900 resultados para Estratégias de coping


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O processo de cuidar do idoso dependente é multidimensional e executado por cuidadores formais e informais. Sempre foi uma função designada à família onde havia divisão de tarefas entre os diversos membros,. O objetivo do estudo foi avaliar a sobrecarga dos cuidadores informais no desempenho de suas funções à pessoa idosa dependente, no concelho de Santana; estimando o nível de dependência dos idosos e determinando a satisfação, as dificuldades, o coping e a sobrecarga dos cuidadores. A população acessível foi constituída por 69 cuidadores informais. O estudo foi, transversal, descritivo - correlacional. O formulário inclui questões de caracterização sociodemográfica e escalas: de satisfação, de dificuldades em cuidar, e de estratégias de coping (Nolan et cols,1998), de percepção da sobrecarga do cuidador (adaptação de Zarit et cols,1983) validadas para Portugal (Sequeira 2007). Utilizou-se a Escala de Barthel (Mahoney; Barthel,1965) para determinar a dependência dos idosos. Dos resultados realçamos: a maioria dos cuidadores é mulher, casada, com escolaridade até o 6º ano, baixo nível sócio económico sendo familiar do idoso cuidado. Dos cuidadores, 38% são-no entre um a quatro anos e 72,5% cuidam 12 horas/dia A etapa do ciclo vital familiar dos cuidadores é o fim da vida (76,8% ). Dos idosos cuidados, 68% era muito dependente. Dificuldades no cuidar incluíram: restrições sociais, exigências e reações ao cuidar e estratégias de coping mais limitadas. Os cuidadores tendiam sentir-se satisfeitos com o cuidado. Não sofrem sobrecarga 36,3 % mas, 63,7% refere-a ligeira e intensa. Nos homens realçou-se a intensa e nas mulheres a ausência de sobrecarga. Ela foi mais significativa entre os analfabetos, os que sentiam dificuldades, os mais carenciados economicamente e que não gozavam de férias. Evidencia-se a importância da intervenção junto aos cuidadores informais por parte da rede formal de apoio para prevenção da sobrecarga.

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Na infância, a hospitalização, em especial por circunstâncias cirúrgicas, constitui uma experiência potencialmente ameaçadora e causadora de ansiedade, medo e stress, que não se circunscreve apenas à criança, mas também aos pais e à família. A presença de níveis elevados de ansiedade infantil pode ter consequências nefastas e comprometedoras do desenvolvimento psicológico. A preparação psicológica da criança é crucial para a redução da ansiedade e das alterações do comportamento pós-hospitalização, razão porque considerámos fundamental colmatar a inexistência de um programa similar destinado ao utente pediátrico do HDESPDL. Desta forma, concebemos o Programa Infantil de Preparação para a Cirurgia (PIPCirurgia), um instrumento de preparação psicológica destinado a crianças entre os 6-11 anos propostas para cirurgia eletiva com internamento programado. O PIPCirurgia pretende preparar criança e pais, trabalhar estratégias de coping e reduzir a ansiedade e as alterações comportamentais pós-hospitalização. Validámos a sua utilidade através de um plano metodológico experimental aplicado a uma amostra de 60 crianças, equitativamente subdividida em Grupo Experimental (submetido ao PIPCirurgia) e Grupo de Controlo (recebeu o procedimento atualmente disponibilizado pela instituição). A investigação efetivou-se através de dois estudos, Estudo I: Ansiedade infantil e Caraterísticas Sociodemográficas e Estudo II: Efeitos do PIPCirurgia na redução da Ansiedade Infantil e das Alterações do Comportamento Pós-Hospitalização. Utilizaram-se métodos de recolha de dados quantitativos. Aplicou-se um Questionário de Caraterização Sociodemográfica, a versão traduzida e validada para a população portuguesa do State-Trait Anxiety Inventory for Children, e uma versão por nós traduzida e testada do Post-Hospitalization Behavior Questionnaire. Concluímos que, para as amostras em estudo, existiu uma relação entre a Ansiedade Infantil e a presença de antecedentes familiares de doença, assim como entre a Ansiedade-Estado pré-operatória e a situação de emprego materno. Confirmou-se a utilidade do PIPCirurgia para reduzir a Ansiedade Infantil relacionada com a cirurgia e minimizar as alterações comportamentais pós-hospitalização.

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O presente artigo visa apresentar as principais idéias e conceitos sobre resiliência, tendo como parâmetro a produção de Michael Ungar. Inicialmente será apresentada a perspectiva pós-moderna, na qual discutir-se-á sobre a construção social do conceito de resiliência e em seguida será introduzido ao leitor o conceito de hidden resilience, aqui traduzido como resiliência oculta e relacionado a estratégias de coping não-convencionais. As pesquisas com adolescentes no Canadá e em vários países possibilitou a consolidação da proposta elaborada pelo autor, para o qual resiliência refere-se a uma experiência relacionada à capacidade do indivíduo de navegar por recursos associados ao bem-estar e à capacidade de suas famílias e comunidade em prover tais recursos de formas culturalmente significativas. Implicações para práticas profissionais na área da adolescência e juventude serão discutidas.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Objetivo: analisar os conceitos e percepções que adolescentes e seus cuidadores possuem sobre saúde mental e serviços de saúde em seu contexto ecológico e investigar as barreiras de acesso à assistência à saúde mental vivenciadas. Método: trata-se de estudo exploratório e analítico em amostra de conveniência obtida no período de outubro de 2009 a junho de 2010, com 100 adolescentes e 100 cuidadores, no município de Belém-PA, em dois contextos clínicos públicos, sendo um ambulatório especializado em saúde mental e um geral e dois contextos escolares, sendo um público e um privado. Utilizou-se questionários estruturados, para investigar diferentes dimensões envolvidas nas temáticas saúde, família, bem-estar e condições de vida, seguidos de análise estatística, com técnicas de análise da variância e correlacional. Resultados: a média das idades dos adolescentes foi de 14,47 (DP 1,90) anos, sendo 58% feminino; o tipo de problema de saúde mental relatado pela maioria foram problemas na escola (21,9%); o profissional mais frequentemente procurado foi o psicólogo (59,4%). No que tange as concepções de saúde mental, adolescentes e cuidadores deram importância ao comportamento de abster-se de drogas; quanto às concepções de doença mental, ambos, conceberam como algo a ser considerado com seriedade; ambos concordaram que a religião contribui para a saúde/doença mental e revelaram a primazia da mãe na busca de ajuda; no que tange as estratégias de coping os adolescentes lidavam de forma semelhante com os problemas de saúde mental em suas vidas; adolescentes e cuidadores possuíam uma visão estigmatizada do profissional de saúde e temores de discriminação principalmente pelos pares; quanto ao tratamento real ou imaginado ambos revelaram concepções favoráveis das terapias como fonte de ajuda e espaço privilegiado para expressar a própria opinião e em qualquer dos casos, a mãe revelou-se como a principal pessoa a contribuir na busca de ajuda especializada. As variáveis que revelaram a procedência das concepções sobre saúde/doença mental e as estratégias empregadas na manutenção da saúde mental da família mostraram diferenças entre os contextos investigados; no que tange ao auto conceito, os adolescentes da escola privada mostraram maior auto-congruência entre o self real e o ideal comparativamente os demais contextos; os cuidadores revelaram auto-congruência maior na escola pública. Quanto às perspectivas que o adolescente tem sobre a família revelaram identificações reais mais frequentes nos quatro contextos com a mãe, seguidas da avó/avô; quanto aos modelos de identificação familiar nos contextos clínicos e escola privada é maior com a mãe; na escola pública é maior com o pai; foi observado discrepância da perspectiva do cuidador acerca do conceito sobre o adolescente. Para a maioria dos adolescentes e cuidadores as condições de saúde foram classificadas de "boas" a "excelentes". A auto-avaliação do bem-estar dos adolescentes na amostra geral mostrou que, em sua maioria, sentiam-se muito satisfeitos, totalmente cheios de energia, divertiam-se e tiveram boa relação com os professores; na visão dos cuidadores, a maioria de seus adolescentes sentiam-se muito satisfeitos com a vida, utilizavam seu tempo livre divertindo-se com amigos e deram maior importância aos sentimentos de bem-estar com relação ao desempenho físico. Conclusões: são evidenciadas as semelhanças e diferenças entre adolescentes e cuidadores nas amostras clínicos e escolares que podem subsidiar ações preventivas de saúde contextualizadas para a cidade de Belém.

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Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem - FC

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As condições inadequadas vivenciadas nas organizações afligem não só os trabalhadores da iniciativa privada, pois são igualmente encontradas no segmento estatal, contrariando a expectativa de que o aparato governamental eliminaria as condições insalubres e criaria outras melhores nas quais prevalecesse à promoção de saúde. Diante desse panorama questionou-se porque, uma vez que, pelo menos do ponto de vista da sociedade leiga, esses servidores estão submetidos a condições privilegiadas de trabalho. O presente estudo objetivou identificar e descrever possíveis relações entre o clima organizacional e o burnout em servidores públicos de uma instituição federal de ensino. Objetivou-se ainda descrever o clima organizacional predominante. A pesquisa realizada teve cunho quantitativo, tipo estudo de caso e exploratória. A coleta de dados deu-se por meio das escalas ECO (escala de clima organizacional), ECB (escala de caracterização do burnout) e um questionário sociodemográfico, todos os instrumentos autoaplicáveis eletronicamente disponíveis à instituição. Participaram do estudo 201 servidores públicos federais, com idade média de 37 anos, majoritariamente de nível superior e casados. Os resultados revelaram que cerca de um quarto dos participantes raramente experimentaram burnout, no entanto outra quarta parte deles frequentemente experimentaram altos níveis de burnout, resultado bastante expressivo. Os servidores perceberam clima organizacional mediano, destacando-se a boa coesão entre os colegas de trabalho e a percepção de baixa recompensa. Merece destaque a grande dispersão entre as percepções de clima, o que permite inferir haver subclimas não identificados nesta investigação, possivelmente ocasionados por uma força de clima fraca e pela participação dos servidores de unidades de ensino geograficamente distintas, geridas por gestores locais com relativa autonomia. Os resultados dos cálculos de correlação revelaram que, quanto menos os participantes percebem apoio da chefia e da organização, coesão entre colegas, e mais controle/pressão, mais exaustos se sentem, mais desumanizam as pessoas com quem tratam e mais se decepcionam no trabalho e vice-versa. Conforto físico menor está associado a maior desumanização e a mais decepção no trabalho e vice-versa; e que controle/pressão, relaciona-se positiva e fracamente com desumanização e vice-versa. Desta forma, a hipótese de que existe associação entre burnout e clima organizacional foi confirmada. Os resultados também revelaram que os servidores com burnout, perceberam pior clima organizacional que os seus pares sem burnout, confirmando a segunda hipótese. Esses servidores também se mostraram neutros quanto à percepção de apoio da chefia e conforto físico; não percebem controle pressão, nem recompensa; todavia percebem coesão entre os colegas. Esses resultados sugerem que os participantes têm se apoiado nessas relações para suportar a indiferença e ausência de estímulos experimentados no trabalho. Os resultados obtidos nesse estudo permitiram concluir que o clima organizacional é fraco, provavelmente influenciado por uma cultura organizacional fraca, explicando a heterogeneidade da percepção do clima organizacional pelos servidores. Além disso, embora haja burnout entre poucos participantes, há que se atentar que cerca de um quarto deles, encontra-se acometido desta síndrome e isto poderá contagiar os demais.

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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

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A literatura tem evidenciado que as competências pessoais e sociais têm sido relevantes para o desenvolvimento do bem-estar e de um ajustamento psicossocial das crianças e jovens, em geral. É importante estimular os indivíduos a adoptarem uma postura activa, através da aprendizagem de instrumentos para a vida. Os programas que têm como intuito a promoção destas competências, tornam-se fundamentais para que as crianças e jovens cresçam com competências que lhes permitam no futuro, evitar comportamentos disfuncionais e até mesmo acautelar determinadas patologias. Assim, quanto mais cedo a intervenção for realizada, no âmbito das competências sociais e emocionais, mais facilmente o indivíduo reconhece as próprias emoções e as dos outros, desenvolvendo desta forma a habilidade de regular as suas próprias emoções, o que lhes permite também, que num espaço interpessoal possam revelar sentimentos, desejos, opiniões, sempre respeitando os outros, e demonstrando sempre a capacidade de resolução de problemas imediatos, de forma a minimizar a ocorrência de problemas futuros. Neste âmbito desenvolveu-se um estudo quase experimental, do tipo pré e pós teste, sem grupo de controlo, com o objectivo de avaliar o efeito da frequência de um programa de promoção de competências pessoais e sociais ao nível do auto-conceito, da auto-estima, do comportamento assertivo, do efeito de coping e da inteligência emocional. Esta amostra foi constituída por sete crianças do género feminino, com idades compreendidas entre os oito e onze anos de idade institucionalizadas, sendo que todas estas crianças foram submetidas ao programa ―Aprender para Ser‖, o qual foi concebido para treze sessões, tendo durado três meses. Na avaliação final, os resultados revelaram, que as crianças obtiveram melhorias, em todas as dimensões avaliadas, sendo as diferenças estatisticamente significativas ao nível das estratégias de coping (cognitivo-comportamental e activa), comportamento total e agressivo e em todos os resultados dos domínios da inteligência emocional. Isto leva-nos a sugerir a implementação do programa durante mais tempo e a mais crianças para que as competências possam ser desenvolvidas ajudando as crianças a reconhecer, gerir as suas emoções e a apreciarem as perspectivas dos outros, a estabelecendo objectivos positivos, a tomarem decisões responsáveis.

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Neste estudo propomo-nos estudar as possíveis diferenças existentes entre a idade adulta e a velhice ao nível da solidão e do auto-conceito. Analisámos o papel de variáveis psicossociais específicas e de variáveis psicológicas, como a depressão, ansiedade, stresse e estilos de coping, sobre a solidão, bem como qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a solidão. A solidão e o auto-conceito constituem constructos relevantes na vida do ser humano nas mais variadas formas, interagindo com um grande leque de domínios pessoais e desempenhando um papel importante na compreensão da psicopatologia. Nesta investigação participaram 222 sujeitos, com idades compreendidas entre 35 e 90 anos de idade. Para avaliar as variáveis psicológicas pretendidas foi utilizada a Escala de Solidão da UCLA, o Inventário Clínico de Auto-conceito, a Escala de Depressão, Ansiedade e Stresse (DASS-21) e o Questionário de Estratégias de Coping (CSQ). Os resultados indicaram que os indivíduos em idade adulta e na velhice não diferem na experiência de solidão, embora apresentem diferenças significativas ao nível de autoconceito, com os idosos a revelarem um pior auto-conceito. São os indivíduos com um trabalho doméstico, com menor escolaridade, com uma relação conjugal pouca satisfatória, com um nível sócio-económico baixo, com uma saúde pobre e sem suporte social que apresentam valores mais elevados de solidão. Na análise da acção conjunta das variáveis, o auto-conceito e os estilos de coping revelaram-se os melhores preditores da solidão. Não obstante as limitações reconhecidas, o presente estudo contribuiu para um melhor conhecimento desta realidade na população portuguesa adulta e idosa.

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Introdução: Em Portugal, são escassos os instrumentos validados para a população adolescente, que avaliem o importante construto da resiliência. Assim, o principal objetivo deste estudo consistiu na adaptação e validação preliminar da Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER) para adolescentes portugueses. Como segundo objetivo pretendemos, ainda, explorar as associações, na mesma amostra, entre a resiliência, o autodano e a ideação suicida na adolescência. Método: A amostra foi constituída por 226 adolescentes (sexo masculino, n = 139, 61,5%), entre os 12 e os 18 anos, que preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER), pelo Questionário de Impulso, Autodano e Ideação Suicida na Adolescência (QIAIS-A) e pela Escala de autoconceito. Resultados: Os resultados obtidos mostraram que a EAER possui boa fidelidade/consistência interna (α = 0,857) e boa estabilidade temporal (r = 0,720). Uma análise de componentes principais mostrou que a EAER apresenta três fatores: fator suporte externo, fator forças pessoais internas e fator estratégias de coping. Encontraram-se correlações negativas entre a resiliência e o autodano e ideação suicida e correlações positivas entre a resiliência e o autoconceito, confirmando-se a validade divergente e convergente da EAER. Verificaram-se níveis elevados de resiliência nos adolescentes da nossa amostra (M = 58,69; DP = 6,67). Na amostra total, 61,5% (n = 139) apresentou ideação suicida e 26,5% (n = 60) apresentou comportamentos de autodano. Conclusão: No seu conjunto, a EAER possui boas características psicométricas, pelo que pode ser considerada uma escala válida e útil e que pode ser usada com segurança na avaliação da resiliência em adolescentes portugueses. Com este estudo alargámos o leque de instrumentos válidos para a medição da resiliência em adolescentes e contribuímos para o avanço da investigação na área da adolescência em Portugal. / Introduction: In Portugal, there are few validated instruments to the adolescent population, to assess the important construct of resilience. Thus, the main objective of this study was the preliminary adaptation and validation of the Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER) to Portuguese adolescents. As a second objective, there is an intention to also explore the associations, on the same sample, between resilience, self-harm and suicidal ideation in adolescence. Method: The sample consisted of 226 adolescents (male, n = 139, 61.5%), between 12 and 18 years, who filled in a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, by the Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER), by the Impulse, Self-harm and Suicide Ideation Questionnaire for Adolescents (ISSIQ-A) and by the Self-concept Scale. Results: The results showed that the EAER has good fidelity/internal consistency (α = 0.857) and good temporal stability (r = 0.720). A principal component analysis showed that EAER has three factors: external support factor, internal personal strengths factor and coping strategies factor. There were negative correlations between resilience and the self-harm and suicidal ideation and positive correlations between resilience and self-concept, confirming the divergent and convergent validity of EAER. There were high levels of resilience in the adolescents of the sample (M = 58.69, SD = 6.67). In the total sample, 61.5% (n = 139) had suicidal ideation and 26,5% (n = 60) had self-harm behaviors. Conclusion: As a whole, the EAER has good psychometric properties, therefore it can be considered a valid and useful range, and can be safely used in the evaluation of resilience in Portuguese adolescents. With this study we have extended the range of valid instruments for the measurement of resilience in adolescents and contributed to the advance of research in the adolescence area in Portugal.

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A Guerra Colonial assombrou a sociedade Portuguesa, durante mais de 10 anos. Durante esse tempo, milhares de jovens soldados foram obrigados fazer parte dessa Luta. Grande parte deles desenvolvera a Perturbação de Stress Pós-Traumático, com a qual ainda hoje vivem. A presente Investigação pretendeu descrever e compreender as Vivências das Esposas de Ex-Combatentes diagnosticados com a Perturbação de Stress Pós-Traumático, utilizando uma abordagem Qualitativa de Orientação Fenomenológica. Através deste Método, pretendeu-se conhecer a globalidade do Fenómeno, de uma forma compreensiva. Foram entrevistadas quatro Esposas que vivem de perto com este problema, as quais revelaram informações importantes para a Investigação. Desta maneira, foram recolhidos dados acerca da Infância e Adolescência, Casamento, Doença do Marido e Perspectivas de Futuro, destas Mulheres. Entre outras conclusões, destacamos a emergência de significações existenciais para estas Mulheres e o facto de esta doença ter influência a nível social, pessoal, familiar e económico. Além disso, as inúmeras estratégias de coping relatadas, demonstraram ser uma mais-valia na forma como estas esposas lidam com a doença dos Maridos. Desta maneira compreendeu-se o fenómeno de uma forma holística, o que forneceu dados importantes para entender o que estas Mulheres vivenciam diariamente, tal como uma melhor compreensão do estado Psicológico destas Esposas e dos Maridos. / The Colonial War haunted the Portuguese society, for over 10 years. During that time, thousands of young soldiers were forced to be part of that fight. Most of them developed Post-Traumatic Stress Disorder, which they still live with. This research aims to describe and understand the Experiences of War Veterans’ Wives, whose husbands were diagnosed with the Post-Traumatic Stress Disorder, using the qualitative method and phenomenological orientation. Through this method, we meant to understand the whole phenomenon in a comprehensive manner. We interviewed four Wives who live closely with this problem, which revealed important information for the investigation. Therefore, we collected data on Childhood and Adolescence, Marriage, Husband’s Disease and Future Prospects, of those Women’s. Among other findings, we highlight the emergence of existential meaning for these Women’s and the fact that this disease influences their lives on social, personal, familial and financial issues. Moreover, the many coping strategies reported, have proven an asset in the way this Wives deal with their husbands illness. Thus it was understood the phenomenon in a holistic way, which provided important information to understand what these Women’s live daily as a better understanding of the psychological state of Husbands and Wives.

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O stress é não apenas inerente para o ser humano, como indispensável para a sua sobrevivência. À medida que as sociedades humanas evoluíram, assim também se alteraram as principais fontes de stress. Actualmente o stress organizacional é uma das principais áreas de investigação, bem como as suas relações com a família e a vida pessoal. Em foco estão ainda as variáveis individuais que servem como moderadoras da experiência de stress, como o coping e o suporte social. Neste trabalho procurou-se conhecer os níveis de stress experienciados pelos colaboradores da Cisco Systems Lda, identificando diferenças de género e entre os tipos de trabalho. Pretendeu-se ainda relacionar o stress no trabalho com o equilíbrio trabalho/família, equlíbrio vida pessoal/trabalho, suporte social e coping. Através de um estudo não experimental transversal, descritivo/descritivo correlacional, com 42 sujeitos, utilizando o PMI – Pressure Management Indicator, foi possível identificar quatro factores, com α a partir de 0,531 para as variáveis moderadoras ate 0,904 para as variáveis stressoras. Os trabalhadores da amostra trabalham em média 49,7 horas por semana, apontando como principal razão “para que o trabalho seja feito”; 31,7% consideram estar a sofrer de pressão negativa iniciada há mais de 3 meses. Estão muito satisfeitos com a organização, mas sentem pressão devido ao volume de trabalho, ao relacionamento interpessoal e às dificuldades em desligar do trabalho quando em casa, fazendo uso de estratégias focadas no problema e de suporte social. Existem diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres nas subescalas “Estado de espírito” e “Nível de confiança”, indicando níveis mais altos de segurança e satisfação com o seu estado mental para o grupo dos homens. No que respeita aos tipos de trabalho, foi possível identificar diferenças entre as categorias Sénior gerência/profissional e Manual/hábil nas subescalas “Nível de energia”, “Volume de trabalho” e “Equilíbrio vida/trabalho”. Existe correlação positiva entre as variáveis stressoras e a subescala “Equilíbrio trabalho/família” (r=0,890; p<0,000) e entre as variáveis stressoras e a escala de Coping (r=0,748; p<0,000), sugerindo que níveis de stress elevados interferem com a vida familiar e conduzem a maior utilização das estratégias de coping. Apesar das políticas de recursos humanos da empresa no sentido de promover a conciliação entre trabalho e vida pessoal e familiar, há ainda margem para intervir e melhorar. / Stress is not only inherent to the human being, it’s essential to survival. As the humans societies evolved, so did the major sources of stress. These days, organizational stress is one of the main areas of research, as it is it’s relation with family and personal life. Under the spotlight are also individual variables that moderate the stress experience, such as coping and social support. With this paper, we intended to know the levels of stress experienced by the workers of Cisco Systems Lda, identifying gender and work type differences. We were also intending to relate work stress with home/work balance, life/work balance, social support and coping. Using a cross sectional correlational study, with n=42, using the PMI, we were able to identify four factors, with α starting on 0,531 for moderator variables to 0,904 for stressor variables. The workers on this sample work an average of 49,7 hours per week, naming “to get the job done” as the main reason for it. 31,7% consider to be suffering from negative pressure that started more than 3 months ago. They are very satisfied with the organization, but feel pressure due to workload, interpersonal relationship and the difficulties in switching off from work when at home. They use mostly Problem focus strategies and social support.There are statically significative differences between men and women in the subscales “State of mind” and “Confidence level”, which indicate higher levels of security and satisfaction with their state of mind for men. Regarding work types, we were able to identify differences between senior Management and Manual categories on subscales “Energy level”, “Workload” and “Life/work balance”. There is a positive correlation between stressor variables and the subscales “Home/work balance” (r=0,890; p<0,000) and between stressor variables and Coping scale (r=0,748; p<0,000), suggesting that high levels of stress interfere with family life and lead to higher use of coping mechanisms. Despite the company’s human resources policies to promote the balance between work and personal and family life, there is still place to intervene and improve.

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Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto Superior de Psicologia Aplicada para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Social e das Organizações.

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A comunicação é um instrumento importante da prática médica e em especial da medicina geral e familiar, pelo seu âmbito menos específico. A abordagem biopsicossocial para ser eficaz necessita de uma forte componente comunicacional nas diversas fases da relação médico doente, nomeadamente, na consulta, nas actividades de prevenção da doença e de educação para a saúde, na relação com os familiares do doente. A comunicação médico-doente influencia a aderência à terapêutica pelo doente e os seus índices de satisfação com a consulta. A comunicação desempenha, também, um papel importante, conforme é adequada ou não, no desencadear ou na prevenção do stress e burnout do(a) médico(a), que são aspectos directamente relacionados com o seu bem-estar ou absentismo por doença. A comunicação é uma componente central das estratégias de coping para as situações difíceis do quotidiano médico como as emoções associadas à doença, sofrimento e morte. Devido ao papel fulcral que a comunicação tem na prática médica, considera-se que a formação em comunicação deve ser mais valorizada, nos diversos níveis, pré ou pós-graduado.