32 resultados para Literatura comparada Grega e portuguesa

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Partindo de duas questes tericas preliminares, uma, da representao (literria e cinematogrfica)do real e do imaginrio, tanto no ngulo da produo como no da sua recepo e, a outra, da articulao entre formas de expresso artsticas distintas, ou seja, da interdisciplinaridade, este trabalho examina a presena do tema relativo aos limites entre realidade e fantasia no teatro, no cinema e na literatura, centrando sua ateno na obra de Harold Pinter. Consta de duas partes, cada uma com trs captulos. Na primeira, "Os pressupostos," discute-se as questes que fornecem seu substrato terico. A segunda dedicada ao corpus, identificando em seu ttulo o tema investigado: "Os limites da realidade." Quanto questo da representao, procura-se refutar "a afirmao de que a arte seja uma imitao da realidade. Uma releitura da Potica, de Aristteles, reforada pela opinio de diversos estudiosos da mesma, permite afirmar que a mmese corresponde, isto sim, a uma representao que envolve uma construo em que elementos da realidade so organizados segundo uma verdade criada pela prpria obra, de acordo com critrios inerentes a ela. Alm disso, atravs de uma leitura de Kathryn Hume, procura-se afirmar a interao sinestsica quase que permanente dos impulsos realista e da fantasiana literatura, identificando os tipos com que a fantasia se manifesta e as tcnicas usadas para sua criao. A primeira parte encerra-se com um exame do relacionamento da literatura com as artes visuais e dramticas, relaes inter-disciplinares que situam este trabalho na literatura comparada.Dentre vrios autores cujas obras contribuem para tal fim, destaca-se Martin Esslin, que estabelece os limitesde cada uma das artes dramticas, identifica contatos delas com a literatura e permite, atravs de uma leitura de seu estudo sobre o teatro do absurdo, seja estabelecida a evoluo que liga Aristteles a Pinter. O corpus centra-se na obra de Pinterpara o teatro e para o cinema, sem limitar-se a ela,pois so tambm analisadas obras de outros escritores e cineastas, estabelendo-se aproximaes ou contrastes entre elas. No quarto captulo esto agrupadas obras nas quais desponta a imposio de verdades pela fora fisica ou verbal. A luta pelo poder, a expulso de elementos estranhos, dvidas sobre a identidade e a inter-penetrablidade arte-vida caracterizam o captulo seguinte. A nfase temtica do sexto captulo recai sobre as limitaes impostas pela condio humana. Praticamente todas as obras expressam a impossibilidade da existncia de certezas absolutas e de uma perfeita distino dos limites da realidade. Com isso, possvel afirmar no ser o objetivo da arte reproduzir a realidade. Mesmo que o fosse, tal tentativa resultaria infrutfera devido s limitaes humanas.

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O objetivo deste trabalho analisar e identificar a cristianizao da novela de cavalaria portuguesa A Demanda do Santo Graal, na figura de sua personagem principal, Galaaz, em relao a dois outros romances: Perceval, de Chrtien de Troyes e Parsifal, de Wolfran von Eschenbach. Em nossa anlise utilizamos os estudos de Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Tzevetan Todorov, Arnold Hauser, Eric Auerbach e Joseph Campbell. nosso propsito mostrar de que forma se deu a cristianizao da figura do heri do Graal e de que maneira a Igreja estava ligada a esse projeto.

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O que ora apresentamos um questionamento sobre o papel da interpretao na traduo literria e suas implicaes para as questes de recepo. Analisamos diversas tradues em lngua portuguesa brasileira de The Tell-Tale Heart, um conto do escritor norteamericano Edgar Allan Poe que apresenta obstculos tidos como intransponveis na traduo. A partir da anlise comparativa entre o texto em ingls e suas respectivas tradues, analisamos as escolhas de palavras dos tradutores e suas solues para os itens mais complexos do texto, bem como as diferenas de interpretao de itens lexicais simples. Para fins de embasamento terico, recorremos a postulados crticos e tericos diversos tais como os da Literatura Comparada, Teoria Literria, teorias de traduo e interpretao. Inicialmente, fazemos uma anlise das contribuies de cada uma dessas reas, para depois partirmos para as anlises propriamente ditas. Com isso, tentamos deixar claro que a traduo de uma obra literria pode ser vista como uma manifestao aculturada de seu texto de partida.

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Este estudo visa a analisar a pea Hiplito de Eurpides e a Fedra de Sneca, a partir da intertextualidade, termo criado e difundido por Julia Kristeva no mbito dos estudos da Literatura Comparada. Procuramos investigar o tema a paixo proibida em ambos os textos, destacando o dilogo mtuo que envolvem tais obras. Nessa pesquisa, estudamos essencialmente o discurso feminino, o desenvolvimento da paixo em seus diversos estgios, o dio masculino contra as mulheres, o pensamento estico subjacente nas falas das personagens de Sneca. Outros aspectos tambm foram investigados como a caracterizao das personagens e o enredo. Sneca apropriou-se de alguns elementos do texto de Eurpides e reformulou-os em um amplo processo de reescrita o que culminou em uma nova obra esttica com traos da sua cultura romana.

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A escritora objeto desta tese, figura proeminente da literatura neozelandesa, voltou-se ao gnero autobiogrfico aps um longo percurso na rea da fico, para definir-se como uma primeira pessoa, depois de sua vida particular ter sido insistentemente confundida com sua obra por parte da crtica. Uma questo que logo vem tona que praticamente toda fico resulta ser, at um certo grau, fundamentalmente autobiogrfica e que a anlise crtica da obra de um escritor possibilita o conhecimento de sua vida. Nosso argumento, opondo-se a esse pressuposto, parte da vida para melhor compreender a obra, evidenciando que Janet Frame manteve um grande distanciamento entre os eventos reais e sua ficcionalizao, realizando uma tarefa que a coloca lado a lado dos nomes mais ilustres da literatura ocidental do sculo XX. Numa atitude comparatista, procuramos extrair os diversos processos de transmutao esttica realizados pela escritora, buscando sanar algumas distores que impediram uma anlise mais confivel de sua obra, problematizando, entre outros aspectos, a questo do gnero autobiogrfico, da mmese e do realismo ficcional. A manipulao artstica da vida particular de Janet Frame foi resgatada por um conjunto de processos, entre os quais a antimmese, a poetizao do quotidiano, a intertextualidade e a interdiscursividade, que revelam um alcance esttico e uma auto-referencialidade deslocada muito alm do mero biografismo. Outros aspectos analisados na obra como um todo indicam que novas abordagens da fico de Janet Frame, a partir de enfoques ps-modernos, ps-coloniais, ps-estruturalistas e feministas podem superar as posturas reducionistas das quais ela foi alvo.

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O presente trabalho se constitui de uma anlise avaliativa comparada de duas tradues italianas do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, na busca da equivalncia tradutria de aspectos estilsticos, pragmticos e sociolingsticos presentes na obra, tendo como base os postulados mais recentes da Teoria e Crtica da Traduo, objetivando averiguar a sua consistncia e aplicabilidade na prtica. Pelo estudo realizado foi possvel comprovar a necessidade de um trabalho interdisciplinar para o processo tradutrio e tambm a viabilidade de uma abordagem literria fiel, embora ao mesmo tempo criativa, capaz de preservar os aspectos mais relevantes do estilo machadiano, demonstrando-se tambm a importncia da visibilidade do tradutor, juntamente com a complexidade do processo que requer dele um amplo e diversificado conhecimento de aspectos literrios e socioculturais nas lnguas e nas culturas em jogo.

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O objetivo deste trabalho examinar em 1984, de George Orwell, e em No vers pas nenhum, de Igncio de Loyola Brando, como aparecem as relaes entre o homem e a sociedade. No contexto da ps-modernidade, onde estas relaes fogem da mimesis, a exigncia de versatilidade coloca em xeque os valores do projeto racional moderno e busca a transformao de um sujeito resistente a uma estrutura que escapa de seu controle. Fatores como memria, escritura, corpo, tcnica, velocidade e meio-ambiente so elementos fundamentais da resposta necessria de um homem que tende a sucumbir em decorrncia de suas prprias criaes. Numa poca em que o Estado passa a ser uma entidade transnacional, sem rosto e sem voz, cabe ao indivduo inventar possveis alternativas ou simplesmente gerenciar o caos.

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Partindo da noo de interdisciplinaridade, este trabalho se centra na questo de gnero comparando formas diferentes do discurso narrativo, particularmente, em imagens e em textos autobiogrficos produzidos por trs mulheres artistas de diversas procedncias, como a coreana Hye Seok Rha, a brasileira Tarsila do Amaral, e a mexicana Frida Kahlo. O trabalho investiga aspectos em comum e divergentes da linguagem utilizada pelas mulheres artistas, enquanto procura responder questes sobre a auto-representao feminina e as narrativas de cunho pessoal de autoria feminina. Sob esse ngulo, faz-se incurses tericas em duas direes: uma relacionada com a questo dos gneros artsticos, e a outra, com o ato de criar das mulheres como possibilidade de sarem da invisibilidade histrica a que foram submetidas durante sculos, tanto no terreno das artes plsticas quanto no da literatura. Desta forma, evidencia-se a existncia de relaes interdisciplinares que situam o presente trabalho no terreno da literatura comparada.

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A aproximao entre Graciliano Ramos e Dostoivski se d quase instantaneamente para quem os l. No caso de Angstia e Crime e castigo, a semelhana se acentua. Por isso, ao longo desta dissertao, apoiados pelo conceito de influncia, traamos um caminho de leitura em que os pontos de contato entre esses dois escritores pudessem ser percebidos sem, no entanto, privilegiar um ou outro. Para tal, recorremos Histria, que demonstrou semelhanas no contexto social na poca da publicao das obras escolhidas para anlise, e Psicologia, que, atravs do conceito de angstia, possibilitou a anlise dos protagonistas de Angstia e Crime e Castigo. Nesse trajeto, abordamos tambm, embora de forma resumida, questes como a traduo, a narrativa autobiogrfica e a intertextualidade. Todos esses caminhos, no entanto, convergiram para um nico ponto: o ser humano. , essencialmente, o ser humano que une esses dois escritores. Esse fato, bastante bvio pelo perfil dos escritores em questo, propicia uma anlise da sociedade moderna, apesar da distncia temporal, pois a questo humana no se alterou. O Homem continua angustiado em sua condio social, especialmente se tem conscincia de sua nulidade enquanto indivduo. Sua liberdade cerceada por mecanismos sociais que independem de sua vontade. Seu eu desaparece em meio a uma multido de objetos de consumo (des)necessrios, que o tornam um eu-social. Sem esses objetos, sendo o dinheiro o mais almejado, somos desprovidos de valor, somos nada. Sendo o Homem a matria-prima de Dostoivski e de Graciliano Ramos, natural que se encontrem pontos de contato entre eles. Do mesmo modo, igualmente natural que os dois sejam considerados universais e atuais.

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No que diz respeito ao processo criativo respectivamente de Fernando Pessoa e de Woody Allen, um olhar comparatista panormico pode conduzir idia de que o primeiro fragmenta-se a si prprio em diferentes olhares e vozes, das quais aqui nos interessa, especialmente, o semi-heternimo Bernardo Soares; o segundo estilhaa seu olhar em vrios filmes. Tanto na filmografia de Allen, como no Livro do desassossego, no se configura uma demarcao limitada e limitadora nem de tempo nem de espao. H uma escritura-processo que se caracteriza pelo deslocamento, pelo desdobramento e pelo conseqente estilhaamento que multiplica. Essa mobilidade justamente o que possibilita a disseminao que se concretiza, especialmente, na fragmentao emergente da prosa potica e do texto flmico, na pulverizao da voz e no esfacelamento do sujeito enunciador.

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Os fenmenos da traduo, assim como vrios dos diversos percursos histricos e tericos apresentados ao longo da Histria sobre o tema, sero explicitados e discutidos. A avaliao comparatista de duas tradues de Moll Flanders, de autoria de Daniel Defoe, ser desenvolvida, levando-se em considerao as concepes mais atuais dos Estudos de Traduo, como a teoria da Reescritura de Andre Lefevere. Aspectos como o status do tradutor, assim como o sistema literrio do qual este provm, so fatores que tambm sero pertinentes s referidas anlises crticas.

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A Cidadania, tal como a entendemos hoje, um conceito e uma prtica extremamente recentes na histria da humanidade. Fundamentado na noo do comparatista Edward Said (1995) de que a Literatura Comparada procura ver, em conjunto e em contraponto, vrias culturas, literaturas e reas do conhecimento, o presente estudo explora e desenvolve o conceito estabelecido pela autora deste trabalho de Esttica da Cidadania moderna em oposio Esttica da Cidadania tradicional aristotlica. O conceito de Esttica da Cidadania analisado, no romance Relato de um certo Oriente, do escritor brasileiro, nascido em Manaus, Milton Hatoum (2003). O termo esttica est relacionado condio literria do texto, enquanto que o termo cidadania expressa uma preocupao tica, prpria ao domnio filosfico. Assim, Literatura e Filosofia no se confundem, mas relacion-las pode ser til para ampliar a compreenso de ambas. A relao entre as duas reas se d atravs do exame da voz e dos comportamentos dos personagens da narrativa, onde possvel desenvolver e exemplificar o conceito de Cidadania Moderna. O conceito de moderno est aqui empregado no sentido de Charles Taylor (1997). Atravs da anlise das concepes morais dos personagens centrais e da tica prpria aos grupos aos quais eles pertencem possvel exemplificar a manifestao dos princpios ticos que permitem o exerccio da Cidadania, preconizados por John Rawls (2000). Estes princpios so tambm os trs objetivos da Filosofia Poltica, a saber: reduzir as diferenas morais e filosficas, compatibilizar os planos de vida e estabilizar o esquema de cooperao.

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Este trabalho analisa o Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e o de Franois Truffaut, em sua proposio de utilizar a oralidade (discurso oral) como forma de manuteno do literrio e resistncia imposio e censura ideolgica. Efetua tambm uma anlise comparatista das Utopias Negativas do sculo XX (obras Distpicas). Ao longo deste projeto, feita uma anlise do surgimento da escrita (alfabtico-fontica), e sua estreita relao com o discurso oral. Tenta-se reproduzir a trajetria traada pelo discurso oral, passando pelo desenvolvimento da tecnologia escrita, assim como a produo cultural tanto no meio oral quanto no escrito, junto com suas conseqncias e influncias sobre pensamento humano. Da oralidade dos poemas homricos oralidade advinda com o desenvolvimento de aparelhos eletrnicos como o telefone, que, em plena modernidade, voltam a valorizar o discurso oral. Neste projeto a oralidade vista como algo cclico.

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Este trabalho o desenvolvimento e a concomitante incorporao de leituras e de apreenses poticas, em busca de uma expresso pessoal. Estimulada por dez poticas e por suas potencialidades, experimento a configurao de um discurso marcadamente oral, cujas referncias esto impregnadas pelo mundo cotidianamente vivido, experimentado, sentido, percebido. E pela passagem do tempo. a apresentao da conquista de uma voz, da minha voz e dos objetos com os quais aprendo a falar.