111 resultados para MESTRADO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
Resumo:
Num contexto de mudana organizacional, a crescente complexidade do sector da Sade representa grandes desafios para aqueles que nela assumem actualmente as funes de gesto. Existe cada vez mais consenso de que a aposta na qualidade da fora de trabalho em Sade um factor crtico para o sucesso de qualquer tipo de Reforma da Sade. Partindo destas premissas, o objectivo desta investigao estudar as percepes dos 73 Directores Executivos (DE) dos Agrupamentos dos Centros de Sade (ACES) em Portugal na dimenso de conhecimentos, habilidades e atitudes, para assim obter um diagnstico que permita perceber a sua contribuio como gestores no processo de Reforma dos Cuidados de Sade Primrios. O estudo realiza-se em dois perodos, sendo o ponto de partida os dados de 2008 referentes ao incio da funo dos DE e os dados de 2009, aps a participao no curso PACES, o ponto de comparao. Atravs de uma abordagem e metodologia de tratamento de dados essencialmente quantitativa, foram determinadas certas concluses que permitem obter uma primeira aproximao a evoluo dos perfis de gestores destes DE e a sua coerncia com as recomendaes realizadas pela Literatura. Apesar de depois de um ano certas mudanas poderem ser observadas, a falta de nfase na importncia das pessoas certas nos lugares certos pode-se vir a converter num factor comprometedor. Num cenrio onde a maioria dos DE so mdicos de profisso com escassa formao em gesto, o desenvolvimento de competncias de gesto e liderana fundamental. A realidade dos ACES e os desafios enfrentados pelos seus lderes devem ainda ser mais explorados. No entanto, para facilitar a mudana e avanar na integrao dos servios de Sade e eficincia necessria, deve-se focar no factor mais determinante de uma organizao: as suas pessoas. Estudar as suas necessidades de gesto e as suas competncias permite aproveitar melhor as oportunidades inerentes a um processo de mudana.
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Os anexos deste trabalho esto disponveis no CD da tese
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RESUMO: Introduo: A prestao de cuidados a um familiar idoso dependente pode ser esgotante e interferir adversamente na sade e bem-estar do cuidador familiar. A literatura tem privilegiado a anlise da sobrecarga da prestao de cuidados em cuidadores familiares de idosos em situao de dependncia, negligenciando a incidncia de morbilidades fsicas, como a lombalgia, que podem advir da prestao de cuidados. A lombalgia constitui um dos fatores mais importantes que afeta a sade fsica das pessoas idosas e encontra-se associada diminuio da funo fsica geral. Objetivo: Avaliar a prevalncia, as caractersticas e os fatores de risco da lombalgia em idosos cuidadores familiares de pessoas idosas com dependncia. Metodologia: Foram avaliados trinta e um cuidadores principais de idosos com dependncia, com idade 65 anos. A informao foi recolhida por entrevista atravs de um questionrio geral e trs questionrios padronizados (Oswerty Disability Questionnaire verso portuguesa 2.0, MOS SF36 V2.0 e Escala Visual Analgica) que avaliaram as caractersticas sociodemogrficas, clnicas, antropomtricas e comportamentais dos cuidadores familiares. A dependncia dos idosos alvo de cuidados tambm foi avaliada pela Escala de Barthel Modificada. Resultados e concluso: Os resultados deste estudo sugerem que a prevalncia da dor lombar elevada em idosos cuidadores principais (80,6%). A anlise inferencial mostrou que os fatores relacionados com a lombalgia nos cuidadores foram a autoperceo do estado de sade fsica e mental (S = -0,822, p<0.001 e S = -0.566, p=0.001, respetivamente) e a sua idade (p < 0,05). Mais estudos so necessrios para melhor definir a frequncia da lombalgia e explorar a relao destes fatores de risco.-----------ABSTRACT: Background: The care of a dependent elderly relative can be grueling and adversely affect the health and well-being of family caregivers. Previous research has focused on the analysis of the burden on family caregivers of elderly people in a situation of dependence, neglecting the incidence of physical morbidities, such as low back pain, which may arise from the provision of care. Low back pain is one of the most important factors that affects the physical health of older people and is associated with decreased overall physical function.Purpose: Evaluate the prevalence, features and risk factors of low back pain among old family caregivers of elderly with dependence. Methods: Thirty one primary caregivers of elderly with dependence, with 65 or more years old, were studied. Data were collected by interviews, through a general questionnaire and three standardized questionnaires (Oswestry Disability Questionnaire Portuguese version 2.0, MOS SF36 V2.0, Visual Analogue Scale) to evaluate social, demographic, clinical, anthropometric and behavioral characteristics of family caregivers. Elderly dependence was also assessed by Modified Barthel Index in old people with disabilities. Results and conclusion: Results of this study suggest that prevalence of low back pain is high in old primary caregivers (80,6%). Forward inferential analysis showed that the factors related to low back pain in the caregivers were their physical and mental health perception (S = -0,822, p<0.001and S = -0.566, p=0.001, respectively) and age (p < 0,05). Further studies are needed to better define the frequency of low back pain and explore the relationship of these risk factos.
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RESUMO: O envelhecimento demogrfico tem vindo a aumentar em todo o mundo. Porm, constata-se que os ltimos anos de vida so, frequentemente, acompanhados de situaes de incapacidade que poderiam ter sido prevenidas. Apesar da importncia da actividade fsica na sade, verifica-se que uma grande proporo de idosos so sedentrios, aumentando o risco de incapacidade. Os profissionais de sade podem ser influenciados por imagens negativas relativas ao envelhecimento. Tal pode conduzir a prticas de discriminao, com repercusso na forma como os idosos se vem a si prprios e, consequentemente, no seu comportamento na prtica de actividade fsica. Este estudo tem como objectivo analisar o modo como as imagens do envelhecimento e dos idosos, bem como as prticas idadistas percebidas pelos idosos no contacto com profissionais de sade influenciam a sua prtica de actividade fsica. Realizou-se um estudo qualitativo, com recurso entrevista semi-estruturada e de associao livre das palavras, sendo entrevistados 18 utentes que recorreram a um Centro de Sade. Pelos resultados, constatou-se que uma parte considervel dos participantes (n=8) mencionou que a forma como so vistos pelos profissionais de sade e como estes lidam consigo influencia a sua prtica de actividade fsica. A imagem mais referida como favorecendo esta prtica foi o facto de se considerarem pessoas com vontade de viver. Como principal prtica favorecedora identificou-se o aconselhamento/educao para a sade. A imagem mais mencionada como dificultando a actividade fsica foi a de os idosos serem deprimidos/tristes/aborrecidos e rabugentos/teimosos. As prticas mais identificadas como dificultando a actividade fsica foram: o desinteresse face aos problemas de sade; o no encaminhamento para intervenes adequadas s necessidades; a indicao de que o problema de sade devido idade, no o sendo; a postura autoritria em que s o profissional decide a opo teraputica; e a verbalizao de que o utente j tem muita idade para realizar uma actividade. Conclui-se que as imagens negativas do envelhecimento e dos idosos bem como a existncia de prticas idadistas por parte dos profissionais de sade, condicionam de forma negativa a prtica de actividade fsica nos idosos.---------------ABSTRACT: The aging population has been increasing around the world. However, it appears that the last years of life are often accompanied by situations of disability, which could have been prevented. Despite the importance of physical activity on health, it appears that a large proportion of elderly people are sedentary, increasing the risk of disability. Health professionals may be influenced by negative images related to aging and that may lead to discriminatory practices with repercussion in how older people see themselves and thus their behavior as related to physical activity. This study aims to examine how the images concerning aging and older people, as well as ageist practices perceived by older people in contact with health professionals, do influence their physical activity. A qualitative study was conducted using a semi-structured interview and techniques of free word association. Eighteen primary care elderly users were interviewed. A considerable proportion of the sample (n=8) mentioned that the way health professionals see them and deal with them influences their level of physical activity. The image that most favoured this practice was that people are willing to live. Counseling/health education was identified as the main favouring practice. The image which was most often mentioned as hindering physical activity was that of elderly as being depressed, sad or bored, and grumpy or stubborn.The practices most often identified as hindering physical activity were: lack of interest regarding health problems; non-referral to appropriate intervention needs; indicating that the health problem is due to age, not being the case; authoritarian professional attitudes regarding who decides the treatment options; verbalization that the user is already to old to perform an activity. This study concludes that the negative images of aging and older people as well the existence of ageist practices by health professionals negatively affect the practice of physical activity in the elderly.
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RESUMO - 1. INTRODUO: Ao longo dos tempos, assistiu-se a um aumento da importncia da Sade Pblica na Comunidade Europeia, mas s h relativamente pouco tempo teve o merecido lugar de destaque luz da legislao comunitria. Neste contexto e com a adopo do Programa Europeu de Sade Pblica, surge a necessidade de actualizar o pensamento nesta rea. Assim, identificada uma oportunidade para formular uma estratgia, que seja passvel de reduzir desigualdades e que tambm em compreenda as necessidades de sade. Com o expandir da questo e com o propsito de reduzir as desigualdades, surge a Directiva 2011/24/UE, que visa regulamentar os direitos dos doentes em matria de cuidados transfronteirios. 2. OBJETIVO: Este trabalho apresenta como objetivo primordial analisar a Directiva 2011/24/UE, bem como a Lei n. 52/2014, de 25 de Agosto, e identificar as principais barreiras, ao exerccio do direito de acesso aos cuidados de sade transfronteirios, pelos beneficirios do SNS em Portugal, derivadas da aplicao de tais instrumentos legais. 3. METODOLOGIA: Foi utilizada uma abordagem analtica e documental, baseada na metodologia qualitativa. 4. CONCLUSES: As principais barreiras ao direito de acesso aos cuidados de sade transfronteirios, para os beneficirios do SNS em Portugal, so de ordem financeira, lingustica e cultural, informacional, de mobilidade fsica, de proximidade geogrfica, de carcter administrativo e de continuidade dos cuidados. A transposio da Directiva 2011/24/UE para o quadro jurdico portugus resulta essencialmente em iniquidades no mbito do acesso aos cuidados de sade transfronteirios.
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RESUMO - INTRODUO: A equidade em cuidados de sade constitui uma prioridade das polticas de sade, tendo vrios estudos descrito uma iniquidade que geralmente favorece os indivduos com maior rendimento e nvel educacional. Este estudo visa caracterizar as desigualdades socioeconmicas na utilizao de cuidados de sade na populao com 65 ou mais anos de idade, dadas as suas caractersticas, maior vulnerabilidade e crescente peso demogrfico na populao. METODOLOGIA: Atravs de dados do INS, procedeu-se anlise univariada e multivariada por regresso linear mltipla para avaliao das desigualdades socioeconmicas na utilizao de cuidados de sade em 8698 indivduos. RESULTADOS: Identifica-se um padro de desigualdade na utilizao de cuidados de sade indivduos com maior rendimento e nvel de escolaridade utilizam em mdia mais consultas de especialidade; ocorrendo o inverso nas consultas de CSP. Com ajustamento pela necessidade, atravs do estado de sade auto-reportado, observa-se um padro de iniquidade no sexo masculino relativamente s consultas em geral e consultas de CSP. DISCUSSO E CONCLUSES: A iniquidade na utilizao de cuidados de sade, apesar de no constituir a nica causa, pode determinar maior iniquidade em sade, pelo que relevante o seu estudo. Os resultados alcanados podem ser justificados pelas caractersticas do SNS, assim como pelas isenes de taxas moderadoras, rede social, outros indicadores econmicos, ou ainda pelo prprio contexto de vida do individuo. Torna-se fundamental prosseguir a investigao acerca da equidade, assim como promover uma ampla reflexo sobre os desafios futuros do sistema de sade, que permitam preservar a sua sustentabilidade e princpios fundadores.
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RESUMO - Prestar cuidados a um doente que alm da patologia de base apresenta lceras por presso (UPP) implica um esforo acrescido por parte da Instituio de sade e equipa multidisciplinar, custos acrescidos no tratamento e reactualizaes frequentes, para que se prestem cuidados que primem pela excelncia. OBJETIVOS: caracterizar o impacto clinico e econmico das UPP e relacion-los com as temticas da Segurana do Doente e Qualidade em Sade. METODOLOGIA: estudo observacional retrospetivo longitudinal, com uma populao do estudo constituda por 164 adultos que estiveram internados entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2012 no CHMT e que desenvolveram UPP durante o internamento. RESULTADOS: com uma populao do estudo maioritariamente masculina (57,3%), e uma mdia de idades de 81 anos, a taxa de incidncia de UPP foi de 1,4%. A maior parte de UPP desenvolvidas durante o internamento foram as de categoria II e a localizao anatmica mais frequente os membros inferiores. Em termos de impacto econmico, 842.609 euros foi o montante estimado correspondente aos custos totais associados s UPP. CONCLUSO: o contnuo investimento na Segurana do Doente e na Qualidade em Sade e, em especial, na preveno das UPP devem ser mantidos para que se continuem a mobilizar esforos que minimizem a frequncia da ocorrncia das ltimas. Mais do que tratar pretende-se prevenir tendo em conta que as consequncias, quer para a dade doente-famlia como para as Instituies de sade, so significativas.
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As Micro e Pequenas Empresas (MPE) possuem na sua essncia recursos limitados. Raramente possuem um Sistema Integrado de Gesto (SIG) que lhes permita gerir o seu negcio de forma transversal e que mapeie todos os processos da empresa. Devido ao nmero reduzido de colaboradores, no dispem internamente alguns servios. O seu espao de mercado em geral limitado. As suas competncias especficas raramente permitem apresentar uma oferta global. Por serem pequenas, no tm fora negocial perante os seus fornecedores e eventuais parceiros estratgicos. A Arquitetura de Sistemas de Informao (ASI) permite representar e mapear os diversos aspetos da gesto das empresas e alinhar as Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) com as necessidades destas empresas. Este trabalho pretende apresentar e descrever uma Macro Arquitetura para a construo de SIG, orientados para as MPE, e que inclua um conjunto de servios integrados numa nica plataforma.
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RESUMO - Objectivos Um dos problemas mais comuns nos sistemas de sade e particularmente naqueles que tm uma estrutura predominantemente pblica so os elevados Tempos Espera (TE) para cirurgia. Este projecto tem como principal objectivo identificar a importncia relativa em Portugal das determinantes do TE cirrgico. Metodologia Para clarificar essa importncia, aplicou-se um questionrio desenvolvido pelo Fraser Institute, utilizado para a anlise anual dos TE no Canad, recorrendo a um painel de peritos e atravs da realizao da tcnica Delphi, procurou-se consensualizar quais as determinantes das Listas Espera (LE), mais importantes. Para ilustrar a diversidade de perspectivas, recorreu-se tambm anlise de trabalhos realizados por inmeras organizaes, onde pudemos observar e recolher distintas abordagens, polticas e tcnicas da questo das LE em pases com diferentes tipos de sistemas de sade. Resultados Os resultados obtidos revelam que os peritos consideraram a disponibilidade de tempo no Bloco Operatrio (BO) e a de anestesiologistas, como as determinantes com maior impacto no aumento das LE. Concluses Dos dados recebidos relativos ao Sistema Integrado Gesto Inscritos Cirurgia (SIGIC), bem como dos retirados de relatrios oficiais, conclumos que as LE cirrgicas tiveram evoluo positiva, nomeadamente na reduo da mediana do TE da Lista Inscritos Cirurgia (LIC) (meses), no entanto, os objectivos dos Tempos Mximos Resposta Garantidos (TMRG) no esto a ser cumpridos. A anlise das diferentes iniciativas e estratgias polticas para combater as LE, permitiu-nos sugerir caminhos a explorar, tendo como objectivo minorar o problema das LE: cuidados integrados, optimizao da eficincia na utilizao da capacidade instalada e maior aposta na cirurgia de ambulatrio.
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RESUMO - Contexto Os indivduos, tal como as instituies, no so imunes a incentivos. No entanto, enquanto os modelos de incentivos das instituies tm sido alvo de diferentes evolues, o mesmo no se verificou ao nvel dos profissionais. Esta situao no se figura compatvel com a complexidade de gesto de recursos humanos, devendo ser obviada para potenciar o alinhamento entre os interesses institucionais e os dos prprios profissionais. Objectivos Estudar a atribuio de incentivos a profissionais de sade no contexto de organizaes com integrao vertical de cuidados. Metodologia A metodologia adoptada compreendeu trs fases. Numa primeira procedeu-se reviso sistemtica de literatura relativa : (1) construo de modelos de incentivo a profissionais em diferentes sistemas de sade e tipo de prestadores; e (2) identificao de medidas de custo-efectividade comprovada. Tendo por base esta evidncia, a par de documentao oficial ao nvel do modelo de financiamento das ULS, procedeu-se, numa segunda fase, construo de um modelo de incentivo base com recurso ferramenta Microsoft Excel. Por ltimo, numa terceira etapa, procedeu-se adaptao do modelo base construdo na etapa transacta tendo por base informao obtida mediante a realizao de um estudo retrospectivo in loco na ULS do Baixo Alentejo (ULSBA). Em adio, procedeu-se estimativa do impacto na perspectiva da ULS e dos profissionais para o cenrio base e diversas anlises de sensibilidade. Resultados No que respeita estrutura, o modelo base de incentivos a profissionais apresenta 44 indicadores, distribudos por cinco dimenses de anlise, sendo que 28 indicadores (63,6%) so de processo e 14 (31,8%) de resultado. Relativamente s dimenses em anlise, verifica-se uma predominncia de indicadores ao nvel da dimenso eficincia e qualidade assistencial, totalizando 35 (i.e. 79,5% dos 44 indicadores). No que respeita ao destinatrio, 14 indicadores (31,8%) apresentam uma viso holstica da ULS, 17 (38,6%) encontram-se adstritos unicamente aos cuidados primrios e os remanescentes 13 (29,5%) aos cuidados hospitalares. Cerca de 85% dos actuais incentivos da ULSBA decorre da unidade de pagamento salarial secundada pelo pagamento de suplementos (12%). No obstante, o estudo retrospectivo da ULSBA confirmou o cenrio expectvel de ausncia de um modelo de incentivo homogneos e transversal ULS, transparecendo importantes assimetrias entre diferentes unidades prestadoras e/ou profissionais de sade. De forma relevante importa apontar a insuficincia de incentivos capitacionais (ao contrrio do que sucede com o modelo de incentivo da prpria ULSBA) ou adstritos a ndices de desempenho. Tendo em considerao o modelo de incentivo concebido e adaptado realidade da ULSBA, a par do plano de implementao, estima-se que o modelo de incentivos gere: (1) poupanas na perspectiva da ULS (entre 2,5% a 3,5% do oramento global da ULSBA); e (2) um incremento de remunerao ao nvel dos profissionais (entre 5% a 15% do salario base). O supracitado aparentemente contraditrio - decorre da aposta em medidas de custo-efectividade contrastada e um alinhamento entre o modelo proposto e o vigente para o prprio financiamento da unidade, apostando numa clara estratgia de ganhos mtuos. As anlises de sensibilidade realizadas permitem conferir a solidez e robustez do modelo a significativas variaes em parmetros chave.
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O cdice medieval chega-nos, materialmente, como resultado de uma sobreposio de intervenes, induzidas pela necessidade de conservar e transmitir o seu contedo intelectual, espiritual e artstico. As sucessivas alteraes na aparncia dos cdices iluminados do fundo medieval do Mosteiro de Lorvo, sobretudo ao nvel das encadernaes, constitui matria para uma anlise estratigrfica, que nos propomos desenvolver e sistematizar. Este estudo, de modelo arqueolgico, utiliza os elementos codicolgicos, enquanto elementos de linguagem visual, integrados num determinado sistema cronolgico, permitindo descrever o processo de transformao desses manuscritos, ao longo do tempo. Complementamos o estudo arqueolgico dos cdices laurbanenses com a anlise das manchas de manuseamento, sedimentadas sobre as margens do suporte de pergaminho, durante a leitura e acesso continuados. Caracterizadas pelo grau de saturao e interpretadas quanto sua distribuio no corpo de texto, ampliam a perspectiva sobre o estado de conservao do manuscrito medieval e significado do dano. Esta abordagem, pretende contribuir com novos dados, de carcter interdisciplinar, para o estudo dos cdices medievais, assim como para a reflexo terica sobre a caracterizao e conservao destas alteraes temporais.
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O presente relatrio tem como principal objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante o Estgio Pedaggico realizado no mbito da unidade curricular Prtica Profissional do Mestrado Ensino da Fsica e da Qumica no 3. Ciclo do Ensino Bsico e no Ensino Secundrio, da Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Este relatrio encontra-se organizado em 2 partes principais. A primeira onde se descreve o estgio pedaggico e a segunda onde se apresenta o projeto de investigao. O estgio compreendeu a realizao e acompanhamento de atividades letivas e no letivas em concordncia com o horrio do professor Carlos Cunha, professor orientador do estgio, e ainda a realizao de formao contnua, atravs de visitas de estudo. A componente letiva contemplou a observao de aulas lecionadas pelo professor orientador e o co-ensino nas disciplinas de Cincias Fsico-Qumicas do ensino bsico (9. anos) e de Fsica do ensino secundrio (12. ano). O trabalho de Investigao Educacional procurou responder seguinte questo de investigao: Ser que aplicando uma diferente metodologia pedaggica existe mais interesse por parte dos alunos sobre a disciplina de Cincias Fsico Qumicas? A questo de investigao surgiu da circunstncia de ter assistido a uma conferncia proferida pelo Professor Kakalios na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova. Este trabalho tem como objetivo principal dar a conhecer o que foi realizado durante um ano de estgio pedaggico nas reas a que me propus, assim como a forma de me apresentar como professora.
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RESUMO - O acesso com equidade aos cuidados de sade uma das pedras angulares da constituio da nossa Repblica e do SNS. A garantia de igual utilizao para iguais necessidades seguindo os princpios de equidade parte integrante da legislao Portuguesa. Os indivduos com menor estatuto-socioeconmico so apontados unanimemente pela literatura internacional como possuindo pior estado de sade que os mais abastados, sendo por isso de prever uma maior utilizao dos cuidados de sade. Atravs deste trabalho pretendemos aferir a equidade da despesa com cuidados de sade, partindo da premissa que pior estatuto socioeconmico est relacionado com pior estado de sade, sero os indivduos com menor capacidade financeira a utilizar mais os cuidados de sade e portanto a apresentar maior despesa. Utilizando o INS 05/06, e, atravs de uma regresso multivariada, ajustmos os resultados em relao s variveis comummente associadas com necessidades em cuidados de sade, e verificmos que efectivamente existem iniquidades na despesa com cuidados de sade. Analisando o rendimento lquido total da famlia do utente no ms anterior ao inqurito existe uma clara gradao, em que maior rendimento se reflecte em maior despesa. Verificmos que as despesas com cuidados de sade so superiores nos indivduos com idade superior a 34 anos, com uma educao de nvel tercirio ou superior, com rendimento superior ou igual a 700,20 euros, com estado de sade auto-reportado Muito Mau, com seguro de sade e com doenas crnicas. A despesa no variou significativamente tendo em conta o sexo. Na idade, apenas a categorias etrias 18 a 34 anos e maiores de 75 anos apresentaram uma diferena estatisticamente significativa em relao despesa com cuidados de sade. luz dos resultados obtidos, conclumos que existem efectivamente iniquidades favorveis aos mais ricos na despesa com cuidados de sade em Portugal.
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RESUMO - Enquadramento: semelhana do que tem acontecido com o risco de reaces adversas a medicamentos (RAM), tambm o risco de reaces adversas a suplementos alimentares tem aumentado gradualmente, com o aumento do consumo destes produtos definidos como gneros alimentcios comuns. Existem vrios estudos publicados na rea das RAM e alguns na rea dos suplementos alimentares, mas a maior parte da investigao decorre em contexto hospitalar, sendo raros os estudos realizados nos cuidados de sade primrios (CSP). Assim, o presente estudo, ao avaliar a percepo dos profissionais de sade dos CSP face segurana dos suplementos alimentares, pretende contribuir para o aumento do conhecimento nesta rea, o que permitir o desenvolvimento de estratgias adequadas, que reduzam a ocorrncia de eventos adversos e protejam a populao. Mtodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e analtico, com recurso a inqurito por questionrio desenvolvido para o efeito. O presente estudo incluiu todos os profissionais de sade dos Agrupamentos de Centros de Sade (ACeS) Lisboa Central e Pinhal Litoral que aceitaram participar. Globalmente, a amostra do estudo (n=190) corresponde a 28% da populao de profissionais de sade dos dois ACeS. Resultados: O presente estudo permitiu concluir que muitos dos profissionais de sade (64 a 93%) considera que a toma de suplementos alimentares pode representar algum risco para a sade dos consumidores. Referem inclusivamente conhecer algumas reaces adversas associadas ao consumo destas substncias, embora a maioria (85%) admita desconhecer a forma adequada de proceder sua notificao. Contudo, esse conhecimento dos riscos para a sade, ou mesmo das reaces adversas associadas, no parece condicionar os hbitos de prescrio ou aconselhamento aos utentes nem os hbitos de consumo pessoal de suplementos alimentares. Concluses: Os resultados obtidos reforam a necessidade de realizao de mais estudos nesta rea. Parece igualmente necessrio o envolvimento dos Conselhos Clnicos e de Sade dos ACeS na promoo da notificao de eventos adversos e a aposta na formao dos profissionais de sade na rea dos suplementos alimentares.
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RESUMO - A segurana do doente constitui um dos grandes desafios dos cuidados de sade do sc. XXI e um componente essencial da qualidade em sade. Os Cuidados de Sade Primrios representam o primeiro nvel de contacto dos indivduos, da famlia e da comunidade com o sistema de sade. O objectivo deste trabalho foi aplicar o Diagrama de Ishikawa no estudo dos incidentes ocorridos numa unidade de Cuidados de Sade Primrios Unidade de Sade Familiar Marginal. A anlise das causas dos incidentes relatados (n=379) mostrou que os factores associados tarefa foram os mais frequentes (n=196) e os factores associados ao doente foram os menos frequentes (n=22). A anlise de correlaes mostrou uma associao positiva entre os factores da tarefa e os factores da equipa e entre os factores da tarefa e os factores da comunicao (p<0.05). Esta anlise mostrou ainda, uma associao negativa entre os factores das condies de trabalho e os factores da organizao (p<0.05). As medidas de discriminao aplicadas aos resultados da anlise de correlao mltipla, mostraram que os factores da comunicao, os factores individuais, as condies de trabalho e o contexto institucional foram as principais associaes encontradas. A anlise qualitativa de oito incidentes, permitiu reflectir sobre medidas de melhoria. Este estudo aponta para a utilidade da aplicao do Diagrama de Ishikawa no apuramento das causas sistmicas mais provveis de um incidente, e na identificao de necessidades de atuao na gesto de risco dentro das organizaes. Ser, no entanto, necessrio testar este instrumento em outras unidades de cuidados de Sade Primrios.