16 resultados para Cuidados centrados no doente

em Instituto Politécnico de Viseu


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Enquadramento: Actualmente existe um elevado números de pessoas em situação de dependência, com algum tipo de incapacidade funcional ou em risco de perda de funcionalidade, que necessitam ingressar na Rede Nacional de Cuidados Continuados com o intuito de se promover uma melhoria das condições de vida e bem-estar das pessoas, através da prestação de cuidados continuados de saúde e de apoio social. Aceitando a vulnerabilidade da pessoa humana, a doença revela-se como um período de fragilidade circunstancial às condições decorrentes da sua existência. O utente/família deparam-se com a desmoralização, a ameaça, o desamparo e a perda de sentido, podendo levar o mesmo a uma profunda tristeza, desespero e sofrimento. Neste sentido e tendo em conta que a esperança influencia o bem-estar e uma vez que se encontra ligada à existência, tanto física como emocional e espiritual é fundamental percebermos até que ponto a esperança pode ajudar a pessoa a lidar com o futuro. Objetivos: Avaliar níveis de esperança nos Doentes internados em Cuidados Continuados, e identificar determinantes socio-demográficos, clínicas e psicossociais correlacionadas com essa esperança. Métodos: O estudo foi realizado,na Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Seia, nas unidades de internamento de Média Duração e Reabilitação e Unidade de Longa Duração e Manutenção. O questionário foi aplicado a 46 doentes, com idades compreendidas entre os 46 e os 92 anos de idade ( x =74.39 anos). Trata-se de um estudo não experimental, quantitativo, do tipo transversal, descritivo e correlacional. O instrumento de recolha de dados integrou um Questionário de caracterização sócio-demográfica e clínica, a escala da Esperança (Herth Hope Index), uma escala para a avaliação da Qualidade de Vida – Functinal Assessement of Cancer Therapy – General e o Questionário de Sono de Oviedo. Resultados: Os dados mostram que 45,7% dos participantes apresenta esperança reduzida, 39,1% esperança elevada e 15,2% esperança moderada. Constatámos ainda que apenas o “bem-estar funcional” da escala da QDV e os “fenómenos adversos” da escala do sono se correlacionam significativamente (p=0,000; p=0,035) com a esperança explicando respetivamente 55,2% e 31,1% da variância explicada. Já o género, idade, estado civil, situação profissional, escolaridade, rendimento mensal, tipologia e número de internamentos, mostraram não estar relacionados com a esperança dos nossos doentes. Conclusão: A esperança é uma crença ou virtude inerente ao Homem, que pode assumir níveis diferenciados, que acompanha o ser humano no seu processo de viver e de morrer condicionando ajustes nos momentos de crise, afectando e/ou sendo afetada pelo bem-estar e a qualidade de vida. Palavras-chave: Cuidados Continuados, Esperança, Qualidade de Vida, Doentes, Sono.

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Enquadramento: A segurança do doente é um problema internacional e uma prioridade das políticas de saúde de múltiplos organismos/instituições nacionais de saúde. Neste âmbito, surgem os sistemas de notificação de incidentes. Objetivo: Conhecer a perceção dos enfermeiros sobre a notificação de incidentes e sobre a segurança do doente. Métodos: Recorremos a uma triangulação metodológica constituída por um estudo quantitativo (estudo A) e outro qualitativo (estudo B). O estudo A é analítico, transversal, realizado com 182 enfermeiros. Os dados foram recolhidos por questionário, constituído por variáveis sociodemográficas e profissionais e escalas para avaliar doze dimensões da notificação e segurança do doente. O estudo B é exploratório, realizado com 18 enfermeiros, através de entrevista semiestruturada. Resultados: Para os enfermeiros todos os incidentes devem ser notificados, mas a frequência de notificação é baixa e diminui com a gravidade do dano, 65,0% não registou qualquer ocorrência no último ano e 82,3% desconhece o sistema de notificação. Os principais obstáculos à notificação são o receio de punição e os principais fatores facilitadores são os benefícios que advêm da notificação para o doente, a ausência de retaliações no trabalho, uma relação positiva com os superiores hierárquicos, o anonimato e a perceção de resultados da notificação. Aproximadamente 60,0% dos enfermeiros tem uma perceção geral da segurança do doente positiva. Conclusão: A perceção dos enfermeiros sobre a notificação de incidentes reflete desconhecimento da temática, elevado receio de punição, originando baixa frequência de notificação. A perceção sobre a segurança do doente é positiva. É necessário melhorar a cultura de segurança da organização e o conhecimento dos enfermeiros sobre o papel da notificação. Palavras-Chave: segurança do doente, notificação de incidentes, enfermeiros.

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Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) assume em Portugal elevadas taxas de morbilidade e reinternamento hospitalar. A disfagia surge como uma complicação frequente deste evento neurológico, com índices de morbilidade elevados pelo risco de desnutrição, desidratação e aspiração broncopulmonar. O diagnóstico e a sua monitorização no processo de reabilitação do doente são ações fundamentais na prevenção de aspirações alimentares, redução do internamento hospitalar e na eficácia da reabilitação do doente. Objetivo: Identificar e avaliar o grau de disfagia na pessoa com AVC e analisar a relação entre esta, e as variáveis socio-demográficas e clínicas no sentido de poder melhorar futuramente os cuidados de enfermagem de reabilitação. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 25 doentes com diagnóstico de AVC, internados na Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), em unidades de Convalescença e Reabilitação. O instrumento de colheita de dados integra uma seção de caracterização sócio-demográfica e clínica e duas escalas: Escala Gugging Swallowing Screen (GUSS) e Índice de Barthel, a fim de avaliar a disfagia e a funcionalidade, respetivamente. Resultados: A amostra apresenta uma média de idade de 76,8 anos, sendo 68% do sexo feminino e 32% do sexo masculino. Verificámos que 68% dos participantes apresenta mais de dois antecedentes clínicos e apenas 24% dos participantes não apresenta disfagia. Dos restantes, 12% apresenta disfagia grave, 36% moderada e 28% disfagia ligeira. A área de lesão parece influenciar a deglutição, demonstrando a Artéria Cerebral Média (ACM) e Artéria Cerebral Posterior (ACP) como áreas de maior sensibilidade. Denotou-se que quanto maior o grau de dependência, maior gravidade de disfagia. Conclusão: Doentes com AVC isquémico apresentam disfagia, com gravidade relacionada com a área vascular. A existência de vários antecedentes clínicos pode gerar perturbações na deglutição do doente. De igual modo, quanto maior for a dependência funcional do doente, maior é o grau de disfagia e o risco de aspiração pulmonar. Palavras-chave: AVC; Disfagia; Reabilitação.

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A segurança é um princípio fundamental nos cuidados prestados e exige um complexo sistema de sinergias e um amplo leque de ações para a melhoria da qualidade. É indiscutível que a ocorrência de erros cria uma preocupação constante para os profissionais, sendo primordial fomentar uma cultura de segurança. Este artigo tem por objetivo identificar os fatores determinantes na segurança e qualidade dos cuidados de Enfermagem. Realizou-se uma revisão da literatura, utilizando descritores “Segurança do doente”, “Cultura de Segurança”, “Enfermagem”, “Qualidade dos Cuidados”, emergindo 309 artigos. Efetou-se uma pesquisa na PubMed, SciELO, Web of Science, com artigos publicados entre janeiro de 2010 e março de 2016. Foram selecionados 11 artigos que respondiam à questão de investigação “Quais os fatores determinantes da segurança e qualidade dos cuidados de Enfermagem?“. Dos 11 artigos seleccionados emergiram duas temáticas: a consciencialização do erro e a criação de uma cultura de segurança nas organizações. Este estudo evidencia que a ocorrência de erros constitui uma ameaça à qualidade dos cuidados e segurança dos utentes, contudo, a consciencialização dos riscos e a aplicação de medidas para o desenvolvimento de uma cultura de segurança contribui para a diminuição da frequência e severidade dos erros nas instituições de saúde.

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Introdução: A Doença de Huntington (DH) é uma patologia neuro degenerativa hereditária de transmissão autossómica dominante que afeta o movimento e conduz a um défice progressivo das capacidades cognitivas e comportamentais. Cuidar um doente de Huntington é um processo complexo e exigente com um grande impacto na saúde, bem-estar e qualidade de vida do cuidador informal. Objetivo: Avaliar o impacto da DH na Qualidade de Vida do Cuidador Informal, e verificar em que medida as variáveis sociodemográficas, contextuais e clínicas se relacionam com essa Qualidade de Vida. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, não experimental, transversal numa lógica de análise descritivo-correlacional com 50 Cuidadores Informais de nacionalidade espanhola, membros da “Asociación de Corea de Huntington Española” - ACHE. Utilizamos a versão espanhola do questionário: Huntington’s Disease Quality of Life Battery for Carers (HDQoLC) como instrumento de colheita de dados especifico para a avaliação da QDV dos Cuidadores de Doentes de Huntington . Resultados: Os participantes são na sua maioria do sexo feminino (68%), com uma media de idades de 50,04 anos, casados (72%) com elevado grau de literacia (52%) e no ativo (72%). São essencialmente cônjuges da pessoa dependente (52%) ou filhos(as) (28%). Os resultados sugerem que os CI possuem uma QDV moderada (53%) na qual os “aspetos práticos do cuidar”, ou seja, o papel de cuidador, tem grande impacto na QDV (43%) a “satisfação com a vida e os “sentimentos sobre a vida com DH” parecem atenuar esta sobrecarga. Os dados obtidos revelam que as variáveis que influenciaram significativamente a Qualidade de Vida total são: as habilitações literárias e o número de horas de cuidados diários. No entanto podemos afirmar que a idade, tempo como CI e os motivos que levaram a assumir o papel de cuidador, tem uma relação expressiva com a dimensão “aspetos práticos do cuidar” da QDV. Conclusões: Os resultados reforçam a multidimensionalidade e variabilidade da qualidade de vida dos cuidadores informais de Doentes de Huntington e evidenciam a necessidade dos profissionais de saúde apostarem em programas de intervenção na comunidade, de forma a implementar estratégias de apoio que minimizem as dificuldades sentidas, aumentem a capacidade para a prestação de cuidados e que promovam a qualidade de vida dos que cuidam. Palavras-chave:; Doença de Huntington; Cuidadores Informais; Qualidade de Vida.

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Enquadramento: A satisfação dos utentes com as instituições de saúde apresenta-se na actualidade como um indicador fundamental na determinaçãodos aspetos a melhorar e a aperfeiçoar de forma prioritária ou seja na implementação de parâmetros contributivos para a qualidade dos serviços prestados. A fonte de preocupação dos profissionais em geral alicerça-se nas experiencias vividas na “primeira voz”, do seu dia-a-diae por isso se torna imperioso o conhecimento dos níveis e determinantes da satisfação dos utilizadores com vista à excelência dos cuidados. Objetivos: Avaliar a Satisfação dos utentes do Centro de Saúde da Guarda e verificar associações existentes entre esta satisfação e algumas variáveis sociodemográficas, clínicas, e psicossociais. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivocorrelacional e de caráter quantitativo, que envolveu 303 utentes do Centro de Saúde da Guarda. Para o efeito foi utilizado um questionário que contém variáveis sociodemográficas, clínicas e psicossociais e ainda a escala “EUROPEP” para avaliar o grau de satisfação. Resultados: Constatámos que a satisfação global da amostra é elevada uma vez que oscila entre um valor mínimo de 63 e um máximo de 275, correspondendo-lhe uma média de 218,92.Verificámos ainda que a dimensão com maiores níveis de satisfação(85.6%) dizem respeito á relação/comunicação, e inversamente os utentes estão mais insatisfeitos com aorganização do serviço. Os utentes com maiores rendimentos mensais e que percepcionam maiores benefícios nos programas de reabilitação são também aqueles que se apresentam mais satisfeitos. Conclusão: O nosso estudo reforça o paradigma de que a satisfação dos utentes com os cuidados prestados tem um carácter abrangente e multidimensional, depende de factores também variáveis no tempo, no espaço e nas populações, tratando-se portanto de um processo dinâmico e subjectivo em constante construção. Palavras-chave- Satisfação, Utentes, Centro de Saúde, Reabilitação, Qualidade.

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Enquadramento: O luto é algo complexo e abarca múltiplas dimensões que podem resultar em luto patológico. Objetivos: Determinar a prevalência de luto complicado em familiares de pessoas em situação paliativa; identificar que variáveis sociodemográficas e de contexto do luto interferem no processo de luto complicado; averiguar se há relação entre a funcionalidade familiar, satisfação quanto aos cuidados prestados ao ente querido, a sobrecarga do cuidador e o luto em familiares de pessoas em situação paliativa. Métodos: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra de 75 familiares de doentes em situação paliativa. Utilizou-se um Questionário Sociodemográfico; Escala de Apgar Familiar (Agostinho & Rebelo, 1988), Escala do Contexto do Luto (Cunha, 2014), Escala de Avaliação da Satisfação dos Familiares dos Doentes em Cuidados Paliativos - Escala FAMCARE (Almeida, 2012), Escala de Sobrecarga do Cuidador (Sequeira, 2010) e o Inventory of Complicated Grief (ICG) (Frade & Rocha, 2008). Resultados: Dos 75 participantes, apenas 24 (35.2%) que se encontravam pelo menos há 6 meses enlutados obtiveram uma pontuação superior a 30 no ICG, tradutora de vivência de luto complicado. Destes, 58.3% eram mulheres e 41.7% homens; na faixa etária =<49 anos (37.5%); com companheiro(a) (54.2%); 70.8% revelam funcionalidade familiar; 62.5% dos participantes perdeu um familiar direto, cujo falecimento ocorreu em 71.4% dos casos no domicílio; 83.3% dos familiares revelam sobrecarga com os cuidados; 29.2% revelam-se insatisfeitos com os cuidados prestados ao seu familiar. Conclusão: Os resultados revelam a necessidade de identificação dos fatores de risco no luto, de modo a mobilizarem-se os recursos para a promoção da vivência saudável do luto. Palavras-Chave: Cuidados Paliativos; Familiares; Luto Complicado.

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Tanto o enriquecimento ambiental, como o treino pelo método do condicionamento operante por reforço positivo, são bastante relevantes no desempenho bem-sucedido de medidas de saúde preventivas em animais de cativeiro. A prevenção apresenta-se como de extrema importância no bem-estar das aves em contexto zoológico. Um maneio e enriquecimento apropriados, bem como programas de treino que incluam comportamentos médicos, podem não só diminuir a ocorrência de patologias, muitas vezes antropogénicas, mas também permitir o correto diagnóstico precoce das mesmas e controlo da saúde animal. Desta forma, contribui-se para o melhoramento do dia-a-dia dos animais e consequentemente da sua vida.

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Apesar dos avanços na sua abordagem terapêutica, a hemorragia severa continua a ser a principal causa de morbilidade e mortalidade em animais vítimas de trauma ou sujeitos a intervenção cirúrgica. O aparecimento de lesões decorrentes, ou da morte consequente, deve-se ao deficit de volume de fluidos intravasculares e subsequente desenvolvimento do estado hipovolémico. Em termos fisiológicos, a consequência mais devastadora desta condição é a diminuição, absoluta ou relativa, da pré-carga cardíaca, resultando num baixo débito cardíaco, perfusão tecidular inadequada e diminuição do aporte de oxigénio aos tecidos, o qual compromete, inequivocamente, a função celular. O controlo da hipovolémia passa pela resolução da hemorragia e pela correção do deficit de volume intravascular causado e envolve, obrigatoriamente, o recurso à administração de fluidos intravenosos. A escolha do tipo de fluido mais adequado para a terapia intravenosa, em cada ocorrência, é uma tarefa que exige reflexão e ponderação. A seleção dos fluidos apropriados é da responsabilidade do médico veterinário, sendo, no entanto, fundamental que o enfermeiro veterinário detenha conhecimentos básicos sobre as diferenças entre os fluidos disponíveis para a fluidoterapia. O objetivo deste projeto é determinar qual o tipo de fluido mais adequado para ajudar a preservar a integridade e funcionalidade hepática, em situações de hipoperfusão, e assim ajudar a padronizar a sua escolha no momento da decisão pela fluidoterapia. Para atingir este objetivo recorreu-se ao modelo suíno, a fim de recrear a situação de hipoperfusão e posteriormente avaliar os efeitos de dois fluidos diferentes administrados na reposição volémica, o lactato de Ringer e hidroxietilamido 130/0,4. Os animais foram sujeitos a uma hemorragia controlada, após a qual foi reposta a volémia com os respetivos fluidos. Após esta reposição volémica os animais foram eutanaziados e foram obtidas amostras de vários órgãos, incluindo fígado, objeto do presente estudo, alvo de diversas técnicas histopatológicas, nomeadamente o estudo histopatológico de rotina, através de hematoxilina e eosina, e diversos métodos para deteção de eventos apoptóticos, incluindo citocromo c, TUNEL e M30.Após a avaliação exaustiva dos resultados obtidos através das técnicas realizadas, foi possível concluir que o lactato de Ringer confere uma maior proteção contra a lesão de reperfusão, quando comparado com o hidroxietilamido 130/0,4.

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Enquadramento: A gestão da doença, designadamente da hipertensão arterial (HTA) através do apoio à auto-gestão, aconselhamento motivacional, acesso à informação resultam em maior adesão terapêutica. Objetivos: Identificar os fatores que determinam a adesão ao tratamento na pessoa com HTA numa amostra comunitária. Metodologia: Estudo transversal, descritivo-correlacional, com amostra de 235 hipertensos (63,8% do género feminino), idade média 75 ± 8,14 anos, 62,6% casados e a maioria com o 1.º ciclo de escolaridade. Recorremos ao questionário com variáveis sociodemográficas, dietéticas, clínicas, motivacionais, relacionadas com os profissionais e serviços de saúde, Escala de Apgar Familiar, Questionário de Dependência Alcoólica, Questionário Internacional de Atividade Física, Questionário de Determinação da Saúde Nutricional, Escala de Autocuidado com a Hipertensão, Questionário de Crenças Sobre a Doença, Escala de Crenças Acerca dos Medicamentos, Escala de Satisfação dos Utentes com os Cuidados de Enfermagem na Unidade Móvel de Saúde, Questionário abreviado da Perceção do Cliente sobre o Ambiente Terapêutico, Questionário de Autorregulação, Escala de Competência Percebida e Escala de Medida de Adesão aos Tratamentos para colheita de dados. Resultados: A pressão arterial estava controlada em 34,5% da amostra, 28,2% homens e 38% mulheres. A MAT revelou um mínimo de 3,86 e um máximo de 6 com uma média de 5,66±0,49. As variáveis preditoras da adesão foram: controlo pessoal (p=0,005), identidade (p=0,000), ambiente terapêutico (p=0,001), alimentação geral (p=0,041), atividade física (p=0,007) e toma de medicamentos (p=0,000). Conclusões: Compreender os fatores envolvidos na gestão do tratamento permite perceber como podem os enfermeiros contribuir para melhorar a adesão ao regime terapêutico. Palavras-chave: Hipertensão arterial, gestão da doença crónica, adesão ao tratamento e adultos.

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Enquadramento: Conhecer a perceção que os cuidadores informais possuem sobre o planeamento da alta dos idosos internados, permite que os enfermeiros conheçam as reais necessidades do cuidador e do idoso, contribuindo assim, para a diminuição da ansiedade, prevenção de complicações e consequentemente uma maior satisfação pelos cuidados recebidos. Objetivos: Conhecer a perceção dos cuidadores informais sobre o planeamento da alta hospitalar do idoso, e analisar associações entre as variáveis sociodemográficas, profissionais, familiares, clínicas e psicossociais e a referida perceção. Métodos/ Procedimentos: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, utilizando uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 41 cuidadores informais de idosos internados no serviço de Medicina 1 do Centro Hospitalar do Algarve – Unidade de Faro. Recorreu-se ao questionário de caracterização sociodemográfica, profissional, familiar e clínica, bem como a utilização do Índice de Barthel, questionário de Planeamento da Alta (PREPARED) e a escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS). Resultados: Dos 41 cuidadores informais,73,17 % são do género feminino, 78% são casados/ união de fato, 39,0% mantêm-se ativos profissionalmente a tempo inteiro e em 51,2% são filhos do idoso, que apresentam uma média de idade de 78,78 anos. A maioria (82,9%) reside na mesma habitação que o idoso, sendo cuidadores informais há menos de 3 meses (58,5%). Os cuidadores apresentam um nível de ansiedade leve a moderada, sendo superior para o género feminino, embora não se verificasse diferenças estatisticamente significativas. Relativamente à perceção dos cuidadores relacionados com o planeamento da alta, a maioria privilegia as informações relacionadas como conseguir fazer as AVD, afirmando que se sentem preparados para regressar a casa, contudo a maioria não sente confiança para executar as tarefas diárias no domicílio. Constatou-se que a presença de apoio da rede formal influencia significativamente a perceção do planeamento da alta (p< 0,05), sendo que o género, agregado familiar e grau de dependência, embora de forma parcial (apenas para um indicador) também são preditivas da perceção. Conclusões: Apesar do número reduzido da amostra, os resultados obtidos evidenciam a relevância de organização dos cuidados face à satisfação das necessidades dos idosos e seus cuidadores em cuidados de saúde, no que dizem respeito ao planeamento da alta, como busca da qualidade. Palavras-chave: perceção do planeamento da alta, cuidadores informais, idosos.

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Introdução: O enfermeiro especialista em reabilitação é o profissional com competências e conhecimentos para, após o diagnóstico, implementar e monitorizar os resultados dos programas de redução do risco das perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho (PME), junto dos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idoso, avaliando e introduzindo no processo de prestação de cuidados os necessários ajustamentos, promovendo assim, práticas mais seguras e eficazes. Assim, o presente estudo centrou-se em identificar os determinantes das PME nestes trabalhadores e suas repercussões na saúde. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 120 indivíduos, na sua maioria do género feminino (95,8%) e com uma média de idades de 43,21 anos (Dp=10,812 anos). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se o inquérito de saúde e trabalho (INSAT), aferido para este domínio de investigação. Resultados: Estes cuidadores formais manifestam défices de saúde com principal relevância para os relacionados com a mobilidade física e dor, quer pela existência de constrangimentos de natureza física e biomecânica, organizacional e psicossocial, bem como de natureza individual. Os problemas de saúde identificados por estes trabalhadores, resultantes das condições e características do trabalho foram: dores de costas (90,8%), dores musculares e articulares (82,5%), varizes (64,2%), dores de cabeça (49,2%) e ansiedade ou irritabilidade (47,5%). Ser do género feminino, ter idade entre os 49-58 anos, ser viúvo ou divorciado, ter doenças crónicas, tomar medicação e efetuar horário diurno, revelaram-se como determinantes percursores das PME assim como, a nível laboral, as características e os constrangimentos organizacionais e relacionais relacionados com o esforço físico, a intensidade e tempo de trabalho, as exigências emocionais, a insuficiência de autonomia e a má qualidade das relações sociais. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de estratégias preventivas das PME neste grupo profissional, onde é fundamental a intervenção do enfermeiro de reabilitação na implementação de programas de promoção da saúde, gestão do stresse e riscos psicossociais e formação profissional. Palavras-chave: Doenças musculosqueléticas; Enfermagem de Reabilitação; Saúde Ocupacional.

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Enquadramento: O carácter inovador da Cirurgia de Ambulatório reside no seu modelo organizativo específico, centrado no doente, que o envolve num circuito independente do de internamento, procurando-se ganhos em eficiência e em qualidade e obtendo-se níveis de maior humanização e satisfação dos utentes e seus familiares. Objetivos: Analisar de que forma as variáveis sociodemográficos influenciam a qualidade percebida dos utentes de uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório de um Hospitalar Central; verificar se existem efeitos significativos das variáveis circunstanciais na qualidade percebida dos utentes de uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório de um Hospitalar Central; verificar a existência de efeitos significativos das variáveis sociofamiliares na qualidade percebida nos utentes. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo e correlacional; enquadra-se num estudo descritivo analítico-correlacional porque o mesmo tem por objetivo explorar as relações entre variáveis e descrevê-las. Os dados foram colhidos junto dos utentes tendo como base escalas e questionários. A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 140 utentes de uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório de um Hospitalar Central, na maioria, do sexo masculino (60,7%), com uma idade mínima de 19 anos e uma máxima de 94 anos, ao que corresponde uma idade média de 58,01 (±19.26 anos). Foi aplicado um Questionário de caracterização sociodemográfica e sociofamiliar, incluindo-se o Questionário (Medical Outcomes Study Social Support Survey) MOS-SSS (Fachado et al., 2007) e o Questionário Service Quality (SERVQUAL) (Parasuraman et al., 1988). Resultados: Os utentes do sexo feminino manifestam mais satisfação em relação à UCA (cortesia/empatia p=0.000; compreensão do utente p=0.000; fiabilidade p=0.005; acessibilidade p=0.010; qualidade global p=0.001; os utentes idosos obtiveram valores mais elevados em quase todas as dimensões e na qualidade global (aspetos físicos p=0.006); os participantes com o ensino básico manifestaram mais satisfação (fiabilidade p<0,016); os que possuem um rendimento familiar até 1000€ apresentaram maior nível de satisfação (cortesia/empatia p=0,033); os utentes que não se deslocam em meio de transporte próprio atribuem mais qualidade à UCA (fiabilidade p=0,028); aqueles cuja residência está situada a uma distância superior a 15 km do hospital revelam índices mais elevados de qualidade (cortesia/simpatia p=0.037; compreensão do utente p=0.044; fiabilidade p=0.022; acessibilidade p=0.001; qualidade global p=0.013); os participantes cuja distância de casa ao centro de saúde é superior a 9 km revelam mais satisfação (fiabilidade p=0.038); os utentes com tempos de espera para a cirurgia entre 6-12 meses atribuem mais qualidade à UCA (cortesia/empatia p=0.000; compreensão do utente p=0.011; fiabilidade p=0.007; acessibilidade p=0.001; qualidade global p=0.001). Conclusão: A maioria dos utentes atribui qualidade à UCA, tendo em conta a cortesia/empatia, a compreensão do utente, fiabilidade, acessibilidade e aspetos físicos, pode afirmar-se que a referida Unidade adequa os serviços prestados às suas necessidades, garantindo, deste modo, a satisfação dos utentes. Palavras-chave: Cirurgia de Ambulatório; Satisfação dos utentes; Qualidade; Atendimento.

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Introdução: A satisfação dos doentes constitui um indicador indispensável para a avaliação da qualidade dos cuidados e há evidência da sua correlação com os resultados em saúde. A satisfação com os cuidados de saúde é um conceito multidimensional que considera aspetos como acesso, organização e interação doente - profissional. Consideramos que os cuidados de enfermagem, em particular, são fundamentais no processo saúde/doença. Objetivos: Validar uma escala para avaliar a satisfação dos utentes face aos cuidados de enfermagem, adaptado do instrumento EUROPEP e avaliar a satisfação dos utentes dos cuidados de saúde primários da região centro de Portugal. Material e métodos: Estudo transversal, com uma amostra de 827 utentes adultos (maioria do sexo feminino 64,4%) com uma média de idade de 50,08±18,58 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário, constituído por variáveis sociodemográficas, o instrumento EUROPEP (Ferreira, 1995) para avaliar a satisfação com os cuidados de saúde primários e para avaliar a satisfação especificamente com a equipa de enfermagem elaboramos questões adaptadas do instrumento EUROPEP e agrupadas nas dimensões relação de ajuda, dimensão interpessoal e instrumental. A consistência interna, reprodutibilidade e análise de conteúdo foram avaliados com recurso ao SPSS 23.0; considerando a consistência aceitável para um de Cronbach > 0,70. O coeficiente para cada item é apresentado com um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Em todas as dimensões do questionário EUROPEP, a maior percentagem de satisfação com os cuidados situou-se entre “boa” e “muito boa”. As dimensões criadas para avaliar especificamente os cuidados de enfermagem apresentaram um coeficiente de α de Cronbach total de 0,972. Conclusões: Estes resultados sugerem que as dimensões criadas para avaliar os cuidados de enfermagem serão úteis para a investigação na população Portuguesa. A satisfação do utente é decisiva para a qualidade e eficiência dos cuidados prestados, sendo necessário o compromisso de todos os prestadores na implementação de práticas sistemáticas de gestão que conduzam à satisfação, dando particular atenção à melhoria contínua dos processos organizacionais. Palavras-chave: Satisfação dos Utentes; cuidados de saúde primários, cuidados de enfermagem, adulto, Portugal