984 resultados para Noll, João Gilberto, 1946 - Bandoleiros


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A análise de arquivos jornalísticos para a formação do conceito de historicidade em torno das obras Memórias de um rato de hotel (1912), de João do Rio, e Bandoleiros (1985), de João Gilberto Noll, foi a nossa primeira contribuição para a formação do objeto autobiografia de ficção, ou autoficção, como também denominamos. A partir desses arquivos de memórias, relativos a dois contextos finisseculares, o XIX e o XX respectivamente, pudemos compreender a historicidade como matriz do nosso objeto autoficção, permeada pelo que Foucault chama de efetividade cotidiana. Essa efetividade do cotidiano é costurada pelo fio da oralidade, que se refere ao elenco das atividades humanas no todo social, tendo como principal característica a ação comunicativa entre os sujeitos. Assim, ligamos a oralidade à historicidade em duas perspectivas complementares: os ditos e os escritos. A primeira diz respeito aos processos da comunicação humana e suas trocas simbólicas, que são projetadas na cultura: os ditos. A segunda se refere ao produto das representações literais do sujeito, grafadas no dorso impresso da memória: os escritos. A memória é a chave de acesso à escrita do si, que se distingue do que chamamos de autoficção, porque nessa última prevalecem as experiências do tempo presente para o futuro. Memórias de um rato de hotel é a escrita de um Eu-autor, contando do cárcere as suas experiências de gatuno no contexto da belle époque carioca. Por meio da memória, ele reconstrói o contexto finissecular, enfatizando a degradação urbana e a decadência ética da burguesia em ascensão, nos tempos da recém-inaugurada República. Na autoficção Bandoleiros, temos o relato vertiginoso de um Eu-narrador, contando do seus fracassos literários e conjugais. Ele é um escritor decadente, transitando nos espaços degradados da pós-modernidade, retirando dessa perambulação o material vivo de seu livro Sol macabro. Nessa autoficção, Noll registra as impressões sobre a realidade dos 1980, focalizando as subjetividades agônicas à margem do capitalismo tardio, num trânsito indômito entre Porto Alegre, Rio de Janeiro e os Estados Unidos. Na nossa tese, compreendemos a realidade como a matéria plástica da autobiografia de ficção. A experiência mundana do escritor é também forte aliada na composição de uma estética subjetiva, ou subjestética, que está para além do auto-retrato narcísico da autobiografia, em suas formas tradicionais

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A partir da leitura do livro Mínimos, Múltiplos e Comuns de João Gilberto Noll, este trabalho busca empreender um estudo sobre as relações entre a escrita do artista e tempo na figura dos instantes ficcionais, observando a questão do microrrelato e da exigência fragmentária (cf.P. Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy), na perspectiva do inacabado/unidade, o que projeta uma hipótese de conjunto constelar para a escrita de João Gilberto Noll. Inicialmente realiza-se uma reflexão de alguns temas importantes na fortuna crítica sobre o escritor, com a intenção de saber como estes reverberam na sua escrita para, em seguida, tratar do fragmento e suas perspectivas estéticas de inacabamento e de totalidade, com relação ao tempo e como dessas questões surge a metáfora crítica do instante ficcional. As leituras críticas usadas como operadores nortearam-se a partir das noções de fragmento (romântico), e de Acontecimento, relacionadas ao par conceitual Cronos/Aiôn deleuziano

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo desta dissertação é propor uma visão afirmativa dos narradores-protagonistas dos romances do escritor João Gilberto Noll, oferecendo um contraponto à crítica que, ao inserir esses narradores-protagonistas na tendência niilista contemporânea de apagamento diante do outro e do mundo, os classifica como fracos. A partir da análise dos romances Hotel Atlântico (1986), Harmada (1993), A céu aberto (1996), Berkeley em Bellagio (2002), Lorde (2004) e Acenos e afagos (2008), caracterizaremos o sujeito nolliano como um sujeito forte, que chamaremos aqui de sujeito dionisíaco. Este sujeito prescinde de uma identidade fixa e bem delimitada e, portanto, dispensa quaisquer tipos de espelhos da consciência, da identificação, da idealização. Em vez de atribuir-se a si mesmo uma subjetividade ou um rosto, este sujeito se reconhece na sua existência mais primordial: o seu corpo indomável, que, diferente do corpo/imagem da lógica do esteticismo generalizado, reforça o caráter múltiplo e instável do sujeito, lembrando que ele é regido não pela sua vontade própria, mas sim pela dinâmica da vontade de potência. Apesar de remeter sempre ao corpo, a literatura de Noll se revela um convite, tanto aos seus narradores-personagens quanto ao leitor, para uma experiência metafísica

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este ensaio pretende, de um lado, identificar e descrever os traços dominantes da literatura e das demais poéticas contemporâneas, e, de outro, relatar o processo de transposição de um texto literário – o romance O Quieto Animal da Esquina, de João Gilberto Noll – para um texto de cinema, o roteiro cinematográfico homônimo, de minha autoria. Menos uma tese acadêmica do que uma tentativa de se constituir como um objeto artístico em si mesmo – tanto em sua condição de roteiro, quanto na de uma aproximação eminentemente subjetiva, não “científica”, de um modo de expressão – este ensaio é uma proposta de discussão sobre a rarefação de limites, sobre o diálogo e a interdependência das artes.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho consiste num exercício de leitura da narrativa literária do escritor brasileiro João Gilberto Noll, promovendo uma aproximação de sua obra ao conceito de imagem-tempo, do filósofo Gilles Deleuze, no tocante a aspectos narrativos e à tendência ao esvaziamento discursivo, ao silêncio, enquanto elemento significativo na produção artística e tendência na arte moderna. O conceito imagem-tempo foi engendrado pelo filósofo francês para pensar o cinema moderno, que se perfaz num regime de imagens que rompe com a narratividade clássica, com a percepção baseada no esquema sensório-motor. Neste trabalho, no entanto, o conceito é pensado em relação à obra literária de João Gilberto Noll, que guarda forte relação com o cinema moderno e se nos apresenta em fragmentada tessitura imagética, tendendo ao esvaziamento discursivo. Assim, tendo como ponto de reflexão a obra de Noll, buscamos discutir como a imagem-tempo e o silêncio compõem a obra do escritor. Após apresentação e discussão do conceito de imagem-tempo e de silêncio, procedemos a uma leitura de pontos significativos da obra ficcional de Noll, ensaiando uma relação entre cinema, literatura e outras artes no que concerne basicamente à produção de imagens numa determinada forma narrativa, bem como às implicações dessas formas para o pensamento. Por uma questão de economia estratégica, para a formação de um recorte de expressão significativa da produção do escritor, suas obras diretamente consideradas neste trabalho são Hotel Atlântico (1989) e O quieto animal da esquina (1991). Pretende-se com essa relação (1) propor alguns caminhos interpretativos para a obra de Noll e (2) investigar como a produção narrativa moderna, sobretudo a que se aproxima do conceito de imagem-tempo, constituída de forte apelo visual, que se perfaz na produção de imagens ambíguas, de narrativas descontínuas, de protagonistas errantes, tende a esse esvaziamento discursivo, ao silêncio.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduação em Letras - IBILCE

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa - FCLAR

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

In the mid-nineteenth century, in his fruitful years of the perhaps best-known shortest literary career, Álvares de Azevedo wrote this verse “As ondas são anjos que dormem no mar” (“The waves are angels who sleep in the sea”). In the presentation of João Gilberto Noll’s young adult novel Anjo das ondas (Angel of the waves) in 2010, Ivan Marques states that the character in the novel, Gustavo, “with his adolescent passion, and torn spirit with overflowing lyrics, could even be compared to our tropical Byron”. João Gilberto Noll establishes a connection between him and Álvares de Azevedo that invites the reader to go beyond a first reading level of his work, seeking evidence of dialogue ratification between two apparently distant writers. The subtle intertextuality exceeds the initial clue and can be detected on Noll’s theme development from the history of Gustavo, a troubled teenager in search of his identity. Noll’s affinity to Álvares de Azevedo can still be captured in his narrative texture, in voices coming from his text; however, they also reveal to be unique and original features of his literary production. An apparent exercise in style shows that each author fulfills his mission by expressing, in his own way, the feeling of his time. In addition, it shows that through aesthetic emotion, literature allows us to transcend time and space.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

João Gilberto Noll, in Afã, a 129-word microfiction, mentions an episode of the short story O buffalo, by Clarice Lispector. We studied, in this article, the structure of that micro narrative and the way how João Gilberto Noll reveals himself as being a Clarice Lispector’s reader.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

In the context of poetic productions of modernity and postmodernity (Hutcheon, 1999), this paper, from the concept of nomadism (Deleuze, 2012), together with the philosopher Derrida's notion of writing (2009), has the objective to study Harmada the novel (1993), written by artist Joao Gilberto Noll, the aspect of Nolliana nomadic scripture and boredom towards deconstruction of the Romanesque style. The narrative focus on introducing a transit fiction, promoted by nomadisms scripture of the wandering narrator who, in the work constitution, will the conduct of language, a plot that invades the body of the characters full of boredom and foreigners themselves, moving in fragmented and fluid spatiality of narrating. In this perspective, the research is limited with theoretical and methodological foundation in poststructuralist discussions in relation to considerations of literary aesthetics and concerning the thinkers-teóricos- critics: Derrida (2009), Deleuze (1995), Foucault (1996, 2001), Barthes (1977), Svendsen (2006). Against the background of critical understanding, the nomadic writing Harmada interlace in three stages: first, in the author's language; Second, the characters, the narrator-protagonist leading, unnamed, living overwhelming crises and painful existential ambiguity, placed through the artist's metaphor failed under the sign of "missing" while searching for other possible artistic ways of being in the world; and, finally, the nomadic reading instance as presentification effect (GUMBRECHT, 2010) for a reader experimentation. Finally, our work addresses the relationship between the nomadic scripture and the experience of boredom as a strategic power in the literature do Noll gear.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

the subject matter of this article is the tale "Alguma coisa urgentemente", written by João Gilberto Noll. The short story has the scenario of the Brazilian military dictatorship and is told from the son’s point of view of a political persecution. The tale shows a slow and progressive degradation of the characters because of the father’s choice. This article aims to make a close reading of the language used not neglecting other important aspects of the short story. The protagonist speaker uses a language sometimes suppressing sometimes catatonic sometimes long-winded. In traditional training history, the protagonist matures undergoing a series of trials to reach financial maturity, ethical or human. In the tale, the road is the reverse, the son goes a long agony of learning (both from the physical and psychological pain), he watch the father dehumanizes and dehumanizes too. We intend to read how this transformation occurs at the level of language.