1000 resultados para Aprendizagem da Língua Materna
Resumo:
Neste artigo analisamos a troca de código, uma estratégia de compensação que consiste na utilização de uma palavra ou frase em L1, L3 ou L4, no interior do enunciado em L2, empregada por aprendizes de italiano LE cuja língua materna é o português brasileiro, durante a realização em dupla de uma tarefa escrita. A pesquisa, que se baseou nos instrumentos propostos pela etnografia, mostra que a troca de código constitui um potencial para o desenvolvimento da interlíngua e para a aquisição/aprendizagem de LE e que tal estratégia, além de compensar eventuais lacunas linguísticas originadas pela falta de recursos adequados para expressar-se em LE, é usada pelos falantes como procedimento típico da conversação bilíngue para facilitar a comunicação.
Resumo:
O presente Relatório de Estágio tem por objetivo descrever todo o processo de aplicação de estratégias para a interiorização e consequente execução na lecionação de uma Língua Estrangeira recorrendo ao mínimo à Língua Materna, realizado no decorrer da Prática de Ensino Supervisionada (PES), no âmbito do curso de Mestrado em Ensino de Inglês e de Espanhol no Ensino Básico da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança. Essa descrição implica a consequente reflexão expressa e fundamentada neste relatório. Por conseguinte, tentámos fundamentar a nossa posição através de vários posicionamentos teóricos aliados a uma componente prática forte. Deste modo, durante a PES, proporcionou-se, aos alunos, uma interação maioritariamente na Língua Estrangeira (LE) nas aulas da mesma, ainda que estivesse sempre subjacente a grande importância da língua materna na aprendizagem de uma LE. Soará impossível aprender uma LE sem qualquer tipo de exemplos e referências auditivas (como o recurso a audio e video, não se baseando única e simplesmente na intervensão do professor na LE), no entanto, e visto estar a ser dada cada vez mais importância às macrocapacidades de compreensão oral e expressão oral, defende-se uma maior prática oral na lecionação de uma LE na LE.
Resumo:
Esta é uma investigação em linguística aplicada que, ao procurar perceber melhor o modo como o processo de aprendizagem do aprendente chinês de português como língua estrangeira(PLE)pode ser afetado pela aquisição do significado metafórico, assume um pendor linguístico, não deixando de se situar no âmago do ato pedagógico. Admitindo a hipótese da existência de uma correlação positiva entre a frequência do uso da metáfora gramatical e o nível de proficiência dos aprendentes na expressão escrita, esta dissertação pretende aprofundar a compreensão dos mecanismos de aquisição do Português por aprendentes (PLE/PL2) que têm como língua materna o Chinês, designadamente os que se prendem com a aquisição de processos metafóricos. Neste estudo, teremos como referência a teorização sobre o significado metafórico proposto por Halliday (1985, 1994, 2004). A ocorrência de metáforas gramaticais foi escrutinada emdois manuais de ensino de PLE concebidos para os níveis A2 e B1 do QECR, de forma a poder identificar, qualitativa e quantitativamente, os padrões textuais metafóricos com que os aprendentes têm que lidar nestes momentos específicos do processo de aprendizagem. Para compreender a produção escrita de pendor metafórico dos aprendentes, é realizada análise sistemática de amostras da expressão escrita de alunos de PLE chineses dos mesmos dois níveis, constantes no Corpus de Português Língua Estrangeira/Língua Segunda, COPLE2. Do confronto dos dados dos dois planos de análise, foi possível confirmar que a transição entre os dois níveis subsequentes escolhidos (A2 e B1) representa uma mudança crucial no padrão metafórico, quer dos textos propostos aos aprendentes, quer dos textos por estes produzidos, mudança esta que pode explicar alguns dos bloqueios de aprendizagem associados ao nível B1 e seguintes. Foi possível, entre outros aspetos, identificar a primazia da metáfora ideacional na acomodação da expressão metafórica, compreender como o aprendente evita o recurso metafórico, tornando a sua escrita menos abstrata e densa, como o aprendente aborda a metáfora interpessoal, restringindo o seu uso a géneros discursivos muito específicos. Sendo, embora, um estudo exploratório, permite confirmar que esta linha de investigação oferece dados inestimáveis aos professores de PLE e agentes de ensino, em geral.
Resumo:
Enquadramento: A par da não alfabetização e do abandono escolar, as taxas de insucesso no ensino fundamental no Brasil atingem indicadores preocupantes. A aprendizagem é um processo complexo e são múltiplos os fatores que contribuem tanto positivamente quanto negativamente na aprendizagem dos alunos e os seus efeitos irão refletir-se no futuro dos educandos. Se há crianças com distúrbios fisiopatológicos que prejudicam a sua aprendizagem, noutras, porém, as dificuldades surgem por influência da escola/professores e da relação destes com a família Objetivos: Identificar as áreas de dificuldades de aprendizagem na componente curricular de português e matemática; identificar as dificuldades nos domínios de aprendizagem de cada área e analisar a relação das variáveis sociodemográficas e escolares com as dificuldades de aprendizagem. Material e métodos: Estudo exploratório-descritivo, quantitativo e correlacional numa amostra de 178 alunos, do 3º ano, numa escola pública de Taquarana, Alagoas, Brasil. Utilizamos um questionário para a caraterização socio demográfica e escolar dos alunos e uma escala utilizada na escola para a avaliação formal da aprendizagem. Resultados: Os participantes são na maioria do sexo masculino (55,6%) com uma média de idades de 8,53 anos, distribuídos em 6 turmas (3 manhã e 3 tarde) em que a menor tem 25 alunos e a maior tem 35. Demoram em média 20 minutos na deslocação para a escola. Verificamos que 34,3% vivem com pais solteiros, separados divorciados ou viúvos. 31,5% dos alunos referem ter muito mau, ou mau ambiente familiar e há turmas onde isso é mais evidente. Os pais dos alunos em 37,1% não têm instrução e em 53,4% não ajudam nos estudos ou trabalhos de casa. Os alunos que já reprovaram são 26,4% e destes, 36,2% já reprovaram 3 ou mais vezes. As dificuldades de aprendizagem em língua portuguesa e matemática são maiores nos alunos mais velhos, do sexo masculino e que já reprovaram mais de uma vez. Um ambiente familiar mau/muito mau e a situação familiar dos pais a falta de instrução dos pais e o não ajudarem nas tarefas de casa contribui com as dificuldades. Na língua portuguesa há maior dificuldade no respeitar o momento de escuta e fala, na leitura e interpretação, produção textos e uso das regras ortográficas. Em matemática globalmente têm maiores dificuldades sobressaindo os parâmetros de identificação das operações nas situações-problemas e elaboração de tabelas e gráficos. Conclusões: Encontramos no nosso estudo alunos com grandes taxas de reprovações e com dificuldades evidentes tanto na língua portuguesa como em matemática. Constatamos que diversos são os fatores que contribuem para o aparecimento das dificuldades na aprendizagem de alguns alunos mas não podemos deixar de refletir sobre a influência da família. A destruturação familiar, mau ambiente e o fato de não terem instrução e não ajudarem os filhos nos estudos mostraram-se influenciadores no insucesso dos alunos PALAVRAS-CHAVE – Aprendizagem, Dificuldades de aprendizagem, Família, Educação.
Resumo:
A leitura e a escrita mantêm entre si relações de grande proximidade sendo praticamente indissociáveis. Na verdade, nas últimas décadas, a investigação tem vindo a demonstrar que a aprendizagem da leitura e da escrita se processa praticamente em simultâneo e que, ao longo do processo de ensino-aprendizagem, essa relação entre os dois domínios se vai intensificando. Assim, sabemos hoje, que quanto mais se lê melhor se escreve, da mesma forma que quanto mais se escreve maior é a capacidade de compreender os textos lidos. Ao professor de Português compete a tarefa de desenvolver nos seus alunos, em qualquer nível de ensino, competências várias em todos os domínios contemplados nos documentos legais e programáticos em vigor. No entanto, e dada a natureza deste Relatório Final de Prática de Ensino Supervisionada, não podemos deixar de frisar que, relativamente aos domínios da leitura e da escrita, o professor de língua materna deve promover e estimular nos seus alunos o desenvolvimento gradual e articulado de competências relacionadas com a compreensão leitora e a expressão escrita, nas suas várias dimensões – ortográfica, textual e criativa. Encarando a escrita criativa como uma modalidade fundamental para a criança, não só por alargar a sua capacidade imaginativa, mas também por permitir adquirir, consolidar e utilizar com progressiva autonomia e criatividade todos os aspetos relacionados com a estrutura da língua, perspetivamo-la como fundamental nas aulas de Português, pelas potencialidades de que a mesma se reveste e não apenas como ferramenta utilizada para desbloquear nos alunos o receio da página em branco. Daí que tenhamos concebido e implementado, numa sala de 3º ano de escolaridade, num dos agrupamentos de escolas de Portalegre, um projeto de investigação-ação centrado no domínio da escrita criativa, mas alicerçado em práticas de leitura compreensiva de textos literários, práticas essas que antecederam os momentos de escrita. Desse projeto em particular, e das atividades implementadas ao longo da Prática de Ensino Supervisionada nas diversas disciplinas em geral, no 1º e no 2º CEB, dar-se-á conta, de forma reflexiva, neste Relatório Final.
Prática de ensino aprendizagem no domínio da leitura e da escrita no primeiro ciclo do ensino básico
Resumo:
Este trabalho pretende descrever e interpretar a Prática de Ensino Supervisionada no âmbito das práticas de Ensino Aprendizagem no domínio da Expressão e Comunicação no Primeiro Ciclo do Ensino Básico. O objetivo principal deste estudo, é verificar algumas características do método observado e implementado ao longo Prática de Ensino Supervisionada na aprendizagem da leitura e da escrita. Como tal, o trabalho apresenta e discute as práticas que, na PES, tiveram o objetivo de desenvolver as capacidades cognitivas e intelectuais dos alunos neste campo. O presente trabalho é considerado um estudo qualitativo, na área da aprendizagem da Língua Portuguesa onde o grupo de alunos estudado, tinha como base a Cartilha Maternal João de Deus de forma adaptada. Nesta perspetiva, dinamizaram-se atividades cujo objetivo incidia na aprendizagem da leitura e escrita. Algumas das dificuldades, que se manifestam nas escolas, poderiam ser ultrapassadas se as metodologias abrangessem os princípios básicos que orientam a linguagem oral. A compreensão do impacto, que os diferentes métodos de leitura e escrita provocam, colocam a quem aprende, algumas questões relevantes relativamente à forma como se ensina e na relação com a capacidade de aprender a ler e escrever. A competência para ler e escrever não é considerada uma aprendizagem inata, por necessitar de um ensino sistematizado e consistente para que esta competência seja alcançada. Durante o período de iniciação da aprendizagem da leitura e escrita os alunos utilizam estratégias de substituição, isto é, substituem uma palavra que lhes seja desconhecida por uma que se adapte ao contexto. Sendo que, no fim do primeiro ano de escolaridade, muitos alunos já deixaram de utilizar as ditas estratégias de substituição, passando a dominar as estratégias que envolvem o uso de relações entre ortografia e o sistema fonético.
Resumo:
O ensino de Língua Portuguesa tem, sem dúvida, representado um problema constante para muitos professores da área nas escolas de ensino básico. Alguns professores, diante das constantes e reiteradas críticas ao ensino de língua materna que muito provavelmente ocorram por conta dos resultados pouco satisfatórios das avaliações oficiais sobre o desempenho dos estudantes sentem-se desnorteados sobre o que fazer em sala de aula. Muitas vezes o desnorteio é tal que os professores acabam não fazendo nada que seja significativo para o desenvolvimento comunicativo dos alunos. Esse tema, que não é novo, mas atual, se impõe pela recorrência das discussões e críticas na academia sobre quais são os objetivos do ensino de Língua Portuguesa e a crise que o ensino dessa disciplina atravessa. Em suma, o ensino hodierno de Língua Portuguesa, em nível básico, não tem suprido as exigências que se impõem ao alunado brasileiro que os estudantes, ao concluírem o ensino médio, escrevam, leiam e falem com competência. Que relação esse quadro tem com a formação e a prática dos professores de Língua Portuguesa em sala de aula? Em que medida as Diretrizes Oficiais para o ensino de Língua Portuguesa são utilizadas como referencias para o trabalho em sala de aula? São essas questões que nortearam a pesquisa. Para responder a essas perguntas realizamos uma pesquisa bibliográfica e empírica de viés qualitativo. A pesquisa bibliográfica, fundamentada nos PCNs de Língua Portuguesa, Sírio Possenti, Luiz Carlos Travaglia, Donald Schön, António Nóvoa, entre outros, nos forneceu subsídios teóricos sobre as diretrizes para o ensino de Língua Portuguesa e sobre a formação do professor. Com a pesquisa de campo a intenção foi a de analisarmos o ensino de língua materna. Para tanto, ouvimos 10 professores e 50 alunos da rede pública de ensino do estado de São Paulo, com o objetivo de conhecer as opiniões e impressões desses professores e alunos sobre o ensino de Língua Portuguesa. A análise dos dados revela que os avanços teóricos no campo da Linguística foram parcialmente incorporados pelos professores, ou seja, os docentes, em suas práticas de sala de aula, restringem-se, muitas vezes, a repetir o mesmo ensino a que sempre estiveram habituados. Os resultados desse estudo, ainda que circunscritos a uma dada realidade, apontam para a necessidade de se buscar meios efetivos para que a formação inicial e continuada dos professores de Língua Portuguesa possam contribuir com novas práticas de ensino em sala de aula.
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This is a qualitative and reflexive research with focus on digital literacy. Among the digital media that could support the teaching of argumentation in the Science & Technology and Information Technology undergraduate courses of the Federal University of Rio Grande do Norte, we chose a serious game as object of research. Given the object of study in the discipline of reading and writing II – argumentation and genre from the order of argumentative writing -, common to the undergraduate courses mentioned, we invest on the development of a serious game, named ArgumentACTION, because we believe that it may, in fact, become a promising didactic instrument. Therefore we intend to understand whether and how this game can help students develop their reading and writing skills more independently, specifically towards an argumentative order genre: the opinion piece. With this research, we intend to contribute to the teaching of the Portuguese language on three bases: extending theoretical scope, in order to generate greater intelligibility on the teaching-learning process of argumenting; proposing a new methodological possibility, with the incorporation of a serious games to teaching; perfecting the game with which we are working, in order to build – and make available – a more refined digital tool to subsidize the teaching and learning of reading and writing of opinion pieces. To do so, we use the following as theoretical-methodological: Studies of Literacy (KLEIMAN, 2012b; TINOCO, 2008; OLIVEIRA, 2010; GEE, 2009; 2010; ROJO, 2012), The Applied Linguistics (KLEIMAN, 1998; BUSH-LEE, 2009), The Philosophy of Language (BAKHTIN, VOLOSHINOV, 2012) and Critical Pedagogy (DEWEY, 2010). A group of students from the upper mentioned undergraduate courses collaborated with this research by playing and analyzing the game. They were also interviewed about their experience in this matter. From the data generated, we established the categories of analysis: decollection, interest, multimodality/multisemiosis and interactivity, agent of literacy, learning principles. The conclusions we obtained show that the investment in applications, especially games, can bring real benefits to the teaching/learning of the Portuguese language; moreover they reveal that the work on argumenting has much to gain with the incorporation of serious games; however the possible advantages depend on a focused teaching practice and constant improvements and updates of this type of interactive tool, as well as the pedagogical practice from those who use and develop the games.
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There are diverse studies about beliefs in Applied Linguistics since 1970 or so (BARCELOS, 2004), especially beliefs about teaching and learning Foreign Languages. The research about beliefs and experiences of English language teachers, who take part in a program of teaching incentive (Pibid), and, therefore, are immersed in public schools for elementary education, is relevant, once the (ac)knowledgment of these beliefs related to their teaching and learning experiences allows these teachers to reflect about the aspects that involve their teaching practice and their role as teachers of English language. The present work aims to investigate the interaction of beliefs and experiences related to foreign language teaching and learning of teachers who are participants of Pibid, in the subproject of English Language at the Federal University of Uberlândia (UFU), in 2013. The objective is to identify the beliefs and experiences about teaching and learning that the pre-service teachers (PI), the coordinator teacher (PF) and the supervisor teachers (PS) of the program show and how their beliefs and experiences influence each other and can or cannot be redefined. This is a qualitative and interpretative master’s research, in which I analized one narrative of each PI, one interview of PF and another of each PS, and, also, two meetings – the first between the PF and the PIs, and the second between all the participants in the subproject. All the data was collected at the end of their participation in Pibid, approximately one year and six months later. Therefore, I raised some beliefs and experiences about English language teaching and learning present in the teachers’ discourse and analized excerpts in their speech that evidenced the interaction with other participants and its influence to the formation, confirmation, demystification and redefinition of their beliefs. The results of this analysis bring elements that may help the constant reflection of university teachers, teachers in practice and pre-service teachers about the aspects that involve the teaching experiences in public schools.
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This work aimed at analyzing the speeches constructed about motivation by English teachers who teach at public state schools in the interior of Minas Gerais. We aimed at delineating the concept of subject underlying the subjects’ notion of motivation and identifying the role that the English teacher attributes to himself and to the student when he/she enunciates on motivational issues, problematizing the possible consequences of these issues for some English teachers while working in public schools. In order to do so, our investigation made use of theoretical assumptions from Applied Linguistics and Discourse Analysis. The theoretical fundamentation deriving from Bakhtin Circle as well as from Michel Pecheux’s theoretical basis were also very relevant for this research. The intersection of these studying fields entails a theoretical construction that considers the voices of those who live the social practice (MOITA LOPES, 2006), which allows one to see the subjects through their heterogeneity, fluidity and fragmentation. Moreover, it generates knowledge about language in its political, ideological, social and historical aspects. AREDA (SERRANI, 1998) was used as a theoretical and methodological framework for data collection. In our analysis, we considered the voices and the conditions of production that constitute 5 English teachers and, from some selected speeches extracted from their discursive production, some notions as intra and interdiscourse, discursive resonance, discursive memory, among others, can be seen interwoven. We hypothesize that the production of meaning deriving from these English teachers comes from a cleavage between the interdiscursivity about motivation and their position in relation to the English language. Some of these teachers’ discursive inscriptions were delineated as they follow: i) the silenced motivation, in which the teachers come up with several voices, repeating what that has already been said about motivation through silence by excess; also, through an inscription in a process of anomy, the English teachers silence motivation, as they come up with other sayings, in an anomic order, denying their identification with their mother tongue and culture because of a desire to learn the foreign language and culture; ii) the motivation in/from/ by others that resounds, in the way the teachers speak, a relation of alterity on what, in/from desire of other relations (colleagues, students, teaching materials, media, etc.), other forms and alternatives are established as a guarantee of students’ motivation; the teachers are also inscripted in in-service practice training as a space of educational development, because they imagine that the experience of the in-service practice alone, which excludes the educational instruction from the Languages course in which they graduated/were graduating at, taught them how to motivate the students; iii) the motivation as a will of power/knowledge, which means there seems to be teachers’ inscription in the relationship between power and knowledge (Foucault, 1996), disconsidering the conflicts that constitute the English classroom to say that there is a control of the English teaching and learning process and, as a result, they also sustain that they hold control over how to motivate; furthermore, the presence of a resonant voice, whose effect is given by an inscription on the (illusion of) completeness can be seen, because the English teachers believe that while motivating their students, this motivation will provide them with all the missing elements, which would mean that when they motivate students, they would be able to fulfill all the gaps in their learning process.
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Hoje em dia a realidade das nossas escolas com crianças surdas é que estas se situam na generalidade aquém dos alunos ouvintes, cujas competências académicas são na grande maioria acima da dos alunos surdos. Neste trabalho vamos tentar perceber se esse facto está relacionado com o acesso tardio à Língua Gestual ou se se relaciona com a forma não natural como é ensinada esta língua. Outra das razões desta diferença nos resultados destas crianças resulta da dificuldade das famílias comunicarem com as suas crianças surdas e destas comunicarem com os seus pares ouvintes e com adultos no contexto escolar, por não poderem partilhar de um mesmo código linguístico. Esta preocupação resultou neste trabalho, com o tema “A Língua Gestual como primeira língua da criança surda” considerando que a idade com que estas crianças iniciam a aprendizagem da Língua Gestual (doravante LG) é muito importante e está relacionada com o seu processo comunicativo e, com as aprendizagens decorrente no meio escolar. Assim, a finalidade deste estudo é a análise da comunicação das crianças surdas, e em como é essencial o ensino primordial da língua gestual e que esta seja aprendida o mais precocemente possível. É também de realçar e destacar dos demais intervenientes na educação da criança a importância do envolvimento dos pais e dos familiares mais próximos nos processos de aprendizagem da língua gestual. No presente trabalho, procedemos a um estudo com observações diretas e participantes a um sujeito surdo no seu contexto escolar e familiar analisando, assim, a comunicação deste para com a família e vice-versa. Examinando ainda a reação deste com os seus pares ouvintes aquando a aprendizagem destes da LG e dos docentes envolvidos no processo. Foram ainda construídos dois inquéritos, para completar o estudo e serem comparadas realidades, dado que as observações diretas foram realizadas a um só sujeito. De forma a poder também analisar e caracterizar a comunicação dos adultos que trabalham com estas crianças e, descrevendo também, como os adultos surdos se sentem / sentiam na comunicação enquanto crianças surdas com adultos e familiares ouvintes. Os dois inquéritos foram preenchidos um por professores ou técnicos que trabalhem com crianças surdas e outro para por adolescentes e adultos surdos. Os resultados obtidos apontam para um acesso tardio à LG que será a primeira língua dos sujeitos surdos e, a uma comunicação disfuncional entre adultos no âmbito escolar e as crianças surdas. Este défice comunicacional é também comprovado entre familiares diretos dos sujeitos surdos, ficando a criança com um atraso comunicacional, nas aprendizagens e na socialização. Desta forma, defendemos, na educação das crianças surdas, a importância da precocidade na identificação da surdez e na implementação da aprendizagem da LG o mais cedo possível.
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O presente estudo é o resultado de um projeto investigativo que, embora se relacione com a Sensibilização à Diversidade Linguística, tem como tema principal as Imagens das Línguas. Este estudo, cujo título é “Imagens das línguas de alunos do 6.º ano: um estudo em Aveiro”, tem como objetivos perceber quais as imagens das línguas dos alunos do 6.º ano, verificar qual a língua em que estes alunos se matriculam no ano seguinte e se essa escolha foi baseada em imagens estereotipadas das línguas (e em quais) e averiguar se a imagem que os alunos do 6.º ano têm sobre línguas influencia a sua escolha para aprendizagem posterior. Os dados foram recolhidos através de instrumentos distintos (o desenho e o inquérito por questionário). Primeiramente, os discentes elaboraram quatro desenhos seguindo as instruções “desenha-te a falar a tua língua materna”, “desenha-te a falar uma língua que já aprendeste”, “desenha-te a falar uma língua que gostavas de aprender” e “desenha-te a falar uma língua que não gostavas de aprender”. Seguindo-se o preenchimento do inquérito por questionário, composto por cinco questões, relacionadas com as quatro línguas em estudo (português, francês, espanhol e inglês) e que faziam parte da recolha de dados através do desenho. Relativamente ao tratamento de dados optamos pela utilização de categorias de análise (línguas como objetos afetivos, objetos de ensino-aprendizagem, instrumentos de construção e afirmação de identidades individuais e coletivas, objetos de poder e como instrumentos de construção de relações interpessoais e intergrupais), que permitiram perceber quais as imagens das línguas dos alunos inquiridos. Os resultados permitiram-nos perceber que as imagens que os alunos do 6.º ano têm das línguas portuguesa, francesa, espanhola e inglesa são, de alguma forma, estereotipadas. A maioria dos alunos tem uma imagem das línguas como instrumentos de construção e afirmação de identidades individuais e coletivas, isto é, imagens associadas à relação língua/história de um povo/cultura. Contudo, concluímos que esta imagem cultural das línguas também está associada a uma imagem afetiva, salientando a relação aluno/língua/cultura. Partindo das nossas conclusões, poder-se-ão, no futuro desenvolver sessões de Sensibilização à Diversidade Linguística, com o objetivo de (re)construir as Imagens das Línguas que os alunos têm.
Resumo:
O Espanhol é, cada vez mais, uma língua de destaque no panorama mundial. Daí que surja a necessidade de garantir a qualidade e constante aprimoramento do ensino/aprendizagem desta língua. Um dos nossos propósitos, com o presente estudo, foi aprofundar e refletir sobre os conhecimentos dos alunos acerca da diversidade (intra)linguística do Espanhol, promovendo, deste modo, a sua valorização. Elaborámos, como ponto de partida, um enquadramento teórico que sustenta a investigação onde abordamos a dimensão atual do Espanhol e das suas variedades, bem como a questão dos estereótipos relacionada com o ensino das variedades (intra)linguísticas espanholas. De seguida, procedemos à implementação de um estudo de caso, tendo em conta o Espanhol como língua internacional e pluricêntrica, com variedades distintas. O referido estudo apresenta contornos de investigação-ação e foi desenvolvido num agrupamento de escolas da região de Aveiro, no ano letivo 2014/2015. No decurso do nosso projeto, socorremo-nos de diversas técnicas e instrumentos de recolha de dados, nomeadamente um inquérito por questionário e fichas de atividades para identificar e descrever os estereótipos dos alunos. Neste projeto, analisamos os resultados de uma investigação onde destacamos, por um lado, os estereótipos que alunos portugueses, do 8.º ano de escolaridade, têm sobre a realidade da língua espanhola e das suas variedades, no mundo; por outro lado, a presença/ausência dessa diversidade (intra)linguística nos manuais escolares que acompanharam a turma-alvo do estudo. Com base nos resultados obtidos, foi realizada ainda uma sessão de sensibilização às variedades do Espanhol. Os resultados demonstram que os manuais escolares analisados contêm visões estereotipadas e redutoras sobre a diversidade linguística espanhola, sobrevalorizando, em certa medida, a norma peninsular. Os dados recolhidos através do inquérito por questionário, permitiram-nos concluir que os alunos possuíam visões estereotipadas sobre o Espanhol e as suas variedades. No entanto, mediante a sessão de sensibilização para a valorização da diversidade linguística espanhola, concluímos que foi criado um espaço de reflexão que permitisse quer a reconstrução de estereótipos quer ainda um espaço de diálogo e debate coletivo sobre como as diferenças da língua a podem enriquecer.
Resumo:
O presente Relatório Final visa aferir a importância que os materiais autênticos podem proporcionar ao ensino da competência sociocultural nas aulas de Espanhol Língua Estrangeira (ELE), contrariando a visão da abordagem cultural no ensino de línguas estrangeiras como mais uma tarefa. O objetivo primordial é estreitar laços entre língua e cultura, explorando as potencialidades dos materiais autênticos. Propõe-se, desta forma, a realização de fichas de trabalho apoiadas nestes materiais, com o intuito de motivar os alunos para a aprendizagem da língua espanhola, associando, sempre, idioma, cultura e comunicação, dado que a competência sociocultural compreende conhecimentos que nos permitem utilizar uma Língua Estrangeira (LE) de modo eficaz e adequado, em diferentes atos comunicativos em que o falante possa estar envolvido, por forma a evitar prováveis situações constrangedoras.
Resumo:
As orientações programáticas de Português para o Ensino Básico têm sublinhado a importância do trabalho explícito sobre a oralidade e, consequentemente, sobre a sua avaliação, indo ao encontro do destaque que é dado à capacidade do bom uso da palavra na sociedade atual. Por sua vez, os manuais escolares, ao fazerem a transposição das orientações programáticas, acabam também por poder influenciar a prática pedagógica. A oralidade é, muitas vezes, entendida exclusivamente como realização informal, fruto de uma atividade inteiramente espontânea, automática e inconsciente, em vez de ser entendida como o resultado de um esforço de planificação deliberado, estruturado e consciente. Apesar de a aquisição da oralidade decorrer da capacidade biológica para a linguagem, a consciência das propriedades deste sistema não existe da mesma forma no falante, exigindo o seu ensino explícito. Espera-se, assim, que, na Escola, seja estabelecida uma relação com a língua, norteada pelo rigor em todos os momentos do processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo decisivamente para aumentar o capital linguístico dos alunos. Os manuais escolares são objetos complexos que desempenham funções muito diversas, estando constantemente sob apertado escrutínio. Agregam um vasto conjunto de materiais, em vários suportes, que são também usados pelos professores como guias para a estruturação da aula. Partindo deste enquadramento, pretende-se, com este trabalho, apresentar uma reflexão sobre a abordagem à oralidade nos manuais escolares de Português do Ensino Básico, tendo como base um relatório sobre as repercussões das “Metas Curriculares de Português” na sua organização, complementado com as conclusões de outro estudo centrado nesta problemática. Os resultados deste trabalho mostram que as alterações programáticas não conduzem a mudanças significativas nos manuais quanto à abordagem da oralidade, nomeadamente no que diz respeito à dimensão processual da mesma. Por outro lado, verifica-se que o trabalho proposto no âmbito da leitura e da escrita prevalece sobre as atividades ao nível da oralidade.