961 resultados para Adolescente soropositivo Assistência social Rio de Janeiro


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O objetivo desta dissertao foi estudar as vrias interfaces e possveis insuficincias no atendimento prestado aos adolescentes que vivem com HIV / AIDS. Assim, a rea de pesquisa concentrou-se em algumas unidades de sade da rea do Rio de Janeiro - Programa municipal 2.2. O primeiro captulo descreve um esboo histrico da formao do Estado moderno e as bases para a poltica social sustentvel do Estado capitalista contemporneo culminando com a anlise da construo de um modelo de proteo social no Brasil, depois dos anos trinta. Desta forma, o Estado visto como uma rea atravessada por paradoxal interesses conflitantes e as polticas sociais, administradas no interior do estado, sendo fruto de processos histricos, econmicos e polticos. No segundo captulo, os problemas da poltica de sade no Brasil so discutidos, enfocando as orientaes das polticas sobre a AIDS e a adolescncia. Em primeiro lugar, os aspectos histricos sobre as polticas de AIDS so analisados e, em seguida, h uma investigao do conceito de adolescncia e os princpios norteadores do Estatuto da Criana e do Adolescente e do Programa Sade do Adolescente. No terceiro captulo o material coletado na pesquisa por profissionais de sade analisado e relacionado com o estudo documental com a crtica das polticas destinadas. A concluso mostra que, apesar de todo o progresso clnico e / ou farmacolgico para o tratamento de pessoas vivendo com AIDS e na formulao de polticas pblicas para garantir os direitos, os adolescentes precisam de espaos de boas-vindas nas relaes sociais, onde nem a famlia, a religio, a escola e seus pares esto preparados para essa proximidade. Outra questo importante a incapacidade dos profissionais de sade para lidar com os vrios aspectos da doena. Contas de conteno e abuso so comuns, revelando que as unidades de sade nem sempre desenvolvem o seu potencial para cuidar.

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Esta tese pretende analisar os processos e mecanismos da participao do controle social na gesto da poltica de sade no Municpio do Rio de Janeiro ao estudar o Conselho Municipal de Sade do Rio de Janeiro. Os objetivos da pesquisa foram identificar a forma de controle e fiscalizao exercida pelo Conselho Municipal de Sade do Rio de Janeiro na gesto Csar Maia, averiguar se as decises importantes da Poltica de Sade Municipal passam pelo Conselho Municipal, as principais tenses deste espao institucionalizado de participao sociopoltica que reproduz as lutas sociais. Realizamos uma pesquisa qualitativa e emprica com enfoque no mtodo dialtico, um estudo de caso do Conselho Municipal de Sade Rio de Janeiro no perodo de gesto de 2005 a 2008. A tese est estruturada em quatro captulos. Traz as tenses e os processos sociais da participao do controle social na gesto da sade, no Municpio do Rio de Janeiro, no terceiro mandato da gesto Csar Maia. Foi possvel observar o potencial do controle social na cidade do Rio de Janeiro, porm, evidenciam-se vrios limites, como a no efetivao da agenda proposta nas diretrizes das conferncias municipais, bem como a falta de estratgias ao se elaborar, de forma conjunta, o Plano Municipal de Sade do Municpio do Rio de Janeiro e indicativo da de uma assessoria tcnica e poltica por meio do exerccio profissional do assistente social nos moldes do projeto polticas pblicas da sade da UERJ.

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A questo central desta Tese diz respeito emergncia de uma singular modalidade de assistência social no campo das polticas pblicas e sociais no ps 1930, direcionada aos trabalhadores assalariados da rea urbana e suas famlias. A produo discursiva sobre as condies de vida e de trabalho do operariado, no bojo das novas teorias cientficas e enunciados mdicos-sanitrios reivindicava uma organizao geral da sociedade. Afirmava-se a urgncia de uma interveno poltica estatal de cunho preventivo e coercitivo no modo de vida desses indivduos em sociedade. O que se colocava at ento como um caso de polcia ou de caridade passa a ser nomeado como questo social legitimando novas formas de exerccio de poder e a conformao do Estado em suas novas atribuies de promotor da justia social. Nesta pesquisa de doutoramento investiguei o exerccio dessas estratgias de poder nas intervenes realizadas pelas visitadoras sociais no cotidiano de um grupo de operrios e operrias da Cia (txtil) Nova Amrica na cidade do Rio de Janeiro, objetivando pela investigao minuciosa dessas prticas relativamente microscpicas iluminar uma rede muito maior de ardis e disputas de poder. As aes de ordenao do dia a dia desse operariado implicava a fiscalizao do emprego dos servios sociais disponibilizados pelo Estado e empresa, o monitoramento do uso do tempo e dos espaos, e finalmente a doutrinao em valores e prticas institudas em nome da preservao e otimizao da vida. Tais intervenes aconteciam em diferentes espaos: no interior da Fbrica, na vila operria Cidade Jardim Nova Amrica e nas dependncias da Associao Atltica Nova Amrica e ficaram registradas em textos e imagens no boletim mensal da Fbrica. Esses peridicos constituem o principal corpus documental formado por sessenta e seis peridicos que abrangem o perodo entre novembro de 1944 e dezembro de 1953: Boletim Nova Amrica - rgo da Associao Atltica Nova Amrica. Acionei como instrumento terico-metodolgico as reflexes do pensador francs Michel Foucault sobre biopoltica, ou a estatizao da vida nos liames do biopoder enquanto gesto da vida em sua plenitude ocupando-se de no apenas garantir o corpo dcil e til pelas tcnicas disciplinares, mas, principalmente, assegurar no investimento sobre o corpo e mente desses indivduos o saber normalizador para melhor manej-los. Nesse sentido, no campo das polticas sociais, tanto estatais quanto empresariais, utilizei a noo de poder pastoral, atualizada por Foucault, para identificar o modo como em nome e pelo bem dos assistidos se constituiu um eficiente dispositivo de poder operando em intervenes e controle da vida das pessoas: as visitadoras sociais.

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Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma histria da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crtica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crtica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da histria e da cultura, passaram a ser objeto de crtica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma histria da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma histria, como professores, pesquisadores e alunos.

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Vamos falar sobre uma favela chamada Favela do Ao. Localizada na periferiada cidade do Rio de Janeiro, chega academia a partir do meu contato com alguns moradores locais, cujas filhas participavam de um projeto executado pela Secretaria Municipal da Assistência Social. Duas caractersticas chamam a ateno na realidade dessa comunidade: o grande quantitativo de moradores em situao de rua podem ser encontrados na zona sul da cidade, e um dispositivo poltico inaugurado pela Secretaria chamado Plo de Vigilncia da Excluso. Partimos da hiptese de que o Plo de Vigilncia da Excluso foi um dispositivo poltico pensado como uma forma de barrar os moradores da favela de circular pelas ruas da zona sul da cidade, j que, uma vez includos em projetos sociais da prefeitura e mapeados por estes tcnicos, o retorno para a rua pode significar a perda de projetos de transferncia de renda, como o bolsa famlia ou outros projetos sociais.Nessa dissertao, buscamos, com a interlocuo com o Servio Social, trazer a perspectiva histrica das polticas sociais institudas em nosso pas, onde pudemos perceber a manuteno de algumas prticas construdas dentro de parmetros sociais conservadores. Outras discusses tambm so contempladas nesse trabalho, onde convocamos a Sociologia, presentificada por Loc Wacqant, em sua anlise a respeito da segregao social e a guetificao e a Filosofia, na figura de Foucault, com suas ponderaes sobre os mecanismos de controle da sociedade. nesse esprito que convido e desejo a todos uma boa leitura.

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O presente estudo tem como objetivo analisar o trabalho na Assistência Social carioca durante a gesto Csar Maia na Prefeitura do Rio de Janeiro. Essa proposta, tendo como objeto de pesquisa o trabalho dos assistentes sociais na Secretaria Municipal de Assistência Social, interpretados aqui como sujeitos inseridos em um contexto permeado pelas contradies entre as classes sociais, baseou-se na leitura de que a interpretao dos processos sociais na tica da totalidade social representa a possibilidade de apropriao do significado social da profisso, potencializando o pensamento no que se refere s condies e relaes de trabalho. Sendo assim, o interesse foi decifrar a organizao do trabalho subjacente reviso da assistência social e perceber o espao tcnico da ao profissional. Isso significou tomar a teoria do processo de trabalho em exame e analisar o espao de autonomia do trabalhador assalariado na gesto pblica da cidade na poca, assim como o contraste entre controle, qualidade dos servios e das relaes de trabalho. Isso implicou em revisitar o debate do Servio Social sobre a categoria trabalho e conhecer de perto o modo como o sujeito profissional lida com o dilema do controle e da autonomia a partir de uma pauta de produo de servios delimitada gerencialmente.

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O tema que nos propomos a estudar Choque de Capital: criminalizao da pobreza e (re)significao da questo social no Rio de Janeiro. A delimitao espao temporal de nosso estudo situa-se na cidade do Rio de Janeiro, de 2009 a 2012. O perodo selecionado corresponde a primeira gesto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e os primeiros anos de execuo das denominadas aes de Choque de Ordem. A proposta apresentada tem como pressuposto a centralidade do estudo da metrpole e a relao entre especulao imobiliria e capital financeiro, como um dos motivadores da criminalizao da pobreza na contemporaneidade, cujo principal objetivo tornar os espaos "ordenados" fonte de lucro, no importando as consequncias impostas s classes subalternas. Considerando que este paradigma evidencia um processo de criminalizao das classes subalternas e a necessidade compreendermos o modo especfico de enfrentamento pobreza por parte da prefeitura do Rio de Janeiro considerando suas implicaes para o Servio Social, optamos pelo seguinte caminho de estudo traduzido na forma dos captulos assim identificados: I-Barbrie e passivizao: aportes para compreenso da banalizao da violncia no Brasil, II- Das bases de tradio autoritria ao Esplendor do Estado de Polcia e III- Reordenamento urbano, mdia e consenso no Rio de Janeiro: Choque de Ordem para quem?. Acreditamos que o estudo aprofundado desses temas propiciaro um entendimento acerca da realidade, base insuprimvel para sua transformao.

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O presente trabalho tem como objeto de estudo homens e mulheres negros que estavam inseridos nos estratos mdio e alto da sociedade fluminense. O interesse que fundamenta a pesquisa compreender a trajetria social destas pessoas. Entender os caminhos que possibilitaram que elas estivessem presentes em nveis sociais pouco acessveis para a populao brasileira em geral, e para a populao preta e parda, em especial, um dos elementos centrais na perspectiva de mapear esta populao e os mecanismos sociais que possibilitaram romper com a histrica sobreposio entre cor e estrato social, caracterstica duradoura que as transformaes sociais e econmicas no foram capazes de alterar plenamente. Focado na compreenso das trajetrias neste grupo, compreendendo a origem de sua famlia e o percurso feito para a insero em uma posio de classe privilegiada ou reproduo desta posio herdada, o presente trabalho reconstri, atravs de entrevistas, a trajetria dessas pessoas, d acesso tambm ao conjunto das limitaes que, eventualmente, possam ter se colocado frente a eles. Ou, quando possvel, destaca os elementos importantes de uma configurao social que possibilitou esta insero privilegiada.

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As mudanas no sistema produtivo trazem a subsuno do setor servios ao setor fabril. Os servios na atualidade ganham centralidade na organizao produtiva do capital. E, o processo de trabalho do setor servios, nesse contexto, atravessado por formas de administrao pblica a partir da lgica privada. Cada poltica social se constitui a partir de racionalidades que implicam na organizao do processo de trabalho e na prestao dos servios oferecidos a populao. Para pensarmos o Servio Social na Educao imprescindvel compreender como a poltica educacional brasileira se organiza em um contexto de capitalismo perifrico. Estamos presenciando uma organizao educacional a partir de programas e projetos que materializam as orientaes de organismos internacionais com o objetivo do alcance de metas que coloquem o Brasil no mesmo patamar dos pases centrais. Nesse estudo abordamos como esse quadro se materializa na realidade do municpio do Rio de Janeiro. A partir do Programa Interdisciplinar de Apoio s Escolas (Proinape) que foi criado em 2010 e tem como profissionais assistentes sociais, professores e psiclogos, que atuam nos diversos atravessamentos que se interpem no processo ensino-aprendizagem. Acreditamos que esse trabalho permeado por diversas racionalidades que perpassam a luta de classes. Desta forma, essa dissertao desvelar, a partir da teoria social crtica, as racionalidades presentes no processo de trabalho do Proinape da Secretaria Municipal de Educao do Rio de Janeiro (SME/RJ) demonstrando a quais lgicas esse programa vem servindo.

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O trabalho que ora apresentamos tem como objetivo analisar o exerccio profissional dos Assistentes Sociais em uma emergncia de grande porte da cidade do Rio de Janeiro. A importncia desta anlise se inscreve na centralidade alcanada pela sade na constituio da cidadania brasileira, aps a Carta Constitucional de 1988. Este documento assegurou a sade como direito de todos e dever do Estado, contudo a conjuntura poltica e econmica iniciada nos anos 90 e aprofundada nos anos 2000, capitaneada pela Contrarreforma do Estado, impor limites materializao da poltica de sade preconizada pelo Sistema nico de Sade, impossibilitando que esta seja implementada de acordo com a nova concepo. O que percebemos nos anos 2000 uma poltica de sade focalizada no atendimento emergencial, que abandonou a dimenso da preveno e da promoo da sade e que se distancia, progressivamente, do principio da universalidade. Neste contexto de adversidade e limitao do acesso e do atendimento se insere o Assistente Social. Nosso objetivo delinear o exerccio profissional, por ns analisado, a fim de identificar as possibilidades de materializao do projeto tico-poltico profissional em condies to adversas e contrrias quelas que nortearam a interlocuo entre o Servio Social e a sade nos anos 80. Para tanto este trabalho busca oferecer elementos que nos permitam compreender no somente a dinmica interna do Hospital por ns analisado, como tambm a poltica de sade em sua totalidade, alm de identificar as potencialidades da rede do entorno. Nessa perspectiva, buscamos compreender a dinmica dos Conselhos de Sade e a configurao adquirida por estes em tempos de restrio de direitos, sucateamento e desmonte da sade pblica. Nossos estudos indicam que possibilidades de atuao profissional congruentes com o Projeto tico-Poltico Profissional esto colocadas na realidade, imiscudas nas dificuldades impostas pela conjuntura e somente podem ser apreendidas sob a perspectiva de um trabalho coletivo em sade.

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O estudo ora apresentado tem como objetivo analisar o ProJovem enquanto materializao da Poltica Nacional de Juventude, nos marcos do Governo Lula. O pressuposto central para esta anlise est na idia de que a Poltica Nacional de Juventude, na forma como foi concebida, materializada quase exclusivamente pelo ProJovem, encontra seus limites no marco das transformaes societrias recentes e acaba por reiterar a lgica de constituio histrica das polticas sociais brasileiras, agravada pelos condicionantes polticos e econmicos do ps-1970, comprometendo assim a configurao do seu objetivo, uma vez que nessa conjuntura, a referida poltica toma por eixo o trip educao, qualificao profissional e a cidadania, subordinados aos princpios da acumulao capitalista. Para esta anlise, optou-se por realizar uma reviso bibliogrfica a fim de compreender as principais formulaes a respeito da juventude, bem como as suas particularidades na realidade brasileira, tomando como eixo principal para a sua apreenso a perspectiva das expresses da "questo social" sobre condio juvenil. A partir deste debate, a anlise da construo da Poltica Nacional de Juventude toma como pressuposto que esta surge como resposta s manifestaes da "questo social", mediada pelas caractersticas histricas do processo de constituio das polticas sociais brasileiras e pelas inflexes das novas exigncias do modo de produo capitalista, a partir da ofensiva neoliberal e do processo de reestruturao produtiva, no contexto scio-histrico engendrado no ps-1970. O binmio "incluso/excluso social" e o "protagonismo juvenil" so apresentados como os principais eixos que orientam a poltica, sendo relevante a compreenso do seu significado no contexto das aes voltadas para a juventude. Por fim, buscou-se analisar como os princpios de tal poltica se materializam no ProJovem, e os limites postos para a efetivao do programa. Para a anlise da Poltica Nacional de Juventude e do ProJovem optou-se por uma pesquisa documental, com base nos instrumentos legais, relatrios e publicaes dos profissionais que atuam no programa na realidade do Rio de Janeiro.

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O escritor, jornalista e literato Afonso Henriques de Lima Barreto deixou registrados, em praticamente todos os seus escritos, suas impresses sobre as mudanas sociais, polticas e urbanas, sofridas pela cidade do Rio, na Primeira Repblica. A partir de trechos de sua obra e de sua biografia, vo ser analisadas tais transformaes luz da prpria avaliao do autor. Sero abordadas as marcas deixadas por modificaes urbanas e topogrficas ocorridas na ento cidade-capital Rio de Janeiro, que se calcaram sobre o velho cenrio da cidade, afundando-o, a fim de apag-lo da memria dos habitantes, ao mesmo tempo em que se erigiam como metforas de suposto progresso e de modernidade. Metforas formam em ns, engramas, isto , marcas que podem ficar retidas em nossa memria pela ao da literariedade que possuem. Literariedade que tem sempre algum espao nos mais diversos tipos e gneros de narrativa. Estas marcas de transformaes urbanas atingiram de algum modo a rotina diria de parte considervel dos atores que viveram naquele perodo, entre eles o prprio Lima Barreto. Este trabalho se sustenta, ento, no trip biografia-literatura-metfora, alinhavado pelas marcas de remodelao da cidade do Rio. Cidade contada por Lima Barreto, durante a Primeira Repblica, numa narrativa que flerta com a etnografia.

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O presente estudo parte da tese de que as danas urbanas comeam a se constituir como uma das formas de ser homem e profissional na contemporaneidade, na qual as interdies sociais j no so to limitantes como foram outrora. Desta forma, apresentamos como objetivo geral investigar como tal processo se d na cidade do Rio de Janeiro, estudando as artes de fazer destes atores, os danarinos urbanos. Mais especificamente, desdobramos este objetivo em trs aspectos diferentes: investigar suas tticas para organizar o acontecimento de sua dana na cidade, descrever suas formas de narrar suas prprias histrias de vida e perspectivas e, finalmente, analisar suas formas de recriar a dana de rua original do movimento hip hop em novas linguagens. Os temas so apresentados em trs diferentes artigos. O primeiro, Do racha na rua batalha nos palcos: o acontecimento da dana de rua no Rio de Janeiro, de carter mais etnogrfico, faz uma anlise dos eventos de danas urbanas que foram destacados como os mais importantes da cidade pelos danarinos de break cariocas. O segundo artigo, Retricas da caminhada: narrativas dos jovens danarinos urbanos na cidade do rio de janeiro, tem como matria prima as entrevistas realizadas com os danarinos urbanos, nas quais contam suas histrias de vida, as suas construes enquanto artistas e suas perspectivas em relao dana e ao futuro. O terceiro trabalho A dana do passinho: uma criao carioca fala sobre uma manifestao de dana urbana criada nas favelas do Rio de Janeiro, a partir de uma linguagem que deriva do hip hop, que o funk. Tivemos nos estudos de Vianna (1997) e Herschmann (2000) o ponto de partida para entendermos este processo, difuso e disperso em funo de seu desdobramento na forma da cultura funk carioca. A metfora do liso e do estriado, proposta por Deleuze e Guatarri (2012) foi acionada como ferramenta para refletir sobre a vida dos jovens danarinos urbanos e seus trnsitos. Buscamos tambm estabelecer um dilogo entre esta proposta e as ideias de Certeau (2008), baseados no aspecto da criatividade cotidiana diante das estratgias dos sujeitos de poder. Ao final, apresentamos algumas consideraes a respeito dos achados das pesquisas de campo realizadas, em perspectivas com os conceitos de alisamento e estriagem do espao e das relaes entre tticas e estratgias neste contexto.

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A tese aborda o processo de identificao das favelas e sua apropriao pelos movimentos de trabalhadores favelados. Em A Inveno das Favelas (2005), Valladares discutiu as favelas como uma representao e inveno social do sculo XX. Partindo desse marco analtico compartilhado e discutido por outros autores, construmos uma escala de comparao entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Na primeira parte da tese, compreendemos essa representao como o resultado de um processo identificao. Como observou Noriel, em LIdentification (2006), o Estado moderno foi um dos maiores produtores de tecnologias de identificao, dispositivos de poder que visam conhecer, classificar e governar as populaes num dado territrio. Investigamos como as prticas estatais no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte constituram representaes das favelas, delineando um discurso e um dispositivo de poder sobre os territrios da pobreza atravs de legislaes, censos e comisses de estudo. As analogias, particularidades e trocas institudas no processo de identificao so analisadas, observando a formao de uma retrica da marginalidade social no mbito do Estado, reproduzindo estigmas sociais, mas tambm gerando oportunidades para reivindicao de direitos. Nesse sentido, na segunda parte da tese, analisamos os movimentos dos trabalhadores favelados, organizados pela Unio dos Trabalhadores Favelados (UTF) no Rio de Janeiro e Federao dos Trabalhadores Favelados de Belo Horizonte (FTFBH). Compreendemos a forma como esses movimentos sociais organizaram repertrios de ao, apropriando-se da identificao das favelas para reivindicar direitos, mobilizaram-se eleitoralmente, vinculando-se a grupos de esquerda, e propuseram projetos de reforma urbana.

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A presente Tese busca refletir sobre as caractersticas e o significado do Benefcio de Prestao Continuada (BPC) como componente da poltica de Assistência Social. Este benefcio constitui o principal direito da Assistência Social, pois o nico garantido constitucionalmente e garante o pagamento de um salrio mnimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficincia, cuja renda mensal familiar seja inferior a do salrio mnimo por pessoa. A Tese procura analisar, portanto, as mudanas propostas, os resultados alcanados e os desafios que se colocam para o BPC no municpio do Rio de Janeiro, em face das novas perspectivas apresentadas para este benefcio a partir de 2005 pelo Sistema nico de Assistência Social (SUAS) e, posteriormente, pelo Decreto 6.214/2007. Para a efetivao dessa proposta foi realizada uma pesquisa que procurou compreender a situao e as caractersticas atuais do desenvolvimento deste Benefcio, no municpio em apreo, no mbito da poltica de Assistência Social e do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O estudo desenvolvido pela Tese revelou, entre outros aspectos, que apesar do intenso movimento, em termos de proposies, que se processa na esfera federal da poltica de Assistência Social com vistas a encaminhar as mudanas previstas para o BPC, este esforo no tem o respaldo poltico necessrio que d impulso a essas propostas e crie condies efetivas para elas se materializarem, principalmente na esfera municipal, que onde a poltica, de fato, se concretiza. Assim, no perodo analisado, o ano de 2010, mantinha-se a concepo do BPC como um fator externo poltica municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro. Na realidade, essa situao reflete o histrico distanciamento da Assistência Social em relao a este benefcio, que apesar de ter sido fundamental para a institucionalizao desta poltica como uma das reas componentes da Seguridade Social, continua, na atualidade, a no ter uma real identidade com a Assistência Social.