Estado do Rio Janeiro, as perspectivas para a ampliao e qualificao da participao social no SUS, considerando a contribuio das polticas da SEGEP/MS para a democratizao das polticas pblicas de saúde. Parte do conceito de Estado e sociedade civil do liberal Hobbes, buscando a evoluo histrica dos termos at os marxistas, com especial ateno ao conceito de Estado ampliado de Gramsci. A concepo gramsciana nos ajuda a compreender o processo de desenvolvimento da sociedade civil brasileira e a relao de nosso objeto de estudo com o Estado. Consultando as Portarias de criao e os relatrios de gesto da SGEP/MS, construmos nossa base documental que, confrontada com os depoimentos de militantes do setor saúde que atuam no Estado do Rio de Janeiro, subsidiaram nosso estudo. Nossas consideraes finais apontam para as contradies tpicas de um governo de coalizo, composto por fraes da classe subalterna que negociam o poder com a classe dominante.

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A introduo das tecnologias duras no setor saúde transformou o processo de trabalho, e, apesar dos inestimveis benefcios, deve ser vista com cautela pelos trabalhadores devido a problemas relativos confiabilidade, fidedignidade dos dados e necessidade de manuteno preventiva e corretiva de aparelhos por especialistas. Por outro lado, h exigncias impostas em termos de conhecimentos e habilidades para a sua utilizao, pois h riscos de erros e iatrogenias que devem ser identificados e trabalhados pela organizao com vistas segurana no desempenho, satisfao e bem estar do trabalhador. Nesse sentido, a sua utilizao acarreta o aumento do nmero de tarefas, a intensificao do ritmo de trabalho, devido necessidade de controle extenuante por parte do trabalhador no intuito de manter o equilbrio das demandas advindas da mquina e do paciente. Tais exigncias repercutem na saúde do trabalhador e acarreta problemas de ordem fsica e psquica. Objetivou-se neste estudo: identificar a percepo do trabalhador de enfermagem sobre a utilizao da tecnologia dura em Unidade de Terapia Intensiva (UTI); descrever os fatores intervenientes em relao ao uso da tecnologia dura pelo trabalhador de enfermagem em UTI e analisar as repercusses da utilizao da tecnologia dura para o processo de trabalho e a saúde do trabalhador de enfermagem em UTI. Estudo qualitativo descritivo, cujos dados foram obtidos em uma UTI de um hospital pblico situado no municpio de Niteri-RJ no perodo de dezembro 2011 a fevereiro 2012 com 25 trabalhadores (11 enfermeiros e 14 tcnicos de enfermagem), a partir dos critrios de incluso adotados. Trabalhou-se com a tcnica de entrevista semiestruturada, mediante um roteiro contendo questes sobre a problemtica do estudo. O projeto atendeu as exigncias presentes na Resoluo 196/96, do Ministrio da Saúde (MS), tendo sido aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) sob n CAAE: 2063000025811. Na categorizao dos depoimentos utilizou-se a tcnica de anlise do contedo de Bardin e os resultados discutidos a luz da Psicodinmica do Trabalho. Identificou-se que a incorporao da tecnologia dura em UTI, na viso dos trabalhadores de enfermagem um instrumento de trabalho por proporcionar maior segurana, rapidez na execuo das tarefas, confiabilidade e controle em relao ao estado clnico do paciente e minimizar atividades repetitivas. Por outro lado h problemas relativos manuteno preventiva e corretiva dos aparelhos que acarretam incmodo, interrupes e sobrecarga mental e fsica devido necessidade de ajustes frequentes dos alarmes e parmetros estabelecidos, troca de aparelhos e reposio de peas; fatores limitantes e que exigem a interveno de especialistas. Diante desta situao de trabalho, as tecnologias duras utilizadas em UTI configuraram-se como fatores de risco psicossocial por acarretarem estresse ocupacional e cujos recursos internos e externos utilizados pelos trabalhadores mostraram-se insuficientes para o seu enfrentamento. Cabe a organizao do trabalho, juntamente com os trabalhadores realizar aes que minimizem os fatores de riscos apontados com vistas satisfao, a motivao e a saúde dos trabalhadores de enfermagem e demais membros da equipe.

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A hipertenso uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil. Os hipertensos muitas vezes apresentam perfil lipdico e glicidico desfavorveis. A alimentao pode desempenhar um papel importante na reduo da presso arterial (PA) e no perfil lipdico e controle glicmico desses pacientes. Avaliar o impacto de uma interveno nutricional adaptada ao padro alimentar brasileiro no controle dos nveis pressricos e metablico de pacientes hipertensos em acompanhamento em um servio de ateno primria de saúde do municpio de So Lus do Maranho. Metodologia: ensaio clnico randomizado utilizando uma dieta de baixo ndice glicmico combinada ao aumento do consumo de frutas, vegetais, gros integrais e laticnios desnatados que so os princpios do Dietary Approach to Stop Hypertension (dieta DASH). Foram alocados randomicamente 206 pacientes hipertensos que foram acompanhados por 6 meses. O grupo controle (GC, n=101) recebeu aconselhamento padro, focado na reduo da ingesto de sal. Resultados: Dos 206 pacientes randomizados, 156 (37 homens, 119 mulheres) completaram o estudo. A idade mdia dos participantes foi de 60,1 (DP 12,9) anos. Aps 6 meses, houve reduo na mdia da presso arterial sistlica (PAS) em 14,4 mmHg e na diastlica (PAD) de 9,7 mmHg no grupo experimental (GE), em comparao a 6,7 mmHg e 4,6 mmHg, respectivamente, no GC. Aps o ajuste para mudana de peso corporal, PA na linha de base e idade, essas diferenas entre os grupos foram de aproximadamente 9,2 mmHg e 6,2 mmHg, respectivamente. Ocorreram tambem variaes estatisticamente significantes na excreo urinria de sdio, reduzida em 43,4 mEq/24 h no GE, bem como o colesterol total (-46.6mg/dl) , LDL colesterol (-42.5mg/dl), triglicrides (-31.3mg/dl), glicemia de jejum (-9.6mg/dl ) e hemoglobina glicada (-0,1%). O consumo alimentar modificou-se no GE com aumento do consumo de vegetais, passando de 2,97 para 5,85 ; frutas (4,09-7,18); feijo (1,94-3,13) e peixes (1,80 para 2,74). Modificaes importantes relacionadas reduo significativa de carboidratos, teor lipdico e carga glicmica da dieta, foram observadas. Concluso: Este estudo mostrou a viabilidade e a eficcia de uma abordagem diettica com base no padro alimentar brasileiro, na reduo da PA e parmetros bioqumicos inadequados, podendo causar um grande impacto na saúde pblica.

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Este estudo tem por objeto a compreenso do reconhecimento profissional e social do Agente Comunitrio de Saúde (ACS) destacando-se as influncias das relaes sociais impostas, mas que ao mesmo tempo trazem para o cenrio o fruto destas relaes, a desigualdade social, que remete ao conceito de classes sociais nas relaes entre Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) e favela. O objetivo geral estudar e analisar a percepo dos ACS na Estratgia de Saúde da Famlia das reas programticas (AP) 2.1, 3.1 e 5.2 do municpio do Rio de Janeiro acerca do seu reconhecimento social e profissional a partir das categorias de reconhecimento e classe social. O estudo desenvolvido por meio de uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas do trabalho, reconhecimento, classe social e gnero, com organizao e anlise segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Os campos de pesquisas utilizados foram s reas programticas (A.P.) 2.2, 3.1 e 5.2. Os resultados geraram dois eixos temticos: Percepo do que levou este trabalhador a ser ACS; Falta de reconhecimento e valorizao. O fato de estar desempregado ou inserido em formas de subemprego surgiu como a maior motivao para ser tornar ACS; A divulgao do processo seletivo pblico leva o ACS a acreditar que ser contratado por um estatuto, gerando a expectativa em ser funcionrio pblico e ter garantias trabalhistas slidas, afastando a possibilidade de voltar a estar desempregado. Na segunda categoria, as questes destacadas incluem: A ACS morador de uma favela e pertence classe trabalhadora. A grande maioria destes trabalhadores so mulheres, que precisam estar perto de casa para exercer seu papel tambm como educadora dos filhos, mas tambm para aumentar sua renda ou at mesmo exercer seu papel como provedora de uma famlia inteira, o que tambm possui determinao de classe social. O ACS se percebe desvalorizado como mediador no trabalho educativo. Esta desvalorizao denota a compreenso do trabalho do ACS como de baixa complexidade. A questo salarial tambm um fato ao qual o ACS atribui sua desvalorizao como trabalhador, e retrata um pertencimento econmico a uma determinada classe social, a classe explorada pelo capital. Conclui-se que o que a insero de trabalhadores comunitrios, via seleo e contratao de ACS na ateno bsica aproveita as redes sociais de integrao pr-formadas nas comunidades para inserir e dar eficcia s aes de saúde. O atual contexto de trabalho do ACS representa um modo de produo da saúde que aliena este trabalhador, destituindo-o do seu processo de trabalho e reforando a estrutura de classes presente na sociedade, interferindo no reconhecimento social e profissional do ACS.

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Trata-se de uma reviso bibliogrfica na modalidade integrativa, enfocando estudos que abordam a temtica relacionada consulta de enfermagem permeada em aes educativas pacientes com insuficincia cardaca (IC). Foi delimitado o problema de pesquisa: qual seria a contribuio da consulta de enfermagem visando o controle e gerenciamento dos sinais e sintomas nos pacientes portadores de IC? Os objetivos propostos pelo estudo foram descrever as caractersticas da produo encontrada que abordam a consulta de enfermagem baseada na educao em saúde no paciente com IC, e avaliar as intervenes mediante as estratgias utilizadas na consulta. A estratgia de busca ocorreu atravs do Portal Capes nas bases de dados Lilacs, Scielo, Scopus, Pubmed e Web of Science. O levantamento bibliogrfico abrangeu as publicaes nacionais e internacionais, de janeiro de 1995 a julho de 2012. Foram identificados 769 artigos, sendo excludos 739 por diferentes motivos, restando 30 artigos que compuseram a amostra final do estudo. A anlise dos estudos permitiu identificar que os mesmos foram publicados com maior frequncia pela comunidade internacional (63,33%) e que as publicaes se intensificaram a partir de 2003. Em relao identificao dos autores, 66,6% so enfermeiros, 20,0% so mdicos e enfermeiros e 13,3% so mdicos. Houve um predomnio de estudos quantitativos (86,6%). As principais estratgias de ensino identificadas e direcionadas pacientes com IC foram: orientao individual, monitorizao telefnica, visita domiciliar, impressos, orientaes em grupo e recurso audiovisual. Dentre as principais abordagens envolvendo a educao em saúde e aes de enfermagem pacientes com IC destacamos a educao para o conhecimento da doença, monitorizao dos sinais e sintomas de descompensao, orientao para o uso de medicamentos e educao para aderncia de medidas no farmacolgicas. Conclumos que a consulta de enfermagem permeada em aes educativas nos pacientes com IC aumenta a aderncia ao tratamento, reduz as taxas de morbimortalidade incluindo as reinternaes, diminui os custos com a saúde e melhora a qualidade de vida dos pacientes.

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O desenvolvimento de habilidades de comunicao em mdicos tem sido apontado como uma necessidade e uma competncia fundamental para o exerccio da medicina. A empatia uma habilidade interpessoal que pode ser descrita como a capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos de uma outra pessoa sem julg-los e de comunicar esse entendimento de modo que a pessoa que fala se sinta verdadeiramente compreendida pela pessoa que ouve. Essa habilidade promove um senso de validao na pessoa que fala, especialmente em situaes de conflito, reduzindo a probabilidade de rompimento e fortalecendo os vnculos interpessoais. A empatia dos mdicos atribuda sua educao pessoal, sendo raro o desenvolvimento dessa competncia social durante o curso de formao mdica. O desconhecimento sobre essa habilidade e sua funo no exerccio profissional motivou a realizao deste estudo sobre a empatia em mdicos que atuam em diferentes contextos de ateno saúde no municpio do Rio de Janeiro. Participaram desta pesquisa 75 profissionais, dos quais 25 atuavam no nvel da Ateno Primria, composto por equipes de saúde da famlia e por centros municipais de saúde; 12 pertenciam a unidades mais especializadas que correspondem ao nvel de Ateno Secundria e 38 trabalhavam nos ambulatrios de hospitais universitrios da Ateno Terciria. Foi aplicado o Inventrio de Empatia (I.E.), que avalia os quatro fatores que compem a habilidade emptica: 1) Tomada de Perspectiva: capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos da outra pessoa; 2) Flexibilidade Interpessoal: capacidade de aceitar perspectivas muito diferentes das prprias; 3) Altrusmo: capacidade de suspender temporariamente as prprias necessidades em funo do outro; 4) Sensibilidade Afetiva: sentimento de compaixo e de preocupao com o outro. Os resultados mostraram que o grupo avaliado obteve mdias semelhantes s apresentadas nos dados normativos do I.E. nos fatores Tomada de Perspectiva e Flexibilidade Interpessoal, enquanto superou a mdia no fator Altrusmo e ficou abaixo da mdia no fator Sensibilidade Afetiva. Esses dados indicam que a amostra de mdicos avaliada possui uma capacidade mais acentuada de sacrificar suas prprias necessidades para atender ao outro, ainda que no associada necessariamente a um sentimento de compaixo equivalente. Isto pode estar relacionado com a reduzida importncia dada ao aspecto emocional na formao mdica. Em relao avaliao da empatia por contexto de ateno em saúde, no foi encontrada diferena significativa entre os grupos com exceo do fator Tomada de Perspectiva. Neste componente, os mdicos do Programa Saúde da Famlia destacaram-se significativamente do grupo de Ateno Secundria, o que parece estar relacionado com a proximidade do profissional com o contexto de vida do paciente e com a educao continuada que recebem atravs de treinamentos e capacitaes onde so valorizadas as habilidades de comunicao desses profissionais. A partir desses resultados prope-se que o desenvolvimento da empatia seja includo nos cursos de formao mdica e no planejamento das condies de trabalho nos diversos nveis de ateno saúde.

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Este estudo tem como objeto de pesquisa as aes de cuidar da enfermeira na Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) diante da vulnerabilidade feminina para o Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV) considerando o contexto familiar. Discutir a vulnerabilidade para o HIV, ainda constitui um desafio social, principalmente considerando a mesma, a partir das relaes de gnero existente em nossa sociedade no que diz respeito ao papel social e sexual de homens e mulheres no interior de suas famlias. Esta pesquisa tem como objetivos: descrever a percepo sobre o HIV no contexto familiar para a enfermeira da ESF; compreender a percepo da enfermeira da ESF sobre a vulnerabilidade feminina para o HIV no contexto familiar e analisar as aes de cuidar da enfermeira da ESF acerca da vulnerabilidade feminina. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, a qual teve como sujeitos da pesquisa onze enfermeiras que foram selecionadas e atuavam na ESF no ano 2012, na rea Programtica 2.2 do municpio do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) Percepes das enfermeiras em relao ao HIV e o contexto de familiar; b) Percepes das enfermeiras em relao vulnerabilidade feminina para o HIV; c) Aes de cuidar das enfermeiras relacionadas vulnerabilidade feminina para o HIV considerando o contexto familiar. Constatamos que o HIV para as enfermeiras, o determinante de uma doença grave, de difcil acompanhamento, que no tem cura, de carter complexo e tambm como um agravo que impe limites em relao a sobrevida. As enfermeiras pouco valorizam as questes de gnero e o contexto social sobre a condio de vulnerabilidade das mulheres, responsabilizando-as por sua contaminao. A preveno do HIV realizada em grande parte nas atividades de educao em saúde desenvolvidas pelas enfermeiras da ESF, entretanto ela no abordada considerando especificamente cada contexto familiar e social da mulher. Os valores pessoais ainda interferem nas aes das enfermeiras, e o HIV apontado como um agravo possuidor de estigmas tanto sociais quanto culturais. Considerando a ESF uma ao governamental que tem por objetivo a autonomia do sujeito, as mudanas de paradigmas em relao saúde dos indivduos, e importante aliada na minimizao dos problemas de saúde pblica como a vulnerabilidade para o HIV necessrio que as enfermeiras estejam mais sensibilizadas e capacitadas (educao permanente), nas questes sociais (gnero) especificas da populao feminina, para que suas aes possam minimizar a vulnerabilidade ao HIV nessa populao.

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A menopausa definida pelo momento em que a menstruao cessa permanentemente como conseqncia da falncia ovariana. Uma vez estabelecida, h um aumento no risco de doença coronariana, doença de Alzheimer, osteoporose e fraturas e sua antecipao est relacionada a maiores ndices de mortalidade. Com o envelhecimento geral da populao mundial, as mulheres passaram a viver de um tero a metade de suas vidas no perodo ps-menopusico e, conseqentemente, a pesquisa de condies associadas menopausa ganham importncia. A idade da menopausa e os fatores que a influenciam variam entre os diversos estudos e poucos estudos brasileiros abordam o tema. O fumo tem sido associado Antecipao da idade da menopausa. O objetivo deste estudo analisar as diversas dimenses de associao entre o fumo e a idade da menopausa, levando em considerao possveis relaes de dose-resposta. Com base em dados do Estudo Pr-Saúde, foi realizado um estudo seccional utilizando-se para a anlise o modelo de sobrevida paramtrico de riscos proporcionais com distribuio de Weibull. Os resultados apontam para uma reduo em 32% do risco de menopausa entre fumantes ativas, que a alcanam 2,5 anos mais tarde que nunca fumantes, ajustando-se para escolaridade e paridade. Entre fumantes ativas, no entanto, foram sugeridos aumentos de risco de 123% e 192% para fumantes de 10 a 20 cigarros por dia e de mais de 20 maos-ano respectivamente, quando comparadas s fumantes de menos de 10 cigarros por dia e menos de 10 maos-ano. Nesses grupos, a menopausa foi antecipada em 3,3 anos e 4,4 anos, respectivamente. Em relao ao tempo decorrido entre cessar o tabagismo e a idade menopausa, durao do fumo ou idade de incio, no foram encontradas associaes. Neste estudo, em possveis efeitos de dose-resposta, o fumo apresenta-se como fator associado antecipao da idade da menopausa em alguns aspectos, embora no em outros.

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A doença de Alzheimer (DA) afeta mais de um milho de habitantes no Brasil com grande impacto tanto na saúde como social e financeiro. O uso adequado de medicamentos e os programas de cuidado integrado so recomendados como as melhores prticas nesta doença. Em 2002, o Ministrio da Saúde criou o Programa de Assistncia Farmacutica aos Portadores de doença de Alzheimer que garante aos portadores desta patologia acesso avaliao por especialistas e tratamento medicamentoso de alto custo. Mas, para um melhor planejamento das aes relacionadas ao programa, importante entender os padres de morbi-mortalidade da populao alvo, qualidade da assistncia oferecida e o seu impacto. Com foco nesse cenrio, esta tese teve como objetivo o estudo da adeso, mortalidade e sobrevida em uma populao portadora de doença de Alzheimer assistida nesse programa de assistncia farmacutica. Para apresentao dessa pesquisa, dividiram-se os resultados em trs artigos. No primeiro artigo, o objetivo foi avaliar a viabilidade de se utilizar as informaes de reabastecimento de receitas coletadas por esse programa na construo de medidas de adeso, uma metodologia j explorada na literatura internacional, mas com experincia limitada no Brasil. Os dados foram acessados nos formulrios de Autorizao de Procedimentos de Alto Custo (APAC) armazenados na base de dados do programa de acesso de medicamentos excepcionais do Sistema de Informao Ambulatorial (SIA). Como resultado, foram criadas vrias medidas de adeso com potencial aplicao no campo da farmacoepidemiologia e planejamento em saúde. No segundo artigo, o foco foi entender que fatores individuais, teraputicos ou relacionados assistncia, poderiam estar relacionados com um aumento do risco de abandono do programa. Fatores como o sexo feminino, o nmero de comorbidades na APAC, o tipo de inibidor de colinesterase iniciado e a irregularidade nos reabastecimentos foram associados a um maior risco de abandono do programa. No terceiro artigo, pelas tcnicas de relacionamento probabilstico de base de dados, agregaram-se os dados presentes no Sistema de Informao sobre Mortalidade (SIM) para avaliao dos padres de mortalidade desta patologia. Cerca de 40% dos pacientes foram a bito durante todo o perodo de seguimento e principal causa bsica de mortalidade foi a doença de Alzheimer (19%). Idade mais avanada e sexo masculino foram as nicas variveis associadas com uma menor sobrevida. A persistncia no programa em seis meses e os diferentes nveis de adeso, medidos pela proporo de posse da medicao, no mostraram associao com a sobrevida. Conclui-se que os dados disponveis nas bases possibilitaram a investigao do padro de mortalidade e utilizao de um programa de assistncia na doença de Alzheimer. E, a possibilidade de analisar grandes populaes, em carter contnuo, com medidas objetivas e com um custo relativamente baixo suplanta o carter limitado das informaes individuais e da doença. Polticas que suportem o aumento na disponibilidade, qualidade e escopo da informao e o avano nas metodologias de pesquisa em bases de dados devem ser uma prioridade da saúde, pois contribuem com a criao de informaes relevantes para um uso racional de recursos e melhora nas prticas de cuidado.

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A presente tese tem por objetivo investigar as possibilidades de contribuio dos conceitos de amar e brincar (pertinentes Biologia do Amar, proposta por Maturana) para a compreenso dos ?modos de compreender/intervir sobre o trabalho?, na perspectiva de uma Psicologia do Trabalho & Organizacional inventiva. A investigao foi realizada a partir de uma experincia do pesquisador, acompanhando um usurio de um Servio de Saúde Mentaldo municpio do Rio de Janeiro, Brasil, em seu trabalho como padeiro em uma Cooperativa de Culinria. Apesar de lidar bem com situaes mais rotineiras, esse usurio demonstrava ter muita dificuldade em lidar com as variabilidades do meio, com situaes que fugiam sua rotina, apresentando um nvel de ansiedade que o impedia de realizar quaisquer tarefas. O pesquisador atuou no sentido de solicitar que ele explicitasse verbalmente o que o afligia,descrevendo todas as situaes ansiognicas, buscando, juntamente com esse paciente, encaminhamentos para tais situaes. Ao final de seis meses, o paciente conseguia lidar com os imprevisveis pertinentes atividade, laborativa ou no. Foram realizadas trs anlises deste caso clnico. Na primeira, utilizou-se a categoria de ritornelo (pertencente Esquizoanlise) e na segunda, o conceito de atividade dirigida (pertencente Clnica da Atividade). Ambas, Esquizoanlise e Clnica da atividade pertencem a um conjunto de materiais tericos apontados como relevantes para se pensar a questo da inveno. Na terceira anlise, foram utilizados os conceitos de amar e brincar. Finalmente, as trs anlises foram articuladas, com o objetivo de investigar as possibilidades de sinergia entre elas. Dentre as concluses, a pesquisa apontou para a existncia de um componente afetivo no processo,sempre coletivo, de criao de normas no trabalho. Apontou ainda para o fato de que este componente afetivo essencial para a manuteno da vitalidade do gnero de atividades profissionais. Por ltimo, e no menos importante, percebeu-se uma natureza frgil deste componente, que com o conceito de trao-ensaio apontamos para sua natureza de exerccio: da ordem de um fazer, que tem de ser praticado em todo momento, ou pode vir a atrofiar-se,tornando mais difcil a manuteno do gnero.

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No presente estudo utiliza-se a Teoria das Representaes Sociais, iniciada por Serge Moscovici, ao publicar a obra La Psychanalyse son image et son public em 1961. Para o autor, as representaes sociais so originadas a partir das definies de linguagem e comunicao configurando-se em uma conexo de idias, metforas e imagens mentais em constante dinmica, sendo sustentadas pela comunicao. Essa perspectiva terica se prope a entender como os indivduos e grupos sociais compreendem o mundo, sua realidade e as circunstncias nas quais se comunicam, compartilham idias, aes, crenas, ideologias e interagem entre si e com os outros. Este estudo tem como objetivo compreender como os indivduos constroem e reconstroem os conceitos e as prticas de saúde, as relaes estabelecidas entre saúde e doença e como caracterizam as prticas tradicionais de saúde existentes na comunidade negra de Itamatatiua - Maranho. No que se refere metodologia utilizou-se os principos da etnometodologia aliados etnografia, com o intuito de perceber os modos de dizer e fazer saúde na comunidade. Mediante pesquisa de campo verificou-se que os itamatatiuenses vivem um momento de transio social, poltica e econmica que vem se repercutindo nas prticas de saúde. A manuteno e utilizao de praticas tradicionais de saúde, que envolvem chs, ervas de giraus, emplasto, garrafadas, benzimentos e curandeirismo continua a ser observada, coexistindo com as prticas institucionais do Programa de Saúde da Famlia. As construes simblicas em torno da saúde estabelecem relaes complexas em uma rede que envolve o momento de transmisso oral; a promessa de saúde e a f em Santa Teresa; questes territriais que se traduzem em ttulo de cidadania quilombola e melhoria de qualidade de vida; cultura da cermica como base econmica; transio alimentar com a entrada no mercado de consumo dos alimentos industrializados; modo de vida, na maior parte das vezes, harmonioso; relaes conflituosas entre os mltiplos saberes em interao, que envolve o conhecimento reificado institucionalizado e o conhecimento popular. Conclu-se que atravs da oralidade as experincias prticas de saúde das geraes antepassadas se consolidaram e hoje se colocam em paralelo as prticas institucionalizadas governamentais e privadas, constituindo um conjunto de representaes caractersticas dessa comunidade.