988 resultados para Espaço literário


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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Estudos Portugueses – Estudos de Literatura (Teoria da Literatura),

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A presente dissertação tem como objetivo apresentar duas influentes autoras afro-americanas do século XIX, Frances E. W. Harper e Pauline E. Hopkins. Ambas as autoras, através de seus romances Iola Leroy, or, Shadows Uplifted (1892) e Contending Forces: a Romance Illustrative of Negro Life North and South (1900) respectivamente, entrelaçam ficção e história com o propósito de criar novas alternativas de discurso, afastando-se, portanto, do oficial. Ademais, o presente trabalho propõe demonstrar como Frances Harper e Pauline Hopkins fazem uso do espaço literário com a finalidade de escrever a história do oprimido, permitindo, principalmente, que as mulheres afro-americanas dessem voz as suas experiências e as suas próprias histórias. Assim sendo, a literatura produzida por Frances e Harper e Pauline Hopkins será analisada como forma de empoderamento da comunidade afro-americana, principalmente como forma de aquisição de poder para as Mulheres Afro-Americanas.

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«Realismo e Lirismo em Terra Sonâmbula e Chuva Braba» é um trabalho de leitura que reflecte a nossa percepção em relação a dois mundos particulares que se constroem a partir das obras dos dois escritores africanos. Com efeito, optamos por uma estrutura pragmática do estudo, centrando a nossa atenção na leitura e interpretação dos romances, sem incluirmos um capítulo específico de referências teóricas. Tal estratégia permitiu cruzar o quadro conceptual com as informações textuais resultantes do processo de análise e interpretação do «corpus» do trabalho. As duas obras estabelecem pontos de intersecção no domínio linguístico e cultural como consequência de partilha de um passado histórico, político e social. A localização geográfica de Cabo Verde, a fome prolongada, por um lado, e a guerra catastrófica que abalou Moçambique entre 1976 e 1992, por outro, permitiram extrapolar recorrências temáticas inspiradas em impressões e experiências dos autores, relacionadas com práticas e vivências que, no trato literário, ganharam uma dimensão lírico-realista de grande valor hermenêutico. A insularidade e a continentalidade que opõem Cabo Verde e Moçambique, assim como a fome e a guerra que os caracterizam respectivamente, a procura de um espaço literário a partir das marcas de crioulidade e moçambicanidade compõem um conjunto de valores estéticos que configuram o imaginário cultural dos dois países africanos de língua portuguesa. Esta tese pesquisa as imagens e os aspectos fundamentais ínsitos nos dois romances, procurando mostrar até que ponto, a partir de temáticas de fome e guerra se pode construir narrativas lírico-realistas. O estudo permitiu observar que as imagens de sofrimento, desolação e desassossego constituem, geralmente, o paradigma estético da escrita lírica e realista de Mia Couto e Manuel Lopes.

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Tese apresentada e reformulada de acordo com as orientações do Júri (19 de Dezembro de 2012), para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Estudos Portugueses, Especialidade de Literatura Comparatista.

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El estudio de la citación en Lira de los Veinte Años, de Álvares de Azevedo, desde la óptica de Antoine Compagnon e Gerárd Genette, se muestra relevante a los estudios de la Literatura Comparada, en la perspectiva conteporánea, pués el tema provoca la posibilidad de discutir la elaboración de si del(los) otro(s), sucitando imágenes estéticas y de los pensamientos que se aproximan de una noción de tesitura textual muy presente en la modernidad literaria. Este proceso instaura procedimientos de lectura, traducción, autoria y escritura, aún, por ser utilizados, confirman la potencialidad inegable en que se escribi el trabajo poético del escritor. En la primer parte de la obra, se sugieren experiencias com lo bello y lo sublime, advindos del europeu, pero vuelto para una pesquisa de posibilidad discursivas. En la según parte, esa instancia sublimada es puesta en crise, por el sujeto poético cribado por el deseo de tornarse singular. Se instauran en el campo valorativo de los signos románticos elementos desfavorables de sentido diferentes. Dase, así, la problematización puesta por las citaciones que ora, realizan cambios simbólicos, ora, actuan en las márgenes de los textos primeros, desorganizando el material de autoria, desublimandolo, en la irrupción de nuevos cuerpos discursivos y cuerpúsculos cituacionales. En la tecer parte, ligado a Tánatos, como la dimensión por venir, marcando el presentimiento del poeta de que morirá temprano, como también la despedida de él. En esta tesi, se pretende, así, circunscribir como se figura, elabora esa constituición estética azevediana y su escritura, situando cuestiones recortadas por el actor en su obra, las quales remeten a Hegel, Kant y la otras lecturas filosóficas, ali puestas. Tal procedimiento toma la citación como estrategia poética de inscrición del sujeto y de las alteridades que le atravesan, concebiendo eso proceso autoral en la forma de reconstrución de una ciudadela de libros en este aspecto, considerandose el enfoque de Félix Guatarí, la propósito de los nuevos paradigmas y las espacialidades emergentes de estos -, o la biblioteca subjetiva, que se abre en vias y pasagenes. A través de ellas el discurso captura no solamente los objetos poéticos, pero también trazos autobiográficos rasurados, traduciendo la lucha por la visibilidad del sujeto en la formación de su pensamiento poético y estético

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O romance As Meninas suscita relevante discussão sobre a produção ficcional introspectiva de Lygia Fagundes Telles. Suscita também implicações de cunho sociológico, político e literário, indicadores da manifestação artística da autora em sintonia com a perspectiva do homem contemporâneo, que vive as agruras do confronto entre si mesmo e as convenções coletivas, concomitante, o desalento desse mesmo homem na busca de sua identidade enquanto ser humano numa sociedade cujos valores sociais, políticos e humanos são decadentes. Nesse sentido, além de refletirmos sobre a importância canônica de Lygia Fagundes Telles no espaço literário brasileiro contemporâneo, refletimos ainda sobre manifestações de choque entre indivíduo e as convenções coletivas (indivíduo x mundo), e os aspectos sociológicos subjacentes à obra. As Meninas. Assim, baseando-nos nos estudos de Lucien Goldmann e Georg Lukács, mas, principalmente, nos estudos de Antonio Cândido, procuramos analisar as relações literário-político-sociais, as quais interferem e contribuem para a ruptura entre indivíduos e convenções sociais estabelecidas em As Meninas, de Lygia Fagundes Telles.

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Pós-graduação em Letras - FCLAS

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A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tínhamos a convicção de que o tema da religião e suas implicações para o ser humano machadiano se constituíam como uma tarefa de investigação que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discussões travadas entre religião e literatura construímos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatação da efetiva aproximação entre elas. Amparados pela inabarcável discussão que trata das imagens religiosas e teológicas presentes nos textos literários, bem como pelas inúmeras construções metodológicas que visam a propiciar uma aproximação mais profícua entre religião e literatura, buscamos uma interpretação da literatura machadiana que apontasse para a expressão religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construído a partir da teoria hermenêutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metáfora. A reflexão que construímos em torno da expressão religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jürgen Moltmann. A expressão religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brás Cubas é tomada. Esta característica da antropologia machadiana fez com que estabelecêssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espaço literário machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)

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A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tínhamos a convicção de que o tema da religião e suas implicações para o ser humano machadiano se constituíam como uma tarefa de investigação que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discussões travadas entre religião e literatura construímos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatação da efetiva aproximação entre elas. Amparados pela inabarcável discussão que trata das imagens religiosas e teológicas presentes nos textos literários, bem como pelas inúmeras construções metodológicas que visam a propiciar uma aproximação mais profícua entre religião e literatura, buscamos uma interpretação da literatura machadiana que apontasse para a expressão religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construído a partir da teoria hermenêutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metáfora. A reflexão que construímos em torno da expressão religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jürgen Moltmann. A expressão religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brás Cubas é tomada. Esta característica da antropologia machadiana fez com que estabelecêssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espaço literário machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)

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Esse trabalho tem por objetivo analisar comparativamente o espaço nas obras Luuanda, do escritor angolano de língua portuguesa Luandino Vieira, e Texaco, do escritor martinicano de língua francesa Patrick Chamoiseau. Para esse fim, partimos do pressuposto que, como se pode observar a partir de seus títulos, os protagonistas das narrativas são os espaços: os musseques luandenses e a favela martinicana, chamada bairro Texaco. Eles configuram os tempos, os narradores, os personagens e os enredos. E configuram, sobretudo, uma linguagem literária que subverte as línguas dominantes o português e o francês incorporando aos textos as línguas dominadas: o quimbundo angolano e o crioulo martinicano. Vemos, portanto, a partir dos espaços analisados nas narrativas que a história oficial é contestada e reescrita pelos autores e, em seu lugar, temos as histórias dos vencidos que nunca se calaram, que resistiram às invasões, às dominações, às assimilações e procuram sobreviver. Verificamos, pois, que o modo de sobrevivência, nas obras, é pela ocupação e subversão dos espaços e pela subversão da forma de narrar.

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A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tínhamos a convicção de que o tema da religião e suas implicações para o ser humano machadiano se constituíam como uma tarefa de investigação que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discussões travadas entre religião e literatura construímos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatação da efetiva aproximação entre elas. Amparados pela inabarcável discussão que trata das imagens religiosas e teológicas presentes nos textos literários, bem como pelas inúmeras construções metodológicas que visam a propiciar uma aproximação mais profícua entre religião e literatura, buscamos uma interpretação da literatura machadiana que apontasse para a expressão religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construído a partir da teoria hermenêutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metáfora. A reflexão que construímos em torno da expressão religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jürgen Moltmann. A expressão religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brás Cubas é tomada. Esta característica da antropologia machadiana fez com que estabelecêssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espaço literário machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)

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O romance Cântico Final insta o leitor a refletir sobre o significado da vida num Mundo em que, conforme afirma Elsa (uma das personagens centrais da obra), Deus morrera: “ […] que pena Deus ter morrido! Já o não podemos desafiar…” (147).Porém, ao proclamarem a morte de Deus, quer Elsa, quer Mário, o protagonista, com quem Elsa vive um romance fugaz mas intenso, ficam à mercê da sua condição humana de incompletude e de uma linguagem também humana e como tal reducionista, precária. Ainda que nos momentos de maior intimidade entre si estas personagens prefiram o silêncio ao diálogo, numa tentativa de aproximação e comunhão com um absoluto dessacralizado, a sua demanda de plenitude permanecerá vã. É o que acontece, por exemplo, quando o casal passa férias em Sesimbra, uma vila junto ao mar, com toda a simbologia que os espaços marítimos transportam e evocam. Já a Morte é incontornável, total e definitiva. É devido à inverosimilhança da morte dos seus pais que Mário abandona o espaço rural da sua aldeia e ruma a Lisboa, espaço cosmopolita, de arte e de cultura. Aí, cruza-se com várias personagens que o fazem acreditar no potencial da Arte para captar os pequenos milagres e aparições da vida. Contudo, também a arte, seja a verbal, a pictórica ou a quinestésica, é uma forma de linguagem e daí a sua natureza humana, truncada. Por isso Mário, confrontado com a iminência da sua própria morte, retorna às origens, ao espaço rural que tão bem se enquadra na noção de trialética da espacialidade tal como foi definida por Edward Soja (1999), ou seja espaço macro e micro, subjectivo e imaginado, vivido e experienciado. Ao pintar a capela da Senhora da Noite, erigida no cimo de um monte transbordante de silêncio, Mário assegura, ainda que muito parcialmente, a sua permanência, ao mesmo tempo que o rosto da Senhora da Noite capta, também fruto das tintas de Mário, uma parcela da essência de Elsa. O protagonista responde assim, de um certo ponto de vista, ao apelo de lugar, “pull of place”, como é definido por Lucy Lippard (1997,20) que lhe permite, ainda que ilusoriamente, ultrapassar o sentimento de alienação que mora em si como em todo o sujeito. Circular como a trajetória de Mário, a diegese abre e fecha num mesmo espaço: a aldeia, lugar não de ausência, mas de presença, próxima como está da voz primordial, de que são testemunho as pedras e a montanha secular, símbolos de “união indestrutível dos céus e da terra” (127).

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Editorial de um número especial da revista Millenium que integra treze artigos que resultaram das comunicações apresentadas na II Jornada Internacional de Estudos sobre o Espaço Literário (JOEEL) que decorreu na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2014.