829 resultados para health care system
Resumo:
Introdução: A satisfação dos doentes constitui um indicador indispensável para a avaliação da qualidade dos cuidados e há evidência da sua correlação com os resultados em saúde. A satisfação com os cuidados de saúde é um conceito multidimensional que considera aspetos como acesso, organização e interação doente - profissional. Consideramos que os cuidados de enfermagem, em particular, são fundamentais no processo saúde/doença. Objetivos: Validar uma escala para avaliar a satisfação dos utentes face aos cuidados de enfermagem, adaptado do instrumento EUROPEP e avaliar a satisfação dos utentes dos cuidados de saúde primários da região centro de Portugal. Material e métodos: Estudo transversal, com uma amostra de 827 utentes adultos (maioria do sexo feminino 64,4%) com uma média de idade de 50,08±18,58 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário, constituído por variáveis sociodemográficas, o instrumento EUROPEP (Ferreira, 1995) para avaliar a satisfação com os cuidados de saúde primários e para avaliar a satisfação especificamente com a equipa de enfermagem elaboramos questões adaptadas do instrumento EUROPEP e agrupadas nas dimensões relação de ajuda, dimensão interpessoal e instrumental. A consistência interna, reprodutibilidade e análise de conteúdo foram avaliados com recurso ao SPSS 23.0; considerando a consistência aceitável para um de Cronbach > 0,70. O coeficiente para cada item é apresentado com um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Em todas as dimensões do questionário EUROPEP, a maior percentagem de satisfação com os cuidados situou-se entre “boa” e “muito boa”. As dimensões criadas para avaliar especificamente os cuidados de enfermagem apresentaram um coeficiente de α de Cronbach total de 0,972. Conclusões: Estes resultados sugerem que as dimensões criadas para avaliar os cuidados de enfermagem serão úteis para a investigação na população Portuguesa. A satisfação do utente é decisiva para a qualidade e eficiência dos cuidados prestados, sendo necessário o compromisso de todos os prestadores na implementação de práticas sistemáticas de gestão que conduzam à satisfação, dando particular atenção à melhoria contínua dos processos organizacionais. Palavras-chave: Satisfação dos Utentes; cuidados de saúde primários, cuidados de enfermagem, adulto, Portugal
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This is a redacted version of the the final thesis. Copyright material has been removed to comply with UK Copyright Law.
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Background: Physician-rating websites have become a popular tool to create more transparency about the quality of health care providers. So far, it remains unknown whether online-based rating websites have the potential to contribute to a better standard of care. Objective: Our goal was to examine which health care providers use online rating websites and for what purposes, and whether health care providers use online patient ratings to improve patient care. Methods: We conducted an online-based cross-sectional study by surveying 2360 physicians and other health care providers (September 2015). In addition to descriptive statistics, we performed multilevel logistic regression models to ascertain the effects of providers' demographics as well as report card-related variables on the likelihood that providers implement measures to improve patient care. Results: Overall, more than half of the responding providers surveyed (54.66%, 1290/2360) used online ratings to derive measures to improve patient care (implemented measures: mean 3.06, SD 2.29). Ophthalmologists (68%, 40/59) and gynecologists (65.4%, 123/188) were most likely to implement any measures. The most widely implemented quality measures were related to communication with patients (28.77%, 679/2360), the appointment scheduling process (23.60%, 557/2360), and office workflow (21.23%, 501/2360). Scaled-survey results had a greater impact on deriving measures than narrative comments. Multilevel logistic regression models revealed medical specialty, the frequency of report card use, and the appraisal of the trustworthiness of scaled-survey ratings to be significantly associated predictors for implementing measures to improve patient care because of online ratings. Conclusions: Our results suggest that online ratings displayed on physician-rating websites have an impact on patient care. Despite the limitations of our study and unintended consequences of physician-rating websites, they still may have the potential to improve patient care.
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The dissertation starts by providing a description of the phenomena related to the increasing importance recently acquired by satellite applications. The spread of such technology comes with implications, such as an increase in maintenance cost, from which derives the interest in developing advanced techniques that favor an augmented autonomy of spacecrafts in health monitoring. Machine learning techniques are widely employed to lay a foundation for effective systems specialized in fault detection by examining telemetry data. Telemetry consists of a considerable amount of information; therefore, the adopted algorithms must be able to handle multivariate data while facing the limitations imposed by on-board hardware features. In the framework of outlier detection, the dissertation addresses the topic of unsupervised machine learning methods. In the unsupervised scenario, lack of prior knowledge of the data behavior is assumed. In the specific, two models are brought to attention, namely Local Outlier Factor and One-Class Support Vector Machines. Their performances are compared in terms of both the achieved prediction accuracy and the equivalent computational cost. Both models are trained and tested upon the same sets of time series data in a variety of settings, finalized at gaining insights on the effect of the increase in dimensionality. The obtained results allow to claim that both models, combined with a proper tuning of their characteristic parameters, successfully comply with the role of outlier detectors in multivariate time series data. Nevertheless, under this specific context, Local Outlier Factor results to be outperforming One-Class SVM, in that it proves to be more stable over a wider range of input parameter values. This property is especially valuable in unsupervised learning since it suggests that the model is keen to adapting to unforeseen patterns.
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OBJETIVO: Avaliar o programa de imunização de crianças de 12 e de 24 meses de idade, com base no registro informatizado de imunização. MÉTODOS: Estudo descritivo em amostra probabilística de 2.637 crianças nascidas em 2002 e residentes em Curitiba, PR. As fontes de dados foram: registro informatizado de imunização do município, Sistema de Informação de Nascidos Vivos e inquérito domiciliar para casos com registro incompleto. As coberturas foram estimadas aos 12 e aos 24 meses de vida e analisadas segundo características socioeconômicas de cada distrito sanitário e o vínculo das crianças aos serviços de saúde. Foram analisadas a abrangência, completude e duplicidades do registro informatizado de imunização. RESULTADOS: A cobertura do esquema de imunização foi de 95,3% aos 12 meses sem diferenças entre os distritos e de 90,3% aos 24 meses, tendo sido mais elevada em um distrito com piores indicadores socioeconômicos (p = 0,01). A proporção de vacinas, segundo o tipo, aplicadas antes e após a idade recomendada foi de até 0,9% e até 32,2%, respectivamente. A cobertura do registro informatizado de imunização foi de 98% na amostra estudada, o sub-registro de doses de vacinas foi de 11% e a duplicidade de registro foi de 20,6%. Os grupos que apresentaram maiores coberturas foram: crianças com cadastro definitivo, aquelas com três ou mais consultas pelo Sistema Único de Saúde e as atendidas em Unidades Básicas de Saúde que adotam plenamente a Estratégia de Saúde da Família. CONCLUSÕES: A cobertura vacinal em Curitiba mostrou-se elevada e homogênea entre os distritos, e o vínculo com os serviços de saúde foi fator importante para tais resultados. O registro informatizado de imunização mostrou-se útil no monitoramento da cobertura vacinal; no entanto, é importante a prévia avaliação do seu custo-efetividade para que seja amplamente utilizado pelo Programa Nacional de Imunização.
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Sistematiza-se o conhecimento disponível sobre o estágio atual de efetivação das principais políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Embora a fluoretação da água de abastecimento público no Brasil seja uma determinação legal, sua implantação tem sofrido marcantes desigualdades regionais. São apresentados dados sobre o grau de efetivação da medida e são revisados estudos que avaliaram seu impacto sobre a ampliação da desigualdade na experiência de cárie dentária. A oferta de atendimento público odontológico, ampliada consideravelmente após a implantação do Sistema Único de Saúde, também é discutida em relação à provisão do serviço e seu impacto sobre a redução da desigualdade no acesso a tratamento dentário. A discussão do efeito diferencial dessas medidas propiciou a proposição de estratégias focais (direcionar a fluoretação para as áreas com maiores necessidades), visando a reduzir a desigualdade na experiência de cárie no País.
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OBJETIVO: Analisar os fatores relacionados à determinação e às desigualdades no acesso e uso dos serviços de saúde por idosos. MÉTODOS: Estudo integrante do Projeto Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), no qual foram entrevistados 2.143 indivíduos com 60 anos ou mais no município de São Paulo, SP, em 2000. A amostra foi obtida em dois estágios, utilizando-se setores censitários com reposição, probabilidade proporcional à população e complementação da amostra de pessoas de 75 anos. Foi mensurado o uso de serviços hospitalares e ambulatoriais nos quatro meses anteriores à entrevista, relacionando-os com fatores de capacidade, necessidade e predisposição (renda total, escolaridade, seguro saúde, morbidade referida, auto-percepção, sexo e idade). O método estatístico utilizado foi regressão logística multivariada. RESULTADOS: Dos entrevistados, 4,7% referiram ter utilizado a internação hospitalar e 64,4% o atendimento ambulatorial. Dos atendimentos ambulatoriais em serviço público, 24,7% ocorreram em hospital e 24,1% em serviço ambulatorial; dentre os que ocorreram em serviços privados, 14,5% foram em hospital e 33,7% em clínicas. Pela análise multivariada, observou-se associação entre a utilização de serviços e sexo, presença de doenças, auto-percepção de saúde, interação da renda e escolaridade e posse de seguro saúde. A análise isolada com escolaridade apresentou efeito inverso. CONCLUSÕES: Foram observadas desigualdades no uso e acesso aos serviços de saúde e inadequação do modelo de atenção, indicando necessidade de políticas públicas que levem em conta as especificidades dessa população, facilitem o acesso e possam reduzir essas desigualdades.
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Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) possuem uma missão de grande importância na implementação da Estratégia de Saúde da Família: devem criar o vínculo entre a população e os serviços de atenção básica, combinando ações de promoção da saúde, assistência básica e prevenção. A equipe do Cerest de Piracicaba realizou, no período de 2004-2006, análise ergonômica do trabalho em uma unidade de saúde de família cujos objetivos foram compreender a relação entre queixas de sofrimento e as condições de trabalho das ACS e propor medidas para modificá-las. Os resultados da AET mostram que, a despeito do engajamento visando resolver os problemas de saúde das famílias, o limitado “poder de agir” das ACS, devido às limitações da unidade e da rede de serviços, expunham-nas a situações nas quais se encontravam incapazes de adotar ações efetivas e nas quais não podiam se prevenir do sofrimento
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Background: The aim of this study was to estimate the prevalence of fibromyalgia, as well as to assess the major symptoms of this syndrome in an adult, low socioeconomic status population assisted by the primary health care system in a city in Brazil. Methods: We cross-sectionally sampled individuals assisted by the public primary health care system (n = 768, 35-60 years old). Participants were interviewed by phone and screened about pain. They were then invited to be clinically assessed (304 accepted). Pain was estimated using a Visual Analogue Scale (VAS). Fibromyalgia was assessed using the Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), as well as screening for tender points using dolorimetry. Statistical analyses included Bayesian Statistics and the Kruskal-Wallis Anova test (significance level = 5%). Results: From the phone-interview screening, we divided participants (n = 768) in three groups: No Pain (NP) (n = 185); Regional Pain (RP) (n = 388) and Widespread Pain (WP) (n = 106). Among those participating in the clinical assessments, (304 subjects), the prevalence of fibromyalgia was 4.4% (95% confidence interval [2.6%; 6.3%]). Symptoms of pain (VAS and FIQ), feeling well, job ability, fatigue, morning tiredness, stiffness, anxiety and depression were statically different among the groups. In multivariate analyses we found that individuals with FM and WP had significantly higher impairment than those with RP and NP. FM and WP were similarly disabling. Similarly, RP was no significantly different than NP. Conclusion: Fibromyalgia is prevalent in the low socioeconomic status population assisted by the public primary health care system. Prevalence was similar to other studies (4.4%) in a more diverse socioeconomic population. Individuals with FM and WP have significant impact in their well being.
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Context Smoking is a major preventable cause of death and disability that is maintained by dependence on nicotine. Smoking cessation reduces mortality and morbidity. Although existing pharmacological aids to smoking cessation and relapse prevention (nicotine replacement therapy and bupropion) improve on unassisted quitting and behavioural methods, they are only modestly effective. More effective pharmacological methods are required that improve compliance, reduce side-effects, and can be used in combination with existing cessation methods. Starting point A nicotine vaccine is a promising immunotherapeutic approach to smoking cessation and relapse prevention. Such a vaccine would induce the immune system to form specific antibodies to nicotine to prevent it from crossing the blood-brain barrier to act on receptor sites in the central nervous system. Recent studies in rats provide proof of principle by showing that nicotine-specific antibodies can prevent the reinstatement of nicotine self-administration (N Lindblom et al, Respiration 2002; 69: 254–60) and block dopamine release in the shell of the nucleus accumbens (Sde Villiers et al, Respiration 2002; 69: 247–53). A phase 1 trial of a human cocaine vaccine has also recently been successfully completed (T Kosten et al, Vaccine 2002; 20: 1196–204). A safe and effective human nicotine vaccine would potentially have fewer side-effects and better compliance than existing smoking-cessation pharmacotherapies. It could also be used in combination with some of them (eg, bupropion). Where next? The most promising clinical application of a human nicotine vaccine is likely to be in relapse prevention in abstinent smokers. A vaccine may also have a role in preparing smokers to quit. Clinical trials of safety and efficacy in human smokers and ex-smokers are warranted. If a nicotine vaccine proves to be safe and effective, the health-care system will need to ensure that it is registered for clinical use and that the poorer members of the community (among whom smoking prevalence is now highest in developed countries) have access to the vaccine. The community will need to be appropriately informed about the role of a nicotine vaccine to ensure that it is not prematurely used for preventive purposes in children and adolescents.
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Case management models evolved as the mental health care system shifted hospital to community settings. The research evidence underscores the efficacy of certain case management models under 'ideal' conditions; what is less clear, is how these models perform in day to day clinical practice. Moreover, the economic perspective adopted by most studies is relatively narrow thus limiting a proper understanding of the costs and benefits of such models. This paper reviews recent work in the field and highlights gaps in both method and application as a focus for future work. Curr Opin Psychiatry 12:195-199, (C) 1999 Lippincott Williams & Wilkins.
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Measurement of Health-Related Quality of Life (HRQoL) of the elderly requires instruments with demonstrated sensitivity, reliability, and validity, particularly with the increasing proportion of older people entering the health care system. This article reports the psychometric properties of the 12-item Assessment of Quality of Life (AQoL) instrument in chronically ill community-dwelling elderly people with an 18-month follow-up. Comparator instruments included the SF-36 and the OARS. Construct validity of the AQoL was strong when examined via factor analysis and convergent and divergent validity against other scales. Receiver Operator Characteristic (ROC) curve analyses and relative efficiency estimates indicated the AQoL is sensitive, responsive, and had the strongest predicative validity for nursing home entry. It was also sensitive to economic prediction over the follow-up. Given these robust psychometric properties and the brevity of the scale, AQoL appears to be a suitable instrument for epidemiologic studies where HRQoL and utility data are required from elderly populations. (C) 2003 Elsevier Science Inc. All rights reserved.
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O presente artigo procura mostrar como a lideran??a dos dirigentes pode melhor conduzir os trabalhadores e como isso pode aprimorar o servi??o p??blico, com destaque para a ??rea da sa??de. Para isso, faz-se uma an??lise bibliogr??fica sobre as transforma????es da gest??o ocorridas no servi??o p??blico e no Brasil, bem como das rela????es de poder e lideran??a, e uma pesquisa qualitativa junto aos trabalhadores em ??reas administrativas do Minist??rio da Sa??de, em Bras??lia. A conclus??o deste trabalho ?? um convite ?? reflex??o sobre a intersec????o desses planos de estudo e o entendimento de que o gestor-l??der pode gerar melhoria no resultado produtivo do grupo e, por conseq????ncia, nos servi??os p??blicos prestados.
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Nos últimos dez a quinze anos temos assistido a um aumento do número de iniciativas com a participação da sociedade civil, no sentido de exercer pressão para a reformulação dos direitos sociais. Estes já não são tão vistos como direitos para aceder aos serviços estruturados e administrados pelo Estado (de acordo com o conceito de cidadania de Marshall), mas como uma reivindicação dos cidadãos para terem um papel ativo na definição das políticas públicas e dos serviços. Este debate tem sido muito intenso entre os cientistas sociais desde a década de 1980 e está bastante presente no sistema de cuidados de saúde. Vários estudos têm salientado a forte tensão entre o tecnicismo da medicina e a organização burocrática do sistema de saúde, por um lado, e o modelo de comunicação quotidiana, por outro lado. De facto, um dos temas centrais das reformas dos cuidados de saúde nos últimos 20 anos centrou-se na valorização da experiência e da perspetiva dos cidadãos. O artigo começa com um breve esboço das novas abordagens sociológicas em torno da relação entre os sistemas sociais e o mundo real – nas dimensões micro e macro; estrutura e ação. Assim, apresenta-se o estado da arte atual sobre a participação nos sistemas de saúde ocidentais, resultante da revisão da literatura, destacando as novas estratégias de envolvimento dos doentes bem como as questões relativas às críticas e às limitações. Para terminar, procede-se a uma reflexão acerca da complexidade da relação entre o sistema de cuidados de saúde e as associações de doentes e utentes.