869 resultados para Parentalidade - Parenting


Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

O termo parentalidade tem evoluído com os estudos que foram sendo desenvolvidos na área, na sua maioria pretendem compreender como as crianças percecionam as competências parentais dos seus progenitores e qual o comportamento da criança em função do estilo educativo exercido. Para avaliar e analisar a parentalidade é necessário conhecer a comunidade onde se insere a família, sendo já amplamente discutida a influência do meio e contexto no comportamento e na perceção que temos de nós e do outro. O presente estudo propôs-se a entender quais os fatores sociodemográficos e comportamentais que podem condicionar o exercício das competências parentais. Constitui-se como um estudo descritivo-correlacional, com uma amostra não probabilística aleatória por conveniência, com 62 pais de crianças com idade compreendidas entre os 6 e os 11 anos e frequentam o 1º Ciclo do Ensino Básico no Distrito de Leiria. Para responder ao objetivo inicial foram utilizados os seguintes instrumentos: para a perceção das competências parentais recorreu-se às escalas EMBU-P e EMBU-C, para avaliar a ansiedade nos pais foi aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB) e finalmente, o questionário sociodemográfico que pretendia identificar características da amostra (residência, idades, empregabilidade, escolaridade, frequência de ATL, rotinas familiares). Os resultados obtidos evidenciam que os pais percecionam fornecer um elevado suporte emocional aos filhos, que é coincidente com o sentido pelas crianças. Sendo de destacar que quando os pais exercem uma tentativa de controlo ou rejeição, o seu índice de ansiedade tendem a aumentar antevendo uma relação entre ambas as variáveis. Outro resultado com relevância estatística significativa é a relação entre a perceção da sua competência parental e o número de filhos que têm. Destaca-se, ainda, que existem dados sociodemográficos que apresenta uma relação estatisticamente significativa com o exercício da competência parental, como o rendimento mensal do agregado, a existência de irmãos e a subescala de tentativa de controlo. / The term parenting has evolved along with the studies in this field, and most of them aim to understand how children perceive their parents’ parenting skills as well as the child's behaviour depending on the style of education. To evaluate and analyse parenting it is also necessary to know the community, as we are aware of the influence of the environment on the behaviour and perception of ourselves and the people next to us. This study aims to understand which sociodemographic and behavioural factors might influence the performance of parenting skills. It is a descriptive-correlational study with a non-probabilistic sample, randomly chosen, with 62 parents, whose children are not only aged 6-11 years but also attending the primary school in the District of Leiria. In order to respond to the initial goal we used the following instruments: the scales EMBU-P and EMBU-C were used to perceive parenting skills, Beck’s Anxiety Inventory (BAI) was used to assess parents’ anxiety, and finally, the sociodemographic questionnaire was used to identify the characteristics of the sample (residence, ages, employment, education, ATL (after-school activities), family routines). The results show that parents believe they provide a high emotional support to their children, which is coincident with the children’s opinion. It is also important to mention that whenever parents attempt to control or reject, their level of anxiety tends to increase, foreseeing a relationship between both variables. Another result presenting significant statistic relevance is the correlation between parents’ perception of their parental competence and the number of children they have. Finally, it is worth mentioning that there are sociodemographic data that show a statistically significant correlation with parental competence, such as the monthly income of the household, the existence of siblings and the control subscale.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivos: O presente estudo tem como objectivo analisar as redes sociais e pessoais de idosos portugueses com filhos e sem filhos, relativamente às características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais. Metodologia: Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados: o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) para avaliar as dimensões da rede social pessoal; um inquérito por questionário para caracterização da amostra a nível sociodemográfico e sociofamiliar. Participantes: A amostra é constituída por 418 idosos, com uma média de idades de 76 anos (DP=7,62), entre os 65 anos e os 98 anos, maioritariamente do sexo feminino (63,9%), casados ou em união facto (51,0%) e com escolaridade (63,9,1%). A maioria dos idosos inquiridos vive com agregado familiar (80,4%) em zonas rurais (64,8) e não usufrui de qualquer tipo de apoio de resposta social (71,5%). Resultados: Os idosos com filhos são maioritários (n=364; 87,1%) e os sem filhos os minoritários (n=54; 12,9%) na nossa amostra. Dos que têm filhos, 29,9% (109) têm filhos únicos e 70,1% (255) têm mais do que um filho (67% com 1 ou 2 filhos), sendo os filhos maioritariamente de ambos os sexos (n=158; 43,4%). Os resultados sugerem que o facto de os idosos terem ou não terem filhos reflete-se sobretudo em diferenças nas características estruturais das redes. Os idosos com filhos apresentam uma média mais elevada no tamanho da rede, na proporção das relações de familiares, e satisfação da rede e reciprocidade de apoio (p ≤ 0,001), a nível das características funcionais. Já relativamente à proporção das relações de amizade, vizinhança na rede, são os idosos sem filhos que apresentam uma média substantivamente mais elevada (p ≤ 0,003) do que a outra subamostra, apresentando também uma maior durabilidade das relações interpessoais (p < 0,03). As correlações entre o número total de filhos/as com as características estruturais e funcionais da rede, indicam-nos que quanto maior é o número de filhos maior é o tamanho da rede, a proporção das relações familiares, o apoio emocional, a reciprocidade de apoio, a satisfação com a rede e com o suporte social. Conclusões: O nosso estudo revela que as redes sociais pessoais dos idosos diferenciam-se a nível estrutural segundo o facto de terem ou não filhos, mas também nalgumas variáveis funcionais. Os idosos com filhos apresentam redes mais alargadas e muito centradas nas relações familiares na rede (sensivelmente menos um terço) do que os idosos sem filhos. Os últimos apresentam redes menores (com cerca de 2 pessoas a menos) e mais investidas nas relações de amizade e de vizinhança (com proporções que representam mais do dobro destes vínculos). / Goals: The present study has the purpose to analyze the personal social networks of Portuguese elder with our without sons/daughters, in their structural, functional and contextual relations. Methodology: We used for the evaluation of the variables: The Personal Social Network Analysis Tool, regarding elderly people (IARSP – elderly people) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012), to evaluate the personal social network dimensions; a survey through an inquiry to characterize the sample at sociodemographic and at sociofamily level. Participants: The sample includes 418 elderly with an average age of 76 years old (DP = 7,62) between 65 and 98 years old, mainly women (63,9%), married or living as a couple (51,0%) with education (63,9,1%). Most of the elderly people who answered the survey live in family household (80,4%) in rural areas (64,8) and do not benefit from any type of social services support (71,5%). Results: The majority is elderly people with sons/daughters (n=364, 87,1%) and the ones without are the minority (n= 54, 12,9%) in our sample. Within those who are parents, 29,9% (109) have only one child and 70,1% (255) have more than one child (67% with 1 or 2), and the children are mainly of both sexes (n= 158; 43,4%). The results suggest that the fact that the elderly have or not have children is reflected especially in differences in the structural characteristics of the networks. Elderly people with children have a higher average in the network size, in the proportion of family relationships, and satisfaction of the network and reciprocal support (p ≤ 0,001). Regarding the proportion of friendly relations, network neighborhood, are the elderly without children who have a substantially higher mean (p ≤ 0,003) than the other subsample, also featuring improved durability of interpersonal relationships (p < 0,003). The correlations between the total number of children/with the structural and functional characteristics of the network, indicate that the greater the number of children, the greater the size of the network, the proportion of family relationships, emotional, support, reciprocity support and satisfaction with social network. Conclusion: Our study reveals that the personal social networks of the elderly differ in the structural level, according to whether they have sons/daughters or not, but also in some functional variables. The elderly with children have networks much more broader and centered on family relationships (roughly one-third) than elderly without children. These elderly without children have smaller networks (about 2 fewer people) and more centered in relations of friendship and neighborhood (with proportions that are more than the double compared to the other subsample).

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Sem resumo disponível.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A atividade física (AF) parece ter um impacto positivo na saúde física e mental durante a gravidez, nascimento e puerpério, sendo que os programas de preparação para a parentalidade (PPP) poderão ser fundamentais para o seu suporte e estimulação. Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar a relação entre a preparação para a parentalidade no 3º trimestre de gravidez e os níveis de AF da gestante. Especificamente pretendeu-se verificar a relação entre as caraterísticas sociodemográficas das gestantes, os níveis de ansiedade e o PPP. Métodos: Efetuou-se um estudo transversal analítico onde se utilizaram duas amostras. Uma constituída por 42 gestantes que frequentaram o PPP no CHTS (GPP) e outra por 41 gestantes do HSJ que não frequentou (GNPP). A cada gestante foi pedido que preenchessem 3 questionários (caraterização sociodemográfica e saúde obstétrica, Questionário de Atividade Física para gestantes-PPAQ e Escala de ansiedade de Zung), administrados, individualmente, por um Fisioterapeuta. Resultados: Não se verificaram diferenças entre os grupos relativamente ao score da AF total (p=0,615), contudo, o GPP apresentou um número superior de gestantes que praticava desporto organizado durante a gravidez (p=0,016) comparativamente ao GNPP. Relativamente à intensidade da AF, verificou-se que o GPP apresentava uma prática maior de AF vigorosa (p=0,023). No que diz respeito ao tipo de AF, o GPP apresentou um número superior de gestantes a praticar AF desportiva (p<0,001) enquanto no GNPP se verificou uma maior AF ocupacional (p=0,002). Relativamente às caraterísticas sociodemográficas verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos relativamente à idade (p<0,001), paridade (p<0,001) e nível educacional (p<0,001). No que respeita aos níveis de ansiedade não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (GPP vs GNPP p=0,916). Conclusão: No GPP um maior número de gestantes praticava atividade física desportiva e de intensidade vigorosa. Verificaram-se diferenças entre os dois grupos no que diz respeito à idade, paridade e nível educacional. Não se verificou associação entre o PPP e os níveis de ansiedade durante este período.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

No Brasil nasce uma criança com Síndrome de Down (SD) a cada 600 nascimentos, o que representa aproximadamente 8.000 bebês com SD por ano. As peculiaridades no desenvolvimento dessas crianças exigem que os pais desenvolvam habilidades especiais para contemplarem cada necessidade diferenciada da criança que poderia passar despercebida ou facilmente captada nas crianças sem nenhum tipo de Síndrome. A interação com os pais, agentes primordiais nesse processo, é essencial, inclusive, para minimizar os efeitos da Síndrome; porém pouco se tem estudado sobre a vivência dos cuidadores no encontro com a criança. Nesse contexto, objetivou-se compreender como se deu a construção do \"ser pai/mãe\" de uma criança com Síndrome de Down, desde o diagnóstico da Síndrome de Down até o momento da entrevista. Para tanto se utilizou o método clínico-qualitativo, através do estudo de caso coletivo. Como referencial teórico para análise a psicanálise winnicottiana. Realizou-se entrevistas semiabertas, individuais, face a face, com 5 casais de pais de crianças com Síndrome de Down, com idade de 7 a 10 anos. As entrevistas foram audiogravadas e transcritas na íntegra. Os resultados foram apresentados através de quatro categorias, a saber: \"Amor a segunda vista\" aborda o processo interativo inicial, os pais relatam o choque ao receber a notícia da Síndrome e os desafios na readaptação dos sonhos e expectativas. \"O ambiente lugar e não lugar\" descreve como os pais perceberam os diversos ambientes, alguns hostis que não contribuíram para que os mesmos pudessem ser acolhidos e potencializados na tarefa de cuidar desse filho, ressaltando que a ausência de suporte acarreta em sobrecarga na percepção dos pais; Por outro lado, consideram que o maior suporte que tiveram foi do parceiro, o que auxiliou na aceitação da notícia e em encontrar possibilidades de cuidado. \"Encontro Suficientemente Bom\" coloca em relevo a descrição dos participantes de que há maneiras diferentes de ajustar o cuidado na interação com seus filhos que perpassaram tanto por incômodos, quanto pela possibilidade do gesto criativo que se apresenta em atividades triviais e importantes do desenvolvimento. \"Trans-formações\" destaca às mudanças que os pais vivenciam ao poder se aproximar do filho \"real\", assumindo novos papéis, transformando-se através da abertura ao novo do outro e de si mesmos. A partir desse estudo pôde-se compreender que a relação vai se constituindo e se regulando reciprocamente, os cuidados precisam ser ajustados à demanda e possibilidade do outro. Compreendeu-se, ainda, que criatividade é a característica que permite que os pais sejam espontâneoss e recontruam significados e modos de interagir pessoais com seus filhos. Os pais entrevistados indicam que quanto mais lento e exigente o cuidado com seus filhos com Síndrome de Down, mais possibilidades de encontros surgem, e quando esses podem ser suficientemente bons, são \"trans-formadores\" para ambos: pais e filho. Ampliou-se a compreensão quanto a necessidade de acolhimento às angústias vividas, e suporte para o processo da construção da parentalidade.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Na qualidade de profissionais da área da psicologia educacional, temos identificado, ao longo da última década, uma progressiva insegurança e, por vezes, preocupante angústia na vivência e na assunção da função parental. Essa situação reflete-se na preocupação crescente manifestada por parte dos educadores de infância que lidam com crianças que revelam um comprometimento no desenvolvimento social e emocional. De acordo com este cenário, alguns profissionais da educação começaram a utilizar o conceito de indisciplina para traduzir os comportamentos desadequados de crianças entre os 3 e 5 anos, associando muitas vezes esse “rótulo” à utilização indiscriminada do diagnóstico de hiperatividade. No âmbito da intervenção do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento da Infância (CeADIn) da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, propomo-nos implementar um programa de inspiração sistémica e ecológica junto de pais de crianças ditas normais e de crianças com necessidades educativas especiais, intitulado Assumir o Desafio de uma Parentalidade Positiva. De acordo com o enunciado, o estudo de caso que pretendemos realizar é norteado pelas seguintes questões de investigação: - A implementação de um programa de Educação Parental de natureza sistémica/ecológica promoverá competências parentais eficazes para o desenvolvimento socio-emocional dos filhos? - Haverá diferenças entre os resultados obtidos junto dos pais de crianças “normais” e os resultados obtidos junto de pais de crianças com NEE antes e após a implementação do programa?

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Relatório de Estagio apresentado para obtenção do grau de Mestre na área de Enfermagem de Saúde Familiar

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Enquadramento: A parentalidade é um tema de saúde com muita relevância na sociedade atual, intervindo o seu exercício na promoção da saúde e bem-estar da criança. A parentalidade envolve acontecimentos stressantes, nomeadamente em situações de problemas de saúde e necessidades básicas e de resposta ao comportamento da criança, como é o caso do choro/birra e no momento de alimentação, procurando a maioria dos cuidadores responder ao problema de forma independente enquanto outros solicitam apoio dos profissionais de saúde. Objetivo: Identificar recomendações concretas, baseadas na evidência científica, de boas práticas e recomendações a transmitir aos pais para lidarem com o choro /birras e no momento da alimentação da criança. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura de estudos realizados nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre 2009 e 2014, em bases de dados internacionais CINAHL® Plus with Full-Text, Nursing & Allied Health Collection, Cochrane Central Register of Controlled Trials; Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR) e Database of Abstracts of Reviews of Effects (DARE), MedicLatina , MEDLINE, com recurso a diversos descritores e operadores booleanos e recorrendo a dois revisores que avaliaram a qualidade dos estudos metodológicos. Resultados: Após avaliação crítica, foram excluídos 50 estudos e incluídos 7, sendo um de grau de evidência A, dois de evidência B e 4 de evidência D. Os outcomes evidenciaram que para gestão da parentalidade o aconselhamento deve feito pelo profissional de referência, que se necessário deverá acompanhar os pais através de contacto telefónico e visita domiciliária sobretudo se mães inexperientes. Os profissionais devem ampliar os seus conhecimentos sobre as dúvidas e preocupações que os pais têm sobre a educação dos seus filhos consultando os espaços de discussão online. A etnia e nacionalidade das mães tem forte impacto sobre os métodos usados para acalmar o bebé, pelo que os cuidados devem ser culturalmente congruentes. Na abordagem do choro/ birras torna-se necessário conhecer o normal desenvolvimento da criança e em que contextos surgem para minimizá-las, sendo importante que os pais dêem à criança atenção positiva, instituindo rotinas. Para melhorar o momento da alimentação os pais devem reconhecer que até aos dois anos decorre a janela de oportunidade de aprendizagem de rotinas e de novos sabores, salientando-se a importância do ambiente de atenção e reciprocidade durante as refeições. Conclusão: Os enfermeiros devem procurar orientar a sua prática com base nas evidências científicas e tendo como base o estudo efectuado, salienta-se a promoção da parentalidade positiva como central para a abordagem dos comportamentos de choro/birra e no momento da alimentação da criança. Palavras – chaves: educação parental, enfermeiro, aleitamento materno, alimentação, birra, choro, relação pais-filhos.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A parentalidade é um papel muito valorizado socialmente. No entanto, para casais com infertilidade o desempenho deste papel pode implicar tratamentos de fertilidade, alguns deles com recurso a gâmetas de dador. Para os casais que recorrem a gâmetas de dador, surge uma outra preocupação: contar à criança a origem da sua conceção ou manter segredo. Ainda que as motivações que influenciam este processo de decisão tenham sido alvo de estudo, em Portugal a investigação relativa a este tema é escassa. Objetivos: A presente investigação pretendeu desenvolver e estudar a validade facial do Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade não Genética por Doação de Gâmetas (QMRDG), o qual se destina a avaliar as principais motivações que influenciam o processo de tomada de decisão dos pais que recorrem a gâmetas de dador relativamente a contar ou não contar ao/à seu/sua filho/a a origem da sua conceção. Pretendeu-se ainda explorar a relação entre os sintomas emocionais negativos e o sentido de competência parental nos diferentes grupos em estudo (pais que já contaram à criança, pais que decidiram não contar e pais que ainda não contaram). Metodologia: Estudo exploratório conduzido numa amostra de 21 participantes que recorrem a tratamento de fertilidade com recurso a gâmetas de dador, tendo tido filhos resultantes desse mesmo tratamento, com idades compreendidas entre os 30 e 49 anos. Os participantes preencheram um conjunto de questionários numa plataforma online, tendo o estudo sido divulgado pela Associação Portuguesa de Fertilidade. Resultados: Os dados obtidos indicam que a maioria dos pais ainda não contou ao/à seu/sua filho/a sua origem genética devido ao facto de a criança ser ainda muito pequena, encontrando-se estes com intenção de revelar à criança. Dos pais que já contaram, as motivações que mais influenciaram a decisão basearam-se na falta de motivos para omitir, na importância dada à honestidade, no direito do conhecimento das origens genéticas e na transparência no seio familiar. Face às motivações para não contar, das que mais influenciaram os pais salienta-se a pouca importância dada à genética. O QMRDG revelou possuir validade facial não tendo sido reportada a existência de itens ambíguos ou de difícil compreensão. Discussão: A tendência dos pais no presente estudo foi de contar ao/à seu/sua filho/a a origem da sua conceção, sendo também esta a tendência reportada em estudos mais recentes. Verificou-se a existência de algumas limitações no estudo, nomeadamente o tamanho da amostra. No entanto, o QMRDG mostrou possuir validade facial, podendo constituir-se como um instrumento útil na prática clínica e na investigação com pessoas que estejam a realizar tratamento de fertilidade com recurso a gâmetas de dador. / Introduction: Parenting is a highly valued social role. However, for couples dealing with infertility this role can involve fertility treatments, and for some of them donorassisted reproduction. For couples who use third party reproduction, another concern can emerge: tell the child about the donor conception, or preserve secrecy. Although arguments for decision making have been studied, in Portugal research on this topic is scanty. Objectives: The current study sought out to develop and study the facial validity of Motivations for Disclosing/Not Disclosing Non-genetic Parenthood through Gamete Donation (QMRDG), which is designed to assess motivations that influence the decision-making process of parents who use gamete donation regarding tell or not to tell to his/her son/daughter his/her conception. The existence of differences concerning emotional negative symptoms and parenting sense of competence in three groups (parents that already disclosed, parents that decided not to disclose and parents that did not decide what to do) was also explored. Methods: This exploratory study was conducted in sample of 21 participants who undergone third-party reproduction treatment and became parents. Participants´ age ranged from 30 to 49 years. Participants completed a set of questionnaires through an online platform. The study was advertised by Associação Portuguesa de Fertilidade. Results: Data showed that most parents did not disclose to their child their donor conception due to the fact that the child is still very young, but their intention seems to be to disclose in the future. For parents who have disclosed, core motivations for that decision are based on the lack of reasons for omitting, on the importance of honesty, on the right to know genetic origins and on transparency in the family. Concerning motivations for not disclosing the little importance given to genetics emerges as one of the most important ones. QMRDG revealed good facial validity. The existence of ambiguous or difficult to understand items has not been reported. Discussion: In our study parent’s tendency was to disclose to his/her son/daughter his/her donor conception and this is also the trend reported in recent studies. There are some methodological limitations that should be considered mainly due to the sample size. However, the QMRDG proved to be an instrument showing facial validity, and it can be a useful tool in clinical practice and research with people who are pursuing fertility treatment with gamete donation.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertação de Mestrado, Ciências Económicas e Empresariais, 8 de Julho de 2016, Universidade dos Açores.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Atualmente, com a alta precoce após o nascimento emerge a necessidade de cuidados domiciliários no puerpério. A pertinência deste projeto consubstancia-se na reorganização da visitação domiciliária no puerpério na USF Salus, garantindo a continuidade de cuidados após a alta hospitalar. O desenvolvimento do projeto teve por base as necessidades identificadas pelos enfermeiros da USF Salus. Teve como finalidade promover a parentalidade positiva, contribuindo para a melhoria da saúde e bem-estar das puérperas, recém-nascidos e respetivas famílias, definindo-se como objetivo geral: Reorganizar a Consulta de Enfermagem do Puerpério no Domicílio, de forma a promover a parentalidade positiva nos pais com crianças até 3 meses de idade, utentes da USF Salus, até 2016. Neste relatório é feita uma análise reflexiva sobre a visita domiciliária no puerpério e apresentada a proposta de protocolo de atuação na mesma. A avaliação do projeto na perspetiva das puérperas e dos enfermeiros legitima a relevância do mesmo na criação de soluções práticas para um problema concreto; ABSTRACT: Today, with early discharge after birth emerges the need for home care in the postpartum period. The relevance of this project is consolidated in the reorganization of home visitation puerperal at USF Salus, ensuring continuity of care after discharge. The project development was based on the needs identified by nurses USF Salus. It aimed to promote positive parenting, helping to improve the health and well-being of mothers, newborns and their respective families, defining the general objective: Rearrange the Puerpério of Nursing Consultation at Home, in order to promote positive parenting in parents with children up to 3 months of age, users of USF Salus, 2016. This report is made a reflective analysis of the home visit puerperal and presented the proposed action protocol in it. The project evaluation from the perspective of mothers and nurses legitimizes the importance of it in creating practical solutions to a specific problem.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O diagnóstico de Cancro da Mama (CM) desencadeia uma crise na doente e no seu sistema familiar, levando a mudanças no seu modo de funcionamento. O presente estudo tem como objetivos analisar as mudanças percebidas, a curto e a longo prazo, na relação mãe-filhos e na parentalidade na sequência do diagnóstico de CM materno, bem como analisar de que forma “ser mãe” influenciou o modo como as pacientes lidaram com o CM. Foram entrevistadas 17 mulheres sobreviventes de CM com filhos dependentes no momento do diagnóstico através de uma entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados segundo a Grounded Theory. Os resultados demonstraram que esta experiência desencadeia mudanças, temporárias e permanentes, nos padrões de funcionamento familiar. Perante as mudanças nos comportamentos dos filhos, as mães adotam novas estratégias para promover bem-estar nos descendentes. Após a família se conseguir descentrar da doença, as mulheres conseguem refletir sobre os contributos da vivência do CM na relação mãe-filhos. Clinicamente, estes resultados permitem conhecer as necessidades destas mães e apoiar a elaboração de programas de intervenção psicológica, capazes de responder a essas necessidades, salientando a importância de uma intervenção sistémica e que potencie a expressão emocional.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O experimento da parentalidade vai ser sempre único, seja o primeiro filho ou não, a experiência vai reger-se pela individualidade de cada criança e também pelas experiências vividas pelos pais. Deste modo, muitas vezes os pais não se sentem preparados, ou encontram dificuldades e inseguranças nesta tarefa. De acordo com Santos e Morais (s/data) a falta de preparação e as inseguranças que os levam a cometer erros na parentalidade podem advir de falta de experiência própria, ou então das falhas nos métodos e técnicas. Contudo, o papel dos pais é fundamental para o desenvolvimento da criança, tal como a família. A parentalidade pode ser encarada pelo adulto como sendo um desafio, e como sendo o mais exigente, sendo assim, também o que lhe irá proporcionar mais satisfação. Este desafio vai carecer que o adulto se aplique psicologicamente, fisicamente e intelectualmente. Ao viver a parentalidade, cada pai/mãe, vai experienciar o seu papel de diversas formas e deste modo, os pais vão avaliar o seu próprio desempenho, permitindo que estes se sintam mais ou menos competentes. Ao avaliar as suas competências e falhas como pais, permite que haja um bom ajuste ao papel parental e permite uma abertura a práticas parentais positivas. Os recentes problemas económicos que atravessam o país, têm vindo a constituir-se como um fator de mudanças na família. Neste contexto, diversas instituições de apoio comunitário, propõem-se a um acompanhamento e intervenção a nível parental e familiar. Deste modo, o presente estudo debruçou-se em compreender as necessidades das famílias acompanhadas em contexto social e comunitário numa IPSS, de forma a possibilitar um planeamento de uma intervenção mais adequada e eficaz, que lhes permita uma melhoria da qualidade da vida familiar. Pretende-se assim, dar resposta a determinadas questões como: Qual o estilo parental mais evidente nos agregados familiares; Quais os principais problemas familiares; quais as maiores dúvidas dos pais/tutores; Qual o modelo de intervenção em Educação parental mais apropriado; qual o nível de intervenção e finalmente que tipo de intervenção será a mais adequada.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

The compulsory dispute resolution requirements in family law parenting cases create new roles and obligations for both lawyers and family dispute resolution (FDR) practitioners. This article will discuss how the legislative provisions impact on both sets of professionals in practice. It will also highlight the increased non-adversarial role of lawyers and a new role for FDR practitioners as “gatekeepers” to family courts in cases requiring FDR certificates.