REAÇÕES LITERÁRIAS À CULTURA DE RECIPROCIDADE DO ANTIGO MUNDO MEDITERRÂNEO: UMA LEITURA DA LINGUAGEM ECONÔMICA DO EVANGELHO DE MATEUS
Contribuinte(s) |
Garcia, Paulo Roberto CPF:26262626262 http://lattes.cnpq.br/0614278349063629 Ribeiro, Cláudio Oliveira CPF:30303030303 http://lattes.cnpq.br/5521034622952334 Siqueira, Tércio Machado CPF:59969659659 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/controladorbuscacv Machado, Jonas CPF:56532316545 http://lattes.cnpq.br/5856422481298039 |
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Data(s) |
03/08/2016
09/10/2014
22/08/2014
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Resumo |
Este trabalho de pesquisa parte do pressuposto de que o Evangelho de Mateus é um documento literário produzido no final do século I EC, em algum ambiente urbano do antigo Mundo Mediterrâneo, e que se diferencia dos demais evangelhos do Novo Testamento pela ênfase econômica presente em sua linguagem e conteúdo. Procura-se demonstrar a importância dessa particularidade para o desenvolvimento do próprio discurso mateano e para compreendê-lo, trata das proximidades que há entre esse discurso e os modelos socioeconômicos conhecidos no mundo real dos grandes centros urbanos de então. Dessa pesquisa conclui-se que o autor de Mateus se insere num debate abrangente entre os judaísmos do período, que mantinham relações conflituosas com a cultura Greco-romana e a própria herança cultural. Mateus, em especial, rejeita a apropriação plena dos padrões clientelistas para as relações interpessoais dos discípulos de Jesus ao mesmo tempo que se apropria desse modelo socioeconômico estrangeiro para desenvolver seu imaginário religioso. Defende-se que em Mateus, Deus assume, como personagem, as características de um patrono divino que protege e beneficia seus fieis clientes, que em retribuição deviam praticar boas obras para com os pobres. Em contrapartida a essa relação religiosa vertical que é desejável, o evangelho rejeita os vínculos clientelistas que hierarquizam os seres humanos, vendo-as também como traição àquele primeiro e soberano patrono. This research assumes that the Gospel of Matthew is a literary document produced at the end of the first century CE. in some urban environment of the ancient Mediterranean World, where it differs from the other gospels of the New Testament by economic emphasis in its language, and also by its content. We try to demonstrate the importance of this Matthew s language feature for the development of Gospels discourse, and to understand it, we deal with the approximations between this speech and some socioeconomic models known in the real world of the great urban centers of that time. Along the discussion, we conclude that the author of Matthews Gospel is part of an embracing debate between new judaisms that kept conflictual relations with the Greco-Roman domain and their cultural heritage. Matthew, in particular, rejects the complete ownership of clientelist patterns in interpersonal relations of the disciples of Jesus, while also appropriates the foreign socioeconomic model to develop its religious imaginary. We argue that in Matthew, God takes, as a character, the features of a divine patron who protects and benefits its faithful clients, and in retribution, they should do good deeds for the poor. However, despite this vertical relationship religious be desirable, the gospel rejects other clientelistic ties that rating the human being, and sees them as a betrayal to the first sovereign patron. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico |
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Identificador | |
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por |
Publicador |
Universidade Metodista de São Paulo 1. Ciências Sociais e Religião 2. Literatura e Religião no Mundo Bíblico 3. Práxis Religiosa e Socie BR UMESP PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO |
Direitos |
Acesso Aberto |
Palavras-Chave | #Evangelho de Mateus #Exegese Bíblica #Linguagem Econômica #Cristianismos Primitivos #Antigo Mundo Mediterrâneo #Patronato #Gospel of Matthew #Biblical Exegesis #Linguagem Econômica #Early Christianity #Ancient Mediterranean World #Patronage   #CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
Tipo |
Tese |