953 resultados para História da Literatura
Resumo:
Análisis de la incorporación progresiva de la mujer en el mundo de la producción y del consumo cultural, en especial al mundo de la escritura y la lectura literaria. El incremento incesante de autores y, paralelamente, de público femenino ha constituido uno de los fenómenos más remarcables de la literatura de los tiempos modernos, fundamental para comprender la realidad de la sociedad occidental.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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In this article, we analyze the works of Pero de Magalhães Gândavo in what we name colonial writings. They are texts written between the late 16 th century and the early 17th century. Gândavo’s intention, as with the other colonial writers, is to defend the interests of the settlers. With that, we counter historiography in general and Brazilian historiography in particular, which sees them as authors identified with metropolitan interests.
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RESUMO: Este trabalho tem como objetivo questionar a plausibilidade de se analisar o movimento de escrita da história da literatura da América Latina, a partir de textos de Pedro Ureña, Ángel Rama, Ana Pizarro e Zulma Palermo, como sintoma do processo de decolonização, conforme o conceito de sintoma proposto por Hans Ulrich Gumbrecht. Gumbrecht (1996) adota um conceito histórico de literatura, vista como parte constitutiva de uma história das mentalidades, sendo esta uma disciplina integradora de todas as ciências históricas setoriais, como é o caso da história da literatura. Essa visão estabelece que textos são objetivações da ação e do comportamento humano passados capazes de fornecer uma representação mimética destes, constituindo oportunidades específicas para o conhecimento das mentalidades; assim, os textos podem dar-se ao conhecimento dessas mentalidades como representação, signo ou sintoma. Os textos literários são tidos como situações de comunicação especiais, já que apresentam uma marca mais ou menos intencional. Mas, além disso, a literatura constitui um campo privilegiado para a representação de situações pré-conscientes de necessidades, ou seja, de sintomas da história das mentalidades. A partir disso, tentaremos demonstrar em que medida o movimento de escrita da história da literatura da América Latina expressa um sintoma de mudança de mentalidade, enquanto passagem de uma perspectiva da literatura colonialista ou europeizante a uma perspectiva independente ou latino-americana. Nesse contexto, a opção decolonial de Walter Mignolo (2005) se apresenta como importante contribuição para se pensar na contemporaneidade a escrita história da literatura latino americana numa perspectiva independente.
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Neste estudo analisamos o relato de Caminha, entendendo que o relato de viagem constitui-se no entremeio da história e da literatura. Essa aproximação entre estas formas de conhecimento ou discursos sobre o mundo dilui fronteiras. A relação de aproximação e distanciamento faz emergir no discurso em análise elementos constitutivos desses campos de conhecimento. A Carta de Caminha é parte do processo histórico de constituição do outro e de apropriação do espaço descoberto. Tal como outros viajantes o escrivão valeu-se da tradição para dar conta do novo. Historicamente o relato de viagem servia para contar aos reinos e às confrarias do sucesso de seus investimentos. Embora cumprisse uma praxe e seu discurso tivesse um tom oficial, foi também com elementos do maravilhoso que Caminha descreveu os acontecimentos do tempo presente da chegada à terra. Assim, visão e apropriação, mito e maravilhoso constituem esse discurso que se insere tanto na história e quanto na literatura.
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A literatura infanto-juvenil surgiu com a criação da ideia de infância. Hoje, ela se apresenta a partir de adaptações de obras literárias em livros interativos fazendo-se valer de ferramentas e suportes tecnológicos atuais. Neste artigo, propomos uma retomada à história da literatura infanto-juvenil – a partir de autores como Zilberman (1985;1987) e Ariés (1985) – e uma análise de seu diálogo contemporâneo com as novas mídias digitais – a partir de autores como Bolter & Grusin (2000). Para tanto, discorreremos desde a criação da infância até a criação do livro interativo, perpassando a questão da literatura como mídia e seu dialogo intermidiático com novas tecnologias.
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O confronto entre certas criações ficcionais e a dinâmica da colonização nos leva a diversos campos disciplinares. Se a história registrou o intenso intercâmbio de mercadorias e idéias que ocorreu entre Portugal e Brasil, a partir da descoberta do Novo Mundo, a literatura revisitou e recriou esse passado. É o que se constata na obra do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, em que articulando a realidade e a imaginação, a natureza e o homem, o regional e o universal, o escritor de perfil naturalista ilumina a linguagem da História e da Ciência pela Arte. Com relação às expedições científicas portuguesas pelo Brasil, a história relata que, na segunda metade do século XVIII, Portugal impulsionou a elaboração de um projeto de confecção de uma História Natural, tendo como espaço de criação cultural a Academia Real das Ciências de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, não teria sido possìvel sem as ―viagens imaginárias‖ do intelectual Domenico Agostino Vandelli, correspondente de Lineu e um dos principais articuladores da política portuguesa dirigida às colônias. Assim, instruídos conforme o livro Viagens filosóficas ou dissertações sobre as importantes regras que o filósofo naturalista nas suas peregrinações deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de História Natural e Química, são preparados para explorar as colônias ultramarinas. Em meio à produção literária de Guimarães Rosa, destacamos o conto ―O recado do morro‖, do livro Corpo de baile, lançado em 1956, para um paralelo com a História. Nessa ficção, um narrador conta a estória de uma pitoresca expedição, formada por moradores de um vilarejo, contratados por um viajante alemão, que percorre o interior do estado de Minas Gerais. Região de grutas, minerais, vegetação de cerrado (com diversidade em espécies comestíveis e medicinais), de fazendas de gado, animais em perigo de extinção e homens sábios do sertão, é com o uso dessa enigmática paisagem, que o escritor vai moldar o seu ―recado‖. Através de um estudo comparado entre os ideais naturalistas de Vandelli (evidentes nas correspondências trocadas com Lineu e nas Instruções aos viajantes) e do escritor Guimarães Rosa (expresso de forma ficcional), destacamos a necessidade de se resgatar, nos dias atuais, seus trabalhos, como forma de se propor uma nova relação do homem com o meio ambiente. Nós, de fato, reconhecemos que Deus todo-poderoso escreveu dois livros, a natureza e a revelação [...] (Lineu, 1765) O confronto entre certas criações ficcionais e a dinâmica da colonização nos leva a percorrer interessantes caminhos da História, da Literatura e das Ciências da Natureza. Se a história registrou o intenso intercâmbio de produtos e idéias, que ocorreu entre Portugal e Brasil, via Atlântico, a partir da descoberta do Novo Mundo, alguns escritores do Modernismo brasileiro revisitaram e recriaram esse passado. No que se refere às expedições científicas portuguesas pelo Brasil, o historiador Oswaldo Munteal Filho lembra que, na segunda metade do século XVIII, Portugal impulsionou a elaboração de um projeto de confecção de uma História Natural de suas colônias, tendo como espaço de criação cultural e reflexiva a Academia Real das Ciências de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, não teria sido possìvel sem as ―viagens imaginárias‖ do intelectual ilustrado Domenico Agostino Vandelli, um dos principais articuladores da política portuguesa dirigida às colônias no âmbito da Academia. Segundo seu pensamento, era preciso munir os naturalistas com ferramentas capazes de desvendar um Brasil desconhecido do ponto de vista da ciência e ainda intocado quanto às potencialidades de seus elementos naturais. Portanto, o olhar do naturalista deveria passar, primeiro, pelo utilitário: as virtudes das plantas medicinais, os usos dos gêneros exóticos, o aproveitamento do reino animal e mineral e a fertilidade das extensas terras. Reordenar a Natureza, não mais de forma alegórica, mas através da observação e experiência figurava-lhe como medida necessária e urgente. A par disso e instruídos conforme o livro Viagens filosóficas ou dissertações sobre as importantes regras que o filósofo naturalista, nas suas peregrinações, deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de História Natural e Química, são preparados para explorar as colônias ultramarinas (p. 483-518).
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Ce travail est un étude de cas qui analyse la construction litéraire du paysage du « Sertão» du Ceará entre la fin du siècle XIX et le début du siècle XX. Pour cela, quelques oeuvre simbole de la production litéraire du Ceará ont été sélectionnés, comme les textes qui suivent: O sertanejo (1875), de José Martiniano de Alencar; Os retirantes (1879), de José Carlos do Patrocínio; A fome (1890), de Rodolfo Marcos Teófilo; Luzia-Homem (1903), de Domingos Olímpio Braga Cavalcanti; Terra de sol: natureza e costumes do Norte (1912), de Gustavo Dodt Barroso et finalement, Aves de arribação (1914), de Antônio Sales. Ces oeuvres non seulement prend la nature comme personage, elles représentent aussi trois moments de la production litéraire du Ceará : romantique, réaliste et naturaliste. A invenção da Terra da Luz se rapporte à l idée d une littérature qui fait remarquer le paysage diurne du Sertão du Ceará, élaborée par ces hommes des lettres dans ses discours formidables, beaux et des matériaux qui viennent de ses rapports avec le monde naturel. Pour réaliser une tel entreprise, les idées de Edmund Burke et Gaston Bachelard se sont constitués en référence de cet étude. Et cette réflexion sur la description, la rêverie et l imagination marchent côte-à-côte au discours de ces littéreurs qui ont construits un espace simbolique spécifique : le sertão du Ceará. Comme ça, quelques thèmes deviennent canonique à la forme de penser, représenter et imaginer l espace du sertão du Ceará. De cette manière, le paysage est beaucoup plus que la contemplation, une fois qu elle est liée aussi à la rêverie poétique, à la mémoire et l imagination. C est de là l invention du paysage, car ces littéreurs n ont pas l accès au paysage purement naturel parce que ses perceptions et sensibilitées sur le monde du sertão ont été historiquement, c est-à-dire, dans un certain temps et espace
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RESUMO: Este texto é resultado de uma pesquisa acerca dos gêneros escritos da história e da literatura. Ele aparece no contexto do debate sobre as relações que mantêm os dois domínios discursivos, afirmando-se já de início que história e literatura são dois domínios discursivos e que os gêneros que emergem desses domínios adquirem formas diferentes tanto pelo conteúdo que fazem circular enquanto ideologia, quanto pela pressão arquétipa de constituição instrumental: o gênero. Teoricamente, este trabalho se sustenta em dois dos nomes mais influentes no campo da rediscussão sobre a escrita da história: Peter Burke e Michel De Certeau. O primeiro retoma autores que defendem a escrita da história mais próxima do gênero literário e o outro apresenta uma tese sobre o trabalho dos autores de textos historiográficos.
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O estudo ora apresentado pretende concentrar-se, principalmente, na análise do romance Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá e trazer alguma contribuição no que se refere à relação desta obra com aspectos do romance moderno, assim como à identificação de procedimentos narrativos que explicitam traços do realismo de Lima Barreto, perpassados pela experiência da modernidade no Brasil. Nesse percurso, busca-se revelar a dinâmica que se estabelece entre cidade e subjetividade na vinculação com a memória individual e as consequências para a realização da narrativa. Realizou-se, inicialmente, uma abordagem histórica de temas como a origem do romance, a formação do público leitor na Inglaterra e no Brasil e as concepções de realismo que perpassam a forma romance, a fim de se compreender e identificar o lugar da obra de Lima Barreto na história da Literatura. Apresentou-se, ainda, correlação das concepções de memória e história, que podem ser vislumbradas no romance estudado, a partir de estudos teóricos de obras escolhidas de Friedrich Nietzsche e Walter Benjamin
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Esta dissertação constitui uma reflexão sobre a situação social, política e cultural da Inglaterra na década de 70, especialmente nos anos de 1972 e 1973, como descrita no romance Serena, de Ian McEwan. O objetivo principal desta pesquisa é apresentar como o momento histórico supracitado é narrado no discurso ficcional, a partir da perspectiva da personagem Serena, em comparação com o discurso histórico, de acordo com fontes selecionadas, que narram a história da Inglaterra no contexto da Guerra Fria, dos ataques terroristas do IRA e do funcionamento do Serviço Secreto doméstico inglês, chamado MI5.
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Tese de doutoramento, História (História e Cultura do Brasil), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014
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Dans ce travail, nous étudions la construction narrative du passé de la ville de Nova Cruz, dans l´agreste potiguar. Les récits soulignent l´existence d´un corpus narratif homogène qui fait référence à l´occupation du lieu et à l´évangelisation de ses habitants. Ainsi, les images des saints et des missionaires civilisateurs de l´espace qui domestiquent les manifestations d´un esprit autochtone sauvage, habitants du milieu naturel, sont recurrentes dans la description des personnages du passé. Observant la continuité sémantique des différentes versions de l´histoire de la ville, nous nous proposons d´analyser d´une manière conjointe les textes de l´historiographie locale et les témoignages oraux collectés. Comme il a été possible de le constater, les chemins de l´écrit et de l´oral se croisent en plusieurs occasions, obéissant à des logiques locales de représentations du passé. Ainsi, notre étude porte sur des champs communs à l´Anthropologie, à l´Histoire e à la Littérature. Les reconstructions narratives du passé local sont aussi activées par des faits plus récents, des "marques de la mémoire" comme le marché, le train, la croix et le réservoir, symboles d´une époque d´abondance qui suit l´action civilisatrice des personnages ancestraux