994 resultados para Memória Rio de Janeiro


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Manguezal um ecossistema costeiro que ocorre nas regies tropicais e subtropicais do planeta, ocupando a zona entremars dos oceanos, e sendo caracterizado pela presena de vegetao arbrea adaptada condies adversas de salinidade, substrato, baixa oxigenao e submerso peridica. A presso sobre os manguezais do Estado do Rio de Janeiro vem se intensificando nas ltimas dcadas, e esto associadas a vetores de presso como os aterros, desmatamentos, queimadas, corte seletivo de madeira, captura predatria de moluscos e crustceos, lanamento de efluentes de origens diversas, a superexplotao dos recursos pesqueiros e a utilizao de tcnicas e apetrechos inadequados. Considerando a inexistncia de mapeamento integrado e atualizado dos remanescentes de manguezal, indicando sua localizao e dimensionamento, o presente estudo veio suprir essa demanda, construindo uma ferramenta consistente para a anlise dos principais vetores a que esto expostos, subsidiando a proposio de aes para a conservao e monitoramento desse ecossistema. Essas aes consideram a necessidade de preservao da biodiversidade, da manuteno da atividade pesqueira, da estabilidade da linha de costa, e da subsistncia de diversas populaes que habitam a regio costeira. O mapeamento dos manguezais do Estado do Rio de Janeiro foi elaborado a partir da interpretao visual de ortofotografias coloridas do ano de 2005, na escala 1:10.000, tendo sido realizadas checagens de campo para identificao da verdade terrestre. Os remanescentes mapeados totalizam uma rea de aproximadamente 17.720 ha, estando distribudos por sete regies hidrogrficas localizadas na zona costeira fluminense. Esses ocorrem com mais freqncia, e com maiores dimenses, nas regies da baa da Ilha Grande, Guandu(Sepetiba) e baa de Guanabara. O estudo contemplou ainda o levantamento e sistematizao de dados cartogrficos e de sensoriamento remoto, e a identificao e anlise dos principais vetores de presso que atuam sobre esses, a partir da adaptao da metodologia da Anlise de Cadeia Causal. Nessa anlise foram identificados como principais problemas ambientais dos manguezais fluminenses, a Modificao de habitats e comunidades, a Poluio, e a Explorao no sustentvel dos recursos pesqueiros, todos associados aos diferentes vetores de presso j relacionados. Por fim, foram apresentadas propostas de aes para subsidiar a implementao da Poltica Estadual para a Conservao dos Manguezais do Estado do Rio de Janeiro, contemplando os nveis operacional, de planejamento, e poltico. A reativao do Grupo Tcnico Permanente sobre Manguezais de vital importncia para a retomada dessas discusses e para a implementao de aes, apoiado na ampliao dos conhecimentos sobre esse rico ecossistema e, integrando e fortalecendo a atuao dos diversos atores envolvidos, buscando assim garantir a integridade dos manguezais fluminenses

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Artes de Exu trata os objetos de arte no s pelos aspectos artsticos e sociolgicos, mas tambm pelos aspectos que ligam as obras a Exu, alm do enunciado. Como coisa contida na concepo, na execuo e imbricada na prpria histria da obra. As obras escolhidas so: Tridente de NI (2006) de Alexandre Vogler e Exu dos Ventos (1992), de Mario Cravo Jnior. As obras contm conflitos que envolvem a mdia, religiosos e polticos. A partir de pesquisas etnogrficas feita uma anlise dos olhares que se cruzam na construo dos sentidos na disputa pelo espao simblico, considerando ainda o trnsito percorrido pelas obras entre a oficina, o espao de exposio e a rua. Pertence ainda ao corpo das anlises as referncias na mdia impressa, forma de veiculao das imagens, apropriaes e discursos. As artes de Exu se evidenciam no desenrolar dessas tramas, conforme os objetos artsticos oferecem um lugar para pensar na conciliao entre diferentes: entre a cruz e o tridente, entre Cristo e Exu e entre cristos e religies de matriz africana

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Apesar da cidade do Rio de Janeiro ser uma das mais importantes metrpoles brasileiras so muito pouco conhecidos os efeitos da exposio aos poluentes atmosfricos na sade da populao carioca. Este trabalho foi idealizado para suprir uma parte desta carncia. Os poluentes investigados foram PM10, SO2, NO2, CO e O3 e os desfechos envolveram os atendimentos peditricos de emergncia por sintomas respiratrios em trs unidades pblicas de sade de Jacarepagu, entre abril de 2002 e maro de 2003. As variveis de confuso foram a tendncia temporal, sazonalidade, temperatura, umidade relativa do ar, precipitao de chuva e infeces respiratrias. Tambm foram ajustados os efeitos do calendrio, isto , determinados dias do ano que apresentaram comportamentos anormais como feriados e finais de semana. Houve inmeras falhas no monitoramento de todos os poluentes e devido ao reduzido volume de dados, optou-se por no incluir o SO2 nas anlises. Uma vez que os determinantes e as conseqncias clnicas das exposies aos poluentes atmosfricos so bastante distintos nas vias arias superiores e nas vias areas inferiores, um dos estudos verificou a associao dos poluentes do ar com transtornos nestes dois segmentos. Embora de pequena magnitude, somente o O3 apresentou resultado positivo e estatisticamente significativo, tanto com todos os atendimentos de emergncia por queixas respiratrias como com os atendimentos motivados por sintomas nas vias areas inferiores. O efeito foi no mesmo dia da exposio (lag 0). No outro estudo, investigou-se a associao dos poluentes do ar com os atendimentos de emergncia por sintomas de obstruo brnquica. Neste caso, as crianas foram categorizadads em trs faixas etrias. Somente as crianas com idades menores que 2 anos tiveram um resultado positivo e estatisticamente significativo, de expressiva magnitude com PM10. Semelhante efeito foi visto com o O3, embora com significado estatstico limtrofe (p<0,06). Tambm neste estudo o efeito ocorreu no mesmo dia da exposio. Apesar das falhas no monitoramento, nos dois estudos, os parmetros da poluio ambiental estiveram associados ao aumento do nmero de atendimentos peditricos de emergncia por motivos respiratrios em Jacarepagu. Durante o perodo de estudos, os nveis de todos os poluentes monitorados permaneceram abaixo dos limites recomendados.

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O aumento da demanda de gua, energia, bem como a mudana na composio e na quantidade dos resduos, associados aos impactos socioambientais que eles provocam, tornaram-se um dos grandes desafios atuais para a sociedade e, em particular, para as escolas pblicas. Nesse contexto, o governo do estado do Rio de Janeiro, dentro de seu Plano Estadual de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos, criou o Programa Coleta Seletiva Solidria (PCSS), em outubro de 2009, realizado em parceria entre o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Secretaria de Estado de Educao (SEEDUC). Este Programa assessora a implantao da Coleta Seletiva Solidria (CSS) de materiais reciclveis nos municpios do estado. O eixo-escolas, uma das suas linhas de aes, assessora a implantao da CSS na rede estadual, conforme determina o Decreto Estadual 40.645/07. Considerando os problemas relacionados aos resduos e a exigncia legal, boa parte das escolas estaduais no implantaram ainda a Coleta Seletiva Solidria, por diversos fatores. O objetivo da pesquisa estudar o modelo de Coleta Seletiva proposto pelo PCSS nas escolas da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. Como estudo de caso, esse modelo foi aplicado no Colgio Estadual Souza Aguiar (CESA). Utilizou-se da pesquisa-ao como abordagem metodolgica e o instrumento de coleta de dados foi o questionrio dirigido aos participantes das oficinas de capacitao na UERJ. No CESA foram aplicados questionrios aos alunos e acompanhado o processo de implantao da CSS atravs da observao participante. Conclui-se que os resultados da pesquisa no podem ser generalizados para toda a rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. Contudo, ele possibilitou identificar questes importantes e sugerir recomendaes para o aperfeioamento do modelo estudado. Destaca-se a importncia de formalizar o compromisso institucional dos dirigentes das escolas com a implantao da CSS, contribuindo com a formao de cidados comprometidos com a sustentabilidade socioambiental do estado do Rio de Janeiro.

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Apesar de a reproduo assistida possibilitar transformaes importantes na parentalidade e nas relaes familiares, suas tecnologias tm sido mais frequentemente usadas para reiterar o modelo tradicional de reproduo biolgica e social. Este estudo qualitativo, de cunho exploratrio, analisou quais normas estariam presentes nas prticas de sade relativas dificuldade de engravidar e o que poderia ser revelado a partir destas prticas. Foram observadas interaes entre profissionais e pacientes atendidos em um servio pblico de reproduo humana no Rio de Janeiro. A discusso dos diagnsticos de infertilidade e de risco, duas importantes estratgias biopolticas usadas como critrio de elegibilidade para o acesso s novas tecnologias reprodutivas, revelou como algumas prticas de sade reiteram normas de gnero e de reproduo social. Atrelados condio socioeconmica de seus usurios, estes diagnsticos tendem a agravar excluses e desigualdades no exerccio dos direitos reprodutivos no pas. A anlise da ateno mdica possibilitou conhecer em parte o difcil cotidiano no apenas de homens e mulheres, que por anos persistem em seus desejos por filhos, mas tambm de profissionais que enfrentam antigas barreiras polticas, econmicas e burocrticas do servio pblico de sade. Este estudo corrobora a viso de que o servio representa um avano em termos de direitos sexuais e reprodutivos, apesar de ainda ser longo o caminho para o acesso igualitrio e equnime s tecnologias reprodutivas pelo sistema nico de sade brasileiro (SUS).

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A presente pesquisa busca compreender o papel do Estado e do Capital Incorporador no processo de reestruturao urbana do bairro de Campo Grande, na cidade do Rio de Janeiro, atravs da produo de moradias. Para isto, parte das reflexes sobre a atuao destes dois agentes. O incorporador como responsvel pela construo e comercializao de habitaes, e o Estado apresentado como medidor de conflitos e provedor de polticas pblicas voltadas para a requalificao urbana e soluo da questo habitacional. Ambos, tambm agem no processo de valorizao, onde a produo da mercadoria solo urbano e a renda da terra so atributos herdados pela ao destes agentes. Neste sentido, a expanso do capital de incorporao com o auxilio do Estado, principalmente com o advento do Programa Minha Casa, Minha vida, estimulou o crescimento da atuao do mercado imobilirio no bairro. Como fatores atrativos estimulado pelos investidores esto a importante centralidade construda ao longo do tempo e o atual e futuro subcentro planejado, ou seja, os shoppings West Shopping e o ParkShopping Campo Grande. Contudo, este processo de expanso imobiliria em curso no bairro vem atraindo novos moradores e maior atuao do capital privado, como a construo de torres empresariais.

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As matas inundveis e brejos presentes nas restingas desencadeiam uma srie de processos que influenciam as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas do solo, levando as plantas a apresentarem mecanismos de aclimatao ou adaptao ao estresse da inundao, como alteraes morfolgicas e fisiolgicas de forma a minimizar os efeitos da falta de oxignio. Dentre as espcies vegetais de samambaias ocorrentes em ambientes inundveis nas restingas, se destacam trs espcies: Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch., Blechnum serrulatum Rich. e Thelypteris interrupta (Willd.) K.Iwats. O objetivo deste trabalho caracterizar os aspectos ecofisiolgicos que os esporfitos dessas samambaias apresentam para sobreviver em ambientes de inundao na restinga de Maric, estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, foi determinada a caracterizao fsica e qumica dos stios de ocorrncias destas samambaias, as variaes foliares entre elas, espessura, densidade, massa por unidade de folha, teor de clorofilas e atributos quantitativos das clulas epidrmicas, alm da quantificao e determinao distribuio dos carboidratos. Para as variveis dos vegetais foram feitas coletas na estao chuvosa e seca e para variveis do solo na estao seca. Os stios analisados se mostraram extremamente cidos, de baixa fertilidade e com toxidez por macro e micro nutrientes, indicando que as samambaias apresentam tolerncia a estes fatores. Na poca chuvosa (inundao), as samambaias apresentaram queda na densidade foliar, acompanhada de um aumento de massa por unidade de folha. Esta habilidade de conseguir ganhar massa seca por rea classifica todas as samambaias analisadas como tolerantes inundao. Os altos valores de carboidratos solveis nas folhas indicam aumento da degradao do amido foliar e o menor teor de carboidrato solvel encontrado nos caules explicita a reduo na respirao das razes destas plantas sob anoxia/ hipoxia, para evitar a oxidao e o incremento do estoque de amido de reserva, elucidando estratgia de tolerncia inundao. A menor disponibilidade de gua na estao seca afeta diretamente os atributos foliares diminuindo o ndice estomtico, a suculncia e a massa por unidade de folha, no qual reflete na queda das concentraes de clorofilas. Os menores valores nas concentraes de clorofila tm influencia direta na presena de amidos foliar que so estocado e, alterando toda a dinmica dos carboidratos nestas espcies. A anlise do stio onde cresce Acrostichum danaeifolium indica nveis crticos de Na no solo e provavelmente, a produo de mucilagem no caule e no pecolo uma estratgia de tolerncia ao ambiente salino e inundado. O elevado ndice de cobertura de Blechnum serrulatum em ambientes inundados indica que esta espcie possui adaptaes a solos hidromrficos, entre elas, grande capacidade de estocagem de amido no caule. A maior sinuosidade das clulas epidrmicas em T. interrupta permite uma alta suculncia mantendo o status hidrolgico da folha em ambas as estaes. Os resultados apresentados, alm de agregar informaes sobre a biologia das samambaias nos neotrpicos, iro contribuir para a compreenso da dinmica de ocupao de espcies herbceas em ambientes alagveis nas restingas brasileiras

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O estudo epidemiolgico transversal randomizado objetivou avaliar condies de sade bucal nos competidores dos XV Jogos Pan-Americanos (JPA) e III Jogos Parapan-Americanos (JPPA), 2007. Foram enviados convites para 5.662 atletas (JPA) e 1.300 (JPPA). Radiografias panormicas digitais (RPD) foram utilizadas para o exame de triagem nos 2 eventos, e nos JPPA, os atletas tambm foram submetidos avaliao do sangramento gengival interdental (SI) atravs de uma verso modificada do ndice de Sangramento Interdental de Eastman (EIBI). Foram obtidas RPDs de 410 atletas dos JPA, mdia de idade 24,38 (dp5,35), 55% homens; e de 118 dos atletas dos JPPA, mdia de idade de 32,3 (dp9,53), 77,97% homens. 121 competidores (JPPA) foram avaliados para SI: 78,51% homens, mdia de idade 32,6(dp9,6), e foram separados em grupos (G), conforme sua deficincia fsica: GI c/ deficincia visual (DV), com 2 subgrupos: GI-a: DV tardia e GI-c-: DV congnita/precoce; GII- deficincia de membro superior; com 1 subgrupo: GII-t: deficincia/ausncia bilateral; GIII- deficincia de membro inferior (grupo controle). As RPDs foram examinadas por 1 examinador com o Kodak Dental Imaging(v6.7). A frequncia e a distribuio do SI foram calculadas, e os grupos foram comparados. Resultados da triagem com RPDs, representados por nmero de observaes(mdia por atleta) JPA//nmero de observaes(mdia por atleta JPPA: Dentes erupcionados/ hgidos: 9097(22,19)//2451(20,77); Ausentes: 803(1,96 //405(3,43); No erupcionados ou impactados: 330(0,80)//52(0,44); Parcialmente erupcionados e/ou hgidos: 109(0,27)//20(0,17); Crie extensa: 261(0,64)//62(0,53); Crie extensa e leso periapical: 96(0,23)//50(0,42); Tratamento endodntico e leso periapical: 24(0,06)//13(0,11); Restaurados: 2298(5,60)//670(5,68); Imagens radiolcidas patolgicas circunscritas: 23(0,06)//0; Razes-residuais: 27(0,07)//22(0,19); Implantes:6(0,01)//5(0,04); Dentes anteriores fraturados: 13 (0,03)//3(0,03); Molares bandados: 26(0,06)//11(0,09); Dentes anmalos: 7(0,02)//12(0,10). Resultados para SI: G-I>G-III (p=0.0002);GI-c>GI-a (p=0,042). Homens exibiram > freqncia de SI (3,6%+1,7) que mulheres (0,8%+0,5), p<0,01. Concluses: Os dados das 2 populaes de atletas mostraram que h uma grande variao na sade bucal entre os indivduos avaliados. Diversas condies com potencial de influenciar o desempenho esportivo dos atletas foram detectadas atravs de radiografias panormicas digitais, sugerindo que um programa de sade bucal deve ser includo como parte da preparao destes indivduos.A avaliao da frequncia e distribuio de sangramento gengival interdental em uma populao de atletas que competiu nos III Jogos Parapan-Americanos, revelou que o tipo de deficincia ou limitao fsica dos competidores um fator que influencia na sade gengival desses indivduos. O planejamento de um programa de sade bucal para esta populao deve ser adaptado s diferentes limitaes de cada atleta.

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Fatores extrnsecos afetam a ecologia trmica e o comportamento de lagartos no habitat, com as caractersticas ambientais locais podendo ocasionar alteraes na temperatura corprea (Tc) e no comportamento destes animais. Entretanto, fatores intrnsecos tambm representam uma importante influncia para sua biologia, assim como fatores filogenticos (histricos). Liolaemus lutzae (Liolaemidae) uma espcie de lagarto com ocorrncia restrita a restingas do estado do Rio de Janeiro (entre a Restinga da Marambaia no municpio do Rio de Janeiro e a restinga da Praia do Per no municpio de Cabo Frio), vivendo exclusivamente na zona de vegetao halfila-psamfila-reptante a chamada rea-de-praia da restinga (sujeita a altas temperaturas ambientais e ventos intensos constantes). Nessa rea, onde vivem restritos a uma faixa de poucos metros de restinga, os indivduos se abrigam escavando abrigos no substrato arenoso. Avaliei a importncia de fontes ambientais de calor, da intensidade dos ventos, do sexo, da ontogenia, do comprimento rostro-cloacal (CRC) e da massa corprea para a Tc e a taxa de atividade de lagartos L. lutzae (observando a ocorrncia de variaes sazonais), em estudos conduzidos no municpio de Arraial do Cabo, estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. Alm disso, eu analisei se o comportamento de L. lutzae, direcionando as aberturas de seus abrigos foi afetado por fatores ambientais nas restingas da Reserva Ecolgica Estadual de Jacarepi e do Parque Natural Municipal de Grumari, ambas no estado do Rio de Janeiro. A atividade dos lagartos se estendeu durante o dia (0600h s 1800h), com mximo entre 1100h e 1300h (com variaes sazonais). A Tc dos indivduos foi 31,7 &#61617; 3,4 C, e variou ao longo do dia e sazonalmente. Em ambas as estaes a Tc dos lagartos relacionaram-se s temperaturas do microhabitat (substrato e ar). A intensidade do vento influenciou a Tc dos lagartos (causando seu decrscimo), e a intensidade mdia do vento afetou o nmero de lagartos ativos (causando reduo da atividade). Houve diferenas intersexuais no CRC, com os machos maiores do que as fmeas, embora as fmeas tenham tido maior massa corprea relativa ao CRC correspondente, comparado aos machos. A Tc tambm diferiu inter-sexualmente (com machos mais quentes do que fmeas) e ontogeneticamente (com jovens mais quentes do que adultos depois de removido o efeito do tamanho corpreo). Houve relaes entre a Tc e o CRC e entre a Tc e a massa corprea, com lagartos maiores tendo Tc mais elevada (causada pela inrcia trmica dos corpos). A variabilidade na Tc dos lagartos parece refletir a interao entre caractersticas ambientais locais, fatores intrnsecos e a filogenia da espcie. As aberturas dos abrigos foram localizadas principalmente prximas linha de praia (possivelmente devido ao substrato menos compacto), predominantemente em terrenos inclinados e tiveram uma tendncia de orientao influenciada pela inclinao do terreno. O comportamento de L. lutzae de orientar a entrada de seus abrigos para a direo descendente das inclinaes pode ser vantajoso para torn-los menos vulnerveis a potenciais ameaas e distrbios vindos da superfcie.

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Atualmente existe uma contnua perda de biodiversidade, que decorre principalmente devido a intensa modificao das paisagens naturais pelas atividades humanas. O litoral do estado do Rio de Janeiro ocupado h centenas de anos, e uma das principais ameaas a crescente taxa demogrfica. De forma geral, o conhecimento acerca dos diferentes grupos de vertebrados terrestres e a sua relao com o ambiente de restinga ainda incipiente. Realizamos o presente estudo em dez reas de remanescentes de vegetao de restinga no estado do Rio de Janeiro, para compreender a variao das comunidades de lagartos entre os diferentes ambientes e suas estruturas locais, bem como os principais fatores que as afetam negativamente. Realizamos um conjunto de transeces lineares delimitadas por tempo, ao longo de trs anos. As espcies de lagartos foram identificadas e quantificadas, e mensuramos a estrutura e os fatores de ameaa antrpica dos ambientes. Registramos no total nove espcies de lagartos compondo as comunidades de restingas amostradas no estado do Rio de Janeiro, incluindo uma espcie extica e invasora (Hemidactylus mabouia), e duas endmicas (Liolaemus lutzae e Cnemidophorus littoralis). A maioria das espcies foram registradas em diferentes meso-habitats, e no geral podem ser consideradas oportunistas e generalistas. As restingas diferiram entre si principalmente em termos de abundncia e densidade de espcies de lagartos, enquanto a riqueza foi comparativamente menor nos ambientes insulares. Provavelmente essas diferenas so resultados da interao entre processos histricos e ecolgicos atuando em sinergia. Na restinga de Grussa, os dados mostram que, considerando o nicho em suas trs dimenses avaliadas (tempo, espao e dieta), provvel que a comunidade esteja estruturada em seu eixo temporal. A anlise dos fatores de ameaa antrpica sobre as restingas mostra que a situao dos fragmentos se manteve a mesma nos ltimos anos. Provavelmente, as polticas pblicas atuais no parecem ser suficientes para o aumento do grau de preservao e conservao das reas de restinga do litoral do estado do Rio de Janeiro devido contnua especulao imobiliria. necessrio o emprego de monitoramentos peridicos para acompanhar a situao das populaes das espcies endmicas e ameaadas, e promover mudanas fsicas (e.g. remoo de lixo depositado e de espcies exticas), scio-educativas (e.g. diminuio do acesso de animais domsticos, descarte de material), e de poder pblico (e.g. aumento das reas de proteo). Em relao espcie endmica e ameaada L. lutzae, identificamos uma sobreposio de nicho espacial em relao a Tropidurus torquatus, varivel entre as localidades amostradas. Provavelmente essa variao resulta da estrutura ambiental que difere entre as restingas e, consequentemente, provoca diferentes respostas em termos de interao entre as espcies que compem as comunidades de lagartos. Os novos registros de H. mabouia em habitat natural nas restingas foram includos aos registros de ocorrncia da espcie em ambientes naturais em territrio brasileiro, no intuito de identificar reas potenciais de invaso da espcie. Os resultados mostram uma alta probabilidade principalmente na regio litornea. O presente estudo possibilita uma melhor compreenso sobre a ecologia de comunidades de lagartos no estado do Rio de Janeiro.

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O comportamento espacial dos indivduos um componente chave para se entender a dinmica de populao dos organismos e esclarecer o potencial de migrao e disperso das espcies. Vrios fatores afetam a atividade de locomoo de moluscos terrestres, como temperatura, luz, umidade, poca do ano, tamanho da concha, sexo, estratgia reprodutiva, idade, densidade de coespecficos e disponibilidade de alimento. Um dos mtodos usados para estudar deslocamento de gastrpodes terrestres o de marcao-recaptura. Gastrpodes terrestres se prestam a este tipo de estudo por causa de (1) seu reduzido tamanho, (2) fcil manejo, (3) fcil captura e (4) pequenas distncias de deslocamento e, consequentemente, reduzidas reas de vida. Estes organismos servem como modelo para o estudo de ecologia espacial e disperso. Estudos de populao, investigando o uso do espao, a distribuio espacial, a densidade populacional e a rea de vida so escassos para moluscos terrestres e ainda mais raros em reas naturais tropicais. Nosso objeto de estudo Hypselartemon contusulus (Frussac, 1827), um molusco terrestre carnvoro, da famlia Streptaxidae, muito abundante na serrapilheira, em trechos planos de mata secundria na Trilha da Parnaioca, Ilha Grande, Rio de Janeiro. A espcie endmica para o estado do Rio de Janeiro. Seu tamanho de at 7,2 mm de altura, apresentando 6 a 7 voltas. Neste trabalho estudamos as variveis temperatura ambiente, temperatura do solo, umidade do ar, luminosidade, profundidade do folhio, tamanho do animal, densidade de co-especficos e densidade de presas, relacionando estes dados ecolgicos ao deslocamento observado em Hypselartemon contusulus. Uma das hipteses de trabalho que estas variveis afetam seu deslocamento. O trabalho foi realizado na Ilha Grande, situada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no municpio de Angra dos Reis. Os animais foram capturados e marcados com um cdigo individual pintado na concha com corretor ortogrfico lquido e caneta nanquim. As distncias de deslocamento, em cm, foram registradas medindo-se as distncias entre marcadores subsequentes. Os resultados encontrados indicam que o mtodo utilizado eficaz para marcar individualmente Hypselartemon contusulus em estudos de mdio prazo (at nove meses). Sugerimos o uso deste mtodo de marcao para estudos com gastrpodes terrestres ameaados de extino, como algumas espcies das famlias Bulimulidae, Megalobulimidae, Streptaxidae e Strophocheilidae. Hypselartemon contusulus no mantm uma distncia mnima de seus vizinhos, ativo ao longo de todo o ano e ao longo do dia, demonstrando atividade de locomoo e predao. No foram encontrados animais abrigados sob pedra ou madeira morta. No foram observados locais de atividade em oposio a lugares de repouso/abrigo. Beckianum beckianum (Pfeiffer, 1846) foi a presa preferencial. A densidade populacional variou de 0,57 a 1,2 indivduos/m2 entre as campanhas de coleta. A espcie desloca-se, em mdia, 26,57 17,07 cm/24h, na Trilha da Parnaioca, Ilha Grande. A rea de vida de H. contusulus pequena, sendo de, no mximo, 0,48 m2 em trs dias e 3,64 m2 em 79 dias. O deslocamento da espcie variou ao longo do ano, mas esta variao no afetada pelas variveis ecolgicas estudadas. Este , portanto, um comportamento plstico em H. contusulus e, provavelmente, controlado por fatores endgenos.

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Apesar dos impactos ambientais ocasionados pela poluio e acidentes qumicos, constata-se que algumas organizaes ainda investem pouco na preveno, reduo ou eliminao de seus resduos. Em algumas Instituies de Ensino e Pesquisa (IES) do Brasil, no incomum o manejo inadequado dos resduos perigosos gerados em laboratrios de ensino e pesquisa, aumentando tais riscos. Para minimizar ou eliminar tais riscos, h que se realizarem investimentos em processos tecnolgicos de tratamento e na seleo de mtodos adequados ao gerenciamento. O objetivo desta pesquisa foi modelar um Sistema de Gerenciamento Integrado de Resduos Perigosos e valid-lo atravs de sua aplicao em estudo piloto nos laboratrios dos Institutos de Qumica e Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa emprica e exploratria foi realizada atravs de reviso bibliogrfica e coleta de dados sobre o estado da arte no gerenciamento de resduos em algumas IES nacionais e internacionais, seguido da seleo do sistema adequado a ser modelado e aplicado nestes contextos. O trabalho de campo consistiu na coleta de dados atravs de observao direta e aplicao de questionrio junto aos responsveis pelos laboratrios. As etapas do estudo foram: levantamento das instalaes dos laboratrios; observao do manejo e gerao dos resduos; elaborao do banco de dados; anlise qualitativa e quantitativa dos dados; modelagem do Sistema de Gerenciamento Integrado de Resduos Perigosos SIGIRPE; implantao do modelo; apresentao e avaliao dos resultados; elaborao do manual para uso do sistema. O monitoramento quantitativo de resduos foi feito atravs de ferramentas do sistema para a sua anlise temporal. Os resultados da pesquisa permitiram conhecer a dinmica e os problemas existentes nos laboratrios, bem como verificar a potencialidade do modelo. Conclui-se que o SIGIRPE pode ser aplicado a outros contextos desde que seja adequado para tal fim. imprescindvel ter uma estrutura institucional que elabore o Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos e viabilize sua implementao. A universidade, enquanto formadora dos futuros profissionais, um lcus privilegiado na construo e disseminao do conhecimento, tendo o dever de realizar boas prticas no trato das questes ambientais, em particular, com relao aos resduos. Assim, elas devem estabelecer entre suas estratgias de ao, a incluso de polticas ambientais em seus campi, onde a Educao Ambiental deve ser permanente. Espera-se que este trabalho contribua com o planejamento e o gerenciamento dos resduos perigosos gerados em laboratrios e com as mudanas necessrias rumo sustentabilidade ambiental. O SIGIRPE foi elaborado e testado, mas no foi possvel verificar sua aplicao por outros usurios. o que se espera com a continuidade desta pesquisa e no desenvolvimento de futuros trabalhos, tais como: teste do sistema em hospitais, laboratrios, clnicas; estudar outras aplicaes na rea de segurana qumica de laboratrios atravs da incluso de roteiro de transporte interno de resduos, rotas de fuga, mapas de risco, localizao de equipamentos de proteo individual e coletiva; demonstrar a potencialidade de uso do sistema e sensibilizar os segmentos envolvidos atravs de palestras, mini-cursos e outras estratgias de informao em revistas cientficas especializadas.

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O presente trabalho teve como objetivo a validao de uma metodologia de amostragem para GEE Gases do Efeito Estufa, com a utilizao de seringas e anlise por cromatografia de fase gasosa com mltiplos detectores. O trabalho se dividiu em duas etapas. A primeira etapa consistiu em um teste de estabilidade avaliando o meio de amostragem proposto, a seringa, e comparando-o a dois meios de amostragem convencionais canister e bolsa de teflon -, utilizando uma amostra padro de GEE. A segunda etapa foi a aplicao desta nova metodologia de amostragem na cidade do Rio de Janeiro, buscando a avaliao da concentrao dos GEE em diferentes bairros da cidade e a correlao destas com dados meteorolgicos e caractersticas da localizao dos pontos amostrados. Nestas amostragens realizadas na cidade do Rio de Janeiro obteve-se uma mdia de 536 ppmv, 2,04 ppmv e 274 ppbv, para o CO2, CH4 e N2O, respectivamente, que foram os GEE analisados. Foi possvel neste trabalho verificar o grau de correlao dos GEE estudados com variveis meteorolgicas, bem como com outros poluentes j legislados e participantes de monitoramento contnuo. As concluses alcanadas foram que a nova metodologia proposta para amostragem de GEE vivel devido ao seu bom desempenho no teste de estabilidade, ao baixo custo do material empregado e praticidade do mesmo, e que as concentraes dos GEE avaliados na cidade do Rio de Janeiro encontram-se superiores s concentraes indicadas como mdias globais para os mesmos. Apontando desta forma, a necessidade de um monitoramento contnuo destes de forma a contribuir para a tomada de aes de mitigao dos GEE

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Impulsionados pela Lei 12.305/2010, que instituiu a Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS), os estados brasileiros esto tentando viabilizar, especialmente com foco na destinao dos Resduos Slidos Urbanos (RSU), solues consorciadas, visto que os resultados ambientais em termos de gerenciamento de resduos slidos, alcanados nos esforos individuais dos municpios, esto muito longe dos patamares aceitveis. Sendo assim, o Estado do Rio de Janeiro, assim como demais estados brasileiros, para atendimento a nova PNRS precisar erradicar os lixes at o ano de 2014. Este trabalho tem por objetivo principal avaliar e analisar a viabilidade da estratgia do Ministrio do Meio Ambiente (MMA), contemplada na PNRS, que indica a formao de consrcios entre os municpios para um melhor gerenciamento dos RSU, especialmente no que tange sua destinao final, visando a confirmar a pertinncia da escolha ou visualizar outras alternativas, em termos conceituais. Os resultados obtidos nesta pesquisa mostram que indiscutvel a contribuio de uma gesto regionalizada do RSU, atravs da formao de solues consorciadas, observados no estudo de caso do Consrcio Costa Verde. Um grande desafio encontrado o equacionamento de conflitos de interesses, em prol de um melhor gerenciamento dos resduos, atenuando as divergncias poltico-partidrias para que as tomadas de decises sejam baseadas, sobretudo nas questes tcnicas e administrativas, estabelecendo a melhor forma de proteger o meio ambiente

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No presente trabalho foi realizada uma na pesquisa bibliogrfica sobre indicadores globais para avaliao da eficincia de um sistema de gesto ambiental (SGA) e sobre o conceito de sustentabilidade ambiental, com o objetivo de estudar o SGA de uma empresa petroqumica, instalada no Rio de Janeiro, certificada pela ISO 9001, ISO 14001 e OSHA 18001. Procurou-se, assim, identificar, a partir da anlise dos indicadores de avaliao do desempenho ambiental, a possibilidade de implantar um indicador nico para avaliao da eficincia do SGA estudado, de forma a mostrar aos observadores externos e internos, o efetivo engajamento da empresa na preservao dos recursos naturais e na minimizao das emisses atmosfricas e de gases de efeito estufa, dentro da tica de sustentabilidade ambiental focando-se um processo produtivo industrial. Por meio da pesquisa, verificou-se que, apesar de a empresa utilizar indicadores relacionados com o consumo de gua, de emisses fugitivas e de gerao de resduos, dentre outros, ela no monitora, de forma objetiva, as emisses em termos de CO2 equivalente e todas as aes ligadas sustentabilidade ambiental. Assim, foi proposto um indicador global de sustentabilidade ambiental para ser utilizado como referncia do processo produtivo, visando fornecer ao responsvel pelo SGA os subsdios necessrios para tratar da gesto do processo sob a tica da sustentabilidade ambiental