Antropologia cinética : relações interpenetrantes entre a vida e a imagem
Contribuinte(s) |
Valente, António Manuel Dias Costa |
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Data(s) |
14/01/2015
27/06/2014
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Resumo |
A incapacidade do ser humano perceber quem realmente é e o que faz no mundo atira-o para todo o tipo de situações que de alguma forma lhe sirvam de consolo e de recompensa. Dessa vulnerabilidade emerge o cogito do sonhador que, fruto dum impulso homeostático e de uma atividade psíquica em busca de autoconhecimento, o impulsiona para uma produção desmedida de conteúdos ficcionais e, consequentemente, o mergulha em infindáveis inferências semióticas. A tese que aqui se apresenta dedica-se, num primeiro momento, ao estudo da dependência do ser humano relativamente às imagens, às histórias e à ficção e seguidamente ao poder da animação – recurso cada vez mais utilizado como meio de comunicação emocional. Partindo da questão: Como a ficção nos humaniza e qual a pertinência da animação nesse contexto, tem-se por objetivo chegar a um novo entendimento sobre qual tem vindo a ser o papel da animação, nomeadamente quando esta reflete uma espécie de metonímia do próprio processo de vida e se torna num notável objeto de autorreflexividade humana. Contrariamente a outros estudos que recorrentemente entendem e analisam a animação como uma técnica cinematográfica, o trabalho que aqui se apresenta procurará revelar através duma abordagem transdisciplinar com base no construtivismo radical (uma teoria do conhecimento que reconhece a pluralidade de cunho biográfico e cultural das percepções e das perspectivas da realidade), a abrangência ontológica da animação. Ao se pretender enriquecer e validar as diversas descobertas, ir-se-á ainda triangular essas constatações com um estudo de caso que de forma convergente saliente os aspetos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana no contexto daqueles que estão atualmente a vivenciar o fenómeno descrito. The inability of human beings to realize who they really are and what are they doing in the world, leads them into all kinds of situations that somehow gives them consolation and reward. From that vulnerability emerges the dreamer’s cogito, that - as a result of an homeostatic impulse and a psychic activity in search of self-knowledge -, drives human beings into excessive production of fictional contents and thus plunges them into an endless semiotic inferences. The thesis we are about to present studies first the dependence of the human beings to images, to stories and fiction and then examines the power of animation - feature increasingly used as a medium of emotional communication. Starting with the question: How fiction humanize us and what is the relevance of animation on that context, we aim to reach a new understanding of what has been the role of animation especially when it reflects a kind of metonymy of the process of life itself and of human self- -reflexivity. Unlike other studies that recurrently understand and analyse animation as a cinematic technique, the present work seeks to reveal through a transdisciplinary approach based on radical constructivism (a theory of knowledge which recognises the scope of individual biographical and cultural experience on perception and perspectives of reality), the ontological scope of animation. In order to enhance and validate the various discoveries we will triangulate these findings with a case study that convergently emphasizes the dynamic, holistic and individual aspects of human experience in the context of those who are currently experiencing the phenomenon described. Doutoramento em Estudos de Arte |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10773/13132 101285140 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade de Aveiro |
Direitos |
restrictedAccess |
Palavras-Chave | #Estudos de arte #Cinema de animação #Antropologia cultural e social #Representação visual #Metonímias #Antropologia #Imagem #Imanginação #Ficção #Animação #Metonímia #Autorreferência |
Tipo |
doctoralThesis |