971 resultados para Teatro brasileiro História e crítica


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Este artigo apresenta uma síntese do pensamento de Dante Moreira Leite (1927-1976) acerca da identidade nacional. Suas análises demonstram as contradições das formulações sobre o caráter nacional, ao denunciar as tentativas de generalizar as características particulares de um grupo ou classe de uma época, como se fossem de toda uma nação. Moreira Leite mostra como as formulações do caráter nacional se tornaram pseudocientíficos e se constituem em ideologias conservadoras ou burguesas, deformando realidades no intuito de fortalecer e manter o status quo. Neste sentido, Dante mostra a fragilidade de qualquer estereótipo que se aventura pelos caminhos das raízes do caráter nacional, utilizando-se de textos da literatura. Pontua o cientificismo de Silvio Romero, a originalidade de Euclides da Cunha e de numerosos outros autores, como Afonso Celso, Nina Rodrigues, Manuel Bonfim, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior. A partir dessas referências, conclui que as ideologias existentes ligadas à definição do caráter nacional brasileiro não representam a autêntica tomada de consciência de uma nação, mas obstáculos para que um povo se torne livre de preconceitos.

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Primeiro volume de uma srie de trs, apresenta material indito sobre o debate parlamentar desenvolvido ao longo do processo de elaborao do Cdigo Civil vigente. A diviso da publicao em trs volumes, cada um composto de vrios tomos, fundamenta-se na lgica de tramitao de proposies em nosso Congresso bicameral. Assim, o primeiro volume abarca os trabalhos realizados na Casa iniciadora da avaliao do Projeto, a Cmara dos Deputados, at sua remessa para a Casa revisora. Ressalta-se que a primeira etapa de tramitao do futuro Cdigo Civil, constante deste primeiro volume, corresponde, em traos gerais, ao perodo inicial de abertura do regime autoritrio implantado em 1964. Sua anlise permite, assim, a aproximao com elementos importantes da evoluo poltica do pas, que se somam aos elementos propriamente jurdicos presentes na discusso da norma civil.

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Apresenta, com detalhes, aspectos histricos do constitucionalismo contemporneo brasileiro. Partindo do perodo ps-1964, quando diversos processos de reforma ou ruptura alteraram as regras relativas a mudanas constitucionais, apresentado um desenho dos principais instrumentos jurdicos utilizados pelo regime militar a fim de garantir a sua hegemonia poltica e jurdica. A anlise passa pelo processo constituinte de 1987-1988, para verificar em que medida se rompeu com o paradigma instaurado pela ditadura, e investiga as principais tentativas de, sob a vigncia da nova Carta Magna, alterar o processo de reforma constitucional.

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Consultoria Legislativa - rea XIX - Cincia Poltica, Sociologia Poltica, História Relaes Internacionais.

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Examina o sistema partidrio brasileiro, considerando a evoluo das bancadas parlamentares do PFL, PMDB, PSDB e PT nas eleies de 1990, 1994, 1998 e 2002. Discute a hiptese de que, com a sequncia das eleies na dcada de 1990, o quadro partidrio brasileiro estaria comeando a apresentar sinais de estabilizao.

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Aborda as condies de elegibilidade no sistema eleitoral brasileiro. Demonstra que, apesar das inovaes produzidas pelos legisladores e pela jurisprudncia, ainda no se analisou com propriedade a questo da necessidade de escolaridade mnima para o exerccio de certos cargos pblicos.

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A Executiva do PMDB se reuniu para definir como ser conduzida a conveno do partido. Na conveno, o partido tomar posio sobre diversos temas da Constituinte e, para isso, foi feito um questionrio que ser distribudo a todos os convencionais. O Deputado Mrio Covas (PMDB-SP) diz que uma definio sobre os temas ligados ao programa do partido importante para a futura negociao com os demais partidos. O Senador Affonso Camargo (PMDB-PR) acredita que essa parte da conveno que vai aferir a opinio do partido com relao aos temas da Constituinte deve ajudar muito na busca da unidade do PMDB. O Senador Fernando Henrique Cardoso (PMDB-SP) relata que o fundamental que a conveno leve a resultados e que o debate seja esclarecedor, sem ser impositivo. O Deputado Jorge Arbage leu um comunicado do Presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) Ulysses Guimares condenando a aplicao da Lei de Segurana Nacional contra polticos da oposio. A Deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) defende o poder de crítica da oposio. O Deputado Paulo Delgado (PT-MG) acredita que a aplicao rigorosa do regimento interno possibilita a criao de projeto de deciso que impea o Poder Executivo de ameaar a liberdade de opinio no pas. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) inaugura o gabinete da liderana no Congresso Nacional. O Deputado Roberto Freire (PCB-PE) relata que a bancada do partido pequena, mas tem apresentado propostas que conseguem aglutinar amplas frentes democrticas na Constituinte, e afirma que o espao do partido foi conquistado com muita luta e tende a ampliar-se. Servidora da Casa explica que entidades sindicais estaro mobilizadas em todo o pas no Dia Nacional de Coleta de Assinaturas para as emendas populares. Trs emendas populares chegaram Assembleia Nacional Constituinte. A primeira emenda trata dos direitos das crianas; a segunda da questo da censura e a terceira da criao de defensorias do cidado e assistncia aos idosos. Nenhuma das trs emendas podero ser apreciadas pelo Plenrio, por no estarem de acordo com o Regimento Interno.

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Lderes de todos os partidos criticam o projeto de Constituio do Relator Bernardo Cabral. Os pontos mais criticados so: a criao da figura da empresa brasileira de capital estrangeiro; a criao do voto distrital no sistema eleitoral. O Lder do PC do B, Deputado Haroldo Lima informa que o voto distrital prejudica os partidos pequenos. O Lder do PTB, Deputado Gastone Righi critica o artigo que trata da demisso de trabalhadores. O Presidente do PT, Deputado Luis Incio Lula da Silva acredita que os lderes sindicais devem conversar e pressionar os constituintes para que eles faam a legislao social avanar. Outro ponto muito criticado o que estabelece o papel das Foras Armadas e fixa os limites da anistia para os militares. O Lder do PFL, Deputado Jos Loureno, declara que houve compromisso para que a questo da anistia se esgotasse com a Emenda n 26, j debatida. O Senador Afonso Arinos (PFL-RJ), presidente da Comisso de Sistematizao da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), almoa com os ministros militares e explica o projeto de Constituio. O Senador declarou que os militares consideram o Presidente da Repblica uma figura institucional representativa e pea indispensvel na transio. No Plenrio da Assembleia Nacional Constituinte, o assunto principal foi a crítica do Ministro do Exrcito Lenidas Pires Gonalves ao projeto constitucional. O Deputado Jos Genono (PT-SP) considera que, no que diz respeito ao papel das Foras Armadas, o texto do projeto apenas reproduz o que comum nas constituies de vrios pases do mundo, ou seja, submete os poderes militares aos poderes constitucionais. O Lder do Governo, Deputado Carlos Sant'Anna, declara que o ministro falou tambm como cidado brasileiro, em reunio particular de trabalho. O Grupo do Consenso, liderado pelo Deputado Euclides Scalco (PMDB-PR), se rene para examinar o projeto e deseja entrar em contato com o Grupo dos 32 (Trinta e Dois), do Senador Jos Richa, para ver o que pode ser alterado de comum acordo. O Deputado Adylson Motta (PDS-RS) acredita que o trabalho pode ser melhorado mas que ele no atingir o ideal esperado do trabalho constituinte. O Lder do PDT, Deputado Bocayuva Cunha declara que cada grupo no pode fazer uma Constituio segundo seus prprios pontos de vista, por no representar a totalidade da Assembleia Nacional Constituinte. O Lder do PCB, Deputado Roberto Freire afirma que a Assembleia Nacional Constituinte mais avanada e conseguir conter os retrocessos.

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Estuda a interao entre a Consultoria Legislativa e a Secretaria de Comunicao da Cmara dos Deputados brasileira. A informao legislativa o elo entre esses dois setores estratgicos da Cmara em sua prerrogativa constitucional de estabelecer o debate em torno dos interesses da sociedade em jogo na formulao das polticas pblicas. Procura responder ao seguinte problema de pesquisa: Por que a interao entre a Consultoria Legislativa, setor responsvel por produzir boa parte do contedo da informao legislativa, e a Secretaria de Comunicao, setor responsvel pela disseminao desse contedo, nem sempre corresponde s expectativas e possibilidades de parceria? Ao fazer uma anlise crítica da articulao entre os dois setores, o estudo procura identificar os elementos que limitam as possibilidades de parceria em todo o seu potencial; e sugerir processos ou oportunidades de cooperao para o aperfeioamento da interao. Do ponto de vista terico, o trabalho tenta avanar nas reflexes sobre a comunicao pblica no poder legislativo e sobre o assessoramento tcnico do parlamento brasileiro. No primeiro aspecto, tenta definir o conceito "interesse pblico" e abordar as especificidades da comunicao pblica desenvolvida no Poder Legislativo, a partir de debates formulados por autores brasileiros e tambm por meio de uma anlise comparativa do Congresso norte-americano. No segundo, a abordagem mira sobre o modelo de assessoramento tcnico adotado no Brasil, submetido s perspectivas das teorias informacional e distributiva e da natureza dos profissionais que atuam no poder legislativo, enquanto aparato burocrtico a servio do Estado. Acessoriamente, analisa as dificuldades de dilogo entre os profissionais sobre os prismas das barreiras de comunicao e das tenses inerentes s disputas de espao num mesmo campo social. Ao incorporar experincia pessoal no projeto de interveno, o trabalho utiliza o mtodo da pesquisa participante. A pesquisa faz referncias relao da sociedade com o poder legislativo; divulgao institucional da atividade parlamentar; parlamento e meios de comunicao; mdia e legislativo; profissionais do legislativo e estamento burocrtico no Brasil; assessoramento tcnico do legislativo; barreiras na comunicao institucional; e campo simblico.

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499 p. (Bibliogr. 443-474)

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O tema Transtorno Alimentar vem recebendo nas ltimas dcadas uma ateno especial tanto da comunidade cientfica quanto dos meios de comunicao de massa. Assistimos a um aumento no nmero de publicaes nas revistas especializadas na rea da psiquiatria, a formao de centros de atendimento e pesquisa no eixo Rio-SoPaulo, concomitante a certa efervescncia nas publicaes da imprensa leiga. Todo esse interesse parece indicar que estamos diante de um novo fenmeno. Entretanto nesse trabalho procuramos desenvolver uma linha de pesquisa que pretende explorar a hiptese na qual casos graves de anorexia nervosa poderiam ser entendidos, a partir do ponto de vista psicodinmico, como similares as histerias de converso do final do sculo XIX Grande Hysterie. Para sustentar tal hiptese faremos um recuo no tempo investigando a história da evoluo dos conceitos tanto da anorexia nervosa como da histeria e seus respectivos desdobramentos. Durante a realizao desse percurso terico percebemos que na verdade estvamos lidando com velhos dramas, ou seja, que no pano de fundo dessa questo encontrava-se a feminilidade e seus percalos. Assim sendo, nossa proposta toma um outro rumo: alicerada na perspectiva freudiana do tornar-se mulher, nos indagarmos se a anorexia nervosa no seria uma recusa do feminino capaz de assumir mscaras diversas. Recuperamos ento o conceito de feminilidade da teoria psicanaltica, considerando a anorexia nervosa como uma possibilidade de recusa articulada, ora a histeria, ora a perverso. Verificamos na prtica clnica um desaparecimento, sobretudo nas camadas mais elitizadas da populao, dos fenmenos conversivos francos ou floridos. Entretanto, nos prontos-socorros do servio pblico e nas grandes emergncias psiquitricas, a histeria sobrevive com toda a exuberncia de sua sintomatologia. Nos indagamos se a essas moas de classe mdia ou classe mdia alta restou apenas a possibilidade de implodir toda essa angstia psquica, sob a forma de um controle alimentar to rgido e uma tal distoro da imagem corporal que so capazes de aproxim-las de um quadro de falncia psquica.

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A soberania j foi conceituada de diversos modos ao longo da história. Apesar disso, no deixou de ser a categoria mais elementar do direito internacional; expressando o fundamento de atuao dos Estados, foi atravs da soberania que o direito internacional se desenvolveu do Sculo XVII at os dias de hoje. Isso evidencia uma distino entre o contedo da soberania, quer dizer, o seu modo de manifestao, o seu conceito, que se altera em cada perodo histrico, de um lado, e, do outro, a forma jurdica internacional expressa pela soberania, que se mantm intacta e que existe independentemente do contedo que lhe dado, quer dizer, o lugar que ela ocupa no direito internacional. Atravs da anlise do conceito de soberania fornecido por trs autores clssicos de diferentes perodos histricos Hugo Grotius, Pasquale Mancini e Hans Kelsen o presente trabalho tem por objetivo demonstrar o carter ideolgico de cada teoria e, conseqentemente, sua inexatido. Para faz-lo, foi adotado o mtodo materialista dialtico, atravs do qual a produo de idias por parte do homem deve ser observada nos limites das suas condies de existncia e as idias produzidas como um reflexo consciente do mundo real. Cuida-se, assim, de observar o direito de superioridade afirmado por Grotius nos limites das condies de existncia humana que se alteravam com a transio do feudalismo para capitalismo, e extrai-se o seu sentido da luta entre a Igreja e os monarcas que iam centralizando sob si o poder. Da mesma forma, observa-se o direito de nacionalidade de Mancini sob as condies de existncia propiciadas pelo amadurecimento das classes sociais do capitalismo na Europa Ocidental como fruto da Revoluo Industrial, extraindo-se seu sentido das lutas revolucionrias por libertao nacional que ali se desenrolavam. O carter essencialmente limitado da soberania de Kelsen, enfim, ser observado no contexto da passagem do capitalismo para sua poca imperialista, como um reflexo consciente dos desenvolvimentos experimentados pelo direito internacional no fim do Sculo XIX e incio do Sculo XX, aps a Primeira Guerra Mundial. Assim, alm de demonstrar o carter ideolgico e a inexatido dos conceitos mencionados, busca-se demonstrar que o contedo da soberania em cada perodo histrico analisado encontra sua razo de ser na correspondente fase de desenvolvimento do capitalismo e que a forma jurdica soberania, isto , o lugar que ela ocupa no direito internacional, determinado pela necessidade do capitalismo de um instrumento de fora que assegure a acumulao de capital, o Estado soberano.

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Este trabalho visa realizar os primeiros passos de um projeto mais longo, cujo objetivo determinar o sentido daquilo que entendemos como pergunta pelo sentido do ser; junto a isso, se tem aqui igualmente o propsito de pensar a metodologia que acaso venha a ser adequada, isto , o tratamento especfico que possa alguma vez dar a tal questionamento um desenvolvimento legtimo. O caminho por ns adotado partir de Kant por motivos estratgicos, principalmente pela razo de encontrarmos a uma tese declarada sobre ser, que lhe concede um sentido unitrio: ao coment-la, reconstruindo-a por meio da apresentao de alguns de seus momentos, estaremos nos utilizando da mesma para apontar aquilo que acreditamos constituir uma corrupo de sentido nas suas prprias bases, permitindo compreender as dificuldades lanadas pela questo que, assim nos parece, so as mesmas que terminam por gerar as confuses que perfazem a prpria história da metafsica. Isto significa que nossa discusso do caso kantiano - embora vise diretamente a filosofia crítica e todo projeto de uma teoria das faculdades - dever cunhar resultados mais amplos, j mesmo porque, a partir dela, viremos mesmo a afirmar a total inadequao de uma abordagem do sentido do ser sob o ponto de vista do comportamento terico. Por oposio a ele, procuraremos demonstrar que ser s pode ser abordado no interior de um campo de sentido que se apresente como o que chamaremos de atividade descritiva ou, poderamos igualmente dizer, uma atividade de mostrao. Este ltimo ponto, conclusivo somente quanto parte do caminho que nosso projeto mais geral nos exige percorrer, ser explicitado com a ajuda de alguns dos conceitos apresentados por Husserl em suas Investigaes Lgicas.

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Este estudo tem como objetivo averiguar os efeitos de sentido produzidos por msicas de hip hop (movimento cultural cultivado nos guetos fluminenses), com base na anlise de sua expresso verbal (rap) e em uma considerao experimental de capas de disco. Objetiva-se tambm investigar, no material artstico de Marcelo D2 e MV Bill, relaes sociais engendradas por sujeitos da periferia, em espaos sociais antagnicos (centro e periferia). Para isso, exploramos uma Anlise do Discurso de base enunciativa, enfatizando o conceito de etos discursivo, alm de noes vinculadas problemtica da alteridade discursiva, a fim de que se analise o posicionamento de entes subjugados perante o descaso a que esto submetidos, e suas impresses sobre as imagens discursivas de marginalizadores. Buscamos apreender etos produzidos por sujeitos do rap, considerando a presena do Outro que fala nele/por ele (alteridade). Nossos procedimentos metodolgicos apontam o que levou a considerar o hip hop, alm da trajetria seguida na delimitao do corpus. Alm disso, expem-se os motivos que nos fizeram priorizar etos e alteridade discursiva. As anlises buscam avaliaes sobre a materialidade discursiva, que almejam extrair sentidos produzidos nos guetos. Como resultados, refletimos sobre aspectos inerentes ao contexto social fluminense, ao relacionamento entre sujeitos, lugares e prticas, para que se alarguem consideraes sobre essas afinidades, inclusive na escola. Desse modo, ambicionamos que se aprimorem os debates sobre prticas de afirmao social de classes e, atravs de novas discusses, se intensifiquem as iniciativas sociopolticas

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Este estudo prope uma leitura histrico-cultural das interpretaes de Gerd Bornheim (1929-2002), destacando a temtica da linguagem, sobretudo das linguagens artsticas. A partir dessas expresses, as colocaes críticas de Bornheim a respeito da esttica e filosofia da arte apresentam um panorama dos questionamentos. Nesse sentido, so notveis em seus trabalhos as reflexes sobre o teatro e a msica. A linguagem teatral permite o acesso s outras atividades artsticas (poesia, msica, artes plsticas, cinema) de forma livre e aberta. A linguagem musical, em consonncia com a teatral, corrobora a pesquisa de Bornheim, que observou o processo criativo, a comunicao, o papel da interpretao (advento da crítica) e as rupturas nas poticas contemporneas. Tal itinerrio sublinha a pesquisa que Bornheim realizou na Frana nas dcadas de 1950 e 1960-70. O estmulo dessa atmosfera, marcada pelo dilogo entre filosofia, cincias sociais, psicologia, psicanlise, história, antropologia, lingustica, comunicao, teatro e msica foi decisivo para ele. Esses pontos so importantes para a apreenso do tema da linguagem e sua ambincia histrica, na qual Bornheim revela outras perspectivas de pesquisa. O pano de fundo a crise da metafsica e os novos parmetros para se pensar a dialtica, a teoria e a prtica. O diagnstico de tal crise estende-se tambm esttica. Por conseguinte, o entendimento das ideias de Bornheim conduz aos temas da diferena e alteridade na contemporaneidade. Com isso, persegue-se um percurso temtico que aborda: a linguagem e o problema da comunicao a partir da ligao das interpretaes de Bornheim com as de Sartre e Merleau-Ponty. Alm disso, o surgimento da crítica e os questionamentos da normatividade tica e esttica levam discusso das motivaes coincidentes entre artes e cincias. Por fim, a linguagem musical enfatiza ainda o processo de transformao da subjetividade, que propicia uma percepo mais ampla das expresses artsticas e culturais.