999 resultados para Wilde, Oscar, 1854-1900 Crítica e interpretação Teses
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A sexualidade de Lea e Raquel, o tero, as mandrgoras e o corpo de Jac so fatores que definem o alicerce do nosso texto como espaos de dilogo, mediao e estrutura do cenrio. O destaque principal est sob o captulo 30.14-16 que retrata a memria das mandrgoras. Como plantas msticas elas dominam o campo religioso e como plantas medicinais elas so utilizadas para solucionar problemas biolgicos. As instituies e sociedades detentoras de uma ideologia e de leis que regulamentam uma existncia apresentam na narrativa, duas irms, mas tambm esposas de um mesmo homem que, manipuladas por essa instituio que minimiza e oprime a mulher, principalmente a estril, confina-as como simples objeto de sexualidade e mantenedoras da descendncia por meio da maternidade. A memria das mandrgoras sinal de que a prtica existente circundava uma religio no monotesta. Ela existia sociologicamente por meio de sincretismos, fora e poderes scio-culturais e religiosos. Era constituda das memrias de mulheres que manipulavam e dominavam o poder sagrado para controle de suas necessidades. O discurso dessas mulheres, em nossa unidade, prova que o discurso dessa narrativa no se encontra somente no plano individual, mas tambm se estende a nvel comunitrio, espao que as define e lhes concede importncia por meio do casamento e ddivas da maternidade como continuidade da descendncia. So mulheres que dominaram um espao na histria com suas lutas e vitrias, com atos de amor e de sofrimento, de crenas e poderes numa experincia religiosa dominada pelo masculino que vai alm do nosso conhecimento atual. As lutas firmadas na f e na ideologia dessas mulheres definiram e acentuaram seu papel de protagonistas nas narrativas 9 bblicas que estudamos no Gnesis. A conservao dessas narrativas, e do espao teolgico da poca, definiu espaos, vidas, geraes e tribos que determinaram as geraes prometidas e fecharam um ciclo: o da promessa de Iahweh quanto descendncia desde Abrao. Os mitos e as crenas foram extintos para dar espao a uma f monotesta, mas a experincia religiosa
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Inclui notas explicativas, bibliogrficas e bibliografia
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A Reforma Psiquitrica, atual poltica de sade mental, redireciona os recursos da assistncia psiquitrica para o modelo de base comunitria, substituindo o modelo asilar. A abordagem proposta pela Reforma Psiquitrica procura conjugar o esforo terico e prtico para a construo da Rede de Ateno Psicossocial. O presente trabalho objetivou desvelar concepes e prticas de trabalhadores da sade mental, construdas na prxis de suas trajetrias profissionais e contextos de vida, em relao incorporao do modelo de ateno psicossocial ou manuteno de princpios asilares, caracterizadores da tradicional prtica profissional em sade mental. Objetivou tambm identificar pontos de tenso, que caracterizam interesses de diferentes naturezas, como obstculos e desafios implementao da Reforma Psiquitrica. A pesquisa, de natureza qualitativa, contou com 10 entrevistas de profissionais atuando na rea, baseada na tcnica de depoimento oral e em roteiro do tipo temtico, sendo 3 enfermeiros, 3 psiclogos, 3 psiquiatras e 1 terapeuta ocupacional. Os relatos dos profissionais foram organizados em categorias gerais e especficas tendo em vista a interpretação das narrativas luz da literatura especializada. Atravs dos discursos dos profissionais do campo da sade mental possvel observar que um tensionamento ideolgico marca fortemente o espao da sade. Alguns profissionais relataram a busca por construir prticas em equipe interdisciplinar, pautadas pelo modelo psicossocial; porm, referem resistncia de outros profissionais da equipe. Praticamente todos os profissionais apresentam discursos de humanizao no campo da sade mental, mas alguns no enunciam vises críticas aos modelos asilares. Alguns trabalhadores revelam a crena na possibilidade de coexistncia integrada entre o Modo Asilar e Modo Psicossocial. Para estes trabalhadores de CAPS, desejvel a permanncia dos hospitais psiquitricos e possvel a humanizao dos mesmos. Essa questo indica, ao que parece, que as prticas em sade mental ainda operam sobre premissas epistemolgicas diferenciando sujeitos que podem ou no circular no meio social. A existncia dos hospitais psiquitricos, considerados como instituies totais, problematizada e questionada pela Luta Antimanicomial, indica a permanncia da lgica asilar que respalda a continuidade dos hospitais, exclusivamente psiquitricos, entre os servios de atendimento, com o apoio de parte dos profissionais da rede de sade mental. Concordantes com a possibilidade de coexistncia do modelo asilar e modelo psicossocial, estes profissionais permitem-nos demonstrar que mesmo uma viso clnica pretensamente humanizadora, que defenda em seu discurso um tratamento digno, pode operar no modelo terico-metodolgico positivista e no est necessariamente vinculada a uma postura poltica de sujeitos de direitos e de cidadania. Os profissionais que apresentaram em suas narrativas a no concordncia com a permanncia dos hospitais psiquitricos, defendem que as transformaes sejam clnicas e polticas nos saberes e nas prticas em Sade Mental. Estes trabalhadores j fizeram ou fazem parte de movimentos sociais, apontados como lugares de reflexo crítica sobre ideias institudas contribuindo, ao que parece, para o processo de desnaturalizao de concepes construdas culturalmente e orientadoras de prticas profissionais. Diante de tais constataes podemos indagar e refletir se a desinstitucionalizao, concreta e simblica, encontra-se no horizonte de uma poltica pblica de ateno em Sade Mental que realmente tenha como projeto a sua real implementao e se a permanncia dos hospitais psiquitricos e das comunidades teraputicas estaria descaracterizando as propostas iniciais da construo da Ateno Psicossocial, considerando os interesses privados e a manuteno da lgica asilar, contrrios aos princpios do SUS.
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O recente desenvolvimento de uma teoria crítica dos sistemas, de Gunther Teubner a Andreas Fischer-Lescano, abriu novos horizontes tericos para aqueles que se prope a estudar a sociedade e o sistema jurdico. A construo de uma teoria crítica sob condies sistmicas possibilitou o uso conjunto de temas e conceitos tericos provenientes da teoria crítica da primeira gerao da Escola de Frankfurt (crítica imanente, antagonismos sociais, reificao, dialtica do esclarecimento) e da teoria dos sistemas (paradoxo, sistema, sociedade mundial). Partindo disso, o sistema jurdico foi analisado nas dimenses da justia (como frmula contingente e transcendente) e de sua crítica imanente como atitude transcendente, especialmente em face de sua tendncia em se autorreproduzir como ordem social reificada que gera injustia pelos excessos de justia. Para alcanar essas concluses, este trabalho se props a analisar o cenrio da sociedade moderna no qual nasce a teoria crítica dos sistemas (Parte 1), lanando bases para os aspectos estruturais e semnticos sobre os quais ela se apoia. Seguidamente, foram estabelecidos os pressupostos tericos bsicos da teoria crítica da Escola de Frankfurt e da teoria dos sistemas de Luhmann (Parte 2) com o fim especfico de colher os elementos essenciais construo de uma teoria crítica dos sistemas voltada para o estudo do sistema jurdico. Logrado esse ponto, focou-se a anlise do sistema jurdico e de sua evoluo at alcanar sua atual condio na forma de um direito global na sociedade fragmentada (Parte 3). A partir disso a justia autossubversiva e a crítica imanente do direito foram abordadas em seus aspectos essenciais e possibilitadores de uma autotranscendncia sistmica, capaz de tornar o direito mais responsivo com relao ao seu ambiente, limitando a irracionalidade racional inerente a uma ordem social reificada. A presente dissertao prope dar mais um passo no sentido do desenvolvimento de uma teoria crítica dos sistemas aplicada ao direito, diagnosticando os dilemas contemporneos e ao mesmo tempo, apontando os desafios existentes numa sociedade mundial paradoxalmente marcada pela possibilidade de hipertrofia sistmica das ordens sociais reificadas e pelos processos de constitucionalizao que buscam limitar essas ordens.
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O trabalho tem como tema central anlise da dimenso das responsabilidades nos grupos econmicos, bem como a sua interpretação perante os tribunais do trabalho. Busca-se compreender a extenso das obrigaes impostas aos grupos e as pessoas que o compem e acima de tudo, como os tribunais tem decido as questes praticas acerca do tema. As questes que envolvem os Grupos Econmicos tm sido tratadas de diversas formas e sob vrios aspectos em nosso ordenamento jurdico. Cada ramo de nosso direito ptrio aborda a questo de acordo com a sua realidade prtica, porm, nos casos concretos, a soluo dos conflitos muitas vezes prescindem de uma anlise mais abrangente. Quando o tema vem tona, quase sempre repercute em mais de uma esfera, porm, comum ignorar a essncia do instituto e a natureza da questo para buscar a soluo apenas sob o ponto de vista do direito que se aborda. Exemplo prtico dessa situao buscar apenas no Direito do Trabalho a soluo de um conflito envolvendo o tema Grupo Econmico e a dimenso de suas responsabilidades e das pessoas que o compem, tudo isso apenas para buscar a satisfao do crdito do trabalhador, como se o Direito do Trabalho servisse apenas para o exerccio do pleno de direito de apenas de um dos agentes do pacto social. Embora ainda persista a aplicao estanque do conceito previsto no artigo 2, 2 da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, os tribunais trabalhistas, principalmente com o advento da Emenda Constitucional 45, vem adotando conceitos outrora utilizados somente em outros ramos do direito. A utilizao do instituto da desconsiderao da personalidade jurdica (disregard of legal entity) e a aplicao dos conceitos relativos responsabilidade subjetiva, prevista no artigo 186 do Cdigo Civil e responsabilidade objetiva, inserida no artigo 927, pargrafo nico, tambm do Cdigo Civil, tem servido de importante subsdio aos tribunais trabalhistas para a soluo de conflitos ali instaurados. Por outro lado, esses mesmos mecanismos que ajudam na difcil tarefa de entrega de uma prestao jurisdicional e tutela do Estado mais efetivas, tambm servem, muitas vezes, para justificar a condenao indiscriminada de empresas e pessoas em outros casos. O que se v, portanto, que os tribunais trabalhista, prescindem da atualizao da legislao trabalhista de modo a coibir que a utilizao correta de determinados institutos justifique a equivocada aplicao dos mesmos.
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Nosso estudo busca identificar a conexo material entre o capitalismo e os direitos humanos de solidariedade. Esses direitos, segundo a teoria jurdica e as declaraes internacionais, ao contemplarem toda a humanidade, ao conceberem o gnero humano como sujeito de direito, so a mais elevada expresso do progresso da conscincia humana no que concerne a dignidade do homem e as ameaas contra a vida coletiva na Terra. Ns propomos, ao contrrio, que os direitos humanos de terceira gerao exprimem as formas mais abstratas do capitalismo depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente aquelas que correspondem finana e mundializao do capital. A sociedade burguesa internacionalizada tornou-se ela mesma, em suas categorias fundamentais, mais abstrata, e as categorias jurdicas seguiram este mesmo movimento. E de modo similar ao que sucede com os direitos humanos de primeira gerao e de segunda gerao, as palavras charmosas apresentadas pelo humanismo jurdico portam, discretamente, a explorao capitalista. Os direitos ao patrimnio comum da humanidade, ao meio ambiente sadio, ao desenvolvimento e mesmo o direito paz, cada um deles reproduz os meios de apropriao e organizao capitalista do imperialismo os mesmos meios que do suporte aos lucros privados sobre os bens coletivos, que mantm a dominao imperialista e que preparam as guerras no interior do sistema de Estados. O idealismo e a viso romntica sobre os direitos humanos escondem esta contradio, e preciso exp-la, preciso superar a ideologia jurdica. Nossa crítica marxista, realizada pela crítica do capital e de sua forma jurdica em escala internacional, um esforo nesta direo.
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O trabalho estuda a reclamao como instrumento de controle de precedentes do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justia. O estudo se inicia com a anlise do desenvolvimento do instituto desde sua origem correicional, passando por sua constitucionalizao at sua previso no novo Cdigo de Processo Civil, que generaliza seu cabimento como meio de controle da eficcia vinculante dos precedentes. Em seguida, passamos anlise do sistema brasileiro de respeito aos precedentes, fazendo uma breve comparao com pases do common law, e conclumos que, no Brasil, o efeito vinculante, assim entendida a fora que torna obrigatria a observncia da norma extravel das decises judiciais, s existe se houver previso expressa na Constituio ou na lei. Tambm constatamos que o sistema adotou a reclamao a ser ajuizada diretamente perante o STF e o STJ como instrumento processual de controle da observncia dessa fora vinculante. Verificamos que, alm de valorizar a segurana jurdica, a isonomia e a justia das decises, a adoo de um sistema de respeito a precedentes no Brasil tem como confessado objetivo a otimizao do servio judicirio e a reduo dos processos pendentes nos tribunais superiores. Todavia, a utilizao da reclamao como meio de controle da eficcia vinculante dos precedentes vai de encontro queles objetivos, pois reatomiza os litgios sem que isso signifique maior respeito obrigatoriedade dos precedentes.
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O presente trabalho examina a interpretação das imunidades tributrias previstas no art. 150, VI, da Constituio Federal brasileira de 1988. Em primeiro lugar, so examinadas as teorias sobre a interpretação jurdica e conclui-se que a interpretação deve ser entendida como a construo do sentido do texto. No entanto, tal interpretação est limitada ao sentido literal possvel do texto e, ademais, deve ser devidamente fundamentada, atravs do discurso argumentativo, de modo que a deciso possa ser intersubjetivamente controlada. Conclui-se que, no ordenamento jurdico brasileiro, tm primazia os argumentos de natureza lingustica e sistemtica, visto que se referem diretamente ordem jurdica vigente. E, dentre os argumentos sistemticos, deve-se prestigiar aquele sentido que seja mais consentneo com o princpio constitucional subjacente ao dispositivo a ser interpretado. As mesmas concluses aplicam-se s normas de Direito Tributrio, j que esto sujeitas aos mesmos mtodos de interpretação aplicveis s demais normas jurdicas. Contudo, deve ser ressaltado que as normas que estabelecem a incidncia dos tributos, bem como os preceitos que fixam a competncia, incluindo as imunidades, tm sua interpretação limitada ao sentido literal possvel, sendo vedado o recurso analogia. Diante disso, afirma-se que, na aplicao desses preceitos, devem ser considerados principalmente os argumentos lingusticos, que limitam a interpretação ao sentido possvel do texto, e os argumentos sistemticos, que estudam a relao das imunidades com as outras normas inseridas no ordenamento ptrio, especialmente os princpios constitucionais. Nesse estudo, deve ser examinada a funo exercida pelas imunidades, que no apenas bloqueiam a instituio de tributos, como podem resguardar certas condutas e promover um estado de coisas desejado pelo Estado. Estabelecidas tais premissas, so examinadas as imunidades do art. 150, VI, da Constituio, tendo em vista as principais questes hoje debatidas pela doutrina e pela jurisprudncia acerca desses preceitos.
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O objeto desta pesquisa so as relaes entre os conceitos de interpretação conforme a Constituio e os limites utilizao, segundo a doutrina brasileira. O propsito verificar se e como os diferentes conceitos de interpretação conforme a Constituio empregados pelos autores influenciam seus argumentos em torno dos limites utilizao desse instrumento. Parte-se de um referencial terico de anlise conceitual, ancorado sobretudo nos trabalhos de Brian Bix e Andrew Halpin, para estruturar-se a identificao e a anlise dos diferentes conceitos presentes na literatura. Opta-se pela apresentao das ideias dos autores mais influentes na doutrina nacional, selecionados a partir de um critrio de nmero de citaes e especialidade da obra. Ao final, conclui-se que: (a) os autores utilizam ao menos nove conceitos diferentes: (i) como interpretação orientada pela Constituio, (ii) integrao conforme a Constituio, critrio normativo (iii) com e (iv) sem declarao de inconstitucionalidade, (v) interpretação extensiva ou restritiva de acordo com a Constituio, (vi) declarao de inconstitucionalidade da interpretação em concreto, (vii) um tipo de deciso com estrutura especfica e (viii) um tipo de dispositivo decisrio especfico; (ix) um argumento retrico; (b) que os autores geralmente mencionam os mesmos limites, independentemente do conceito que adotam; (c) que, no entanto, os limites no se adequam da mesma forma a todos os conceitos empregados. Sustenta-se que o esclarecimento dessas relaes capaz de aumentar a compreenso sobre o tema, inclusive para os fins de anlise da jurisprudncia.
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A presente pesquisa se baseia na teoria crítica da branquidade, especificamente no que concerne aos elementos mais evidenciados da formao da identidade Branca, para realizar uma anlise, por amostra, da tendncia das demandas judiciais e julgamentos jurisprudenciais acerca da conduta de discriminao racial, prevista na legislao brasileira. Tendo em vista que as decises dos tribunais a respeito desse tema se mostram bastantes controversas, os elementos da branquidade so trazidos a esse trabalho com a finalidade de contribuir com a tarefa dos operadores do direito de realizar a interpretação sobre dvidas, dubiedades, lacunas e questionamentos sobre a eficcia da implementao da norma em reduzir as manifestaes do racismo.
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Nos ltimos anos, a partir do surgimento da ideia de Estado Democrtico de Direito, a moderna doutrina processualista passou a entender o processo no s como meio destinado pacificao social, passando a encar-lo como mecanismo destinado a fazer valer garantias e direitos constitucionais e a alcanar a pacificao justa dos litgios. A partir deste novo contexto, verificou-se a limitao de alguns institutos processuais vigentes, que embora pudessem auxiliar na obteno do escopo de pacificao, deixavam de resguardar ou de implementar, em alguns momentos, determinadas garantias constitucionais, o que prejudicava o fim ltimo de acesso ordem jurdica justa. Uma das limitaes verificadas a partir da perspectiva publicista de processo corresponde regra esttica de distribuio dos encargos probatrios conforme a natureza dos fatos alegados, uma vez que esta deixava de observar eventual impossibilidade da parte em cumprir com seu encargo. Ante tal limitao, foi desenvolvida uma teoria destinada a reequilibrar a relao processual, assegurando a implementao das garantias constitucionais, quando a regra esttica de distribuio dos encargos probatrios no se mostrava suficiente a assegurar o acesso ordem jurdica justa. Denominada de distribuio dinmica do nus da prova (ou teoria das cargas probatrias dinmicas) a teoria foi pensada a fim de, em tais situaes e conforme as peculiaridades do caso concreto, determinar a redistribuio do encargo probatrio a fim de que este recaia sobre as partes em melhores condies. Contudo, h grande divergncia doutrinria sobre a viabilidade prtica da distribuio dinmica do nus da prova, sendo apontados diversos problemas que podem decorrer de sua aplicao. O presente trabalho pretende contribuir com a anlise do tema, a partir de um estudo sobre as razes que impuseram a criao do instituto, bem como as contribuies que sua implementao traz ao processo civil, encarado sobre a tica de processo constitucional, e os riscos que podem decorrer de sua aplicao, de forma a verificar se existe viabilidade em sua aplicao e eventuais formas de se afastar os problemas apontados pelos crticos teoria.
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Introduo: A obesidade uma afeco com alta prevalncia no Brasil e no mundo. fator de risco para comorbidades como Diabetes tipo 2 (DM2), Hipertenso Arterial Sistmica (HAS), Dislipidemia, Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), entre outras. Seu tratamento complexo e a cirurgia baritrica, executada por diferentes tcnicas, tem sido uma das opes. Objetivo: Analisar os resultados publicados na literatura em relao s tcnicas cirrgicas de Banda Gstrica Ajustvel (BGA), Gastrectomia Vertical (GV), Gastroplastia com derivao em Y de Roux (GDYR) e Derivao Biliopancretica (DBP) - tcnica de \"Scopinaro\" e de \"Duodenal Switch\" quanto s complicaes operatrias, mortalidade, perda do excesso de peso (PEP) e ao reganho, e a resoluo das comorbidades aps a operao. Mtodo: Foram analisados 116 estudos selecionados na base de dados MEDLINE por meio da PubMed publicados na Lngua Inglesa entre 2003 e 2014. Para comparar as diferentes tcnicas cirrgicas (BGA, GV, GDYR e DBP), realizou-se estudo estatstico por meio da anlise de varincia (ANOVA) aplicando os testes de Duncan e de Kruskal Wallis avaliando: complicaes ps-operatrias (fstula, sangramento e bito); perda e reganho do excesso de peso, e resoluo das comorbidades. Resultados: A ocorrncia de sangramento foi de 0,6% na mdia entre todos os estudos, sendo 0,44% na BGA; 1,29% na GV; 0,81% na GDYR e 2,09% na DBP. J a ocorrncia de fstulas foi de 1,3% na mdia entre todos os estudos, 0,68% para BGA; 1,93% para GV; 2,18% para GDYR e 5,23% para DBP. A mortalidade nos primeiros 30 dias ps-operatrios foi de 0,9% na mdia entre todos os estudos, 0,05% na BGA; 0,16% na GV; 0,60% na GDYR e 2,52% na DBP. A PEP aps cinco anos na mdia entre todos os estudos foi de 63,86%, especificamente na BGA, foi de 48,35%; 52,7% na GV; 71,04% na GDYR e 77,90% na DBP. A taxa de DM2 resolvida foi de 76,9% na mdia entre todos os estudos, sendo 46,80% na BGA; 79,38% na GV; 79,86% na GDYR e 90,78% na DBP. A taxa de Dislipidemia resolvida aps a operao foi de 74,0% na mdia de todo o estudo, sendo 51,28% na BGA; 58,00% na GV; 73,28% na GDYR e 90,75% na DBP. A taxa de HAS resolvida aps a operao foi de 61,80% na mdia de todo o estudo, sendo 54,50% na BGA; 52,27% na GV; 68,11% na GDYR e 82,12% na DBP. A taxa de AOS resolvida aps a operao foi de 75,0% na mdia de todo o estudo, sendo 56,85% na BGA; 51,43% na GV; 80,31% na GDYR e 92,50% na DBP. Concluso: quando analisadas e comparada as quatro tcnicas observa-se que nos primeiros 30 dias ps-operatrio a taxa de sangramento superior nos pacientes submetidos DBP e taxa de fstula inferior nos pacientes da BGA. Quanto mortalidade observou-se taxa mais pronunciada nos pacientes submetidos DBP e menos nos submetidos BGA. Quanto PEP observou-se uma uniformidade entre os pacientes submetidos GV, GDYR E DBP at o terceiro ano. Aps esse perodo observa-se reganho de peso nos submetidos GV at o quinto ano de seguimento. J nos pacientes submetidos BGA observou-se taxas de PEP menos pronunciadas em relao s demais desde o incio do seguimento. Quanto resoluo das comorbidades observou-se taxas de resoluo de DM2 inferiores nos pacientes submetidos BGA, e no houve diferena entre nenhuma tcnica quanto resoluo das demais comorbidades: HAS, AOS e dislipidemia
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Estudamos transies de fases qunticas em gases bosnicos ultrafrios aprisionados em redes ticas. A fsica desses sistemas capturada por um modelo do tipo Bose-Hubbard que, no caso de um sistema sem desordem, em que os tomos tm interao de curto alcance e o tunelamento apenas entre stios primeiros vizinhos, prev a transio de fases quntica superfluido-isolante de Mott (SF-MI) quando a profundidade do potencial da rede tica variado. Num primeiro estudo, verificamos como o diagrama de fases dessa transio muda quando passamos de uma rede quadrada para uma hexagonal. Num segundo, investigamos como a desordem modifica essa transio. No estudo com rede hexagonal, apresentamos o diagrama de fases da transio SF-MI e uma estimativa para o ponto crtico do primeiro lobo de Mott. Esses resultados foram obtidos usando o algoritmo de Monte Carlo quntico denominado Worm. Comparamos nossos resultados com os obtidos a partir de uma aproximao de campo mdio e com os de um sistema com uma rede tica quadrada. Ao introduzir desordem no sistema, uma nova fase emerge no diagrama de fases do estado fundamental intermediando a fase superfluida e a isolante de Mott. Essa nova fase conhecida como vidro de Bose (BG) e a transio de fases quntica SF-BG que ocorre nesse sistema gerou muitas controvrsias desde seus primeiros estudos iniciados no fim dos anos 80. Apesar dos avanos em direo ao entendimento completo desta transio, a caracterizao bsica das suas propriedades críticas ainda debatida. O que motivou nosso estudo, foi a publicao de resultados experimentais e numricos em sistemas tridimensionais [Yu et al. Nature 489, 379 (2012), Yu et al. PRB 86, 134421 (2012)] que violam a lei de escala $\\phi= u z$, em que $\\phi$ o expoente da temperatura crítica, $z$ o expoente crtico dinmico e $ u$ o expoente do comprimento de correlao. Abordamos essa controvrsia numericamente fazendo uma anlise de escalonamento finito usando o algoritmo Worm nas suas verses quntica e clssica. Nossos resultados demonstram que trabalhos anteriores sobre a dependncia da temperatura de transio superfluido-lquido normal com o potencial qumico (ou campo magntico, em sistemas de spin), $T_c \\propto (\\mu-\\mu_c)^\\phi$, estavam equivocados na interpretação de um comportamento transiente na aproximao da regio crítica genuna. Quando os parmetros do modelo so modificados de maneira a ampliar a regio crítica quntica, simulaes com ambos os modelos clssico e quntico revelam que a lei de escala $\\phi= u z$ [com $\\phi=2.7(2)$, $z=3$ e $ u = 0.88(5)$] vlida. Tambm estimamos o expoente crtico do parmetro de ordem, encontrando $\\beta=1.5(2)$.
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Uma compreenso aprofundada da dinmica de competio porturia particularmente importante dado o contexto atual do setor, que orienta outorga de novos portos e terminais no Brasil, luz da Nova Lei dos Portos, Lei N 12.815 de 2013. A avaliao dos reais impactos decorrentes do aumento de capacidade porturia em cada regio ser atividade fundamental para que, por um lado, o poder pblico oriente a alocao efetiva de recursos, sem prejudicar a operao dos complexos existentes; e para que a iniciativa privada, por sua vez, possa compreender os impactos dos possveis novos empreendimentos sobre as suas operaes e delinear estratgias comerciais compatveis com o novo cenrio competitivo. A partir de extensa reviso bibliogrfica e da aplicao de tcnicas a casos especficos, o presente trabalho detalha a dinmica competitiva entre terminais de contineres e avalia criticamente seis mtodos utilizados para identificar a existncia de competio: correlao de market share, comparao de taxas de ocupao, sobreposio de escalas martimas, comparao de custos logsticos terrestres, representatividade da regio de influncia contestvel e existncia de poder de mercado sobre a regio de influncia. Dos seis mtodos analisados, dois apresentam concluses fulminantes para a questo, embora sua aplicao demande grande volume de informaes; um assertivo em condies normais de distribuio geogrfica de cargas; dois apresentam condies necessrias, porm no suficientes para a identificao de competio; e um deve ser aplicado com ressalvas, uma vez que pode levar a concluses equivocadas.
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This layer is a georeferenced raster image of the historic paper map entitled: Staffelbauplan der kgl. Haupt- und Residenzstadt Mnchen. It was published by verlag v. Oscar Brunn kartograph. Anstal ca. 1900. Scale 1:13,000. Covers Munich, Germany. Map in German. The image inside the map neatline is georeferenced to the surface of the earth and fit to the 'Deutsches Hauptdreiecksnetz (DHDN) Gauss Kruger Zone 4, Rauenberg Datum' coordinate system. All map collar and inset information is also available as part of the raster image, including any inset maps, profiles, statistical tables, directories, text, illustrations, index maps, legends, or other information associated with the principal map. This map shows features such as roads, railroads and stations, drainage, built-up areas, zoning, areas under construction, selected buildings, parks, and more. Includes index. This layer is part of a selection of digitally scanned and georeferenced historic maps from The Harvard Map Collection as part of the Imaging the Urban Environment project. Maps selected for this project represent major urban areas and cities of the world, at various time periods. These maps typically portray both natural and manmade features at a large scale. The selection represents a range of regions, originators, ground condition dates, scales, and purposes.