938 resultados para Poética da animação
Resumo:
A presente tese tem como objetivo estudar a obra da escritora madeirense Ana Teresa Pereira. Partindo da leitura integral dos seus livros, que se interligam formando um todo caraterizado por uma unidade intrínseca e obsessiva, e analisando especificamente a obra publicada entre 1989 e 2008, procurámos demonstrar os tópicos que permitem classificar a sua poética como uma escrita obsessiva e audaz, sob o ponto de vista do que de mais espantoso as expressões podem ter. Estamos perante uma obra cuja indivisibilidade labiríntica se entretece com a paixão obsessiva pela Arte, em particular, pela Literatura, pelo Cinema, pela Pintura e pela Música.
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Esta investigação tem por objetivo perceber os protagonismos associados à música raiz na região do Sul de Minas, estado brasileiro de Minas Gerais. Desenvolvido no âmbito da etnomusicologia, trata-se de um estudo etnográfico realizado entre os anos de 2009 e 2012 no município de Jacutinga, localizado no Vale do Sapucaí. Como música raiz entende-se nesse contexto um universo musical que engloba vários “ritmos”, “formas” ou “estilos”, como a moda-de-viola, o pagode-de-viola, a querumana, a guarânia, dentre outros, performado por uma dupla cantando em dueto com acompanhamento da viola caipira. O termo engloba os segmentos música caipira e música sertaneja no sentido em que, para os protagonistas, as classificações convergem. O conceito de paisagem cantada é adotado como principal ferramenta de análise uma vez que no romance – gênero cantado e central da música raiz - a poética-narrativa atua como testemunha da história de um universo associado ao modo de vida rural do centro-sudeste brasileiro. A memória é portanto entextualizada na moda – unidade mínima musical de análise – que ao ser performada evoca um catálogo de elementos identificadores de uma cartografia humana, territorial e sonora, associadas a um universo designado por caipira. O sentido de pertencimento e de identificação com este paradigma promove uma recontextualização destes elementos fazendo emergir novas paisagens e novas práticas onde eles são ressignificados, adquirindo, em alguns casos, o valor de marcos sonoros (ex: o carro-de-boi, o berrante e o monjolo). Paralelamente, o processo de materialização da música que conduziu à sua fixação em disco e ao aparente desaparecimento da situação de performance participativa, transformou a própria música raiz num marco sonoro através do qual a caipiridade é representada.
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A incapacidade do ser humano perceber quem realmente é e o que faz no mundo atira-o para todo o tipo de situações que de alguma forma lhe sirvam de consolo e de recompensa. Dessa vulnerabilidade emerge o cogito do sonhador que, fruto dum impulso homeostático e de uma atividade psíquica em busca de autoconhecimento, o impulsiona para uma produção desmedida de conteúdos ficcionais e, consequentemente, o mergulha em infindáveis inferências semióticas. A tese que aqui se apresenta dedica-se, num primeiro momento, ao estudo da dependência do ser humano relativamente às imagens, às histórias e à ficção e seguidamente ao poder da animação – recurso cada vez mais utilizado como meio de comunicação emocional. Partindo da questão: Como a ficção nos humaniza e qual a pertinência da animação nesse contexto, tem-se por objetivo chegar a um novo entendimento sobre qual tem vindo a ser o papel da animação, nomeadamente quando esta reflete uma espécie de metonímia do próprio processo de vida e se torna num notável objeto de autorreflexividade humana. Contrariamente a outros estudos que recorrentemente entendem e analisam a animação como uma técnica cinematográfica, o trabalho que aqui se apresenta procurará revelar através duma abordagem transdisciplinar com base no construtivismo radical (uma teoria do conhecimento que reconhece a pluralidade de cunho biográfico e cultural das percepções e das perspectivas da realidade), a abrangência ontológica da animação. Ao se pretender enriquecer e validar as diversas descobertas, ir-se-á ainda triangular essas constatações com um estudo de caso que de forma convergente saliente os aspetos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana no contexto daqueles que estão atualmente a vivenciar o fenómeno descrito.
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As últimas décadas do séc. XX assistiram a um crescente protagonismo do Design de Informação que, desde então, tem sofrido inúmeras formas e designações, num processo de afirmação e auto descoberta. A proliferação de dados disponíveis deu ao design e em particular a este ramo do desenho para a compreensão, uma visibilidade crescente e a responsabilidade de encontrar, a partir da informação, novos meios para a construção de sentido. Do design à engenharia informática, são várias as disciplinas que convergem hoje nesse desígnio ainda que sob diferentes modelos e ferramentas. Esta convergência promove uma comparação entre modelos, que tendem a ser tanto mais valorizados quanto mais objectivas as representações. De Playfair a Bertin, as representações gráficas dos últimos duzentos anos têm-se situado no âmbito de disciplinas como a Economia, Sociologia ou a Gestão, explorando metáforas funcionais com vista à evidência da tradução numérica. O Design, enquanto mediador cultural e através do Desenho, tende a acrescentar ao mesmo exercício uma dimensão narrativa ou ilustrativa, convocando a própria existência do autor na interpretação dos mesmos dados numéricos. Com esta investigação, novos processos de semiose se oferecem, associando à objectividade dos dados quantitativos, a subjectividade da cultura formulada a partir do indivíduo enquanto intérprete. Na procura do conhecimento, reconhece-se assim que o desenho da informação ganha competências pela mediação da experiência, religando ética, técnica e estética.
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O presente trabalho propõe-se como exploração de um artista-pesquisador que procura compreender o próprio trabalho aquando da sua produção. O trabalho é composto pela procura e influências ocorridos aquando de uma exploração própria do artista-pesquisador, que procura territorializar e compreender o seu trabalho em desenvolvimento. O objeto em produção é uma curta-metragem em cinema de animação de autor, alvo de diversas interferências e condicionantes. A procura de uma reflexão na produção própria contribui para o conhecimento em investigação próprio dos artistas visuais.
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O presente trabalho propõe-se analisar a poesia dos autores angolanos que publicaram entre 1965 e 1985, identificando este segmento temporal como uma fase literária da literatura angolana (designada como utópico-patriótica), a qual exprime os princípios anticoloniais e projeta um espaço utópico genuinamente angolano. Tendo em conta a evolução da literatura angolana, subjaz à produção poética dos autores estudados um certo sentido de continuidade, o qual, estimulado pela difusão do nacionalismo, passa pela poesia «da terra» dos mensageiros e continua com os versos encriptados e anticoloniais das décadas de 60 e 70. O espaço utópico projetado na primeira parte da fase utópico-patriótica encontra a sua possibilidade de concretização com a independência de Angola, em 1975, participando os escritores da construção do recém-nascido Estado-Nação. A produção poética da segunda parte da fase utópico-patriótica é, assim, caraterizada pela celebração dos heróis, na ótica de uma (re)perspetivação da história nacional. A partir de 1985, quando se torna evidente o falhanço da utopia, a poesia angolana ensaia um novo rumo pela mão da «geração das incertezas». Ao longo deste percurso, a poesia angolana publicada entre 1965 e 1985 representa um meio de consciencialização ético-política dos cidadãos e concorre para a construção da identidade político-literária da nação angolana, cuja legitimação decorre do processo de conquista da independência.
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La manía del bibliófilo suele convertirse en un laberinto de ese tipo de encuentros fortuitos que los ingleses del siglo XVIII llamaron “serendipity”. En este ensayo, gracias a mis incursiones bibliofílicas en el ámbito de la literatura aurisecular, salió a flote un precedente muy probable del haikú hispánico (aceptada la relatividad de su parentesco con el haikú japonés) en otras formas casi ideográficas de la poesía que se cultivó siglos muy anteriores al modernismo. En este caso se trata de pequeñas estrofas que acompañaban sendos grabados, cuyos motivos emblemáticos obligaban a una expresión sintética y profundamente visual, casi gestual. En un estudio paralelo, cotejo los Jeroglíficos de Alonso de Ledesma con algunos hai-kai de José Juan Tablada, separados por una distancia de tres siglos, pero identificados en su búsqueda poética.
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Leído en la mesa redonda Diego Hurtado de Mendoza, 500 años de su nacimiento (1503-2003), organizado por Margarita Peña Muñoz, en la Facultad de Filosofía y Letras, U.N.A.M., 20 de junio de 2003.
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Dissertação de Mestrado, Ciências da Educação - Educação e Formação de Adultos, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve; Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Beja, 2008
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Dissertação mest., Gerontologia Social, Universidade do Algarve, 2009
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O elevado grau de fluidez da quadra tradicional – que participa da mutabilidade e flexibilidade características de toda a literatura de transmissão oral – faz dela um espaço complexo, movediço e resistente a quadros taxinómicos rígidos ou definitivos. Partindo desse pressuposto, quisemos determinar neste artigo as principais linhas de instabilidade desta forma poética e os seus principais processos de edificação, nos planos estrutural e formal. Procurámos demonstrar que a quadra encerra uma força de conflito decorrente de uma dialéctica de abertura e de fechamento, relacionada com impulsos quer de condensação e fixação quer de intensificação ou derivação de sentidos.
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O mercado de segundas habitações envolve investimentos elevados nos destinos, em novos empreendimentos turísticos, complexos de animação e complexos desportivos de apoio, sendo desde 2007 associado a um novo produto estratégico, o turismo residencial. Os turistas estrangeiros que estão associados a este segmento de procura turística (Turismo residencial), deslocam-se para os destinos, onde possuem a sua segunda habitação, por via aérea, sendo por isso muito importante estabelecer elos de ligação entre os vários stakeholders, nomeadamente entidades públicas e privadas que operam no destino, companhias aéreas e aeroportos, pois só assim se podem adequar estratégias individuais e em parceria entre todos os interessados, com o objectivo de captar clientes e até mesmo novos investimentos para a região. Os conceitos teóricos que se conhecem e dados recolhidos em 2007 e 2010, apontam para que os proprietários estrangeiros visitem várias vezes por ano o destino onde possuem uma segunda habitação, em períodos de menor procura turística, o que permite reduzir os índices de sazonalidade do destino. Neste artigo iremos abordar com mais detalhe a questão do mercado de segundas habitações e do produto estratégico que lhe está associado, o turismo residencial, e apresentar dois modelos teóricos que foram desenvolvidos para avaliar o processo de decisão de compra de um imóvel num destino (Procura), com as várias etapas que lhe são inerentes e características subjacentes, assim como a cadeia de valor do imobiliário residencial-turístico (Oferta), que nos permite identificar processos e intervenientes que nela participam, permitindo aferir a complexidade inerente a toda a envolvente e acima de tudo a dificuldade que existe no relacionamento entre actores/participantes.
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La anómala situación de los estudios sobre el Romancero de Galicia, y la indefinición de su propio estatuto como rama del Romancero hispánico, tienen su origen, en última instancia, en las posturas cambiantes que adoptó el primer nacionalismo cultural gallego, por razones ideológicas, ante el género de la poesía oral narrativa. Manuel Murguía es considerado hoy, por la amplitud y el eco de su obra, además de por su longevidad (1833-1923) y su papel como impulsor y heredero de la obra poética en gallego de Rosalía de Castro, como indiscutible padre fundador del galleguismo. Un nacionalismo gallego fundamentado en la tradición histórica y cultural tenía forzosamente que conceder gran importancia a las producciones de la poesía narrativa popular, como sucedió en el resto de la Europa coetánea. Sin embargo, a la altura de los 1860, se conocían solo muy escasas muestras de romances en Galicia, y su lengua era básicamente el castellano. El Romancero era así inservible como seña de identidad nacional o regional, y Murguía decidió dar la vuelta al argumento: la inexistencia de un Romancero gallego era en sí misma la prueba de un rasgo diferencial definitorio frente a Castilla. El conocimiento del Romancero portugués y una incipiente exploración de la tradición oral gallega llevaron, pocos años después, al “patriarca” a afirmar no sólo la existencia sino el esplendor de un Romanero gallego con características singulares. Tal romancero ha resultado ser producto de mixtificaciones de diverso grado realizadas por el propio Murguía y otros folcloristas. Se publica en este artículo la primera parte de un estudio, que irá seguida ulteriormente del inventario completo y análisis crítico de los romances gallegos alegados, y nunca publicados en colección, por Murguía.
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Dissertação de mest., Educação Social , Escola Superior de Educação e Comunicação, Univ. do Algarve, 2011
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O presente artigo debruça-se sobre a realidade das actividades económicas de pequena escala em Portugal. as discussões políticas mais recentes têm vindo a colocar “em cima da mesa”, cada vez com maior insistência, a problemática das pequenas e médias empresas. No entanto, como não se ultrapassam as abordagens generalistas, a especificidade das unidades económicas de pequena escala não emerge, sendo por essa via invisibilizada ao nível do pensamento e da acção. Ao longo das próximas páginas serão abordadas as dificuldades enfrentadas por estes microempreendedores, obrigados a respeitar quadros normativos e procedimentos funcionais estipulados para regular a competitividade internacional, mesmo que o seu campo de acção sejam os mercados de proximidade. São os reflexos de um país com “sede” de internacionalização, preocupado com as exportações e o investimento estrangeiro, mas que ao mesmo tempo cilindra as pequenas unidades produtivas nacionais que garantem emprego e produção de riqueza, conduzindo o país a uma dinâmica de empobrecimento.