961 resultados para Sofrimento psíquico
Resumo:
Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
Resumo:
Baseando as suas teorias numa doutrina consequencialista, Peter Singer tem lutado pelos direitos dos animais, apontando o ser humano como principal responsável pelo sofrimento animal. Levando ao extremo a sua posição, Singer afirma que alguns animais devem ser considerados pessoas. Da mesma forma diz que alguns seres humanos, como os bebés, as crianças e os deficientes, não o são. Recusando este ponto de vista e apoiando a minha posição numa perspectiva especista, parece-me óbvia a diferença entre espécies e a consequente diferença de estatutos. Pergunto como poderemos considerar que um chimpanzé é uma pessoa. E como é possível afirmar que uma criança não o é? Analisando estas questões e questionando Peter Singer descobriremos o que é necessário para se ser pessoa.
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Uma das problemáticas essenciais do pensamento benjaminiano é, precisamente, a questão da história. Numa época em que a tonalidade dominante é a ameaça da guerra e a destruição das ideologias, dos valores e ideais clássicos, em nome de uma desenfreada visão progressista e continuista da história humana, é preciso despertar do pesadelo da catástrofe da história. É esta que é responsável pela dissolução do conceito de experiência, alienando o homem e deixando-o desamparado e entregue ao vazio da experiência do choque, à fragmentação da narração e à perda da tradição. Recorrendo à tradição judaica da história, pensando e reconfigurando conceitos que lhe são intrínsecos, como o de catástrofe, messianismo, redenção, rememoração, Benjamin constrói (tal como Rosenzweig, Scholem e Bloch) uma teoria que possa operar uma desconstrução da continuidade da história, valorizando o objecto histórico, destacando-o do fluxo e salvando-o da catástrofe. Trata-se, assim, de um método destrutivo e violento, mas que visa restaurar uma visão da história que seja capaz de reparar as injustiças e o sofrimento humano. Mais do que histórica e temporal, essa nova ordem inscreve o sagrado na ordem profana, redimindo o acontecimento histórico e salvando-o no instante dialéctico.
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Introdução: Cuidar da pessoa com dor é imprescindível à excelência dos cuidados de enfermagem. Refletindo sobre a natureza desses cuidados pelos estudantes, é possível promover atitudes de abertura ao sofrimento, para que como futuros profissionais respondam à necessidade de alívio. O comportamento humano é intencional, reflete preferências e para o prever podemos simplesmente examinar atitudes. Objectivo: Estimar a validade e confiabilidade da escala e analisar a atitude dos estudantes de enfermagem ao cuidar da pessoa com dor. Material e Método: Estudo analítico, correlacional e transversal, realizado com 255 estudantes da ESSV. Os dados recolhidos através de questionário autoaplicado que integra a escala: Atitude dos Estudantes de Enfermagem ao Cuidar a Pessoa com Dor. Resultados: Após o estudo psicométrico, a escala apresenta 17 itens e 2 fatores, fator 1 “Aptidão Terapêutico-Curativa” e fator 2 “Aptidão Centrada na Pessoa”. Os estudantes apresentam uma média de idade de 21.91 anos, 77.3% do sexo feminino, maioritariamente solteiros e 40.8% frequentam o 4º ano. Todos avaliam a dor nos ensinos clínicos, 86.4% com a EN e 94.9% conjuga intervenções farmacológicas e não farmacológicas, mais de 55% emprega a diminuição do ruído e luminosidade, aplicação do frio e massagem, havendo 87.5% que usa posicionamentos. Os do sexo masculino que aplicam exercícios de relaxamento e os do sexo feminino com idade ≥21 anos, do 3º ano, apresentam uma atitude mais adequada. Conclusão: A formação no tema dor ao longo do curso é preponderante no desenvolvimento de competências, mas também na aquisição de conhecimento e promoção de atitudes. Palavras chave: Estudantes de Enfermagem, Atitude; Dor; Cuidar.
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INTRODUÇÃO: O câncer colorretal é a terceira causa de morte no mundo e requer diagnóstico precoce. OBJETIVO: Determinar a influência das variáveis sociodemográficas sobre o nível de conhecimento e sentimentos desencadeados nos utentes submetidos ao primeiro exame colonoscópico. MÉTODOS: Estudo transversal, observacional, primário, aberto em centro único realizado com 100 participantes, entre 1 e 24 de dezembro de 2015, utilizando instrumento de colheita dos dados composto por 22 perguntas para caracterização sociodemográfica dos pacientes, e determinação dos conhecimentos e sentimentos despertados pela colonoscopia. Após organização dos dados, procedeu-se à análise com o pacote estatístico Epi Info 7, na versão 7.1.5.2, empregando parâmetros da Estatística Descritiva. RESULTADOS: A maioria dos utentes (81%) afirmou ter pouco ou nenhum conhecimento sobre a colonoscopia, obtido junto a diversos agentes, dos quais o médico não era o mais frequente. O nível de conhecimento auto-perceptível não teve relação com a especificação de risco da colonoscopia, idade de rastreio e repetição do exame. As dificuldades mais frequentes foram o preparo do cólon, vergonha, medo de diagnóstico de câncer e da sedação. As variáveis sexo, escolaridade, estado civil e situação profissional mantiveram associação com sentimento de vergonha, angústica, segurança durante a colonoscopia e a percepção de repetir o exame caso necessário. CONCLUSÃO: Aumentar a adesão dos utentes à colonoscopia exige considerar suas características para contribuir com menor sofrimento, cabendo à enfermagem um papel relevante na melhoria dos cuidados. Palavras-chave: Câncer colorretal. Colonoscopia. Conhecimento.
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A violência doméstica tornou-se um fenómeno social de grande complexidade, que não pode ser tratado de forma superficial, seja por parte daqueles que intervêm tecnicamente, seja por parte das vítimas e agressores, pois trata-se da vida real de muitos indivíduos ou sujeitos. Deste modo, tornou-se necessário analisar a violência doméstica, procurando perceber o papel dos agentes, em especial dos técnicos, que acompanham as vítimas de violência doméstica na construção do seu projecto de vida. Para a realização deste estudo, fiz uma abordagem dos diferentes conceitos de violência doméstica, fundamental neste trabalho, em virtude da complexidade e controvérsia que a sua definição implica para diferentes autores e abordagens teóricas. Naturalmente que, se o tema da violência doméstica atravessa todo o trabalho, era indispensável ouvir as vítimas desta problemática quanto ao seu sofrimento, coragem e resiliência, ou abandono do lar e acompanhamento recebido. Assim sendo, e porque pretendi fazer uma análise à forma como é realizado o acompanhamento e intervenção por parte dos técnicos, este trabalho apresenta ainda uma investigação empírica realizada através da aplicação de inquéritos por questionário vítimas e não vítimas de violência doméstica, bem como a caracterização dos dados sociodemográficos do distrito de Portalegre. O tratamento e análise dos dados permitiram confirmar, em larga medida, a fundamentação teórica apresentada na primeira parte do estudo onde se verificou haver a divergência no conceito de violência doméstica, as vítimas serem predominantemente do sexo feminino e os agressores do sexo masculino, os vários motivos que levam as vítimas a permanecer na relação e a importância do papel dos técnicos de acompanhamento na definição de projectos de vida alternativos.
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Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
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Relatório de Trabalho de Projeto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Enfermagem Médico-Cirúrgica
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A presente dissertação se situa no campo das Ciências da Religião. É um estudo da perícope de Jeremias 20.7-18 na perspectiva do fenômeno de lamentação na área da literatura e religião do mundo bíblico. Jeremias 20.7-18 é um dos textos de lamentação representativos dentre os que se encontram fora do saltério, na literatura profética. O tema desenvolvido visa analisar este salmo em sua forma, lugar e conteúdo na perspectiva da linguagem de lamentação. O conteúdo que nos atemos foram as imagens de Yhwh reconhecidas na perícope: sedutor irresistível, Deus violento, fogo consumidor, guerreiro violento e vingativo, Senhor dos exércitos, libertador do pobre e subversor das cidades impenitentes. O estudo desta perícope foi possível mediante a compreensão da linguagem de lamentação como um fenômeno religioso universal. Localizamos a lamentação na sociedade do antigo Oriente Próximo, pois foi o contexto que tornou possível tal experiência para o antigo Israel. A lamentação na história da religião de Israel só é possível ser construída a partir de hipóteses. As hipóteses para uma história da lamentação em Israel que averiguamos nesta dissertação foram distribuídas entre o período pré-exílico, exílico e pós-exílico, a partir dos principais textos de lamento que marcam tal linguagem em cada período. Reconhecemos o gênero de lamentação nos documentos sagrados de Israel, como gênero literário e as estruturas simbólicas que permeiam os salmos de lamentação. Dessa forma, nos aproximamos da linguagem de lamentação de Jeremias 20.7-18 como parte do fenômeno do antigo Israel. Portanto, a linguagem de lamentação se torna a linguagem do sofrimento. Em outras palavras, a lamentação dá voz ao ser que sofre. O livro de Jeremias se situa num período de intenso sofrimento e violência contra a nação de Israel. É adequado, pois, no âmbito das lamentações, a presença deste salmo peculiar no livro seu profético. Com isso, estudamos exegeticamente nossa perícope perguntando o seu gênero principal. Em seguida, verificamos o lugar vivencial e, em termos de conteúdo quais são as imagens ou quadros ali demonstrados e como os dois se ajustam.
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Esta pesquisa tem como objetivo analisar a utilização do gênero literário do gloriar-se pelo apóstolo Paulo, demonstrando como esta ferramenta foi fundamental para que ele se posicionasse de maneira inovadora e radical frente às acusações sofridas da comunidade cristã em corinto. A comunidade sob a influência de pregadores itinerantes, autointitulados apóstolos, procuraram desonrar o apóstolo em sua ausência. Sendo uma comunidade cristã primitiva no mediterrâneo do I século, o bem mais valioso era a Honra, esta deveria ser defendida acima de tudo. Para tanto, o apóstolo se utiliza do ato de gloriar, como um gênero literário de sua época, bem como de outros recursos da retórica na realização de sua defesa. Ao fazê-lo, o apóstolo resignifica o ato de gloriar, as características de um verdadeiro apóstolo, bem como trata do sofrimento como algo inerente ao fiel seguidor de Cristo. Desta maneira, o apóstolo além de defender-se expõe uma nova proposta no entendimento e vivência nas relações sociais, que deveriam passar pelo ato da renúncia ao status; constituindo uma comunidade igualitária.
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A Folia de Reis, uma procissão da cultura popular, recria as liturgias oficiais a partir da transgressão dos valores instituídos. A performance dos foliões é objeto de estudo para se refletir sobre os papéis sociais e sobre a experiência do sagrado, com vistas às transformações subjetivas de grande impacto entre os membros da comunidade que buscam a cura, assim como sanar o sofrimento da vida cotidiana. Este aspecto soteriológico é abordado a partir de dois campos teóricos que vêm em diálogo. De um lado a filosofia, a partir da fenomenologia da religião e a hermenêutica, aqui representadas por Paul Ricoeur e Mircea Eliade. Por outro, a antropologia e as teorias teatrais, aqui presentes em nomes como Richard Schechner, Victor Turner, Eugenio Barba, entre outros. Estas duas vertentes teóricas dialogam a partir de uma metodologia inspirada em Paul Ricoeur, pois partimos do conceito de tríplice mimese como estrutura discursiva. Partindo do mundo prévio ou pré-figuração, passando pelo mundo da ficção ou configuração e, por fim, chegando ao mundo da vida ou refiguração (mundo do leitor). Neste quadro teórico encontramos aproximações e distâncias que possibilitaram rearranjar novas abordagens teóricas, que contribuem muito para analisar a Folia de Reis, a partir deste mundo teórico, abrindo novas perspectivas para sua compreensão.
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Esta pesquisa, por meio dos referenciais privilegiados e pesquisa de campo, busca compreender e explicitar se existem ou não afastamentos de docentes com doenças de origem psíquica, de suas funções (readaptações) por motivos não meramente fisiológicos, mas que guardem natureza social, ou seja, se há uma causa social que provoque tal fenômeno no sistema educacional. Investiga também, se o docente tem consciência crítica dessas possíveis causas e como se constitui sua identidade após a readaptação. As mudanças sociais e econômicas ocorridas nas últimas décadas devido às crises e sucessivas reestruturações do capitalismo influenciaram o contexto educacional, bem como as condições de trabalho docente, repercutindo na saúde física e psicológica dos professores, por meio de um panorama das atuais condições de trabalho e saúde dos professores, decorrentes do processo de flexibilização e precarização das relações de trabalho na área educacional. Procurou-se explicar, tendo como referencial teórico Sennett (2001) e Esteve (1999), entre outros autores, a nova realidade do trabalho e do mal-estar docente vivenciados nas instituições escolares. A pesquisa de campo denota a trajetória dos docentes readaptados, desde suas condições de trabalho que perpassa pelas dificuldades, entraves, mal-estar até o momento do adoecimento e, finalmente, a situação de readaptado. Os problemas vivenciados pelos docentes readaptados impactam sua identidade profissional, pois os docentes são marcados por estigma, discriminação, sentimentos de autoculpabilização, desvalorização social, o que prejudica sua qualidade de vida e relações interpessoais, tanto no trabalho como na família. A pesquisa aponta que o adoecimento psíquico atinge seriamente o profissional docente. Essa situação é grave na rede estadual de ensino paulista e demonstra que é importante reconhecer a necessidade de políticas públicas e educacionais que valorizem a docência e a saúde dessa categoria profissional.
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O livro de Jó pertence à literatura sapiencial de Israel. Seu conteúdo é um grande debate entre sábios. Estes formavam um segmento educado da população: sabiam ler e escrever. A sabedoria era demasiadamente valorizada e concebida como orientação prudente para a vida. O texto 24,1-12 de Jó pertence à parte poética do livro. O poema foi escrito na primeira metade do século V a.C., no período do pós exílio, durante a dominação dos persas. Este império trouxe profundas modificações para a vida do povo em Judá. Apesar da aparente tolerância por parte de seus governantes, eles criaram métodos muito eficazes para alcançar seus objetivos de controle sobre os povos submetidos. Através de um forte aparelho burocrático, fiscal e militar controlavam e garantiam a ordem e o pagamento de tributos. O templo tornou-se o intermediário entre o império e o povo. A economia e a sociedade se estruturaram conforme o regime imposto pelos persas. Essa política econômica e administrativa favorecia o enriquecimento dos setores dominantes, e conseqüentemente o empobrecimento cada vez maior dos camponeses. Os sacerdotes eram os líderes do povo e a teologia da retribuição se fortaleceu muito nessa época. No entanto, a justiça de Deus explicada pela teologia da retribuição deparava-se com o problema do mal e do sofrimento do justo. É a partir da experiência e da observação da realidade que se origina um movimento de resistência à teologia da retribuição. No capítulo 24,1-12, Jó se lança numa contemplação sobre a sociedade dividida entre opressores e oprimidos. Desmonta o funcionamento da sociedade mostrando suas rupturas e conflitos graves. Sua intenção nesse texto é mostrar através da realidade, porque não concorda com as afirmações dos sábios que defendem a teologia da retribuição, sobre o castigo infalível para os ímpios ricos e sobre o sofrimento do pobre como indicação de castigo.(AU)