1000 resultados para Curricular organization
Resumo:
A dificuldade em obter a adesão dos docentes de Medicina às reformas curriculares e pesquisas cor-relatas tem sido recorrente e explicada pela não profissionalização da função docente; complexidade e diversidade de atividades e cenários que caracterizam o ensino médico; vínculo precário com as instituições e dedicação parcial às escolas; insegurança; corporativismo e resistências a mudanças. Esta pesquisa objetivou descrever o perfil dos docentes e analisar suas expectativas quanto à formação médica e sua participação no planejamento pedagógico, visando estimular a reorientação curricular, promovendo o ensino "no e para" o Sistema Único de Saúde (SUS). Os docentes observam que aspectos organizacionais e gerenciais da universidade impedem o envolvimento pessoal no Projeto Pedagógico. Por outro lado, reconhecem a necessidade de mudanças no ensino e manifestam interesse pela docência no nível superior. É preciso exercitar a reflexão sobre a prática, para que esta possa ser uma referência para a interpelação e transformação das formas tradicionais de conceber o ensino em saúde.
Resumo:
Competência, para fins de organização de currículos na área de saúde, deve ser concebida como a capacidade de mobilizar, articular e colocar em prática conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho efetivo das atividades requeridas no contexto do trabalho. Currículos orientados por competência devem alinhar metodologias de ensino-aprendizagem, práticas pedagógicas, diferentes contextos e cenários de aprendizagem, métodos de avaliação e atividades de pesquisa com esse princípio de organização curricular. Caracteristicamente, são centrados na busca ativa pelo conhecimento, interdisciplinaridade, integração teórico-prática e interação ensino-sociedade, trazendo o desenvolvimento da identidade profissional para o centro das atividades de aprendizado. Sua construção envolve, inicialmente, a identificação e definição das competências necessárias à boa prática profissional. Em seguida, a definição de seus componentes e os níveis de desempenho. Posteriormente, deve ser elaborado um programa de avaliação que esteja prioritariamente a serviço do aprendizado (avaliação formativa) e que seja voltado para a detecção de conhecimentos, habilidades e atitudes assimilados pelos estudantes e não para sua classificação dentro de um grupo normativo.
Resumo:
Este estudo de abordagem qualitativa foi realizado com o objetivo de avaliar a percepção de estudantes sobre a aprendizagem da relação médico-paciente (RMP) após reforma curricular no curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina, por meio de entrevistas semiestruturadas com 25 dos 46 alunos do décimo segundo semestre do curso, selecionados aleatoriamente. Os resultados mostraram uma RMP valorizada por todos, e empatia, respeito, não julgamento, escuta ativa e linguagem acessível apontados como elementos fundamentais. Foi reportada dificuldade de interação com pessoas portadoras de doenças graves, incuráveis e/ou terminais e também no contexto de emergência. Os recursos para a aprendizagem da RMP mais citados foram os modelos, os estágios nas Unidades Locais de Saúde desde o início do curso e a educação familiar. Sugeriu-se ampliar a abordagem da RMP, supervisão e troca de experiências durante o curso. Concluiu-se que a reflexão dos estudantes sobre a necessidade de aprendizagem da RMP está em processo de desenvolvimento e que cenários como o da integração ensino-serviços de saúde têm significativa importância para a apreensão de habilidades comunicacionais.
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INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de um projeto de pesquisa com metodologia adequada proporciona ao aluno a oportunidade de construir competências e habilidades que contribuirão para seu aprimoramento pessoal e, mais tarde, do profissional. Para estar atualizado, este deve ser capaz de buscar conhecimento novo, de qualidade, analisando criticamente a literatura disponível. A prática da pesquisa possibilita a vivência dos aspectos éticos pertinentes à propriedade intelectual e à pesquisa com seres humanos. OBJETIVO: Conhecer a avaliação que os alunos de graduação em Medicina fazem da atividade de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) como etapa de finalização do eixo curricular de iniciação à pesquisa. MÉTODOS: Estudo qualitativo e quantitativo. Dados quantitativos, que permitem descrever o perfil da amostra, foram coletados por meio de questionários aplicados aos 42 (100%) estudantes da turma inicial de um curso de Medicina que utiliza metodologia ativa de ensino-aprendizagem. Também foram utilizadas informações dos questionários de avaliação desses estudantes, preenchidos pelos 32 orientadores de TCC envolvidos. A abordagem qualitativa envolveu entrevistas realizadas pela internet, com oito estudantes (19,0%). Dados quantitativos foram analisados por meio de medidas de tendência central. Na análise dos dados qualitativos, foi utilizada a técnica de Construção do Discurso do Sujeito Coletivo, com base em expressões-chave e ideias centrais recortadas dos discursos individuais. RESULTADOS/CONCLUSÕES: A experiência de cursar pesquisa científica, bem como a elaboração do TCC foram consideradas importantes pelos estudantes, tanto para a sua prática enquanto "internos", quanto para a sua vida profissional. Apontam como principais pontos fortes dessa experiência: o desenvolvimento das capacidades de buscar, selecionar e criticar artigos científicos, e o treinamento das habilidades de elaboração de projetos de pesquisa, leitura de artigos em língua estrangeira, análise estatística e apresentação em público.
Resumo:
A reforma curricular implantada em 2005 no curso de graduação em Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) com a utilização das metodologias ativas de ensino-aprendizagem, no caso a aprendizagem baseada em problemas (ABP), e com a passagem pela Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) desde os primeiros períodos pode influenciar a trajetória de formação profissional de seu estudante? Para responder a esta questão - objetivo deste estudo -, procedeu-se a uma pesquisa qualitativa com os discentes matriculados no quinto período do curso, por meio de entrevistas, as quais foram categorizadas e analisadas. Os resultados evidenciaram significativa receptividade ao novo modelo curricular, pelo entendimento de que este é capaz de suscitar novas reflexões dirigidas à futura prática do estudante, e, igualmente, ao conceito de saúde e ao processo de adoecimento. Verificou-se, ainda, que a opção precoce por uma especialidade, expressa pela maior parte dos entrevistados, não foi alterada sob o novo currículo e que a formação do médico como generalista ou médico de família é ainda pouco valorizada.
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O objetivo do estudo foi analisar a confiabilidade e validade interna de um questionário de satisfação aplicado prospectivamente a alunos do sexto ano médico que frequentaram o estágio de Neonatologia em uma universidade pública de 2000 a 2011. Responderam ao questionário 1.349 (97,4%) alunos. O coeficiente de Cronbach foi 0,7. A análise fatorial determinou quatro domínios: atuação dos docentes, assistência na sala de parto, número de recém-nascidos assistidos e carga teórica, que explicaram, respectivamente, 18%, 16%, 14% e 9% da variância total. O escore de satisfação foi 89,3 ± 7,6% do escore máximo, o número de recém-nascidos recepcionados na sala de parto/aluno foi 4,7 ± 3,3, e as notas do pré-teste e pós-teste foram 5,3 ± 0,9 e 8,8 ± 0,5, respectivamente. A correlação de Pearson entre o escore total e a nota do pós-teste foi 0,7 (p = 0,010) . Houve correlação positiva entre escore de satisfação e qualidade das aulas, aproveitamento na sala de parto, atuação do plantonista e docente, atendimento ao recém-nascido e hospital com condições para o aprendizado. Concluiu-se que a confiabilidade e a validade interna do questionário foram adequadas, e o escore de satisfação do aluno foi elevado.
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No intervalo de uma década (1966-1975), três escolas médicas - nas universidades de Brasília (UnB), São Paulo (USP) e Minas Gerais (UFMG) - estabeleceram novos currí-culos a fim de preparar médicos com potencial ampliado no trato de necessidades de saúde no cenário comunitário. As três escolas diferiam entre si no contexto geopolítico, na totalidade de recursos e na experiência de vida. Embora suas propostas tivessem traços em comum, cada qual definiu de forma peculiar os elementos da organização programática, dos enfoques estratégicos e da gestão do processo curricular, os quais se expressaram diferentemente na característica global de orientação comunitária, bem como no impacto de seus efeitos na formação dos médicos e no sistema de saúde. Este relato reúne informações documentais referenciadas e algumas ilações sobre os elementos básicos da inovação curricular e seus efeitos, nos três casos.
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RESUMO O objetivo do estudo foi analisar, na perspectiva dos coordenadores, as repercussões do PET-Saúde no processo de reforma curricular das escolas de Medicina participantes do Promed. Trata-se de pesquisa qualitativa, com utilização de grupos focais com coordenadores do PET-Saúde de 12 escolas médicas. Foi evidenciado que o PET-Saúde fortaleceu o desenvolvimento curricular, contribuindo especialmente no que diz respeito à consolidação da Atenção Primária como local privilegiado para as práticas de ensino-aprendizagem. As contribuições mais expressivas do PET-Saúde foram relacionadas à produção de conhecimento voltada para as necessidades do SUS e ao fortalecimento da integração ensino-serviço, aspectos que se configuraram como pontos de estrangulamento no contexto do Promed. O PET-Saúde, ao envolver profissionais não docentes (preceptores), acabou contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde onde atua, ao capacitar, valorizar e empoderar esses profissionais. O papel do PET-Saúde foi menos enfatizado na pós-graduação e educação permanente voltadas para as necessidades do SUS. A oferta dessas oportunidades educacionais em estreita articulação com o SUS continua sendo um desafio para as políticas de formação profissional na área da saúde.
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This case study examined how productivity and renewal are combined in a production organization operating in process industry through the antecedents of organizational ambidexterity; structure, culture, and management. The empirical material consisted of semi-structured interviews, observations and case organization documents. The findings suggest that the case organization structurally separates exploitation and exploration to separate units. However, it was found that the units focusing on exploration also devote resources to exploitation. External networks, such as customers, suppliers, and other factories seemed to play a role in the exploration activities, as well as in learning activities, which were connected to renewal. Productivity was seen as a natural part of a production organization and pursued at manufacturing units. Process management techniques appeared to be spread across the organization and having positive impact on exploitation and negative impact on exploration. The managerial culture and management’s capability to communicate goals, vision and strategy was found to be unsatisfactory. This thesis contributes to the new research paradigm of organizational ambidexterity by providing unique results on how the antecedents of organizational ambidexterity are accomplished in a production organization. Furthermore, the thesis extends the previous research of organizational renewal capability by connecting it to the ambidexterity theory.
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It has been shown in organizational settings that trust is a crucial factor in different kinds of outcomes, and consequently, building employee trust in the employer is a goal for all kinds of organizations. Although it is recognized that trust in organizations operates on multiple levels, at present there is no clear consensus on the concept of trust within the organization. One can have trust in particular people (i.e. interpersonal trust) or in organized systems (i.e. impersonal trust). Until recently organizational trust has been treated mainly as an interpersonal phenomenon. However, the interpersonal approach is limited. Scholars studying organizational trust have thus far focused only on specific dimensions of impersonal trust, and none have taken a comprehensive approach. The first objective in this study was to develop a construct and a scale encompassing the impersonal element of organizational trust. The second objective was to examine the effects of various HRM practices on the impersonal dimensions of organizational trust. Moreover, although the “black box” model of HRM is widely studied, there have been only a few attempts to unlock the box. Previous studies on the HRM-performance link refer to trust, and this work contributes to the literature in considering trust an impersonal issue in the relationship between HRM, trust, and performance. The third objective was thus to clarify the role of impersonal trust in the relationship between HRM and performance. The study is divided into two parts comprising the Introduction and four separate publications. Each publication addresses a distinct sub-question, whereas the Introduction discusses the overall results in the light of the individual sub-questions. The study makes two major contributions to the research on trust. Firstly, it offers a framework describing the construct of impersonal trust, which to date has not been clearly articulated in the research on organizational trust. Secondly, a comprehensive, psychometrically sound, operationally valid scale for measuring impersonal trust was developed. In addition, the study makes an empirical contribution to the research on strategic HRM. First, it shows that HRM practices affect impersonal trust and the contribution is to consider the HRM-trust link in terms of impersonal organizational trust. It is shown that each of the six HRM practices in focus is connected to impersonal trust. A further contribution lies in unlocking the black box. The study explores the impersonal element of organizational trust and its mediating role between HRM practices and performance. The result is the identification of the path by which HRM contributes to performance through the mediator of impersonal trust. It is shown that the effect on performance of HRM designed specifically to enhance employees’ impersonal trust in the organization is positive.
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In a modern dynamic environment organizations are facing new requirements for success and competitive advantage. This also sets new requirements for leaders. The term of ambidexterity is used in relation with organizations that are able to manage short-term efficiency and long-term innovation simultaneously. Ambidextrous leaders have the same capability at an individual level. They are able to balance between efficiency and flexibility. This study examined the confrontation of these two competing concepts in the leadership perspective. The aim of the study was to understand this recently arisen concept and its antecedents and examine what is currently known about ambidextrous leadership. This was a case study with data collected through theme interviews in a result orientated customer centre organization that has a cultural change at hand when it comes to leadership and empowerment. Organization wants to be efficient and flexible at the same time (a.k.a. ambidextrous) and that requires new type of leadership. In this study the aim was to describe the capabilities and criteria for ambidextrous leader and examine the leadership roles related to ambidextrous leadership in different hierarchical levels. The case organization had also created systematic means to support this cultural change and the effects of the process related to leadership were studied. This study showed that the area is yet widely unexplored and contradictory views are presented. This study contributes to the deprivation of study of ambidexterity in leadership and individuals. The study presents a description of ambidextrous leadership and describes the capabilities of ambidextrous leader. Ambidextrous leaders are able to make cognitive decisions between their leadership style according to situation that requires either leadership related to efficiency such as transactional leadership or leadership related to flexibility such as transformational leadership. Their leadership style supports both short-term and long-term goals. This study also shows that the role of top management is vital and operational leaders rely on their example.
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The objective of this study was research the shared knowledge and the means of sharing with the help of social network analysis. The purpose of this study was to give descriptive information to case-organization about its situational network status in different units. The premise of the study is the success of organizational competences and networks, especially when it comes to the sharing of knowledge. The research was accomplished in a TEKES –projects, Developing Network-Based Services – The Role of Competences and Networks COMNET –projects case-organization. Lappeenranta School of Business and the case-organization started the project in co-operation. The baseline for the study was organizational competencies and organizational networks as success factors, especially from the knowledge sharing’s point of view. The research was based on triangulation, which included pre-interviews, network analyses accomplished by Webropol –e-mail survey and qualitative interviews. The results indicated that regular unit meetings were experienced to be the most important method of knowledge sharing along with e-mailing, intranet and weekly bulletins. The co-operation between units was also experienced to be important when evaluating knowledge sharing and communication. The intrafirm network was experienced tight. Dispersed units and partly unclear means of information sharing were the biggest obstacles for information communication. Knowledge sharing, communication with others and trainings were seen important in the case-organization.
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The objective of this study was to find out the factors that affect customer profitability in the not-for-profit case company. The customer profitability was examined in two different segments of the customer base. The effects that price, cost and the amount of services provided have on the profit margin were studied. The distribution of profitability among the customers and the effect of certain characteristics, such as size of the customer measured in services purchased, on the profitability were analyzed. The theoretical framework was built around customer profitability and the use of customer profitability information in a not-for-profit organization. The present use of customer profitability information and the possibilities of using the results of this research in the case company were presented. Quantitative research methods were used in the empirical part of the study. The results indicate that the two customer segments have differences in their buying behaviors which affect the profitability and thus the measures taken to improve the profitability should be considered with the different characteristics of the customers in mind. Finally the limitations of the study were discussed as possible further research topics.
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This study examined relationships of organizational dependencies, change management and developed intellectual knowledge resources, in different intellectual capital based development programs on ICT-sector. Study was carried out in a research context, where high degree of external organizational contingencies existed and lots of changes in several development programs had taken place in the last years. From a scientific perspective the main contribution was that evidence between relationships of organizational dependencies, change model portfolio and developed knowledge resources could be suggested. From managerial perspective the primary implication was that in situations where sustainable competitive advantage is pursued by means of increasing knowledge based productivity of labor, firms should seek to pursue organizational settings where external dependencies have minimal amount of effect.