144 resultados para Teatro português (Comédia) História e crítica


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho visa realizar os primeiros passos de um projeto mais longo, cujo objetivo determinar o sentido daquilo que entendemos como pergunta pelo sentido do ser; junto a isso, se tem aqui igualmente o propsito de pensar a metodologia que acaso venha a ser adequada, isto , o tratamento especfico que possa alguma vez dar a tal questionamento um desenvolvimento legtimo. O caminho por ns adotado partir de Kant por motivos estratgicos, principalmente pela razo de encontrarmos a uma tese declarada sobre ser, que lhe concede um sentido unitrio: ao coment-la, reconstruindo-a por meio da apresentao de alguns de seus momentos, estaremos nos utilizando da mesma para apontar aquilo que acreditamos constituir uma corrupo de sentido nas suas prprias bases, permitindo compreender as dificuldades lanadas pela questo que, assim nos parece, so as mesmas que terminam por gerar as confuses que perfazem a prpria história da metafsica. Isto significa que nossa discusso do caso kantiano - embora vise diretamente a filosofia crítica e todo projeto de uma teoria das faculdades - dever cunhar resultados mais amplos, j mesmo porque, a partir dela, viremos mesmo a afirmar a total inadequao de uma abordagem do sentido do ser sob o ponto de vista do comportamento terico. Por oposio a ele, procuraremos demonstrar que ser s pode ser abordado no interior de um campo de sentido que se apresente como o que chamaremos de atividade descritiva ou, poderamos igualmente dizer, uma atividade de mostrao. Este ltimo ponto, conclusivo somente quanto parte do caminho que nosso projeto mais geral nos exige percorrer, ser explicitado com a ajuda de alguns dos conceitos apresentados por Husserl em suas Investigaes Lgicas.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo prope uma leitura histrico-cultural das interpretaes de Gerd Bornheim (1929-2002), destacando a temtica da linguagem, sobretudo das linguagens artsticas. A partir dessas expresses, as colocaes críticas de Bornheim a respeito da esttica e filosofia da arte apresentam um panorama dos questionamentos. Nesse sentido, so notveis em seus trabalhos as reflexes sobre o teatro e a msica. A linguagem teatral permite o acesso s outras atividades artsticas (poesia, msica, artes plsticas, cinema) de forma livre e aberta. A linguagem musical, em consonncia com a teatral, corrobora a pesquisa de Bornheim, que observou o processo criativo, a comunicao, o papel da interpretao (advento da crítica) e as rupturas nas poticas contemporneas. Tal itinerrio sublinha a pesquisa que Bornheim realizou na Frana nas dcadas de 1950 e 1960-70. O estmulo dessa atmosfera, marcada pelo dilogo entre filosofia, cincias sociais, psicologia, psicanlise, história, antropologia, lingustica, comunicao, teatro e msica foi decisivo para ele. Esses pontos so importantes para a apreenso do tema da linguagem e sua ambincia histrica, na qual Bornheim revela outras perspectivas de pesquisa. O pano de fundo a crise da metafsica e os novos parmetros para se pensar a dialtica, a teoria e a prtica. O diagnstico de tal crise estende-se tambm esttica. Por conseguinte, o entendimento das ideias de Bornheim conduz aos temas da diferena e alteridade na contemporaneidade. Com isso, persegue-se um percurso temtico que aborda: a linguagem e o problema da comunicao a partir da ligao das interpretaes de Bornheim com as de Sartre e Merleau-Ponty. Alm disso, o surgimento da crítica e os questionamentos da normatividade tica e esttica levam discusso das motivaes coincidentes entre artes e cincias. Por fim, a linguagem musical enfatiza ainda o processo de transformao da subjetividade, que propicia uma percepo mais ampla das expresses artsticas e culturais.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho contemplou a anlise das relaes entre imigrao, negcios e poder a partir da insero do imigrante português no comrcio da cidade do Rio de Janeiro entre 1850 e 1875. Nesse perodo, as relaes internacionais entre Brasil e Portugal caracterizaram-se essencialmente por duas foras sociais: o fluxo migratrio e o comrcio. Atravs do intercruzamento de fontes documentais, identificou-se o perfil dos membros da elite mercantil portuguesa instalada na capital do Imprio brasileiro, bem como suas estratgias de ascenso econmica e projeo poltica junto sociedade e aos Estados de Portugal e Brasil. Avaliou-se, ainda, o estmulo causado pelas trajetrias de sucesso na realimentao do movimento de emigrao portuguesa. Concluiu-se que os imigrantes lusos, atravs do comrcio, tornaram-se agentes dinmicos das relaes bilaterais Brasil-Portugal.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A metfora do mundo como um palco est presente no imaginrio humano h muitos sculos, o que se pode ver nas obras artsticas e filosficas, de Ccero a Shakespeare: o mundo representao. O presente estudo prope-se a analisar interdisciplinamente os desdobramentos das metforas do teatro e do cinema, na explorao do espao da metrpole, tendo como corpus o romance Cidade de Vidro, de Paul Auster (1999) e a narrativa flmica Sindoque Nova York, de Charlie Kaufman (2008). Para tal, procuramos os tericos da metfora, tendo como principal deles Hans Blumenberg, fundador da Metaforologia, Paul Ricoeur e Derrida, em estudos especialmente dedicados a essa figura de linguagem. As metforas, contudo, se realizam em um determinado espao, o da metrpole, e para nos guiarmos em seus caminhos, elegemos os estudiosos da nova geografia cultural, dentre os quais Paul Claval, Mathias Le Boss e Denis Cosgrove. Na correlao da cidade com o teatro, apontaremos a prpria história da criao do teatro ocidental como o principal ponto de partida para as ramificaes de tal mimetismo. Para o estudo especfico do espao da metrpole, contamos com Walter Benjamin e seus seguidores. Os estudos benjaminianos sero tambm de vital importncia para a compreenso da relao entre cinema e metrpole, relao essa que tambm foi aclarada pelo questionamento de Nietzsche sobre a verdade. No foi nossa inteno comparar as obras aqui analisadas em seus planos narratolgicos, mas articular dois textos regidos por cdigos e procedimentos artsticos parecidos, mas, ainda assim diferentes. Buscamos apontar como as relaes teatrais e cinemticas na metrpole, fragmentada como o prprio homem que nela se perde, provocam uma suspenso da fronteira entre realidade e fico

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

As cmaras municipais constituram-se em um dos mais notveis mecanismos de manuteno do vasto imprio ultramarino português. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colnia, detinham considervel poder sobre a sociedade local alm de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da cmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colnia gerava, muitas vezes, conflitos entre a cmara municipal e os funcionrios rgios. No Rio de Janeiro, setecentista, vrios fatores internos e externos colnia deterioraram as relaes entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situao agrava-se com as incurses corsrias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do imprio português que h muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaos para potncias como a Frana, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colnias na frica, sia e Amrica, em especial o do Brasil, o imprio português dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colnias para a manuteno do seu territrio ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos prximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colnia com o envio de tropas e navios alm da construo de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo j existente.Todo este esforo para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da prpria colnia do Rio de Janeiro. Obviamente este nus no agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colnia resultando no fato de que a poltica de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificaes, s custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionrios do rei e os membros do senado por vrias vezes nas primeiras dcadas do sculo XVIII. Surgiram inevitveis conflitos pelo uso e posse do territrio urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Alm do conflito territorial, em funo da expanso da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, vidas por lucros e impulsionadas ao comrcio devido descoberta do ouro na regio das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaos com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Cmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colnia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho um estudo sobre o poeta Lus de Cames como personagem teatral em trs obras: Frei Lus de Sousa, de Almeida Garrett; Que farei com este livro, de Jos Saramago e Tu, s tu, puro amor..., de Machado de Assis. Em Frei Lus de Sousa ser abordado o Cames mtico, pois quando se passa a história, durante o perodo filipino, este j est morto, s lembrado atravs de Telmo. o smbolo da ptria. No captulo Cames: uma personagem do imaginrio popular, ser apresentado o Cames como personagem de Literatura de Cordel, sendo feita uma breve comparao com outras personagens como Joo Grilo.Em Que farei com este livro? ser estudado um Cames totalmente desiludido com a ptria na tentativa de publicar Os Lusadas. Em Tu s, tu, puro amor..., ser visto um Cames romntico sofrendo de amores por uma dama da corte.Em cada uma das obras, estudaremos os aspectos da abordagem do poeta português de acordo com o contexto de poca de seus respectivos autores

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O teatro anchietano, que articula a educao, a arte e a religio por meio de um interessante intercmbio de signos, configurou-se como um dos mais relevantes instrumentos pedaggicos utilizados pela Companhia de Jesus na Amrica Portuguesa durante o sculo XVI. Suas prticas discursivas acerca do Diabo e de seu squito infernal tinham por objetivos, a partir da construo de uma pedagogia do medo, a promoo do catolicismo entre os indgenas e a adaptao desses povos cultura euro-crist, garantindo, desta forma, a viabilidade da colonizao desses domnios ultramarinos pertencentes coroa portuguesa. O processo de elaborao das representaes culturais, caracterstico dos encontros e confrontos entre os mundos europeu e indgena, a gestao de novos modelos de organizao social e de valores, por meio do crivo da mestiagem cultural, sero levados em conta para a anlise da ao missionria jesutica. Na presente dissertao analisaremos esses aspectos tendo por base o Auto de So Loureno escrito pelo padre Jos de Anchieta.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O combate ao excessivo rebuscamento da linguagem e a defesa de uma sintaxe mais reveladora dos fatos gramaticais da fala brasileira comearam a ganhar vulto a partir do Romantismo. No entanto, o movimento modernista revigorou essa tendncia, estreitando a aproximao entre fala e escrita. Mesmo antes do advento do Modernismo, Manuel Bandeira j privilegiava uma escrita mais leve e simples, prxima da lngua realmente em uso pelos falantes brasileiros. Embora tivesse recebido uma formao acadmica clssica, Manuel Bandeira mostrou-se fiel defensor de uma escrita literria efetivamente simples, com caractersticas prprias da oralidade e que registrasse as variaes da lngua em funo das diferentes situaes comunicativas. Alm disso, sempre repudiou certas exigncias da tradio gramatical que no correspondiam realidade lingustica do Brasil. Este trabalho pretende levantar algumas questes relacionadas variao lingustica e história da lngua portuguesa, especialmente na variedade brasileira. Tambm objetiva tratar de certos aspectos referentes norma lingustica, apresentando breves comentrios sobre o papel da literatura na afirmao da identidade brasileira. Esta pesquisa apresenta alguns comentrios do poeta sobre questes relacionadas ao emprego do registro coloquial, da norma padro e da valorizao de uma linguagem mais simples e popular. Alm disso, faz um levantamento de certos exemplos que corroboram a proposta defendida neste trabalho sobre a inteno de Manuel Bandeira de demonstrar fatos correspondentes aos verdadeiros usos lingusticos dos falantes brasileiros, no que se refere presena marcante da oralidade na escrita, a determinadas escolhas lexicais e a estruturas sintticas caractersticas da lngua portuguesa do Brasil

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O propsito desta dissertao analisar o perodo no qual Almeida Garrett esteve em Bruxelas (1834-1836) como Encarregado de Negcios Estrangeiros e Cnsul Geral de Portugal. Para isso, sero tomadas como base as obras Garrett Memorias Biographicas (1881-1884) de Francisco Gomes de Amorim e A Lua de Bruxelas (2000) de Amadeu Lopes Sabino. Estas obras apresentam as dificuldades financeiras de Garrett, devido ao desprezo do governo português. A biografia marcada pelo discurso moldado de Amorim, por causa da forte relao de amizade que teve com Garrett, sendo este seu pai literrio. J Sabino apresenta um romance centrado nessa temporada, misturando narrativa histrica, dados biogrficos e fico. Dessa forma, neste trabalho, os discursos sero comparados, explicitando o tom especfico de cada um: ambos apresentam as relaes do intelectual com o pas e com a sociedade, em uma poca de grandes mudanas; porm, Amorim guarda um certo verniz e silencia sobre alguns acontecimentos, principalmente relacionados ao casamento de Garrett. Sabino tem, nesse relacionamento com a esposa (Lusa Midosi), o teor do seu romance documentado, se pautando exatamente a partir do que Amorim deixa como enigma

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A proposta da tese investigar o papel da linguagem na indicao das obras literrias (juvenis) contemporneas. Para operacionaliz-la, mergulha-se na anlise dos textos em busca de marcas lingstico-discursivas que revelam seu padro de qualidade, observando a Lngua Portuguesa em funcionamento: suas manifestaes fonolgicas, morfolgicas, sintticas, semnticas geradoras de efeitos de sentido inditos, a fim de abrir espao no chamado cnone literrio, incorporando novos ttulos e escritores brasileiros. Pretende-se traar um percurso alternativo de leituras, visando conquista de alunos matriculados no final do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, para que se tornem membros, de fato, da comunidade de leitores, cujos horizontes no se limitam ao perodo escolar. Objetiva-se, portanto, desenvolver no educando habilidades de leitura, interpretao e expresso (oral e escrita) em sua lngua materna, levando-o a refletir sobre a lngua no processo de ensino-aprendizagem. Como a tese privilegia a trade Lngua Portuguesa-Ensino-Leitura, tendo como corpus o discurso literrio, busca-se sensibilizar o estudante para questionar-se acerca das escolhas lingstico-discursivas do escritor na elaborao esttica de sua narrativa, com o fito de ativar a participao do leitor na construo de sentido(s) da história. Intenta-se, enfim, ter a lngua como o prprio tema das aulas de Português, focalizando a relao entre a produo dos textos e suas finalidades interativas

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A psicanlise e a arte sempre se atraram. Freud e Lacan se utilizam muito da literatura, das artes plsticas, da msica e do teatro para a ilustrao de importantes conceitos psicanalticos. Esta dissertao tem a inteno de mostrar a relao da psicanlise com a literatura, sobretudo, da psicanlise com a poesia. Atravs da obra do poeta e escritor português Teixeira de Pascoaes (1877-1952), o principal representante do saudosismo e uma das mais proeminentes figuras da cultura portuguesa do sculo XX, e do poeta brasileiro Manoel de Barros, considerado por muitos, o maior poeta brasileiro vivo, ratificaremos como a literatura foi fundamental para a construo do corpus terico de Freud e Lacan e de outros grandes autores da psicanlise. Usaremos a poesia de Pascoaes e Barros para exemplificarmos conceitos como a pulso, o inconsciente e a sublimao, este ltimo, inacabado pelo pai da psicanlise. Mostraremos tambm, como a obra dos dois poetas, de alguma forma, se encontram

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Esta dissertao, inserida na linha de pesquisa de Poltica e Cultura, trata da viso crítica de Ea de Queiroz sobre a Igreja Catlica, sobre o catolicismo popular e a relao Igreja-Estado em Portugal do sculo XIX. O trabalho aprofunda as idias do autor estabelecidas no momento histrico do chamado movimento da Regenerao, na segunda metade do sculo, marcado por propostas de denncias da decadncia da sociedade e de mudanas e reformas modernizantes nas estruturas econmicas, sociais, polticas educacionais e culturais do pas. Analisa questes relevantes ligadas poltica da poca como o liberalismo monrquico, a poltica do estado constitucional português, a poltica ultramontana do Vaticano e seus desdobramentos em Portugal, alm do catolicismo institucionalizado nas prticas polticas e culturais. A partir de fontes primrias como os trabalhos jornalsticos do autor, publicados no Brasil e em Portugal, assim como cartas para seus amigos intelectuais da chamada Gerao 70, aborda questes como o anticlericalismo, antijesuitismo, Padroado, regalismo e o projeto cultural português de secularizao. Observando o extremo esprito perspicaz e sarcstico do autor, o trabalho conclui por entender o escritor como forte defensor de reformas nas prticas, discursos e preocupaes da Igreja Catlica de seu tempo, assim como voz exigente e consonante a outros intelectuais da poca em prol de novo comprometimento e atuao dessa mesma Igreja. Por fim, estabelece o autor como um expoente entre a intelectualidade por ser protagonista de um movimento de renovao poltica e cultural, como catalisador da opinio pblica de seu tempo, e acima de tudo, autor de uma obra de relevncia literria e jornalstica, capaz de impor-se como efetiva proposta inovadora para a modernidade portuguesa da poca.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crítica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crítica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da história e da cultura, passaram a ser objeto de crítica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma história, como professores, pesquisadores e alunos.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este o resultado de um trabalho desenvolvido que compe a tese de doutorado cujo tema est focado nas prticas de leitura presentes na sociedade maranhense no sculo XIX, com recorte entre os anos de 1821 a 1831, data da circulao do primeiro jornal e da instalao da primeira tipografia no Maranho, estendendo-se por todo o Primeiro Reinado quando a provncia comeou a vivenciar os debates polticos e as transformaes sociais, culturais e econmicas que lhe proporcionaram a construo de uma nova identidade. Trata- se de uma investigao histrica, tendo como fonte principal de pesquisa os jornais que circularam no Maranho nesse perodo, e como sustentabilidade os reclames neles publicados que forneceram pistas necessrias para o entendimento das questes suscitadas sobre a cultura escrita, principalmente a presena de protocolos de leitura que, de forma geral, circundam ou esto vinculados s prticas de leitura e cultura e de modo singular s pessoas, a fim de identificar as relaes estabelecidas na trade livro-leitor-leitura e, consequentemente, os desdobramentos sociais e pessoais, a partir do que era lido, produzido, veiculado ou comercializado entre os habitantes da provncia. Assim, houve tambm uma investigao de prticas sociais, incluindo aes, sujeitos e relaes sociais, instrumentos, objetos, valores, tempo e lugar, no haurindo absolutamente o passado, mas garimpando referenciais que auxiliaram a entender o presente. O texto refaz um pouco a trajetria da imprensa no Maranho, instituda com a finalidade de publicar o primeiro jornal maranhense O Conciliador do Maranho, cujo caminho tambm reconstitudo assim como o dos demais jornais que circularam no perodo pesquisado, mostrando que eles serviram, no s para aclarar ideias, mas tambm para fazer brotar ideais liberalizantes. O captulo-chave decorre das informaes extradas sobre os impressos produzidos pela imprensa local, os que estavam sendo comercializados pelo mercado maranhense, os que se encontravam no prelo local ou externo, os que se constituam em leituras dos intelectuais e jornalistas, considerados principais construtores das prticas de leitura dos maranhenses oitocentistas. Um panorama das instituies mediadoras do livro e da leitura fecha o circuito percorrido, mostrando que as artes como a msica, a pintura e o teatro serviram para delinear uma sociedade com peculiar formao crítica e que, as sociedades literrias, os gabinetes de leitura, as bibliotecas e as escolas pblicas ou particulares, foram, de fato, verdadeiros baluartes da boa educao e da liberdade dos povos.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O presente trabalho consiste em um estudo crtico do romance Sem tecto, entre runas, de Augusto Abelaira. Inicialmente feita a anlise sobre as possveis consequncias de uma apreenso descontnua e material do tempo, seus efeitos nas relaes entre o protagonista e seu mundo, que se apresentam sob a forma de tdio e paralisia. Para a crítica proposta foram retomados conceitos descontinuidade e homogeneidade apresentados pelo filsofo Henri Bergson, alm da noo de desligamento e desejo demonstrados pela sociologia de Zigmunt Bauman. O prximo alvo contemplado na pesquisa a presena da memria e da lembrana indicados sob o ponto de vista contnuo do tempo, tambm analisados luz da filosofia de Bergson, alm do pensamento de Gilles Deleuze. A partir desse caminho investigativo possvel pensar a condio do protagonista como um confronto de si, uma experincia do tempo que traz uma revelao mediante a condio de ser tarde demais