999 resultados para Música popular - Brasil História
Resumo:
OBJETIVO: Estudar a tendncia da mortalidade relacionada doena de Chagas informada em qualquer linha ou parte do atestado mdico da declarao de bito.MTODOS: Os dados provieram dos bancos de causas mltiplas de morte da Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados de So Paulo (SEADE) entre 1985 e 2006. As causas de morte foram caracterizadas como bsicas, associadas (no-bsicas) e total de suas menes.RESULTADOS: No perodo de 22 anos, ocorreram 40 002 bitos relacionados doena de Chagas, dos quais 34 917 (87,29%) como causa bsica e 5 085 (12,71%) como causa associada. Foi observado um declnio de 56,07% do coeficiente de mortalidade pela causa bsica e estabilidade pela causa associada. O nmero de bitos foi 44,5% maior entre os homens em relao s mulheres. O fato de 83,5% dos bitos terem ocorrido a partir dos 45 anos de idade revela um efeito de coorte. As principais causas associadas da doena de Chagas como causa bsica foram as complicaes diretas do comprometimento cardaco, como transtornos da conduo, arritmias e insuficincia cardaca. Para a doena de Chagas como causa associada, foram identificadas como causas bsicas as doenas isqumicas do corao, as doenas cerebrovasculares e as neoplasias.CONCLUSES: Para o total de suas menes, verificou-se uma queda do coeficiente de mortalidade de 51,34%, ao passo que a queda no nmero de bitos foi de apenas 5,91%, tendo sido menor entre as mulheres, com um deslocamento das mortes para as idades mais avanadas. A metodologia das causas mltiplas de morte contribuiu para ampliar o conhecimento da história natural da doena de Chagas
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Objetivo. Estudar a mortalidade relacionada paracoccidioidomicose informada em qualquer linha ou parte do atestado mdico da declarao de bito. Mtodos. Os dados provieram dos bancos de causas mltiplas de morte da Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados (SEADE) de So Paulo entre 1985 e 2005. Foram calculados os coeficientes padronizados de mortalidade relacionada paracoccidioidomicose como causa bsica, como causa associada e pelo total de suas menes. Resultados. No perodo de 21 anos ocorreram 1 950 bitos, sendo a paracoccidioidomicose a causa bsica de morte em 1 164 (59,7%) e uma causa associada de morte em 786 (40,3%). Entre 1985 e 2005 observou-se um declnio do coeficiente de mortalidade pela causa bsica de 59,8% e pela causa associada, de 53,0%. O maior nmero de bitos ocorreu entre os homens, nas idades mais avanadas, entre lavradores, com tendncia de aumento nos meses de inverno. As principais causas associadas da paracoccidioidomicose como causa bsica foram a fibrose pulmonar, as doenas crnicas das vias areas inferiores e as pneumonias. As neoplasias malignas e a AIDS foram as principais causas bsicas estando a paracoccidioidomicose como causa associada. Verificou-se a necessidade de adequar as tabelas de deciso para o processamento automtico de causas de morte nos atestados de bito com a meno de paracoccidioidomicose. Concluses. A metodologia das causas mltiplas de morte, conjugada com a metodologia tradicional da causa bsica, abre novas perspectivas para a pesquisa que visa a ampliar o conhecimento sobre a história natural da paracoccidioidomicose.
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O direito sade recebeu - pela primeira vez - tratamento constitucional no brasil em 1988, fruto de grande participao popular. Neste estudo, se busca compreender a extenso dessa afirmao e verificar sua implementao normativa e jurisprudencial. A partir do estudo da evoluo dos conceitos de sade e de direito, concluiu-se que o direito sade deve implicar a constante participao popular para que possa ser delimitado. Verificou-se, tambm, que o arcabouo normativo vem sendo construdo em conformidade com as exigncias constitucionais. Quanto construo jurisprudencial, se percebeu que ela vem acontecendo de forma errtica e que os tribunais superiores raramente enfrentam a discusso da poltica de sade desenhada na Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. Concluiu-se que a afirmao constitucional tem demonstrado vigor, haja vista o grande desenvolvimento normativo conforme `compreenso contempornea; e que o controle judicial da realizao da poltica sanitria ainda incipiente
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Objetivo. Descrever a tendncia da produo cientfica odontolgica no Brasil, destacando-se a rea de sade bucal coletiva, nos primeiros anos do sculo XXI. Mtodos. Os resumos de trabalhos apresentados nas reunies da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontolgica (SBPqO) de 2001 a 2006 foram avaliados em termos do seu desenho metodolgico (estudo agregado ou individuado; estudo observacional ou de interveno ; estudo transversal ou longitudinal), natureza geral (revises bibliogrficas, estudos com seres humanos ou pesquisas laboratoriais) e enquadramento em uma das 19 especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). Dos 10406 trabalhos apresentados nesse perodo, foram lidos 5203 (50,0% do total). Resultados. Quanto ao desenho metodolgico, 87,5% dos resumos eram do tipo operativo individuado e 12,5% do tipo agregado. Na classificao da natureza geral da pesquisa, 41,7% dos resumos tratavam de estudos com seres humanos. Os resumos restantes ( 58,3%) tratavam de pesquisas laboratorais in vitro (31,1%), pesquisas laboratoriais in vivo (23,6%) e revises bibliogrficas (3,6%). Com relao s reas de conhecimento do CFO, apenas cinco atingiram percentuais de ocorrncia superiores a 10,0%: dentstica, periodontia, endodontia, odontopediatria e sade coletiva. Concluses. A produo cientfica odontolgica brasileira no perodo de 2001 a 2006 foi equilibrada, com crescente interesse na rea de sade bucal coletiva
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This article discusses the texts and purposes of the Historia Nova do Brasil series, a joint production of the Ministerio da Educacao e Cultura and the Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb) launched in 1964 and soon aborted by the military dictatorship. The intent is to reconstitute its context to present the many influences on this project and to examine its impact and the debates and disputes that resulted, to try to recover the details of this important effort at renewing the teaching of history in Brazil.
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O setor el??trico brasileiro, historicamente, possui modelo autorit??rio de planejamento e implanta????o dos empreendimentos. Os grandes projetos desenvolvimentistas s??o oriundos do per??odo dos governos militares. Popula????es atingidas por impactos de barragens sempre reivindicaram pol??ticas articuladas de compensa????o por parte das empresas e do governo. A partir de 2003, a Eletronorte adotou o planejamento participativo para elabora????o de um plano de desenvolvimento regional ??? PPDJUS ??? como compensa????o pelos impactos da UHE Tucuru?? nos cinco munic??pios a Jusante, iniciativa sem precedentes no Brasil. O PPDJUS hoje articula as pol??ticas de planejamento e gest??o do territ??rio e de recursos h??dricos do Minist??rio do Desenvolvimento Agr??rio (MDA), do Minist??rio do Meio Ambiente (MMA), do Minist??rio da Integra????o Nacional (MIN), da Secretaria Especial de Abastecimento e Pre??os (Seap), da Ag??ncia de Desenvolvimento da Amaz??nia (ADA) e da Eletronorte, entre outros ??rg??os. Possui conselhos gestores regional e municipais e c??maras t??cnicas, avan??ado modelo de gest??o participativa
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As pol??ticas de desenvolvimento consideram que um dos principais obst??culos para o crescimento dos microeempreendimentos ?? a falta de acesso ??s fontes de financiamento, principalmente ??queles emergidos como formas alternativas de ocupa????o e renda. Esses pequenos neg??cios, em sua maioria informais, vem apresentando n??veis de alto crescimento em todo o Pa??s, em especial na regi??o Nordeste, principalmente nos grandes centros urbanos, comprovada por pesquisas cient??ficas realizadas. Considerando que o acesso dessa camada da popula????o ao sistema banc??rio ?? dif??cil, devido ao baixo n??vel operacional, ao tamanho dos neg??cios e ?? qualidade ou inexist??ncia de garantias, o Banco do Nordeste lan??a o Programa CrediAmigo com o objetivo de contribuir para o crescimento de microempresas, mediante a oferta de cr??dito para atividades produtivas e servi??os de capacita????o, de forma a garantir ao agente produtivo condi????es para ele gerir bem seus neg??cios, atrav??s da melhoria da competitividade e integra????o ao mercado globalizado. Dessa forma, o CrediAmigo permite f??cil acesso a esse segmento da popula????o marginalizada do sistema financeiro formal e que recorrem e dependem de agiotas e fornecedores que lhes cobram taxas de juros bem acima do mercado. Para atender esses agentes produtivos o CrediAmigo utiliza uma metodologia inovadora de concess??o de cr??dito que permite a libera????o dos recursos de forma ??gil, desburocratizada e sem as garantias tradicionais exigidas, funcionando com grupos solid??rios, proporcionando uma maior democratiza????o do cr??dito. At?? jul/99 o CrediAmigo j?? atendeu a 121.444 cidad??os com financiamento na ordem de R$ 74,2 milh??es
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O modelo brasileiro das organiza????es sociais representa uma das respostas poss??veis ?? crise do aparelho do Estado no ??mbito da presta????o dos servi??os sociais. Essas entidades s??o percebidas como uma forma de parceria do Estado com as institui????es privadas de fins p??blicos (perspectiva ex parte principe) ou, sob outro ??ngulo, uma forma de participa????o popular na gest??o administrativa (perspectiva ex parte populi). No texto s??o tematizadas as diferen??as e semelhan??as entre o marco legal das organiza????es sociais e das entidades de utilidade p??blica no Brasil, as notas distintivas entre a disciplina dos servi??os privados de interesse p??blico e dos servi??os p??blicos, bem como o que distingue juridicamente o modelo das organiza????es sociais de processos de privatiza????o e terceiriza????o. Em todos esses temas os juristas aparecem como protagonistas na determina????o dos limites do modelo das organiza????es sociais, evidenciando que processos de reforma normativa exigem, para serem eficazes, uma concomitante reforma na mentalidade dos agentes p??blicos.
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Este estudo foi elaborado a partir da proposta de fortalecimento das relaes comunitrias entre a Universidade Federal do Esprito Santo e as comunidades jongueiras e caxambuzeiras. Destina-se a apresentar a pesquisa realizada em territrios negros sob a inspirao do Jongo e do Caxambu, reconhecidos como Patrimnio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan). A pesquisa foi desenvolvida no norte do Estado do Esprito Santo e tem como recurso analtico e conceitual estudos sobre etnicidade no campo da educao. Sua proposta ampliar e constituir-se como base para a implementao da Lei n. 10.639/2003, considerando a descrio das categorias religiosidade, territorialidade, memrias, cultura negra, cultura popular e tradio, com base nas narrativas dos sujeitos. Relaciona as prticas culturais do jongo e do caxambu como elementos importantes para a reconstruo da história do negro no Sudeste brasileiro. O tema de investigao foi construdo sob a inspirao terica dos estudos culturais referenciados em Stuart Hall (2008), Canclini (1997), Santos (2008, 2009), Certeau (2005) e na produo simblica das interpretaes sociais, das fronteiras tnicas para descrever as diferenas percebidas pelos sujeitos. Trabalhou-se basicamente propondo as mltiplas interpretaes a partir do vivido. O estudo refora a importncia das africanidades na formao de professores e a discusso do Patrimnio Imaterial do Jongo como possibilidades de saberes-fazeres no campo do currculo escolar. Os caminhos da pesquisa partem de uma base etnogrfica, conjugando a metodologia da história oral temtica com a pesquisa participante e a pesquisa ao, interligando as memrias dos sujeitos, suas narrativas e vivncias ao fazer pedaggico no cotidiano das comunidades. Ressalta a relao intercultural e territorial que identifica jongueiros e caxambuzeiros. Os resultados da pesquisa descrevem as condies dessas prticas, da visibilidade das polticas culturais, da produo das identidades jongueiras no norte do Estado do Esprito Santo, sob o ponto de vista dos sujeitos elencados.
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Este trabalho analisa o Programa de Residncia Multiprofissional em Sade, com objetivo de identificar como o Programa de Residncia Multiprofissional em Sade, desenvolvido pelo Ministrio da Educao e pelo Ministrio da Sade a partir de 2005, tem se constitudo como uma proposta de poltica de formao profissional para o SUS. Foi realizada pesquisa documental com anlise de contedo que possibilitou configurar a Poltica Nacional de Gesto da Educao na Sade, na rea de formao do ensino superior, especificamente na ps-graduao, onde se situa a modalidade Residncias Multiprofissionais. As legislaes do Sistema nico de Sade para a formao dessa poltica determinam diretrizes para a formao na rea da sade baseadas na integrao ensino/Servio. So eixos que se destacam no interior do processo de constituio da poltica de formao profissional e so as bases dos Programas de Residncia Multiprofissional em Sade. Constatou-se que houve, na primeira metade dos anos 2000, o surgimento de inmeros atores (fruns de residentes, coordenadores e preceptores) que estiveram presentes na luta para estruturao da Comisso Nacional de Residncia Multiprofissional em Sade, tambm presentes na disputa acirrada da composio e da luta pelo reconhecimento das Residncias Multiprofissionais, a partir do ano 2005. H um campo que coloca interesses em confronto e por onde caminha a definio da base legal para institucionalizao do Programa. Polariza-se e ganha fora posicionamentos corporativistas indo contra aos pressupostos do perfil profissional para a sade. Ao mesmo tempo observa-se o esvaziamento das Residncias na ateno bsica e o movimento do Ministrio da Sade e do Ministrio da Educao para implantar as Residncias Multiprofissionais nos Hospitais Universitrios Federais, direcionando especialmente aos servios de alta complexidade. Os riscos podem ser observados na conformao da formao em sade no plano da tarefa do fazer. Frente ao contexto de precarizao do trabalho, fragiliza-se a presena dos residentes para cobrir o dficit de trabalhadores nas instituies de sade, tornando necessrias uma intensa defesa e afirmao dos residentes enquanto profissionais em formao e no profissionais de servio. Diante desse quadro fica a dvida quanto ao papel das Residncias Multiprofissionais nas transformaes do modo de se produzir sade e formao profissional. Por outro lado a observao dos vrios aspectos vinculados residncia tem demonstrado tambm que elas, contraditoriamente, tem sido, ou podem ser, tambm um reduto importante de resistncia sucumbncia dos novos contornos que vm sendo desenhado no prprio SUS. E que apesar desse contexto, elas tm sido importantes como qualificao dos servios e dos profissionais. H um consenso em torno da importncia das presenas dos residentes e dos tutores nos servios, atravs dos seus questionamentos para rompimento com prticas de cunho conservador, pois a presena dos residentes nas equipes multiprofissionais pode assumir esse enfrentamento.
O patrimnio arquitetnico da sade : discusses sobre a história da arquitetura hospitalar do sculo XIX
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O Patrimnio Cultural da Sade consiste nos bens materiais e imateriais que expressam o processo da sade individual e coletiva nas suas dimenses cientfica, histrica e cultural. Com a insero do Brasil, atravs da COC-Fiocruz e do Ministrio da Sade, na Rede Latino-americana de Patrimnio Cultural da Sade, iniciou-se o incentivo ao estudo da história da medicina e da arquitetura hospitalar, buscando tambm a proteo e a salvaguarda da memria das edificaes hospitalares histricas. O sculo XIX foi marcado pela construo de vrias edificaes voltadas para o controle e recluso dos pobres, essas instituies eram: a Casa de Correo, a Santa Casa da Misericrdia, o Hospcio de Pedro II, o Asilo da Mendicidade e as Instituies de acolhimento de Menores. Dessas edificaes destacam-se a Santa Casa da Misericrdia, o Hospcio de Pedro II e o Asilo da Mendicidade que formam o Patrimnio Arquitetnico da Sade tombado em nvel federal. O Hospital da Santa Casa da Misericrdia foi construdo em 1840-1852 sob os modernos preceitos da medicina do sculo XIX. A edificao at hoje mantm o uso hospitalar e apresenta um estado de conservao bom em seu exterior. Porm as condies internas foram consideradas ruins devido falta de salubridade e higiene nos ambientes. O Hospital da Santa Casa um Hospital de Referncia, realiza atendimentos ambulatoriais, cirrgicos e de internao. O Hospcio de Pedro II foi criado para atender exclusivamente os alienados do Imprio. O estilo neoclssico e a monumentalidade da edificao o fizeram ser reconhecido como Palcio dos Loucos. O hospcio funcionou at 1944 e quatro anos depois a edificao foi cedida Universidade do Brasil, que adaptou sua arquitetura ao uso educacional. A edificao apresenta estado de conservao regular, com exceo da rea central composta pela Capela que est ruim, devido ao incndio de 2011. O Palcio dos Loucos tornou-se Palcio Universitrio, modificando sua identidade atravs das mudanas que foram feitas em sua arquitetura. O Asilo da Mendicidade foi criado em 1876 para fechar o pentgono asilar. A edificao panptica buscava a efetiva observao e controle dos internos. A edificao funcionou como Asilo para mendigos at 1920, quando transformou-se em Hospital de So Francisco de Assis. Posteriormente o hospital seria transferido para a Universidade do Brasil, que funcionou como hospital escola at 1978. O Hospital foi desativado e ficou sem uso por dez anos, quando enfim voltou a funcionar como um estabelecimento destinado aos mais pobres. O conjunto da edificao o que apresenta o pior estado de conservao, considerado de ruim a pssimo. Comprovou-se com essa pesquisa que o mais importante para a preservao das caractersticas arquitetnicas e artsticas do bem a manuteno do uso, seja ele qual for. Os novos usos devem ser adequados tambm s caractersticas e capacidade da arquitetura em questo. Atravs de reformas e planos adequados, os hospitais oitocentistas, que hoje se apresentam como Patrimnio Arquitetnico da Sade, podem manter um uso similar para o qual foi construdo, como uma edificao voltada promoo da sade da populao.
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Este estudo sistematiza e aborda a temtica da formao de educadores desenvolvida nas inter-relaes entre universidades brasileiras e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, especificamente nos cursos de graduao em História na Universidade Federal da Paraba e de Engenharia Agronmica na Universidade Federal de Sergipe, no perodo de 2004 a 2008. Tal processo desenvolve-se em um contexto difcil e complexo da luta pela reforma agrria no Brasil, principalmente pelas transformaes ocorridas nos ltimos anos oriundas da ampliao das lgicas de produo do agronegcio. Esta condio leva o MST a discutir e propor uma nova concepo de reforma agrria que a designa de popular em substituio proposta de reforma agrria clssica. Por outro lado, apresenta uma viso das universidades brasileiras e dos projetos que so construdos e implementados nos ltimos anos, inclusive, observando coincidncias com as polticas econmicas gerais para a sociedade. Apresenta uma concepo de formao que vem sendo construda no interior das prticas do MST que tambm procura as universidades para firmar convnios e desenvolver processos de escolarizao/formao de seus militantes educadores. Dentre as dimenses desse processo educativo/formativo, destacam-se: vnculo permanente com os processos orgnicos; a formao como um processo tico, esttico, mstico que trata das atitudes/comportamentos e como um processo dialgico, crtico e articulado que contempla saberes, experincias, em uma interao que busca superar as monoculturas. Captura por intermdio da pesquisa de campo: estranhamentos, entraves, sentidos da ocupao pedaggica e coletiva, alternativas, legados que permanecem tanto no MST como na universidade e apresenta o resultado do envolvimento e atuao dos egressos de ambos os cursos na atualidade. Aponta tambm para desafios, possibilidades outras de enfrentar a difcil mas necessria tarefa de formar educadores, militantes capazes de coletivamente levar adiante a luta por um mundo mais justo, solidrio e democrtico, em que a terra e o conhecimento, juntamente com os demais bens econmicos e culturais sejam profundamente democratizados. Pretende ser uma contribuio para o debate acerca da relevncia dessas inter-relaes entre universidade e movimentos sociais, em que essas experincias demarcam novas possibilidades de abertura e avanos democrticos e menos elitista da universidade e novos patamares de escolarizao/formao para integrantes do Movimento dos Sem Terra.
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Estima-se que restam hoje cerca de 50 mil ndios Guarani no Brasil, que se situam, principalmente, na faixa litornea que vai desde os estados do sul at o territrio capixaba, o Esprito Santo. Considerando que essa comunidade se mantm bilngue, o presente trabalho objetiva discutir se, na situao de contato entre o Guarani e o Portugus, a primeira lngua est ou no cedendo lugar segunda. Para alcanar esse objetivo, foi formado um banco de dados de fala por meio de entrevistas realizadas nas aldeias, que versaram sobre as tradies histricas, a famlia, a religio, a economia e o meio ambiente aspectos considerados por eles como as principais armas de resistncia desse povo. A anlise tomou por base os pressupostos da Sociolingustica/Contato Lingustico, com tericos como Weinreich (1953), Fishman (1968; 1972), Appel e Muysken (1996), Coulmas (2005) e outros, que discutem temas pertinentes pesquisa em questo: o contato lingustico e a manuteno/substituio de lnguas minoritrias. Acredita-se que, apesar do contato com o portugus pela venda de artesanatos, pela mdia e pela atuao da escola e sua ao integralizadora, prevista pelo Estatuto do ndio, o Guarani mantm a sua lngua materna - ainda que estigmatizada - devido forte religiosidade que norteia todo o seu modo de vida. Ele entende a palavra como um dom e confere a ela um poder mtico de conexo com o mundo espiritual, o que, ao mesmo tempo, confere extrema importncia lngua minoritria e favorece a sua preservao, enquanto marca importante da cultura e identidade desse povo.
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O artigo se prope a analisar as relaes entre o Brasil e a Frana desde o final da Segunda Guerra Mundial at o presente. Para isso, o autor divide a história da relao entre os dois pases em trs blocos assim denominados: 1) a parceria bloqueada (1945 - 64); 2) a negligncia cordial (1963 - 95); e 3) a parceria possvel (1990 - 2000).