A desumana neutralidade da métrica


Autoria(s): Prado, João Batista Toledo
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

24/06/2014

24/06/2014

2003

Resumo

A frase que serve de título a este trabalho foi recolhida de um ensaio sobre a poetisa russa Anna Akhmatova, escrito pelo poeta e crítico Joseph Brodsky (1994) e intitulado A musa lastimosa. O apreço negativo em que, ali, o crítico tem à métrica - efeito do emprego do adjetivo desumana e, até certo ponto, do substantivo neutralidade - é responsável por um certo constrangimento, induzido em quem, nos dias que correm, se ocupa do estudo da poesia clássica greco-latina, cuja existência se funda por inteiro na observância estrita de metros inventariados e exaustivamente catalogados ao longo de mais de dois milênios de estudos. E forçoso procurar compreender o real papel da métrica na composição de poemas, se não pelo prestígio que o prêmio Nobel de Literatura de 1987 confere a sua crítica, pelo menos pela recorrência com que asserções desse mesmo naipe aparecem em poetas que exercem atividade crítica, como o Otávio Paz (1982) de O arco e a lira, ao afirmar categoricamente que metro e ritmo não são a mesma coisa. Esse artigo utiliza tais afirmações como ponto de partida para uma reflexão sobre o engendramento do ritmo e da poeticidade de versos em latim.

Identificador

http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4236

ALFA: Revista de Linguística, v. 47, n. 1, 2003.

1981-5794

0002-5216

http://hdl.handle.net/11449/107786

ISSN1981-5794-2003-47-1-111-118.pdf

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Relação

Alfa: Revista de Linguística

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Joseph Brodsky #métrica #poética #ritmo #língua latina #plano da expressão
Tipo

info:eu-repo/semantics/article