O desenho da comunicação como conhecimento


Autoria(s): Costa, Rui Carlos Ferreira Cavadas da
Contribuinte(s)

Ricci, Donato

Providência, Francisco

Data(s)

26/01/2015

26/01/2015

2014

Resumo

As últimas décadas do séc. XX assistiram a um crescente protagonismo do Design de Informação que, desde então, tem sofrido inúmeras formas e designações, num processo de afirmação e auto descoberta. A proliferação de dados disponíveis deu ao design e em particular a este ramo do desenho para a compreensão, uma visibilidade crescente e a responsabilidade de encontrar, a partir da informação, novos meios para a construção de sentido. Do design à engenharia informática, são várias as disciplinas que convergem hoje nesse desígnio ainda que sob diferentes modelos e ferramentas. Esta convergência promove uma comparação entre modelos, que tendem a ser tanto mais valorizados quanto mais objectivas as representações. De Playfair a Bertin, as representações gráficas dos últimos duzentos anos têm-se situado no âmbito de disciplinas como a Economia, Sociologia ou a Gestão, explorando metáforas funcionais com vista à evidência da tradução numérica. O Design, enquanto mediador cultural e através do Desenho, tende a acrescentar ao mesmo exercício uma dimensão narrativa ou ilustrativa, convocando a própria existência do autor na interpretação dos mesmos dados numéricos. Com esta investigação, novos processos de semiose se oferecem, associando à objectividade dos dados quantitativos, a subjectividade da cultura formulada a partir do indivíduo enquanto intérprete. Na procura do conhecimento, reconhece-se assim que o desenho da informação ganha competências pela mediação da experiência, religando ética, técnica e estética.

The last decades of the twentieth century witnessed the growing importance of information design, which since then has been characterised and named in many ways, through processes of affirmation and self- discovery. The flood of available data gave design – and namely this field of design for understanding – an increased visibility and a responsibility to find new ways of making sense through information. From design to computer sciences, there are several disciplines that converge in this endeavour, although different tools and models are employed. This convergence enables a comparison between models of representation, which tend to be more respected when neutral and rational. From Playfair to Bertin, graphical representations of the past two hundred years have been produced mainly within disciplines such as Economy, Sociology or Management, exploring functional metaphors in pursuit of evidence through numerical translation. Design, as cultural mediator and through Drawing, tends to add to the same exercise a narrative or illustrative dimension, summoning the author’s own existence in the interpretation of the same numerical data. With this research, new processes of semiosis are offered, by adding to the objectivity of quantitative data the subjectivity of culture, conveyed through the individual as interpreter. In the search for knowledge, information design gains skills through the mediation of experience, reconnecting ethics, technics and aesthetics.

Doutoramento em Design

Identificador

http://hdl.handle.net/10773/13271

101479816

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade de Aveiro

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Design #Conhecimento #Cultura #Representação da informação #Representações gráficas #Conhecimento #Cultura #Desenho #Design de Informação #Liberdade #Linguagem #Metáfora #Poética #Representação
Tipo

doctoralThesis