999 resultados para Poeta-tradutor


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O presente trabalho, que é uma crítica à tradução brasileira da obra em epígrafe, propõe-se enfatizar a responsabilidade do tradutor, bem como a necessidade do domínio não apenas das línguas com as quais se trabalha, como também da formação específica no campo do assunto versado na obra a traduzir.

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A frase que serve de título a este trabalho foi recolhida de um ensaio sobre a poetisa russa Anna Akhmatova, escrito pelo poeta e crítico Joseph Brodsky (1994) e intitulado A musa lastimosa. O apreço negativo em que, ali, o crítico tem à métrica - efeito do emprego do adjetivo desumana e, até certo ponto, do substantivo neutralidade - é responsável por um certo constrangimento, induzido em quem, nos dias que correm, se ocupa do estudo da poesia clássica greco-latina, cuja existência se funda por inteiro na observância estrita de metros inventariados e exaustivamente catalogados ao longo de mais de dois milênios de estudos. E forçoso procurar compreender o real papel da métrica na composição de poemas, se não pelo prestígio que o prêmio Nobel de Literatura de 1987 confere a sua crítica, pelo menos pela recorrência com que asserções desse mesmo naipe aparecem em poetas que exercem atividade crítica, como o Otávio Paz (1982) de O arco e a lira, ao afirmar categoricamente que metro e ritmo não são a mesma coisa. Esse artigo utiliza tais afirmações como ponto de partida para uma reflexão sobre o engendramento do ritmo e da poeticidade de versos em latim.

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A quantidade vocálica é traço fundamental da prosódia em língua latina e, embora não seja usualmente aproveitada na leitura de poemas, é o dado mais relevante de sua natureza e constituição, visto que, sem ela, não há versos na antiguidade clássica. A quantidade é, assim, fundamental para o canto poético dos pastores, praticado na poesia bucólica, cujo paradigma, instaurado por Teócrito nos Idílios, tem em Virgílio um digno continuador. Nos poemas bucólicos virgilianos, é comum o poeta retratar pastores alternando cantos entre si, forma poética conhecida como amebeu. O objetivo deste artigo é, pois, o de fazer uma leitura de tal topos literário, tendo como ponto de partida a relação intertextual que se funda na derivação genérica, de Teócrito a Virgílio, mas também e principalmente a que se obtém pela leitura integrada da prosódia e da métrica latinas ao texto poético, tendo em vista não apenas os códigos específi cos do gênero bucólico, mas sobretudo os dados que, inferidos da realidade moderna, como os que nos apresenta o lingüista e romancista Gavino Ledda, podem ser aproximados da realidade dos antigos guardadores de rebanho da Sicília – cenário comum aos dramas do universo pastoril virgiliano – ao mesmo tempo que se estuda como quantidade vocálica e ritmo verbal atuam para consubstanciá-lo e dar-lhe expressão poética característica.

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Manuais de literatura ensinam que o Romantismo, centrado no eu romântico em seus conflitos e anseios libertários, rompe com os códigos clássicos da poética do Arcadismo. Em Iracema: a lenda do Ceará, Alencar narra a união da índia Iracema com Martim, o colonizador português que a fascina, e dessa união nasce Moacir, fruto da primeira miscigenação de povos em terras brasileiras. A matéria-prima que Alencar ficcionalizou tem, por um lado, o componente histórico, pois personagens como o guerreiro Martim e o índio Camarão estão registradas nos anais da história; por outro lado, a construção da heroína assenta-se em figuras femininas da mitologia grega. Essa dívida com a tradição clássica, intermediada pelo poeta latino Ovídio, o próprio José de Alencar a reconhece em carta-posfácio, onde confessa ter composto “uma heroida que tem por assunto as tradições dos indígenas brasileiros e seus costumes. (ALENCAR, 1978, p.88).

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O presente trabalho discute a relação entre o poema épico Argonáutica, de Apolônio de Rodes, e as tragédias gregas precedentes a ele. Considera-se que as tragédias, ao lado da poesia homérica, são importantes fontes para sua abordagem do mito e, subsequentemente, para a narrativa de Apolônio. Além disso, a narrativa e os recursos expressivos que o poeta utiliza são muito próximos às tragédias de Eurípides (1939) e Ésquilo, e essa relação nos ajuda a compreender melhor como um poeta alexandrino trabalha a matéria épica após o advento da tragédia clássica.

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A autora toma como base romances de autores de língua portuguesa - O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do português José Saramago, Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho, e O outro pé da sereia (2006), do moçambicano Mia Couto - para estudar as relações entre literatura e história na produção literária contemporânea. A obra investiga a intertextualidade presente nos romances, ou seja, a relação entre linguagens, uma vez que esses autores construíram as narrativas ficcionais de suas obras recorrendo a elementos de origem histórica, como textos literários, textos históricos, notícias jornalísticas, fotos, cartas e depoimentos atribuídos a figuras históricas. Da intertextualidade resultaria um plano discursivo mais amplo, que extrapola efetivamente o campo dos textos reaproveitados pelos romances. Apoiada em teorias literárias que discutem o modo intertextual, a autora foca sua análise em cada um dos romances. Na obra do escritor português, permeada de releituras de fatos da história de Portugal ocorridos em 1936 e da poesia de Ricardo Reis, heterônomio do poeta Fernando Pessoa, a obra revela os meios pelos quais Saramago coloca em discussão dois mitos lusitanos: Salazar e o próprio Pessoa. Em Nove noites, que remete à passagem do etnólogo norte-americano Buell Quain pelo Brasil e de sua morte na floresta amazônica em 1939, o livro detecta a discussão sobre o mito do bom selvagem que revestiu o índio brasileiro. Já na obra do moçambicano Mia Couto, cuja narrativa é entremeada de fragmentos de escritos históricos de 1560 e de ditados populares, entre outros textos, percebe-se a reflexão sobre a reapresentação da história da exploração do continente africano por colonizadores portugueses e também pelos próprios africanos

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Objetivo:traduzir o instrumento Venous legulcer quality of life questionnaire (VLU-QoL), adaptá-lo culturalmente para o português do Brasil e validá-lo com pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Métodos:o questionário foi traduzido por um tradutor profissional e por dois dermatologistas especialistas na área de úlceras venosas (UV), sendo reformulado em reunião com os três tradutores. O constructo (VLU-QoL-Br) foi submetido a pré-entrevista com 10 portadores de UV para a adaptação da linguagem. Posteriormente, foi aplicado em pacientes do HC-Unesp, e como teste-reteste para verificação de sua reprodutibilidade. Resultados:foram avaliados 82 pacientes, sendo 56 (68%) do sexo feminino. A idade média foi de 67,3 anos. O questionário foi traduzido, adaptado e aplicado aos pacientes. O constructo apresentou alta consistência interna (alfa= 0,94) e adequada correlação item-total. Quando avaliados os 32 retestes, observou-se correlação intraclasse para concordância de 0,78 (p < 0,01), indicando boa reprodutibilidade do constructo. A análise fatorial confirmatória corroborou as dimensões do questionário original: atividades, psicológico e sintomas. Escores do VLU-QoL-Br se associaram, independentemente, à área total das úlceras e a menor escolaridade dos sujeitos (p < 0,01). Conclusão:a tradução, a adaptação e a validação do questionário VLU-Qol-Br demonstrou boa performance psicométrica, permitindo seu uso clínico no Brasil. É importante avaliar seu desempenho em outras regiões e em diferentes amostras de indivíduos.

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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR

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Pós-graduação em Educação - IBRC

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa - FCLAR

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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This work aim briefly study the myth of Medea and Jason, making an account of the Latin poet Ovid’s approach on it in his work Heroides Epistle XII, paralleling it to the Greek poet Euripides’ tragedy Medeia