1000 resultados para Arte moderna Séc. XXI Teses
Resumo:
O Colgio de invocao a Nossa Senhora de Monserrate foi reformado em 1549 pela rainha D. Catarina, mulher de D. Joo III, para ali se recolherem cerca de 30 crianas rfs. Esta funo social do edifcio manteve-se, pelo menos, at primeira metade do século XVIII, altura da colocao de um magnfico revestimento azulejar. Estes azulejos plasmam temas bblicos que evoluem temporalmente do Antigo para o Novo Testamento, medida que caminhamos do trio para o topo da escadaria, como se de um percurso em ascenso espiritual se tratasse. Alguns destes painis apresentam motivos musicais de extremo interesse, nomeadamente nas cenas sobre Jacob e Esa e vida de David. objectivo deste artigo analisar tais motivos musicais do ponto de vista organolgico, iconogrfico e iconolgico, bem como tecer uma reflexo sobre a questo de cpia e transmisso de fontes que serviram de modelo para os pintores de azulejo portugueses.
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A fbrica de lapidao de diamantes, inaugurada em meados dos anos 60, constituiu um exemplo mximo da qualificao urbana e arquitectnica alcanada atravs de um programa industrial de ponta, respondendo excepcionalmente aos desafios colocados pelo Plano Director de 1948. A compreenso desta empresa tem de ser analisada numa estreita relao com as colnias, neste caso atravs das matrias-primas provenientes de Angola. Aos arquitectos coube o desgnio de projectarem um edifcio que respondesse riqueza inerente ao produto a transformado, conciliando as linhas de produo, os paradigmas arquitectnicos defendidos pelo Movimento Moderno e a sua relao com a cidade. Com uma ambio de criarem um edifcio modelar para as indstrias de lapidao de diamantes coevas existentes na Europa, os arquitectos Carlos Manuel Ramos e Antnio Teixeira Guerra conceberam um edifcio fabril que simbolizou, efectivamente, o paradigma da arquitectura industrial moderna, enquanto reflexo da evoluo tecnolgica associada electricidade, devendo colocar-se a hiptese da sua classificao de mbito nacional.
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Tomando a cidade de Lisboa como referncia e estabelecendo um arco temporal que parte do trabalho produzido desde o incio da dcada de 1970 por artistas como Fernando Conduto, Eduardo Nery, Artur Rosa ou Charters de Almeida, e que nos leva at s solues exploradas no contexto da Expo 98, o objectivo deste artigo analisar de que modo a problematizao do espao de implantao da obra teve expresso na Arte Pblica da capital durante a segunda metade do século XX.
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Este nmero da Revista de Histria da Arte dedicado aos Estudos de Lisboa. A seriao dos artigos atendeu ao critrio cronolgico, seguindo-se por isso uma viso diacrnica da histria de Lisboa, desde a Antiguidade aos nossos dias. As sub-temticas abordadas incluem, entre outras, o Teatro Romano, a antiga Igreja de Nossa Senhora do Loreto, a Lisboa monumental de Juvarra e D. Joo V que dialoga com Tanzi e Francisco de Assis Rodrigues, o Palcio Foz na Avenida e a Calada portuguesa num olhar exterior. Este nmero demonstra como os estudos sobre a cidade so um forte exemplo das mltiplas possibilidades da Histria da Arte e da sua pertinncia no campo mais vasto dos Estudos Patrimoniais, capazes de devolver memrias e entender o devir artstico ao longo das pocas.
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Nas ltimas dcadas, as cincias sociais e humanas tm despertado para a aco modeladora das estruturas sobre a percepo humana. O debate acadmico sobre o relativismo cultural dos modelos de percepo tem levado investigadores das vrias reas a debruarem-se sobre o estudo dos sentidos. Correntes disciplinares como a antropologia ou histria dos sentidos vm sintetizando a dimenso estrutural e fenomenolgica, a partir da compreenso do carcter biolgico e cultural da experincia sensorial. Nesse sentido, tem emergido uma nova histria da arte que contraria as ltimas dcadas de predomnio da lingustica e semitica, em funo da compreenso da performance das imagens ligada percepo sensorial. Questiona-se o totalitarismo que o mtodo iconogrfico/iconolgico de Panofsky tem encontrado na historiografia da arte, a partir da ideia de que as imagens antes de um significado so uma aco, antes de uma funo so um uso.
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Siguiendo algunos desarrollos de Walter Benjamin y la lectura de su pensamiento que realiza Giorgio Agamben, este artculo explora ciertas aristas de la relacin entre historia, tiempo y catstrofe como la crisis que permite comprender el vnculo del hombre con la experiencia en la modernidad. Esto implica tematizar una nueva nocin de experiencia a fin de pensar modos de concebir la relacin entre las prcticas artsticas y la historia, fundados en la discontinuidad, la interrupcin y el shock. Dar por tierra el tiempo continuo y vaco significa asumir un tiempo pleno, separado, indivisible y perfecto de la experiencia humana concreta, tal como propone Agamben. A esta nueva concepcin de la historia y al arte les compete posibilitar el advenimiento del tiempo pleno que supone la liberacin del goce ahistrico, para acceder a una temporalidad placentera, cualitativamente transformadora del tiempo, a la vez crtica y destructiva.
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Recenso de: David Santos, "A Reinveno do real Curadoria e Arte contempornea no Museu do Neo-realismo", Lisboa: Sistema Solar CRL (Documenta), 2014
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Este nmero da Revista de Histria da Arte pretende problematizar a noo de "crise" no campo da Histria da Arte e da produo artstica - incluindo a Arquitectura, a Dana, o Teatro ou o Cinema, e privilegiando uma articulao com o quadro mais alargado das Cincias Sociais e Humanas.
Resumo:
A presente investigao debrua-se sobre o estudo dos grandes conjuntos urbanos, tendo como referncia a rea de Lisboa no perodo entre 1945 e 1974. O seu objetivo principal compreender o padro espacial e respetivas variantes destas formas urbanas relativamente recentes bem como avaliar o seu impato na estrutura global da cidade e da sociedade. Tomando como ponto de partida a histria de arte como histria da cidade, a tese toma como objeto o grande conjunto urbano e aponta a hiptese do estudo da relao forma-fundo como meio de obter informaes relevantes que relacionem o uso e funo com respeito ao desenho do espao aberto. Como diferentes arranjos entre espaos abertos e fechados implicam tipos espaciais distintos (Medeiros 2013), o estudo da relao entre a forma (cheio) e o fundo (vazio) dos grandes conjuntos urbanos e respetivas variaes, pode fornecer-nos informao espacial relevante, que nos permitem compreender melhor estas formas urbanas recentes. Usando a abordagem prpria da teoria da sintaxe espacial (Hillier e Hanson 1984), do tipo configuracional, determinam-se as relaes entre os vrios elementos constituintes dos sistemas espaciais formados nestas urbanizaes. Essas relaes so depois analisadas atravs de medidas e variveis topolgicas que nos permitem identificar qualidades e valores espaciais para a sociedade. Os resultados obtidos a partir dessas variveis e medidas permitem-nos, depois, avaliar os graus de formalidade e urbanidade em cada sistema (Holanda 2002). Consequentemente, a avaliao qualitativa das caractersticas espaciais que se pretendem obter nesta investigao, tem como base a avaliao quantitativa, permitindo assim comparar mais facilmente os diversos casos de estudo. De entre o conjunto de casos analisados, o estudo revela uma srie de caractersticas comuns, que nos permitem identificar um padro especfico de urbanismo modernista que reflete claramente um conjunto de ideologias associadas a uma viso reformista da sociedade atravs do espao. Mas por outro lado, existem tambm um conjunto de caractersticas particulares de cada caso, que reportam para a estrutura morfolgica da cidade tradicional. No que reporta hiptese de estudo levantada nesta investigao sobre a relao forma-fundo, verifica-se atravs da amostra que esta relao aparece invertida. Esta diferenciao deve-se ao abandono dos tradicionais sistemas de rua e de quarteiro, ainda presentes nas urbanizaes de Alvalade e do Areeiro e a sua substituio pelo bloco livre em espao aberto como nos casos de Alfragide, Portela e Olivais. Tal facto, como prova a teoria da Sintaxe Espacial ou Lgica Social do Espao, traduziu-se necessariamente em diferentes modos de vida pblica e privada e consequentemente de vida espacial e social. Assim conclumos, atravs da anlise dos casos de estudo apresentados, que embora fazendo parte duma mesma ideologia urbana com caractersticas comuns (gentipo modernista), os mesmos apresentam resultados espaciais totalmente diferenciados o que justifica a dificuldade da sua anlise comparativa.
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Este trabalho de investigao comeou por ser estruturado em torno de quatro grandes captulos (quatro grandes linhas de orientao temtica), todos eles amplamente desenvolvidos no sentido de podermos cartografar alguns dos principais territrios e sintomas da arte contempornea, sendo certo tambm, que cada um deles assenta precisamente nos princpios de uma estrutura malevel que, para todos os efeitos, se encontra em processo de construo (work in progress), neste caso, graas plasticidade do corpo, do espao, da imagem e do uso criativo das tecnologias digitais, no mbito das quais, alis, tudo se parece produzir, transformar e disseminar hoje em dia nossa volta (quase como se de uma autntica viagem interactiva se tratasse). Por isso, a partir daqui, todo o esforo que se segue procurar ensaiar uma hiptese de trabalho (desenvolver uma investigao) que, porventura, nos permita desbravar alguns caminhos em direco aos interminveis tneis do futuro, sempre na expectativa de podermos dar forma, funo e sentido a um desejo irreprimvel de liberdade criativa, pois, a arte contempornea tem essa extraordinria capacidade de nos transportar para muitos outros lugares do mundo, to reais e imaginrios como a nossa prpria vida. Assim sendo, h que sumariar algumas das principais etapas a desenvolver ao longo desta investigao. Ora, num primeiro momento, comearemos por reflectir sobre o conceito alargado de crise (a crise da modernidade), para logo de seguida podermos abordar a questo da crise das antigas categorias estticas, questionando assim, para todos os efeitos, quer o conceito de belo (Plato) e de gosto (Kant), quer ainda o conceito de forma (Foccilon), no s no sentido de tentarmos compreender algumas das principais razes que tero estado na origem do chamado fim da arte (Hegel), mas tambm algumas daquelas que tero conduzido estetizao generalizada da experincia contempornea e sua respectiva disseminao pelas mais variadas plataformas digitais. Num segundo momento, procuraremos reflectir sobre alguns dos principais problemas da inquietante histria das imagens, nomeadamente para tentarmos perceber como que todas estas transformaes tcnicas (ligadas ao aparecimento da fotografia, do cinema, do vdeo, do computador e da internet) tero contribudo para o processo de instaurao e respectivo alargamento daquilo que todos ns ficaramos a conhecer como a nova era da imagem, ou a imagem na era da sua prpria reprodutibilidade tcnica (Benjamin), pois, s assim que conseguiremos interrogar este imparvel processo de movimentao, fragmentao, disseminao, simulao e interaco das mais variadas formas de vida (Nietzsche, Agamben). Entretanto, chegados ao terceiro grande momento, interessa-nos percepcionar a arte contempornea como uma espcie de plataforma interactiva que, por sua vez, nos levar a interpelar alguns dos principais dispositivos metafricos e experimentais da viagem, neste caso, da viagem enquanto linha facilitadora de acesso arte, cultura e vida contempornea em geral, ou seja, todo um processo de reflexo que nos incitar a cartografar alguns dos mais atractivos sintomas provenientes da esttica do flneur (na perspectiva de Rimbaud, Baudelaire, Long e Benjamin) e, consequentemente, a convocar algumas das principais sensaes decorrentes da experincia altamente sedutora daqueles que vivem mergulhados na rbita interactiva do ciberespao (na condio de ciberflneurs), quase como se o mundo inteiro, agora, fosse to somente um espao potico inteiramente navegvel (Manovich). Por fim, no quarto e ltimo momento, procuraremos fazer uma profunda reflexo sobre a inquietante histria do corpo, principalmente com o objectivo de reforar a ideia de que apesar das suas inmeras fragilidades biolgicas (um ser que adoece e morre), o corpo continua a ser uma das categorias mais persistentes de toda a cultura ocidental (Ieda Tucherman), no s porque ele resistiu a todas as transformaes que lhe foram impostas historicamente, mas tambm porque ele se soube reinventar e readaptar pacientemente face a todas essas transformaes histricas. Sinal evidente de que a sua plasticidade lhe iria conferir, principalmente a partir do século XX (o século do corpo) um estatuto terico e performativo verdadeiramente especial. To especial, alis, que basta termos uma noo, mesmo que breve, da sua inquietante histria para percebermos imediatamente a extraordinria importncia dalgumas das suas mais variadas transformaes, atraces, ligaes e exibies ao longo das ltimas dcadas, nomeadamente sob o efeito criativo das tecnologias digitais (no mbito das quais se processam algumas das mais interessantes operaes de dinamizao cultural e artstica do nosso tempo). Em suma, esperamos sinceramente que este trabalho de investigao possa vir a contribuir para o processo de alargamento das fronteiras cada vez mais incertas, dinmicas e interactivas do conhecimento daquilo que parece constituir, hoje em dia, o jogo fundamental da nossa contemporaneidade.
Resumo:
Os edifcios antigos assumem um papel fundamental na sociedade uma vez que so um smbolo do passado. Muitos museus portugueses encontram-se inseridos nestes edifcios, normalmente caracterizados por microclimas prprios que nem sempre correspondem s condies ideais para uma correcta conservao das coleces. Os materiais reagem a variaes de temperatura e humidade relativa, o que pode levar sua degradao. As directrizes para definir o clima interior tm evoludo nos ltimos anos. Inicialmente procuravam-se valores exactos que garantissem ambientes ideais. No entanto, com o passar dos anos e como consequncia do aumento do conhecimento esta abordagem foi substituda pela busca de intervalos sustentveis, tendo sempre a preocupao de garantir uma correcta conservao dos materiais. Abandonou-se a procura por valores ideais e adequados a todos os climas e comeou-se a definir intervalos com base no microclima histrico. Neste trabalho pretendeu-se analisar o microclima interior do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa (Portugal) e a forma como este influencia as condies de conservao, com o estudo de 11 salas. Atravs de registos climticos horrios recolhidos no interior do Museu e relativos ao ano de 2014 foi efectuada uma anlise do seu comportamento e averiguou-se a eficincia do sistema de climatizao presente no Museu. Efectuou-se uma avaliao das condies de conservao (especificao ASHRAE) e testou-se a aplicao de uma metodologia dinmica (metodologia FCT-UNL) com intervalos mais tolerantes, mas mantendo as condies de conservao. Observou-se a existncia de um microclima bastante estvel, confirmando a presena de um sistema de climatizao, onde no possvel notar o efeito da inrcia trmica e onde as solicitaes exteriores parecem ter apenas alguma influncia no clima interior. Constatou-se ainda a ausncia de condensaes superficiais e verificou-se que os limites de temperatura e humidade relativa impostos no so cumpridos na maioria do tempo. No entanto, o Museu apresenta uma boa classificao geral no que respeita qualidade do ambiente para a conservao, pelo que foi possvel avanar com a sugesto de novos intervalos - dinmicos e mais adequados s limitaes do edifcio.
Resumo:
A presente investigao visou contribuir para o estudo da permeabilidade entre Cincia e Arte, explorando, nomeadamente, o dilogo frutfero entre a rea cientfica interdisciplinar da Ecologia Humana e a Literatura Portuguesa. Neste sentido, configura o que pode entender-se como um ensaio de dupla interdisciplinaridade. Recorreu-se a uma metodologia hbrida que integra mtodos e fontes das cincias do ambiente e sociais e da anlise literria, cujos graus de objetividade variam entre si, e que pode filiar-se na recente rea dos mixed methods, cuja explorao se acentuou nas ltimas duas dcadas na Europa e nos Estados Unidos. Em concreto, pretendeu-se analisar a representao literria da Natureza e do vnculo de interdependncia que o ser humano estabelece com ela na obra de Ferreira de Castro (1898-1974) um dos mais aclamados e traduzidos escritores portugueses do século XX, fundador do romance social portugus e perceber em que medida essa representao irradia da experincia de vida em variados ambientes geogrficos, da personalidade e da ideologia do escritor. A tese consta de duas partes principais, traando a primeira uma Ecobiografia do escritor, que averigua a sua relao e a sua conceo pessoal sobre a Natureza; e dedicando-se a segunda ecocrtica de quatro textos de fico com cenrios em reas rurais de Portugal continental, escritos entre 1928 e 1947: Emigrantes (1928), O Natal em Ossela (1933), Terra Fria (1934) e A L e a Neve (1947). Defende-se que, num tempo anterior ao movimento ecolgico portugus, esses textos continham j um significativo teor eco-humano. Apresentam, por isso, um grande potencial de difuso do ambiente biofsico e das modalidades relacionais que o ser humano instituiu com a terra numa poca, revelando-se um valioso contributo para a Histria Ambiental do territrio portugus. Esta funo extra-artstica projeta-se nas geraes leitoras do presente e do futuro e pode atuar em benefcio da conscincia ambiental e de cidadania neste século XXI. Razo por que devido obra castriana este novo lugar na Cultura portuguesa, mais alm e mais amplo que a sua aplaudida dimenso literria.
Resumo:
Artigo escrito no mbito da realizao de tese de doutoramento em Histria da Arte financiado por bolsa FCT (SFRH/BD/63763/2009)
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A presente investigao teve o apoio financeiro da FCT, atravs de uma Bolsa de Doutoramento.
Resumo:
Tendo como ponto de partida os estudos da performance para a anlise do terrorismo, a presente dissertao teve como resultado a possibilidade de reflectir sobre tcticas de incorporao, reperformance e meta-teatro, trs conceitos que permitem compreender de que forma a arte assimila e se compreende em relao com o terrorismo. Apresenta, por um lado, documentos oficiais que demonstram a existncia de um conflito quanto definio de terrorismo, reflectindo sobre terrorismo de estado e contra-estado. Por outro lado, a partir da anlise dos Surveillence Camera Players e da performance Three Posters, ou de artistas como Hasan Elahy e Alyson Wyper, esta dissertao defende que a arte reperforma tticas de representao e realizao meditica do terrorismo, nomeadamente, o teatro panptico, a tortura como performance e os vdeo-testemunhos de mrtires como retratos e vdeo-performances.