822 resultados para fronteira
Resumo:
The present work belongs to the Sociolinguistics area, specifically to the Linguistic Politics research line, and it aims to infer from the analyses of official documents the MERCOSUL linguistic politics to its region and to its frontiers answering the question “which linguistic politics motivates the implementation of the Frontier’s Intercultural Bilingual Schools Project?” It is unveiled, then, different linguistic politics that request different teaching strategies, involving or a foreign language teaching (in the large scope of Mercosul) or a second language teaching (in the restricted scope of MERCOSUL’s frontiers). By analyzing the Brazil-Argentina Bilateral Meeting Reports of the Frontier’s Intercultural Bilingual Schools Project (PEIBF) and the sociolinguistic diagnostics done by the teams of the two countries in theirs respective cities, it is shown how the lack of a larger systematization of the differences between the Mercosul linguistic politics can be characterized as a hindrance to the development of PEIBF, once some of the proposals made by the argentine team responsible for the PEIBF seems to go at the meeting of the foreign language teaching and not at the meeting of the second language teaching.
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Resumo: Partimos da ideia de que a semiótica greimasiana ajuda o leitor a entender o universo narrativo, neste artigo pretendemos fazer uma breve análise, visando a depreender o processo de valorização criativa, temática e figurativa na construção de narrativas literárias produzidas em zona fronteiriça por literatas de uma poética aqui nomenclaturada de literatura fronteiriça. Integram nesse estudo algumas propostas literárias que se desenvolvem tanto na fronteira brasileira, como na fronteira boliviana. A análise tem como base a semiótica francesa de Algirdas Julien Greimas. Focalizam-se, portanto as obras da fronteira, América Latina; Brasil-Bolívia, com um olhar sobre o ficcional fronteiriço como instrumento facilitador do entendimento desta literatura de fronteira e suas conexões significativas. Palavras-chave: Semiótica francesa; Literatura de fronteira, Identidade; América Latina.
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This paper aims, from the work Pele de jambo (1996), of the regionalist writer native from Mato Grosso do Sul Rachel Naveira, to analyze the representations of the Brazil-Paraguay border. Then, the aim is to discuss how the sense of belonging is evoked (NOLASCO, 2011) in the work. Because it is for the infant and young public, Pele de jambo, beyond the question of the representation of the border, gets more singularity because of the urgency in building, early, feelings of appreciation of the locus in which the subjects are inserted. The regional brands present in Naveira’s work (1996) are extremely important for spreading the culture of this specific locus. In this sense, objective of this work is to analyze how some elements are represented that are being transformed into a border situation, such as history, language, cuisine, and the subjects.
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Faced with the perceived paradox between the scenario as sociolinguistically complex boundary and the pedagogical and educational policies that prioritize linguistic and cultural homogeneity, the objective of this article is to focus on the ambivalence of the concepts of language, culture, bilingualism and identity as concepts that guide different views toward writing hybrid "brasiguaio" students. The student, often taking as their mother tongue the Portuguese – as part of their family also uses the language of inheritance, for example, German and/or Italian - whose schooling in Paraguay focused on Spanish and Guarani languages, presents a hybrid language often stigmatized at Brazilian school, which usually leads low-esteem and school failure. The concepts presented open space to deviate attention from the idealized conception of the subject bilingual and consider that due to the characteristic muldimensional of bilingualism, the subject presents bilingual discourse practices in a constant process of mutation, and therefore also their cultural identities, which can facilitate identification with school success and distance to consider from prejudice.
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RESUMO: A educação de surdos hoje no Brasil vive um período de transição, de conflitos e contradições: por um lado o discurso da diferença cada vez mais presente na fala de educadores e em parte da legislação educacional em vigor; por outro lado a “diferença” surda continua sendo representada nas práticas escolares em geral sob a ótica da normalização que insiste em invisibilizar as especificidades linguísticas e culturais dessa minoria, apesar dos avanços alcançados pelo decreto 5626. Com esse cenário em mente objetivamos refletir sobre as pressões normativas guiadas por ideologias monolíngues (BLACKLEDGE, 2000) que tentam formatar um suposto uso ideal de português e de Libras. O capítulo está dividido em três partes: primeiro, apresentamos algumas considerações no âmbito da legislação acerca do estatuto de Libras no Brasil. Em seguida, tematizamos o processo de (in)visibilização das línguas de sinais com vistas a mostrar que a (re)construção do conceito de língua como algo fixo, também, em relação às línguas de sinais, pode ser usado para sedimentar desigualdades em relação ao surdo na escola. Por fim, refletimos, a partir de alguns dados de pesquisa, sobre as tensões existentes entre as línguas nos contextos bi-multilíngues que caracterizam a escolarização de surdos e as ideologias linguísticas que geram efeitos de hierarquização sobre os usos de Libras e de Português.
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Em suas manifestações iniciais, a literatura na América Latina desempenhou um papel determinante no processo colonizador, funcionando muitas vezes como expressão dos padrões culturais do colonizador. Conforme desenvolveu-se, entretanto, a produção literária latino-americana possibilitou uma resistência às tendências colonizadoras, promovendo o resgate e revalorização de elementos característicos das tradições culturais nativas do continente americano. Esse papel de resistência foi amplamente estudado pelo crítico uruguaio Ángel Rama, sobretudo em seus escritos sobre a transculturação narrativa, conceito formulado a partir das contribuições do antropólogo cubano Fernando Ortiz. Rama mostrou-se particularmente interessado pelo modo como alguns escritores latino-americanos rearticularam no âmbito ficcional os aspectos próprios das tradições populares das regiões rurais da América Latina, criando a partir da fala dos habitantes do interior uma linguagem literária mais apropriada para expressar a visão de mundo engendrada por esses elementos culturais. Um dos autores estudados por Rama é Guimarães Rosa. De fato, os pontos centrais da proposta poética do escritor mineiro vão ao encontro do conceito de transculturação desenvolvido pelo crítico uruguaio. Nesse sentido, a proposta deste artigo é analisar o conto “Meu tio o iauaretê” (1961) para explicitar os procedimentos de transculturação narrativa empregados por Guimarães Rosa. O objetivo é explorar a partir da obra rosiana o papel de resistência cultural desempenhado pela literatura latino-americana, mostrando como o conto contribui para uma reafirmação e valorização de elementos próprios da cultura indígena frente a problemática da colonização.
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O presente trabalho analisa a figura do “excluído” no conto Famigerado pertencente à obra Primeiras Estórias de João Guimarães Rosa (1908-1967), e a partir da Teoria Crítica da Sociedade de Herbert Marcuse (1898-1979). Com base em uma revisão bibliográfica, observa-se que na filosofia de Herbert Marcuse os excluídos despontam como sujeitos capazes de mudar a realidade que estão inseridos. No conto Famigerado verifica-se que Damázio é um notório excluído da sociedade brasileira, excluído economicamente, excluído das cidades e um não-escolarizado que não tem acesso ao conhecimento produzido em linguagem oficial. Mas Guimarães Rosa não o retrata como um incapaz, mas sim um homem que tem o poder das armas, que luta para sobreviver e ter uma vida que considera digna. Marcuse define a literatura como uma das dimensões estéticas que estabelecem negação a realidade hodierna e pode falar a linguagem e experiência dos oprimidos e excluídos.
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As narrativas e as histórias sobre as experiências dos professores em formação, antes e durante seu trabalho profissional, são comumente utilizadas para entender as identidades dos professores de línguas, por elas estar influenciadas pelas experiências gravadas nas memórias. Porém, o conceito de pós-memória emergiu recentemente e parece não ter sido ainda utilizado na educação dos professores de línguas. Neste artigo, se comentam as possibilidades de utilizar o conceito de pós-memória na educação de professores de línguas, através das narrativas sobre as suas experiências. O propósito é estudar com mais profundidade as influências de eventos históricos traumáticos, como O Regime Militar no Brasil, sobre as identidades dos professores de inglês no Brasil, antes e durante seu trabalho profissional, através das narrativas e histórias sobre as suas experiências. O principal objetivo é analisar as relações e inter-relações entre memória, pós-memória e experiências e as identidades dos professores de inglês, especialmente com relação às experiências influenciadas pelo período militar no Brasil.
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Este trabalho discute os efeitos dos novos direcionamentos da Política Linguística Educativa no Brasil, especialmente sobre o ensino de línguas estrangeiras no estado do Amapá, fronteira com a Guiana Francesa. Propõe-se nesse artigo uma avaliação da política linguística brasileira para o ensino de línguas estrangeiras (LE) a partir das leis que constituem e/ou constituíram o ordenamento jurídico para o ensino de LE nas últimas três décadas, a saber, a LDB 9394/96, a Lei 11.161/2005 e a Lei 13415/2017. Fundamentado em pesquisas de campo, de natureza qualitativa e descritiva (XXX, 2005, 2013 e 2016), o artigo inscreve sua discussão no campo das Políticas Linguísticas (GRIN, 2005; CALVET, 1996; BEACCO, 2004) e aponta os impactos das mudanças promovidas no ensino de LE no Brasil sobre a região fronteiriça e o surgimento de um movimento de resistência promovido pela sociedade civil em favor da manutenção do ensino da língua francesa na região da fronteira franco-brasileira.Palavras-chaves: Ensino de línguas, francês, Política Linguística.
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O presente ensaio nasce com o objetivo de travar uma discussão entre o surgimento da literatura infantil em terras brasileiras e persistência da censura no que tange o referido sistema literário, posto que infelizmente, ainda hoje, para muitos, a literatura infantil e a juvenil deve ter a função de ensinar de acordo com a “moral” de alguns grupos sociais. Ademais, nos interessa trazer a leitura de três obras literárias que possuem como elo a queima a livros em diferentes contextos históricos e sociais, sendo elas: O mágico de verdade(2008) de Gustavo Bernardo, Beto, o analfabeto(2008), de Drummond Amorin e Assassinato na Biblioteca(2009) de Helena Gomes, argumentamos que as queimas de livros ficcionais dialogam veementemente com a dificuldade de acesso a obras literárias em escolas públicas brasileiras e o descaso de governantes a fim de alimentarem políticas de Estados que assegurem que os alunos cadastrados em escolas públicas brasileiras tenham acesso a obra de qualidade estética. Para tanto, nos apoiaremos em trabalhos pioneiros acerca da história do livro, tais como Uma história da leitura (1997), Alberto Manguel e História da Leitura (2006), Steven R. Fischer, a fim de validarmos que queimar livros sempre foi uma prática dos detentores do poder.
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A literatura infanto-juvenil surgiu com a criação da ideia de infância. Hoje, ela se apresenta a partir de adaptações de obras literárias em livros interativos fazendo-se valer de ferramentas e suportes tecnológicos atuais. Neste artigo, propomos uma retomada à história da literatura infanto-juvenil – a partir de autores como Zilberman (1985;1987) e Ariés (1985) – e uma análise de seu diálogo contemporâneo com as novas mídias digitais – a partir de autores como Bolter & Grusin (2000). Para tanto, discorreremos desde a criação da infância até a criação do livro interativo, perpassando a questão da literatura como mídia e seu dialogo intermidiático com novas tecnologias.
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O objetivo principal deste artigo é verificar a possibilidade de haver ou não traços da arbitrariedade que levem, mesmo que remotamente, à iconicidade na língua brasileira de sinais, haja vista que iconicidade e arbitrariedade são dicotomias que atravessam, até hoje, discussões entre os linguistas. Nesse estudo, elas não são tomadas como fenômenos isolados e estanques, pois se definem uma em relação à outra. Para realizar este trabalho optou-se pela pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, cuja proposta foi realizar uma investigação à luz da teoria semiótica greimasiana. Antes, porém se fez necessário discutir acerca da linguística de modo geral, focando na linguística da língua brasileira de sinais, uma língua de modalidade visuo-espacial. O corpus da pesquisa constituiu-se a partir da seleção de sinais pertencentes à categoria verbo não direcional. Esta categoria foi selecionada devido aos verbos pertinentes a ela serem isentos de marcas de concordância; verbos sem concordância não deixam a iconicidade transparente. Neste recorte, apresentam-se algumas reflexões acerca das análises fundamentadas no modelo do quadrado semiótico greimasiano, de sentido iconicidade => não-iconicidade => arbitrariedade e arbitrariedade => não-arbitrariedade => iconicidade. Estes percursos nortearam a investigação. As análises reafirmam a dicotomia existente entre a arbitrariedade e a iconicidade. Os resultados acerca da arbitrariedade possui algum aspecto que remeta à iconicidade evidenciaram que os sinais analisados têm os parâmetros ponto de articulação (PA) e expressões não manuais (ENMs), confirmando, assim, que os verbos não direcionais se correlacionam com a iconicidade.