280 resultados para velhice
Resumo:
Apesar de haver diferenças de indivíduo para indivíduo, todas as pessoas se encontram num processo de envelhecimento, que se pretende que seja ativo e saudável. Porém, à medida que nos aproximamos da velhice, e por inúmeros fatores, a probabilidade da pessoa se sentir só, de ter sentimentos como a solidão, de estar isolada ou socialmente excluída, aumenta. Este relatório surge de um projeto desenhado e desenvolvido com pessoas que se sentiam sozinhas, sendo pessoas idosas ou com deficiência, e que, por esse motivo, foram encaminhadas para apoio domiciliário. Pretendeu-se assim colmatar algumas das necessidades quotidianas dessas pessoas, sendo relevante entender se esse apoio contribuiu para melhorar a qualidade de vida, evitar ou diminuir os momentos e sentimentos de solidão, através da (re)ativação de redes de apoio. O projeto “Desatando os nós da solidão com laços de afeto” foi, na medida das suas possibilidades, desenhado e desenvolvido com os participantes. Este projeto ramificou-se em três subprojetos, correspondendo cada um, de forma mais específica, às necessidades e aos problemas que cada pessoa sentia, tentando contribuir para a melhoria da qualidade de vida, recorrendo às potencialidades de cada um e aos recursos existentes na comunidade. É um projeto que terá continuidade, pois envolveu voluntários e técnicos da instituição e pessoas das redes de apoio mais próximas dos participantes, mas que já proporcionou algumas mudanças, sendo esse um ponto de partida para alcançar a utopia orientadora do projeto.
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pp. 125-137
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Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Matemática e Aplicações - Actuariado, Estatística e Investigação Operacional
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Trabalho de Projecto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Didáctica do Inglês
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O texto aqui apresentado é produto de uma pesquisa' onde procurámos analisar por um lado, a experiência da velhice no contexto de um Lar, e, por outro, perceber como através da memória os residentes do Lar reconstroem a sua identidade, tendo em conta as particularidades do seu trajecto biográfico e as condicionantes da situação presente. Julganios que o conceito de experiência, cujo uso tem sido defendido na antropologia contemporânea (Turner e Bruner: 1986; Hastrup: 1995; Kleinman: 1996; Kleinman e Kleinman:1997; Willis: 2000; Throop: 2003), possa ser uma ferramenta importante na verificação compreensiva da articulação entre memória e identidade. O conceito de experiência a que nos reportamos está em sintonia com a definição proposta por Arthur Kleinman (1996) para uma 'etnografia da experiência'. Segundo este autor, a experiência não é um fenômeno subjectivo, antes um meio interpessoal de vivenciar as dinâmicas sociais e culturais, constitutivas dos processos e práticas experienciados no quotidiano (Kleinman, 1996: 97). Kleinman (1996) também refere que a prática etnográfica permite apenas aceder ao fluxo da experiência social em contextos limitados de espaço e de tempo, em determinados 'mundos morais locais', a que chama os 'microcontextos da experiência'. É o caso do contexto que foi analisado, o Lar. Aqui, a vida quotidiana é gerida segundo a trajectória de cada sujeito no espaço social e as especificidades culturais e históricas exercidas sobre esse mesmo 'microcontexto da experiência'
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Esta tese de doutoramento tem como objectivo geral compreender as experiências de autonomia individual na actual geração de adultos mais velhos, enquadrados pelas construções identitárias de género e assumindo como plataforma de observação as vivências quotidianas de saúde. Para tanto, justifica-se a centralidade do valor da autonomia individual na contemporaneidade, para depois se problematizar o conceito a partir de uma perspectiva feminista, com base na conceptualização proposta por este corpo teórico. O feminismo propõe a adopção do conceito de autonomia relacional, que ao reconhecer a natureza social do self e das identidades, é capaz de proporcionar uma leitura crítica e contextualizada da autonomia de cada sujeito, por integrar não só as especificidades, estímulos, oportunidades e contingências de um tempo e de um espaço social, como também o poder resolutivo, transformador e de resistência da agência individual. A vivência da velhice constitui, cada vez mais, um exercício de individualidade. No envelhecer, a vivência da saúde ganha especiais contornos. Não só porque o cuidar de si se tornou um aspecto biográfico de progressiva acentuação, como também por ser este um tempo da vida em que os dilemas, inquietações e exigências com o corpo se acentuam. A individualização dos trajectos biográficos que nas sociedades contemporâneas surge com cada vez maior expressão sugere a importância do estudo das diferentes ecologias sociais, com base na precisão e no detalhe. A tese adoptou uma estratégia metodológica de estudos de casos, concretizada num estudo de caso múltiplo, de tipo qualitativo. Os sentidos conferidos às experiências da autonomia individual pela actual geração de adultos mais velhos, nos seus quotidianos de saúde, mobilizam e matizam diferentes modelos culturais, iluminando a ideia de uma transição sociocultural que abandona parcialmente certos aspectos, mas que mantém tantos outros. No envelhecer, a vivência da autonomia individual é mediatizada por diferentes performatividades femininas e masculinas, tendo sido três os espaços principais de expressão social da autonomia, resultantes do seu cruzamento com o género, enquanto dimensão de análise principal. Tem-se que estas diferenças entre espaços factoriais vêm demonstrar o hibridismo dos posicionamentos resultante da crescente individualidade das trajectórias de vida. Face à saúde, a capacidade de adaptação e de auto-gestão mais positivos relacionam-se, face às mulheres, com a expressão singular de uma maior individualidade e, face aos homens, com o valor social conferido a diferentes masculinidades.
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Observada pelo ângulo da continuidade com que desde sempre o texto herbertiano se deu a ler, A Morte sem Mestre corresponde, à partida, a um ponto extremo: o da forçada interrupção de um corpo pela brutal emergência do fim, a liquidação da sua biologia. O livro, ele mesmo, constitui como tal um lugar-limite que acolhe um pensamento-limite e sobre o limite, lugar e pensamento que tendem assim a um inevitável fora de cena, a um radical impudor que é também afirmação de um impoder. Se o lermos sobre o traço do tempo, como aqui nos propomos fazer, na extremidade 'ad quem' do itinerário orgânico da escrita herbertiana, como etapa seguinte de um trajeto de irrevogável corrupção e ruína, provavelmente - e num sentido estritamente demoníaco-, A Morte sem Mestre não poderia deixar de ser o que é: mais do que esse objeto estranho que chocou a crítica, um objeto desastroso, 'exemplum' perfeitamente imperfeito de uma espécie de corpo-desastre que se apresenta como postergação (calculada?) do fulgor poético, assumindo essa «tarefa prostitucional da poesia» que legitimamente lhe apontou António Guerreiro (2014), colocando-a sob a presumível égide de Sade ou de Bataille.
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Trata-se de um relato de experiência de um programa de orientação para idosas cuidadoras de idosos no domicílio, realizado pelo Grupo de Atenção à Saúde do Idoso (GRASI), do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Esse programa foi elaborado e desenvolvido para atender uma solicitação de idosas cuidadoras, e participantes do GRASI. Ao final das atividades, as participantes relataram que o programa possibilitou o melhor enfrentamento das dificuldades, a compreensão das distintas alterações presentes na velhice, e o desenvolvimento de procedimentos que facilitam a relação com o idoso no dia-a-dia.
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Objetiva-se avaliar a capacidade de resiliência, a auto-estima e o apoio social em idosos através de um estudo exploratório com uma amostra por conveniência constituída por idosos usuários da rede pública de saúde do município de Natal-RN, Brasil, os quais responderam ao questionário e às Escalas de Resiliência, Auto-estima e Apoio Social. Participaram 65 idosos com idade média de 71 anos, sendo 81% do sexo feminino, com baixas condições sócio-econômicas. Identificou-se que os idosos apresentam características resilientes, auto-estima positiva e apoio social percebido como satisfatório, mesmo diante das perdas e declínios vivenciados na velhice. Além disso, verificaram-se correlações moderadas e positivas entre resiliência e auto-estima, já que na medida em que uma aumenta, a outra também se eleva. Assim, o ato de viver bem esse período crítico parece ser favorecido pela resiliência enquanto recurso propiciador do desenvolvimento e pelos fatores de proteção, importantes indicadores de saúde.
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O presente estudo trata-se de análise documental que objetivou discutir aspectos legais do desenvolvimento de políticas de atenção ao idoso no Brasil no contexto sociopolítico e histórico, com vistas aos aspectos que delineiam o bem-estar para pessoa idosa. A coleta de dados ocorreu de junho a setembro/2010 em sites governamentais. Foram incluídos os documentos que tiveram aderência ao objetivo proposto; os que continham articulação com as políticas de atenção ao idoso situadas entre os marcos legais de políticas para a população idosa de 2006 e a Lei Elói Chaves de 1923. Esta análise indicou que o bem-estar dos idosos depende significativamente da alocação de recursos em setores além do setor de saúde, destacando o idoso no mercado de trabalho e a feminização da velhice. Espera-se da população e dos gestores a discussão de necessidades dessa população de idosos e a integração das redes de atenção para a pessoa idosa que ainda se mostram insipientes para a heterogeneidade.
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A presente pesquisa de investigação na área de enfermagem trata-se do estudo de natureza qualitativa e quantitativa que teve como objectivo de conduzir o processode afluência no envelhecimento/doenças, com intervenções dos enfermeiros no que tange os cuidados das pessoas idosas que são portadores de doenças crónicas, com propostas cruciais de evitarem certas complicações. As pessoas idosas são consideradas frágeis e vulneráveis na sociedade, onde os profissionais de saúde devem actuar mais eficazes de forma a prolongar essa faixa etária com mais qualidades de vida e conforto. A velhice não pode ser definida pela simples cronologia e sim pelas condições físicas, funcionais, psicológicas e sociais das pessoas idosas. O envelhecimento da população é um processocontínuo e inevitávelna vida, e a profissão de enfermagem, que tem por missão responder as necessidades, deve pôr tudo em prática para que os idosos se mantenham o mais tempocom o qual todos deparam diariamente na sociedade. A taxa de envelhecimento tem vindo a aumentar, fazendo com que haja uma crescente preocupação com a forma como se envelhece com determinadas doenças mais comuns nos Idosos. Numa sociedade cada vez mais envelhecida, em que o aumento da necessidade de apoio às pessoas idosas dependentes emerge como um problema prioritário, interrogando sobre a necessidade de dar mais atenção à prestação a estes. Assim para a realização do trabalho, intitulado “A intervenção de enfermagem na geriatria”todo o percurso decorreu em são Vicente no HBS no serviço de medicina, com uma entrevista semi-estruturada com 30 participantes, dez (10) idosos internados, dez (10) enfermeiros e também contoucom a participação de dez (10) familiares dos idosos dependentes no domicílio, garantido completamente o sigilo e a não identificação dos entrevistados de forma ética de uma pesquisa de investigação. Portanto com o crescente envelhecimento populacional, os profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros, devem estar preparados cientificamente, não somente para minimizar as complicações das doenças causados por multifactores, mas tambémintervindo nas quatros fases de intervenção de saúde: promoção, prevenção, cura e reabilitação, a forma demelhorar assimmais a qualidade de viver.
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O reforço da assistência e da intervenção sociais em Cuba responde mais aos efeitos sociais da crise econômica e das transformações estruturais que a acompanham do que ao crescimento da pobreza. Este artigo examina as práticas de intervenção social à luz das normas familiares subjacentes: que "boa família" elas prometem? De que modo a assistência e a intervenção sociais abordam estruturas familiares fragilizadas quando se exacerba a contradição entre individualização e igualdade, de um lado, e necessidade de família e de solidariedade, de outro? A assistência em Cuba não está mais no tempo dos princípios, mas em um momento pragmático de contenção dos problemas sociais que precisa muito da família.
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Diante das incertezas que perpassam o crescente envelhecimento das populações ressalta o papel das Instituições de Solidariedade Social e das respostas sociais na protecção às pessoas idosas e no apoio às famílias, para conquista do bem-estar individual e colectivo. Com este estudo pretendeu-se determinar de que forma os serviços disponibilizados pela resposta social em Centro de Dia promovem a autonomia e o envelhecimento activo dos clientes. A autonomia está presente em todo o curso de vida da infância até a velhice numa dialéctica entre a condição de dependência e independência. Mas principalmente pela necessidade da autodeterminação que converge com a afirmação dos Direitos Humanos, subsidiário de um envelhecimento activo e digno. Deste modo a investigação decorreu sob o referencial teórico do envelhecimento activo da autonomia e das respostas sociais. Como metodologia de análise foi utilizada uma abordagem que aliou o qualitativo e quantitativo (plural mix). A investigação decorreu na resposta social em Centro de Dia da Associação dos Idosos e Deficientes do Penedo (AIDP). Para a recolha de dados optámos por instrumentos de inquirição directa aos técnicos responsáveis e aos clientes. No caso dos primeiros foram aplicadas duas entrevistas semi-directivas e no segundo um questionário semi-estruturado individual. Os resultados elucidam o papel que a resposta social em Centro de Dia assume na promoção da autonomia, nomeadamente, na representação de oportunidades para o envelhecimento activo dos clientes e a percepção destes acerca dos resultados no seu quotidiano.
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Este estudo buscou identificar as intersecções entre o trabalho voluntário, envelhecimento e aposentadoria. Procurou-se dar visibilidade ao trabalho voluntário realizado pelo idoso, contextualizando o voluntariado no período anterior e posterior à aposentadoria. O referencial teórico deste estudo baseou-se nos conceitos de velhice, terceira idade, aposentadoria, trabalho voluntário e motivações para realizar esta ação. Foram pesquisados 12 homens aposentados com 70 anos e mais, aposentados que realizam trabalho voluntário há mais de um ano. As entrevistas, semi-estruturadas, abordaram os seguintes temas: velhice, aposentadoria, trabalho voluntário antes e após a aposentadoria e foram analisadas a partir da proposta de análise de conteúdo. Nos resultados destaca-se que o trabalho voluntário foi visto pelos depoentes como um trabalho sem remuneração. Não foi considerado como uma obrigação e nem tendo rigidez no horário, sendo uma opção, e realizado com prazer. A velhice foi caracterizada pela multiplicidade das representações: ora descrita como um momento de perda, por estereótipos negativos ora por um momento onde há experiência de vida e conhecimento. O voluntariado é uma continuação da vida laboral antes da aposentadoria, pois os depoentes continuam a realizar ação voluntária, sendo que alguns não se percebem aposentados devido a esta ação. As funções realizadas pelos idosos relacionaram-se à masculinidade e ao exercício de poder, existindo uma distinção entre o trabalho voluntário realizado por mulheres e por homens. A reciprocidade é fundamental para entender o trabalho voluntário: o idoso pelo voluntariado, auxilia os necessitados, exerce os princípios morais adquiridos, tais como o exercício da caridade e da solidariedade, ao mesmo tempo em que recebe em troca, o reconhecimento social, a possibilidade de continuar produtivo e de exercer o poder, a salvação e a imortalidade simbólica.
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O estudo da reforma da previdência social no âmbito dos países do cone Sul, que nesta dissertação está restrito ao Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. Se coaduna com a visão geográfica surgida na esteira de uma tendência mundial de formação de blocos regionais com objetivos de defesa dos interesses dos países que os integram. O conceito de previdência social, segundo os padrões da Organização Mundial do Trabalho - OIT, abrange os programas de seguros sociais que incluem aposentadorias, pensões, invalidez, pecúlio por morte, assistência médico-hospitalar, auxílio pecuniário por acidentes do trabalho, enfermidades profissionais, doenças comuns, e auxilio maternidade. Abrange também os programas de assistência familiar que se referem basicamente aos subsídios ás famílias desamparadas, além dos programas de assistência social que encampam as pensões não contributivas e a assistência médico-hospitalar a pessoas desamparadas. Muito embora todas estas áreas, na maioria dos países do Cone Sul, tenham sido, ou estão sendo, objeto de reformas, o estudo aqui dentro destes, á análise das reformas dos programas de custeio e prestação de benefícios de aposentadorias e pensões. Os países do Cone Sul têm mantido intercâmbio em diversos setores, entre eles o da previdência social, cujo processo de reforma constitui o próprio objeto de estudo desta dissertação. Em maior ou menor grau, todos os países da região têm demonstrado preocupações com a previdência social e todos realizaram e/ou estão realizando ou demonstram a intenção de realizar reformas nos seus sistemas previdenciários. Estas reformas têm se concentrado em alterações nos programas de cobertura de risco que encampam a invalidez, a velhice e o pecúlio por morte.