A oralidade vista a partir dos manuais de Português do Ensino Básico
Data(s) |
01/08/2016
01/08/2016
01/07/2016
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Resumo |
As orientações programáticas de Português para o Ensino Básico têm sublinhado a importância do trabalho explícito sobre a oralidade e, consequentemente, sobre a sua avaliação, indo ao encontro do destaque que é dado à capacidade do bom uso da palavra na sociedade atual. Por sua vez, os manuais escolares, ao fazerem a transposição das orientações programáticas, acabam também por poder influenciar a prática pedagógica. A oralidade é, muitas vezes, entendida exclusivamente como realização informal, fruto de uma atividade inteiramente espontânea, automática e inconsciente, em vez de ser entendida como o resultado de um esforço de planificação deliberado, estruturado e consciente. Apesar de a aquisição da oralidade decorrer da capacidade biológica para a linguagem, a consciência das propriedades deste sistema não existe da mesma forma no falante, exigindo o seu ensino explícito. Espera-se, assim, que, na Escola, seja estabelecida uma relação com a língua, norteada pelo rigor em todos os momentos do processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo decisivamente para aumentar o capital linguístico dos alunos. Os manuais escolares são objetos complexos que desempenham funções muito diversas, estando constantemente sob apertado escrutínio. Agregam um vasto conjunto de materiais, em vários suportes, que são também usados pelos professores como guias para a estruturação da aula. Partindo deste enquadramento, pretende-se, com este trabalho, apresentar uma reflexão sobre a abordagem à oralidade nos manuais escolares de Português do Ensino Básico, tendo como base um relatório sobre as repercussões das “Metas Curriculares de Português” na sua organização, complementado com as conclusões de outro estudo centrado nesta problemática. Os resultados deste trabalho mostram que as alterações programáticas não conduzem a mudanças significativas nos manuais quanto à abordagem da oralidade, nomeadamente no que diz respeito à dimensão processual da mesma. Por outro lado, verifica-se que o trabalho proposto no âmbito da leitura e da escrita prevalece sobre as atividades ao nível da oralidade. Instituto Politécnico de Viseu. Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde (CI&DETS) |
Identificador |
Balula, J. P., Castelo, A., Melão, D., Silva, A. I., Amante, S., & Matos, I. A. (2016, julho). A oralidade vista a partir dos manuais escolares de Português do Ensino Básico. In M. Pinto e S. P. Cordeiro. “Livro de Resumos do 1.º Encontro Temático APL/ESE: Formação para a promoção de competências em Língua Materna” (pp. 12-13), Lisboa: Instituto Politécnico de Lisboa. |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Instituto Politécnico de Lisboa. Associação Portuguesa de Linguística. Escola Superior de Educação do Porto. Instituto Politécnico de Setúbal. |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Oralidade #Manuais escolares #Ensino Básico #Didática do Português #Orientações programáticas de Português |
Tipo |
conferenceObject |