Profecia e Glossolalia no Cristianismo Primitivo do Primeiro Século Um Estudo em I Coríntios 14,1-19


Autoria(s): Nogueira, Sebastiana Maria Silva
Contribuinte(s)

Nogueira, Paulo Augusto de Souza

CPF:28282828282

http://lattes.cnpq.br/3200067308515123

Garcia, Paulo Roberto

CPF:26262626262

http://lattes.cnpq.br/0614278349063629

Vasconcelos, Pedro Lima

CPF:54312123123

Data(s)

03/08/2016

26/09/2008

14/02/2008

Resumo

Esta dissertação é um estudo sobre o fenômeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Coríntios. O movimento cristão emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradições ocidentais. Por um lado, sofreu as influências das tradições israelitas antigas e do Judaísmo do período do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestações revelatórias extáticas, apocalípticas, escatológicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critérios de verificação da profecia. Por outro, sofreu as influências das tradições greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e à atuação do profeta e à função social da profecia, há diferenças fundamentais em relação ao mundo helenístico. Tais divergências explicam, em parte, o conflito entre a compreensão de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreensão de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importância do êxtase como manifestação revelatória e, conseqüentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critério distintivo para Paulo é a edificação da assembléia . Não se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cúltico. Quem fala em línguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assembléia. Neste sentido, é preferível profetizar a falar em línguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia é considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de consciência, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presença significativa das mesmas na composição da comunidade de Corinto, inclusive nas posições de liderança. Do ponto de vista dos estudos sociológicos, os fenômenos extáticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder místico que os fortalece em períodos de acentuada dilaceração do tecido social.(AU)

Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo

Formato

application/pdf

Identificador

NOGUEIRA, Sebastiana Maria Silva. Profecia e Glossolalia no Cristianismo Primitivo do Primeiro Século Um Estudo em I Coríntios 14,1-19. 2008. 170 f. Dissertação (Mestrado em 1. Ciências Sociais e Religião 2. Literatura e Religião no Mundo Bíblico 3. Práxis Religiosa e Socie) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2008.

http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/444

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Metodista de São Paulo

1. Ciências Sociais e Religião 2. Literatura e Religião no Mundo Bíblico 3. Práxis Religiosa e Socie

BR

UMESP

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #Bíblia - A.T. Profecias - Crítica e Interpretação #Bíblia - N.T. Corintios I - Crítica e Interpretação #Experiencia religiosa - Glossolalia #CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Tipo

Dissertação