706 resultados para Emio Greco
Resumo:
A literatura é um tipo de conhecimento que faz uso da palavra com a finalidade de projetar realidades possíveis. Para tanto, a mimese literária tem na experiência vivencial a verossimilhança que torna possível a apreensão da obra literária como fenômeno interpretativo. Nesse processo de composição, o gênero literário converte-se no conjunto de convenções que o autor se vale para fazer-se inteligível a seu público. As narrativas bíblicas e, em especial, o Evangelho Segundo São Mateus, possuem elementos que permitem sua leitura como obras literárias próprias da Antiguidade, cujas estratégias narrativas se mostram construtoras de representação verossímil da realidade. Para tanto, o narrador do Evangelho Segundo São Mateus utilizou-se daquelas convenções que se conformavam ao horizonte de expectativas de seu público e que articulam experiências advindas da literatura greco-romana e da literatura judaica. No caso da Paixão de Cristo Segundo São Mateus, o narrador empreende um conjunto de estratégias narrativas que favorecem sua condução da leitura da narrativa de acordo com sua perspectiva. Nesse processo, vale-se de uma estrutura que combina a biografia greco-romana àquela já consagrada na literatura bíblica. Dessa forma, a Paixão de Cristo nos é apresentada como parte final da história, numa perspectiva paradigmática e, ao mesmo tempo, como realização das Escrituras, que figuram e profetizam a respeito de Jesus e a natureza redimensionadora e universalizadora da salvação.
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O trabalho aborda a micronarrativa do Homem rico e do pobre Lázaro de Lc. 16. 19-31. As relações entre os dois personagens da narrativa se mostram invertidas, sugerindo um tom irônico por parte do narrador lucano. A inversão os coloca no mesmo lugar, o Hades, mas em posições diferentes, gerando um conflito na narrativa. Buscou-se observar o motivo da inversão, seu papel na cena e seu impacto na trama da narrativa e em seus leitores. Examinou-se na sequência narrativa da parábola a relação entre seu enredo unificante e seu enredo episódico buscando o motivo dela dentro dessa sequência, o que demonstrou ser uma narrativa direcionada aos fariseus, onde sugerimos ter um tom irônico em uma crítica social. Buscou-se retratar o imaginário desse lugar de inversão, trazendo algumas imagens do imaginário judaico e greco-romano a partir de algumas fontes literárias, principalmente a obra Diálogo dos Mortos, de Luciano de Samósata do II séc. Demonstrou-se haver uma intertextualidade, onde ecos do relato lucano são vistos na obra de Luciano. Para tal elaboração, os passos da narratologia evidenciaram o que se pretendeu analisar.
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Este trabalho de pesquisa parte do pressuposto de que o Evangelho de Mateus é um documento literário produzido no final do século I EC, em algum ambiente urbano do antigo Mundo Mediterrâneo, e que se diferencia dos demais evangelhos do Novo Testamento pela ênfase econômica presente em sua linguagem e conteúdo. Procura-se demonstrar a importância dessa particularidade para o desenvolvimento do próprio discurso mateano e para compreendê-lo, trata das proximidades que há entre esse discurso e os modelos socioeconômicos conhecidos no mundo real dos grandes centros urbanos de então. Dessa pesquisa conclui-se que o autor de Mateus se insere num debate abrangente entre os judaísmos do período, que mantinham relações conflituosas com a cultura Greco-romana e a própria herança cultural. Mateus, em especial, rejeita a apropriação plena dos padrões clientelistas para as relações interpessoais dos discípulos de Jesus ao mesmo tempo que se apropria desse modelo socioeconômico estrangeiro para desenvolver seu imaginário religioso. Defende-se que em Mateus, Deus assume, como personagem, as características de um patrono divino que protege e beneficia seus fieis clientes, que em retribuição deviam praticar boas obras para com os pobres. Em contrapartida a essa relação religiosa vertical que é desejável, o evangelho rejeita os vínculos clientelistas que hierarquizam os seres humanos, vendo-as também como traição àquele primeiro e soberano patrono.
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Esta pesquisa versa sobre memória e identidade nos Evangelhos Sinóticos, à luz de Mc 2.23-28, Mt 12.1-8 e Lc 6.1-5, que trata do conflito entre Jesus e os fariseus sobre pegar espigas num campo em dia de Sábado. Procura-se demonstrar que as narrativas dos evangelhos são indiciárias da identidade das comunidades que as geraram, no mundo greco-romano, onde oralidade e textualidade tinham a mesma influência. Para tanto, será estudada a memória coletiva como formadora da tradição oral, bem como da relação entre oralidade e textualidade nas narrativas e memórias dos Evangelhos Sinóticos. A escolha da perícope se justifica pelos textos indicarem uma identidade vinculada à cultura judaica, onde o Sábado era um dos marcos identitários mais importantes dos judaísmos do séc. 1 d.C. Desse modo as comunidades protocristãs tinham argumentos para se defender de acusações e ao mesmo tempo estabelecer fronteiras para definir o seu lugar em relação aos demais grupos intrajudaicos. Por fim, na elaboração de seu documento, cada comunidade optou por um gênero literário específico, mais adequado ao objetivo de seu texto. Torna-se possível, desse modo, identificar qual Evangelho está mais vinculado ao ambiente judaico e qual deles está mais distante. Em suas narrativas, os evangelistas desejam afirmar também quem é Jesus para a comunidade, estabelecendo assim sua identidade messiânica. Na perícope em questão, o dito mais importante é o que afirma que Jesus o Filho do Homem - é Senhor do Sábado. Jesus passa a ser o protótipo da comunidade, enquanto os fariseus, adversários de Jesus, passam a representar aqueles não tem qualquer preocupação com o próximo, tentando se justificar pela observância rigorosa da Lei mosaica.
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Há no Evangelho de Mateus material suficiente para se chegar ao discipulado de iguais porque seu conteúdo reflete uma prática igualitária de Jesus em relação às mulheres. Nesta tese tal prática pode ser verificada através da investigação de duas perícopes nas quais Jesus advoga a causa das mulheres discutindo o direito masculino do divórcio e o adultério: 19,1-12 e 5,27-32. No debate sobre a justa causa para se despedir a mulher, Jesus declara que a volta à criação original não mais concede tal prerrogativa aos homens. Essa discussão ocorre em terreno legal e isso se evidencia pelo termo aitia, cujo significado demonstra que na demanda do divórcio a lei concede ao homem o benefício de encontrar um motivo para acusação. Jesus, por sua vez, declara que pela sua lei todo motivo e acusação contra a mulher se transforma em motivo e acusação contra o próprio homem diante de Deus. O silêncio dos fariseus comprova que os argumentos de Jesus são irrefutáveis, mas o protesto dos seus discípulos revela que não lhes agrada a igualdade social entre os sexos. A resposta final e definitiva de Jesus encontra-se em Mt 19,10 onde pelo uso da metáfora eunuco ele encerra o debate dizendo que somente podem aceitar a sua causa os que abraçarem a causa do Reino dos Céus. Os temas divórcio e adultério permitem estender a discussão para o matrimônio que é a relação social e legal que fundamenta tais práticas, e buscar na Antigüidade as leis e costumes que regiam a vida sexual das mulheres naquele tempo, considerando os ambientes mais relevantes em relação ao mundo bíblico: o mundo greco-romano e o oriente próximo no período entre os séculos IV a.C. e IV d.C. para que, através da pesquisa sobre matrimônio, divórcio, adultério, dote, repúdio e outras sanções relativas à vida sexual das mulheres, se possa chegar aos mecanismos culturais da educação capazes de levar as mulheres à cumplicidade ou à resistência aos seus papéis sociais. Essa pesquisa se encerra com uma apreciação da história da renúncia sexual nos contextos judaico e cristão para projetar o ambiente e o horizonte sócio-religioso que foram palcos da recepção e transmissão de Mt 5,27-32 e Mt 19,1-12, de modo a demonstrar que os argumentos misóginos que se tornaram inerentes à interpretação desses textos são o resultado de uma mentalidade sexista que não corresponde à crítica literária do evangelho.(AU)
Profecia e Glossolalia no Cristianismo Primitivo do Primeiro Século Um Estudo em I Coríntios 14,1-19
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Esta dissertação é um estudo sobre o fenômeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Coríntios. O movimento cristão emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradições ocidentais. Por um lado, sofreu as influências das tradições israelitas antigas e do Judaísmo do período do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestações revelatórias extáticas, apocalípticas, escatológicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critérios de verificação da profecia. Por outro, sofreu as influências das tradições greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e à atuação do profeta e à função social da profecia, há diferenças fundamentais em relação ao mundo helenístico. Tais divergências explicam, em parte, o conflito entre a compreensão de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreensão de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importância do êxtase como manifestação revelatória e, conseqüentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critério distintivo para Paulo é a edificação da assembléia . Não se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cúltico. Quem fala em línguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assembléia. Neste sentido, é preferível profetizar a falar em línguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia é considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de consciência, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presença significativa das mesmas na composição da comunidade de Corinto, inclusive nas posições de liderança. Do ponto de vista dos estudos sociológicos, os fenômenos extáticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder místico que os fortalece em períodos de acentuada dilaceração do tecido social.(AU)
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O termo luz se inscreve no encontro das tradições veterotestamentária e grego-romana como uma alternativa a certas necessidades da comunidade joanina: as culturas diferentes dos povos que receberam o evangelho; a diversidade dos problemas que pediam respostas diferentes; a diferença de classes dentro da comunidade; as tomadas de posição discordantes diante da política do império e o conflito entre judeus e cristãos. E é neste ínterim de conflito, tanto interno como externo, um momento doloroso para os dissidentes, porque os prejuízos não eram apenas religiosos, mas provocavam mudanças em todos os âmbitos da vida, que a comunidade joanina procurará alternativa. Por isso, a Narrativa da Cura do Cego de Nascença (Jo 9,1-41) é um espelho para a comunidade. Ela buscará em Jesus a luz de que precisa para continuar. O cego representa a comunidade antes de conhecer a Luz do Mundo. A solidariedade, a fraternidade e o amor mútuos são forças que ajudaram na resistência.(AU)
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Ta and Ta-1% W are being considered to be used as target clad materials in the LANSCE proton beam line for the material test station (MTS). To investigate the embrittlement of these materials due to oxygen contamination and proton irradiation, Ta and Ta-1 wt% W (as received and with ~400 ppm O) were exposed to a 3.5 MeV proton beam at the ion beam materials laboratory at LANL. After irradiating the samples in the proton beam, nanoindentation was performed in cross-section to investigate the hardness increase of the materials due to irradiation. The nanoindentation showed that the hardness increase due to irradiation is between 9% and 20% depending on the material. The results show good agreement with mechanical testing results on tantalum and Ta-1 wt% W after high energy proton irradiation to doses up to 23 dpa.
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The practice of evidence-based medicine involves consulting documents from repositories such as Scopus, PubMed, or the Cochrane Library. The most common approach for presenting retrieved documents is in the form of a list, with the assumption that the higher a document is on a list, the more relevant it is. Despite this list-based presentation, it is seldom studied how physicians perceive the importance of the order of documents presented in a list. This paper describes an empirical study that elicited and modeled physicians' preferences with regard to list-based results. Preferences were analyzed using a GRIP method that relies on pairwise comparisons of selected subsets of possible rank-ordered lists composed of 3 documents. The results allow us to draw conclusions regarding physicians' attitudes towards the importance of having documents ranked correctly on a result list, versus the importance of retrieving relevant but misplaced documents. Our findings should help developers of clinical information retrieval applications when deciding how retrieved documents should be presented and how performance of the application should be assessed. © 2012 Springer-Verlag Berlin Heidelberg.
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This work presents the numerical analysis of nonlinear trusses summited to thermomechanical actions with Finite Element Method (FEM). The proposed formulation is so-called positional FEM and it is based on the minimum potential energy theorem written according to nodal positions, instead of displacements. The study herein presented considers the effects of geometric and material nonlinearities. Related to dynamic problems, a comparison between different time integration algorithms is performed. The formulation is extended to impact problems between trusses and rigid wall, where the nodal positions are constrained considering nullpenetration condition. In addition, it is presented a thermodynamically consistent formulation, based on the first and second law of thermodynamics and the Helmholtz free-energy for analyzing dynamic problems of truss structures with thermoelastic and thermoplastic behavior. The numerical results of the proposed formulation are compared with examples found in the literature.
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L'origine e lo sviluppo del concetto di numero trascendente attraversano quasi tutta la storia della matematica ed i risultati più importanti si sono ottenuti solo in tempi relativamente recenti. I numeri trascendenti costituiscono un argomento che ha sempre affascinato i matematici ma fino a poco tempo fa, in una prospettiva di epoche storiche, si conoscevano pochissimi esempi di numeri di cui si sapesse dimostrare la trascendenza. La dimostrazione della trascendenza di pi greco mette fine ai tentativi di risolvere per via elementare la quadratura del cerchio, uno dei problemi classici dell'antichità. Scopo di questa tesi è presentare delle dimostrazioni di esistenza dei numeri trascendenti utilizzabili anche a scopo didattico e dimostrare la trascendenza del numero di Nepero e di pi greco. Ho deciso, inoltre, nel mio lavoro di tesi, di ripercorrere le tappe principali dell'evoluzione storica del concetto di numero trascendente ed ho analizzato quelle che oltre ad essere di grande importanza storica, sono utili ad una migliore comprensione del concetto stesso. La presentazione di queste tappe può essere molto importante, a mio parere, da un punto di vista didattico in quanto i testi di matematica mostrano quasi sempre concetti e teoremi come entità assolute e immutabili, inserite nei giorni nostri, senza fare riferimento al contesto storico ed umano in cui le idee sono nate.
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Acknowledgements The FFTEM data were obtained at the (Cryo) TEM facility at the Liquid Crystal Institute, Kent State University, supported by the Ohio Research Scholars Program Research Cluster on Surfaces in Advanced Materials. ODL acknowledges the support of NSF DMR-1410378 grant. The authors are grateful for financial support from MINECO/FEDER MAT2015-66208-C3-2-P and from the Gobierno Vasco (GI/IT-449-10)
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Le récit de la Pentecôte (Actes des Apôtres 2) présente au lecteur un élément particulier qui se retrouve rarement dans le canon biblique : les « langues comme de feu ». Seuls les passages d’Isaïe 5,24 et Actes 2,3 utilisent cette expression; pourtant, leurs contextes diffèrent largement. Nous trouvons certains commentaires rabbiniques et fragments de rouleaux de la Mer Morte qui emploient cette même expression, et la littérature gréco-romaine utilise une image similaire où un feu divin se pose sur la tête de certains personnages. Puisque la fonction de cet élément diffère d’un ouvrage littéraire à un autre, comment devons-nous interpréter les langues de feu dans le récit de la Pentecôte? Les commentaires bibliques qui examinent cet élément proposent différentes hypothèses sur la symbolique des langues de feu. Afin de répondre à cette problématique, nous commencerons notre étude avec une présentation sur l’état de la question et des approches synchroniques utilisées. Nous présenterons ensuite l’analyse structurelle du récit de la Pentecôte afin de percevoir la place que notre expression occupe dans cette péricope. Au chapitre trois, nous ferons une analyse grammaticale de notre segment afin de voir la fonction grammaticale de l’expression, et présenter une recension des ouvrages hébraïques et gréco-romains qui utilisent cette expression ou une image similaire. Enfin, l’analyse philologique des termes γλῶσσα et πῦρ sera élaborée et comparée à l’utilisation retrouvée dans le livre des Actes des Apôtres. Subséquemment, nous serons en mesure de porter un regard critique sur quelques interprétations proposées afin de percevoir que la mise en réseau structurel du membre γλῶσσαι ὡσεὶ πυρός, avec les termes répétitifs et synonymiques du récit, nous orientent à percevoir l’accomplissement de la promesse du Saint-Esprit, qui à son tour habilite le croyant à réaliser la mission donnée : la proclamation du message christologique à toutes les ethnies.
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“Globalizing the Sculptural Landscape of Isis and Sarapis Cults in Roman Greece,” asks questions of cross-cultural exchange and viewership of sculptural assemblages set up in sanctuaries to the Egyptian gods. Focusing on cognitive dissonance, cultural imagining, and manipulations of time and space, I theorize ancient globalization as a set of loosely related processes that shifted a community's connections with place. My case studies range from the 3rd century BCE to the 2nd century CE, including sanctuaries at Rhodes, Thessaloniki, Dion, Marathon, Gortyna, and Delos. At these sites, devotees combined mainstream Greco-Roman sculptures, Egyptian imports, and locally produced imitations of Egyptian artifacts. In the last case, local sculptors represented Egyptian subjects with Greco-Roman naturalistic styles, creating an exoticized visual ideal that had both local and global resonance. My dissertation argues that the sculptural assemblages set up in Egyptian sanctuaries allowed each community to construct complex narratives about the nature of the Egyptian gods. Further, these images participated in a form of globalization that motivated local communities to adopt foreign gods and reinterpret them to suit local needs.
I begin my dissertation by examining how Isis and Sarapis were represented in Greece. My first chapter focuses on single statues of Egyptian gods, describing their iconographies and stylistic tendencies through examples from Corinth and Gortyna. By comparing Greek examples with images of Sarapis, Isis, and Harpokrates from around the Mediterranean, I demonstrate that Greek communities relied on globally available visual tropes rather than creating site or region-specific interpretations. In the next section, I examine what other sources viewers drew upon to inform their experiences of Egyptian sculpture. In Chapter 3, I survey the textual evidence for Isiac cult practice in Greece as a way to reconstruct devotees’ expectations of sculptures in sanctuary contexts. At the core of this analysis are Apuleius’ Metamorphoses and Plutarch’s De Iside et Osiride, which offer a Greek perspective on the cult’s theology. These literary works rely on a tradition of aretalogical inscriptions—long hymns produced from roughly the late 4th century B.C.E. into the 4th century C.E. that describe the expansive syncretistic powers of Isis, Sarapis, and Harpokrates. This chapter argues that the textual evidence suggests that devotees may have expected their images to be especially miraculous and likely to intervene on their behalf, particularly when involved in ritual activity inside the sanctuary.
In the final two chapters, I consider sculptural programs and ritual activity in concert with sanctuary architecture. My fourth chapter focuses on sanctuaries where large amounts of sculpture were found in underground water crypts: Thessaloniki and Rhodes. These groups of statues can be connected to a particular sanctuary space, but their precise display contexts are not known. By reading these images together, I argue that local communities used these globally available images to construct new interpretations of these gods, ones that explored the complex intersections of Egyptian, Greek, and Roman identities in a globalized Mediterranean. My final chapter explores the Egyptian sanctuary at Marathon, a site where exceptional preservation allows us to study how viewers would have experienced images in architectural space. Using the Isiac visuality established in Chapter 3, I reconstruct the viewer's experience, arguing that the patron, Herodes Atticus, intended his viewer to inform his experience with the complex theology of Middle Platonism and prevailing elite attitudes about Roman imperialism.
Throughout my dissertation, I diverge from traditional approaches to culture change that center on the concepts of Romanization and identity. In order to access local experiences of globalization, I examine viewership on a micro-scale. I argue that viewers brought their concerns about culture change into dialogue with elements of cult, social status, art, and text to create new interpretations of Roman sculpture sensitive to the challenges of a highly connected Mediterranean world. In turn, these transcultural perspectives motivated Isiac devotees to create assemblages that combined elements from multiple cultures. These expansive attitudes also inspired Isiac devotees to commission exoticized images that brought together disparate cultures and styles in an eclectic manner that mirrored the haphazard way that travel brought change to the Mediterranean world. My dissertation thus offers a more theoretically rigorous way of modeling culture change in antiquity that recognizes local communities’ agency in producing their cultural landscapes, reconciling some of the problems of scale that have plagued earlier approaches to provincial Roman art.
These case studies demonstrate that cultural anxieties played a key role in how viewers experienced artistic imagery in the Hellenistic and Roman Mediterranean. This dissertation thus offers a new component in our understanding of ancient visuality, and, in turn, a better way to analyze how local communities dealt with the rise of connectivity and globalization.
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In Luke’s two volumes, Luke is not interested only in Gentiles and those with high social status but also in the marginalized and those who are outsiders. This dissertation seeks to read Luke’s concern for outsiders and the theme of the inclusion of outsiders in the new kingdom of God in Luke’s narrative of the Ethiopian eunuch’s conversion in Acts 8:26-40. This paper examines the Ethiopian eunuch’s complex identity from the perspectives of the Greco-Roman world, Old Testament (LXX) allusions to the Elijah-Elisha narratives, and Luke’s interpretation of the Isaianic quotation of the Suffering Servant in Acts 8:32-33 (cf. Isaiah 53:7-8). This study pays close attention to the correlations between the theme of outsiders and three key characters in Acts 8:26-40: the Ethiopian eunuch, Philip, and the Suffering Servant. First, Luke depicts the Ethiopian eunuch as the consummate outsider—geographically, morally, socially, ethnically, and in terms of gender—and indicates that the eunuch represents other marginalized outsiders. The eunuch shows no one can prevent outsiders like him from inclusion in the kingdom of God. Second, Luke portrays Philip as a prophet, specifically a prophet like Elijah and Elisha. Philip emulates Elijah and Elisha by reaching out to the outsider (in this instance, the Ethiopian eunuch). Third, Luke presents the Isaianic Suffering Servant as a religious and social outsider and identifies the character with Jesus and the Ethiopian eunuch. The indescribable descendants of the Suffering Servant signify a universally inclusive messianic community and fulfill the outsiders’ inclusion within the people of God as Isaiah prophesied (Isaiah 56:3-8). This thesis finally suggests ways to read the story of the Ethiopian eunuch today and concludes that it is imperative to include those outsiders among us within the community of Jesus’s followers.