1000 resultados para palavra-princípio
Resumo:
As cooperativas, enquanto entidades pertencentes ao setor da economia social, são organizações com características próprias e distintas das sociedades comerciais, destacando-se o seu escopo mutualístico e o caráter variável do seu capital social, por confronto com o escopo lucrativo e o princípio da conservação do capital social que caraterizam as sociedades. Estas especificidades das cooperativas condicionam a obtenção de meios de financiamento por parte destas. Em virtude do seu caráter variável, o capital social não representa uma garantia para os credores, pelo que serão as reservas, designadamente as reservas obrigatórias, que se apresentarão como o recurso financeiro de melhor qualidade na cooperativa. Nas cooperativas são identificáveis outros instrumentos financeiros, tais como: títulos de investimento e obrigações, os resultados provenientes das operações com terceiros, que são obrigatoriamente afetados a reservas irrepartíveis, os excedentes, os membros investidores, subsídios e benefícios fiscais. Para além da identificação das principais fontes de financiamento, foi ainda objeto de estudo repensar os instrumentos existentes e, eventualmente, a criação de novos instrumentos de financiamento nas cooperativas. Em termos metodológicos, a opção recaiu na conjugação de dois métodos: quantitativo e qualitativo. A técnica da investigação quantitativa selecionada para a recolha de dados, foi a base de dados, e para a investigação qualitativa as técnicas escolhidas foram a análise de conteúdo, a entrevista e o registo áudio. Os resultados da investigação confirmam a indispensabilidade de criação de novos instrumentos de financiamento para as cooperativas. Constatou-se a necessidade de modelos de financiamento que se adaptem à finalidade mutualista da cooperativa. Demonstrou-se que a principal fonte de financiamento são os recursos internos, sob forma de reservas.
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Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil – Ramo de Estruturas e Geotecnia
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«O mito, porque é imitação de acções, deve imitar as que sejam unas e completas, e todos os acontecimentos se devem suceder em conexão tal que, uma vez suprimido ou deslocado um deles, também se confunda ou mude a ordem do todo». O trecho bem podia ter sido assinado por Saussure, mas é de Aristóteles (Poét. 1451 a). A estrutura sistêmica compreende um conjunto de ingredientes, formais e conteudísticos, ou tout se tient. As tramas sistasicamente bem compostas, sujeitas a uma verosímil e necessária mise en intrigue, enquadram-se num todo, numa estrutura mereolôgica compacta e ordenada que tem princípio, meio e fim, e não devem começar nem terminar ao acaso. Os termos desis (complicação), metábasis (mudança de fortuna), anagnorisis (reconhecimento, e lusis (desenlace) são os operadores mereolôgicos que se encarregam de gerir a estrutura dinâmica seqüencial. «The impressions that succed one another, as the pages of the book are tumed, are to be built into a structure» (Lubbock 1972: 19). A verosimilhança e a necessidade, verdadeiros imperativos estruturais, hão-de impor a ordem. Embora hoje saibamos perfeitamente que, de acordo com a segunda lei da termodinâmica, num sistema fechado e isolado, a desordem, a entropia, deve aumentar, ou pelo menos não diminuir, à medida que o tempo passa.
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Há um combate surdo entre os estudos literários, que estudam o objecto literário, e os autores de objectos de estudo literários propriamente ditos. Esse combate surdo (essa surdez combativa) perdura mesmo quando há coincidência parcial entre ambas as partes, por exemplo, quando poeta e ensaísta coincidem numa mesma pessoa. Esse combate participa, como todos os conflitos, de um equívoco: a) os estudiosos convencem-se amiúde que o seu objectivo, ao estudar os textos, é desmistificar; b) os autores julgam que se protegem melhor (das unhas da crítica e das esfoladelas do tempo) mistificando. 2 Dos estudos científicos espera-se rigor. Em princípio, um trabalho científico (ou imbuído de caracter científico, como acontece nos estudos literários) fomece aos seus leitores "a lenha com que se há-de queimar", os elementos suficientes para o leitor ou o estudioso poderem pôr em causa o que é dito. É um dos traços distintivos da ciência e, sendo traço distintivo, não é partilhado por... bem, nomeadamente pela arte. Uma verdade como punhos tem de ser dita, por mais dolorosa que seja. Mas podemos suavizá-la, não? Sejamos, então, caridosamente eufemísticos: a honestidade não é propriamente o melhor talento de um escritor.
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Como se terá já depreendido do título da nossa comunicação, o tema destes encontros foi por nós tomado literalmente, no sentido em que se centra na esfrutura morfológica da(s) palavra(s), ou seja, toma a forma lingüística como pretexto para uma apresentação que incidirá sobre aspectos relativos ao processo derivacional de sufixação. De um modo geral, tem sido desigual o espaço reservado à morfologia derivacional nos estudos de lingüística teórica, e foi sobretudo a partir de Chomsky (1970), com a chamada Hipótese Lexicalista, que se assistiu a um renovar do interesse pelo estudo da formação de palavras (Aronoff 1976, Scalise [1983] 1986^, etc, para mencionar apenas alguns dos nomes mais conhecidos na área), de algum modo contrariando a idéia de que os processos derivacionais teriam um caracter menos sistemático que os processos relativos à flexão e por isso se prestariam menos à formulação de generalizações que permitiriam o desejado enquadramento em hipóteses teóricas explicativas.
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Sugerido para estes encontros interdisciplinares, o tema da Festa reenvia-nos para sentimentos de alegria e plenitude, para algo que traz ao quofidiano a abolição do tempo, uma centelha de renovação e etemidade, que podemos denominar de euforia. De acordo com a etimologia, a palavra foria deriva do grego (popeív e significa trazer, levar, carregar, ao passo que o prefixo eu, (et)) da mesma origem, quer dizer bem. Se juntarmos à mesma palavra, foria, o prefixo Ôya, também de origem grega, obteremos, o confrário de euforia, isto é, disforia que significa carregar mal-estar, dificuldade, desgraça. O romance de Michel Tournier, Le Roi des aulnes,^ que, segundo o autor, esteve para ser intitulado La phorie,^ organiza-se em tomo de núcleos temáticos relacionados com o sentido da palavra ^r/úf. No romance, a euforia é definida pela personagem principal como uma festa, «porter avec bonheur», mas a leitura mostra que euforia (eu-foria) e disforia (dis-foria) são dois estados reversíveis, podendo existir em simultâneo, e que a face de um pode ocultar a do outro.
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O festival de ãkitu, que corresponde a zagmuk, «princípio do ano» em sumérioi, consiste num ritual de Ano Novo, tendo lugar no mês de nisannu. Março-Abril. A etimologia exacta de ãkitu não é conhecida. As mais antigas referências literárias reportam-se a meados do III milênio a.C. Podia ter lugar na Primavera e no Outono, correspondentes aos equinócios. Eram dois momentos importantes no calendário agrícola: nisannu correspondia à última irrigação e as colheitas começavam; o mês de tashritu, que correspondia a Setembro-Outubro, era o tempo em que se aravam os campos e em que se semeava. Em Ur e em Uruk, o festival era celebrado duas vezes, em nisannu e em tashritu. Os primeiros ecos da celebração deste festival têm a sua origem em Ur, principal centro religioso de Nanna / Sin, deus ligado à passagem do tempo e à fertilidade dos campos. Na Babilônia, o Ano Novo era celebrado no início da Primavera, no mês de nisannu (Março / Abril), na primeira lua nova.
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Ainda no ano passado, os viajantes que percorriam de automóvel ou autocarro, a estrada que, partindo da ponta da península de Tróia atravessa a Herdade da Comporta, viam, a partir de certa altura, diversos sinais anunciando um Museu do Arroz. Quem lá se dirigisse (e terão sido muitos, ao longo dos últimos anos) encontrava, não uma instituição museológica mas um afamado e caro restaurante especializado em pratos de arroz, peixe e marisco. Não se trata do único caso em que a palavra Museu aparece ligada a uma unidade de restauração ou similar. Veja-se, só em Portugal, como caso positivo, o exemplo de Silves, em que, na chamada Fábrica do Inglês, existe, no quadro de um gigantesco espaço de restaurante, cervejaria e auditório para espectáculos, absolutamente dominante, um sector efectivamente musealizado com rigor, tanto que até recebeu um Prêmio Europeu (Micheletti) para Museus de Arqueologia Industrial, embora no conceito do museu e, em particular, no seu espaço expositivo, se privilegie a evolução tecnológica do fabrico da cortiça e não tanto as memórias dos protagonistas. Em contraste, o abusivamente chamado Museu do Pão, em Seia, não passa de uma avantajada padaria/mercearia de qualidade, complementada com um igualmente enorme restaurante, conjunto que ocupa mais de dois terços de todo o complexo, em detrimento do que deveria ser a espacialização de funções verdadeiramente museológicas.
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Introdução: A síndrome do conflito subacromial representa uma das causas mais comuns de dor no ombro. Neste tipo de conflito existe comprometimento do espaço subacromial, na maioria das vezes provocada pela compressão mecânica da coifa dos rotadores, especialmente da inserção do tendão do músculo supra-espinhoso, contra a superfície antero-inferior do acrómio. A etiologia desta condição tem sido debatida ao longo dos anos e muitos autores defendem que a sua causa é multi-fatorial. Estudos associam a terapia manual e os exercícios terapêuticos como forma de melhorar a eficiência do tratamento e o tempo de recuperação. Objectivo(s): descrever a intervenção da fisioterapia manual num paciente com diagnóstico de conflito subacromial. Métodos: estudo de caso de um paciente que desenvolveu um quadro doloroso no ombro direito no início de Janeiro de 2015 e em que a intervenção de fisioterapia teve início no princípio de Março de 2015. Foi utilizado como instrumentos de avaliação a escala numérica de dor, a escala DASH e a goniometria. Foi aplicado uma variedade de técnicas musculares, articulares e exercícios terapêuticos. O tratamento foi realizado em dias alternados e teve a duração total de nove sessões. Resultados: no final da primeira sessão o paciente referiu melhoria na dor e movimentos ativos. A regressão dos sintomas foi relativamente rápida até à completa remissão no fim da nona sessão. Conclusão: o processo de raciocínio clínico desenvolvido pelo fisioterapeuta durante de tratamento foi salientado. Após a recolha dos dados relativos à história e sua interpretação levantaram-se hipóteses o qual poderia estar na origem numa queixa do ombro com estas características. No exame objetivo foram realizados testes para permitir a obtenção do diagnóstico diferencial – conflito subacromial; elaborou-se então um plano de intervenção em colaboração com o paciente, nomeadamente com técnicas de terapia manual, que se mostrou eficaz, com excelentes resultados.
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A Educação não deixa de suscitar perplexidade aos decisores políticos e à Comunidade Educativa (professores, pais, alunos...) sobretudo nas duas úhimas décadas, por três razões principais: A primeira advém da própria circunstância histórica que nos revela a ausência de horizonte temporal (incerteza e imprevisibilidade) na pós- -modemidade que pode estar na origem da crise de sentido e de uma profunda mudança na sociedade. A segunda radica no próprio estatuto do trabalho - como Princípio Organizador e Estruturante da Sociedade Industrializada - que vem sendo o centro do debate político, social e econômico e educativo visto que a sociedade sofre profundas transformações, emergindo na precaridade do trabalho e no desemprego. A terceira assenta nas críticas imputadas à Educação, críticas essas centradas no desajustamento entre as competências requeridas pela sociedade do conhecimento e os saberes da Escola. Deste modo, a relação entre Educação e Trabalho, por um lado está marcada pelo imperativo da mudança que implica inovação/criatividade, flexibilidade e competências; e, por outro lado, releva da necessidade de elevar o nível de formação para melhor inserção do indivíduo no mundo do trabalho.
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O conceito de "experiência musical" inclui uma diversidade de factos cognitivos que decorrem de tipos diversos de participação musical. A audição através dos media, a performação, e a colaboração enquanto audiência encontram-se entre os mais comuns. A etnografia da performação musical (McLeod and Hemdon, 1980), uma abordagem metodológica da Etnomusicologia que alarga o conceito de participação aos mais diversos níveis da performação, tomou evidente a necessidade de reconhecer a importância dos diversos tipos de participantes num acontecimento musical. A idéia de experiência musical transcultural emerge como uma das realidades sônicas mais comuns dos dias de hoje. Com efeito, a disponibilidade de oportunidades para tal experiência conheceu, ao longo de pouco mais de um século, um desenvolvimento exponencial proporcionado pelo progresso tecnológico e pela progressiva afirmação dos media enquanto verdadeiros motores das transformações sociais em todo o mundo. A experiência musical transcultural ocorre sempre que a um indivíduo é proporcionada a oportunidade de, pelo menos, escutar música proveniente de um grupo humano culturalmente diferente. Com o uso da palavra "transcultural" em vez de "intercultural" ou "muhicultural", pretendo aqui deixar claro que a experiência musical, ainda que simplesmente auditiva e não performativa, requer o envolvimento da própria experiência musical do ouvinte, ou da sua "cultura musical", se preferirem.
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As representações espaciais são o cerne da Geografia desde que se deram os primeiros passos para a elaboração da cartografia. Os mapas, elaborados primeiro para se aperceber os contornos do mundo e, depois, para representar situações regionais ou locais, constituíram sempre um instrumento e uma técnica da geografia aplicada em diferentes contextos es paciais, tendo em vista as formas de ocupação e os limites do território, a organização da cidade ou os modos de implantação no espaço de pequenas comunidades humanas. Conhecida e representada a distribuição, associação e conexão do s factos físicos e humanos à superfície da Terra, o estudo da Geografia orientou-se para a sistematização dos conhecimentos sendo a observação no terreno o princípio metodológico primordial. Houve oscilações sucessivas quanto à escala de análise prioritária -geral , regional ou local? - e quanto à predominância dos princípios metodológicos - relevância dos estudos empíricos ou dos sistemas e teorias?
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Literatura - o que é? Podemos dizer que é o conjunto dos textos literários. Mas isto é pouco, embora seja sensato ficar por aqui. Literatura é o conjunto dos textos literários que houve, que há e por haver. A riqueza da literatura, a riqueza da noção de literatura reside antes de mais nesse estado de permanente possibilidade. de permanente inquietação, no facto de não se redu zir a um património convenientemente arquivado. Aliás, o próprio património está em permanente mutação, textos saindo e entrando ao sabor dos tempos e dos gostos, ora expulsos porque caídos em desgraça, ora sendo recuperados, reabilitados. A literatura consiste em textos em que a palavra é o cerne mesmo do trabalho, em que a matéria prima para a construção de um objecto estético é a própria língua que o artista partilha com os seus primeiros interlocutores. Por banda desenhada, ou BD, podemos entender o conjunto dos textos narrativos que interligam, de modo dinâmico, palavras e imagens desenhadas. Os textos de banda desenhada também são conhecidos como "histórias aos quadradinhos" por o quadrado ser, tradicionalmente, a unidade sintáctica mínima em que se decompõe uma página.
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A crescente incorporação das evoluções tecnológicas nos equipamentos médicos modernos, além de os tornar mais compactos e precisos, proporciona igualmente ganhos de outros benefícios importantes, especialmente ao nível da eficiência das terapias prescritas aos pacientes. Os sofisticados ventiladores pulmonares de cuidados intensivos do presente espelham perfeitamente esta realidade e por isso necessitam de procedimentos técnicos de verificação metrológica – calibrações, também eles mais exatos e rastreáveis, de modo a fornecerem informações corretas sobre se o estado de funcionamento de um determinado ventilador cumpre ou não as tolerâncias declaradas pelo seu fabricante. Através da presente dissertação pretendeu-se desenvolver um procedimento técnico de calibração dos ventiladores de cuidados intensivos tendo-se estudado, para esta finalidade, os equipamentos de calibração específicos disponíveis no mercado, a normalização e o enquadramento regulamentar do controlo metrológico aplicáveis, bem como o princípio de funcionamento do ventilador pulmonar e a evolução da ventilação mecânica ocorrida. No domínio da abordagem efetuada sobre o âmbito da metrologia, implementou-se a determinação das incertezas dos resultados das calibrações efetuadas pelo procedimento técnico desenvolvido, de acordo com a metodologia constante do GUM1. Considerando ainda os défices significativos de conhecimento da metrologia e da prática do controlo metrológico no setor da saúde, a par dos riscos inerentes para os próprios pacientes, procura-se contribuir com este trabalho, de uma forma transversal e ampla, para uma maior consciencialização, quer dos profissionais de saúde, quer dos gestores envolvidos, para a relevância da realização das calibrações periódicas dos complexos equipamentos de suporte de vida que são os ventiladores pulmonares de cuidados intensivos.
Resumo:
Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, perfil Gestão e Sistemas Ambientais