1000 resultados para Moraes, Vinicius, 1913-1980 Crítica e interpretação
Resumo:
No Quarto Evangelho Jesus se apresenta por meio de metforas, sendo o objeto de nossa pesquisa a frase: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, que ser o ponto de partida condutor em busca da identidade do grupo joanino. No final do primeiro sculo, o grupo joanino se entende como fiis herdeiros de Jesus, agora seguidores do discpulo Joo (filho de Zebedeu), o qual caminhou com Jesus. O grupo no se apresenta alheio realidade da multiplicidade religiosa do perodo, mas est atento aos conflitos e aos caminhos divergentes para Deus. Isso nos aponta o quo identitrio o tema. A partir de uma leitura em Joo 13.33-14.31, nossa dissertao tem como objeto o modo como o grupo joanino recebe essa mensagem no imaginrio, a exterioriza e reage no cotidiano, bem como os grupos posteriores do gnosticismo como o Evangelho da Verdade da Biblioteca Copta de Nag Hammadi, elaborado a partir de leituras ulteriores que plasmam o mundo simblico imaginrio, cultivando diferentes caractersticas de pertena, gerando a identidade do grupo joanino.
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No romance O Idiota, Dostoivski cria, por meio do prncipe Mchkin, uma personagem com as caractersticas do Cristo. Sabe-se que a Bblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infncia at o momento de sua morte. O primeiro captulo, dedicado ao referencial terico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literrio quanto a literatura bblica procedem do mito. Neste sen-tido, religio e literatura se tocam e se aproximam. O segundo captulo foi escrito na inteno de mostrar como o Cristo e os Evangelhos so temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoivski. A literatura bblica est presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e no somente em O Idiota. A hiptese de que Dostoivski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota demonstrada na anlise do romance, no terceiro captulo. A tese proposta : Dostoivski desenvolve um evangelho literrio, por meio de Mchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas tambm idiota e quixotesco. Na dinmica intertextual entre os Evangelhos bblicos e O Idiota, entre Cristo e Mchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presena divina. Nas cenas e na estruturao do enredo que compe o romance, Cristo se manifesta nas aes de Mchkin, na luz, na beleza, mas tambm na tragicidade de uma trajetria deslocada e antinmica. O amor e a compaixo ganham forma e vida na presen-a do prncipe, vazio de si, servo de todos.
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Este estudo trata da comunicao face a face nas organizaes sob diferentes abordagens tericas. Considera a perspectiva da simultaneidade dos meios, j que as empresas utilizam diversos canais para dialogar com seus pblicos de interesse. Leva em conta o fenmeno da midiatizao, que reestrutura o modo como as pessoas se relacionam na sociedade contempornea. O objetivo geral da pesquisa sistematizar papeis potencialmente exercidos pela interao face a face e conhecer algumas circunstncias que envolvem sua prtica nas organizaes. Por se tratar de uma tese terica, a pesquisa bibliogrfica se apresenta como um dos principais procedimentos metodolgicos; anlises de casos empricos e um estudo de caso desenvolvido na Embrapa Pantanal constituem situaes ilustrativas. Conclui-se que a comunicao face a face nas empresas ocorre de forma simultnea e combinada a outros canais de comunicao, porm, ela proporciona resultados prticos e filosficos ainda pouco explorados. rara a utilizao estratgica de contatos presenciais como mecanismo para estabelecer relacionamentos, conhecer as reaes alheias e ajustar a comunicao, aliar o discurso corporativo s prticas empresariais e avaliar o contexto onde se desenvolvem as interaes, o que pode ser decisivo para a comunicao organizacional.
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O contexto batista predominantemente marcado por lideranas masculinas, destinando s mulheres apenas lugares e comportamentos socialmente estabelecidos, como a casa, o cuidado, a maternidade, a submisso, entre outras caractersticas que enfatizam a hierarquia de gnero. Mesmo diante do desenvolvimento econmico e da ocupao que as mulheres esto conquistando no campo pblico, a igreja e principalmente as igrejas batistas, permanecem fundadas em alicerces que exaltam o poder masculino em detrimento do lugar que deve ser ocupado pelas mulheres, ou seja, onde elas decidirem atuar. Caso elas decidam atuar num campo predominantemente masculino, tero que lidar com a desconstruo de um pensamento socialmente permeado de dominao masculina e com a rdua construo de um pensamento que vise a igualdade de gnero. O objeto desta pesquisa o ministrio pastoral feminino no contexto batista brasileiro. O texto analisa o discurso das Pastoras Batistas do Estado de So Paulo e o discurso dos lderes da Ordem dos Pastores Batistas de So Paulo (OPBB-SP) a respeito do ministrio pastoral feminino e a no filiao de mulheres na OPBB-SP. A importncia deste trabalho a de demostrar as relaes de micro poder existentes entre pastores e pastoras e concomitantemente as desigualdades dentro do contexto batista com relao ao ministrio pastoral feminino. Essa afirmao se consolida por meio das anlises das entrevistas semiestruturadas que realizei na pesquisa de campo, com sete pastoras batistas do Estado de So Paulo, bem como com trs lderes da OPPB-SP. Esta uma pesquisa qualitativa, em que foram analisados documentos oficiais da igreja, como pautas de convenes, atas, sites institucionais, peridicos e documentos no oficiais encontrados em redes sociais, blogs, jornais online, entre outros. Posso afirmar que as pastoras batistas esto se mobilizando para cumprir sua vocao, usando argumentos transcendentes que impedem qualquer pessoa de desafiar ou duvidar de seu chamado pastoral, pois: O vento sopra onde quer; ouve-se o rudo, mas no sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele(a) que nasceu do Esprito. (Joo 3.8).
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Estudo sobre o Hip Hop como processo comunicacional e sociabilidade entre jovens indgenas de Dourados, Mato Grosso do Sul, para verificar quais os principais objetivos da prtica do movimento Hip Hop, compreender se serve como comunicao, contribui para o fortalecimento da lngua guarani ou gera novas tenses sociais na reserva. Para tanto, foi analisado aspectos histricos do movimento, passando pelos Estudos Culturais, e como Movimento Social, dando incio discusso de uma voz alternativa por meio do Hip Hop. Do ponto de vista metodolgico, trata-se de um de estudo de caso, com representantes dos grupos de jovens Br Mc's e Jovens Conscientes, das reservas Jaguapir e Boror, das etnias Guarani-Kaiow de Dourados (MS). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto a jovens que participaram das oficinas de hip hop, das lideranas indgenas e professores. A investigao complementada pela pesquisa bibliogrfica, documental e anlises das letras de rap em confrontao com as vises da imprensa, a partir da anlise dos jornais Dirio MS e O Progresso. Os resultados apontam que os jovens se apropriam de uma cultura global para transformar o ambiente local com objetivo de preservar a lngua guarani, uma alternativa para o conhecimento, logo para no seguirem caminhos como o das drogas. Negociando falas sobre sua realidade, dentro e fora da reserva, j que nos meios de comunicao locais h pouco espao para a voz dos indgenas e dentro da reserva ainda h contestao do movimento em um contexto poltico, na tentativa de atingir uma cultura pura, devido preocupao dos mais velhos com a perda de territrio.
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A tese aborda como a Universidade Metodista de So Paulo (UMESP) e a Universidade de Taubat (UNITAU) utilizam o esporte de alto rendimento como meio de divulgao estratgica. O estudo mostra qual a relao existente entre a comunicao institucional e mercadolgica das referidas IES e o handebol de alto rendimento. A tese objetiva tambm, apresentar as ferramentas de comunicao utilizadas por UMESP e UNITAU para divulgar suas aes de patrocnio e, por fim, avaliar o grau do fluxo de comunicao dos profissionais de comunicao e marketing das IES com gestores esportivos do handebol. A comparao entre as IES analisadas deu-se pelo uso do mtodo de pesquisa de estudos de casos mltiplos, j a pesquisa documental e a bibliogrfica foram utilizadas para a construo terica do trabalho. Os dados dos objetos de estudo foram coletados atravs do uso da tcnica de entrevista, estas que, adotaram a caracterstica semiestruturada com perguntas abertas e uso de roteiro. Concluiu-se que as universidades UMESP e UNITAU pouco exploram a imagem vitoriosa do handebol de alto rendimento que investem como meio estratgico de divulgao
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A pesquisa tem por objetivo trabalhar o evento da Revolta de Je, em conjunto com a Estela de D, tendo como ponto de partida para tal, a exegese da percope de 2 Reis 10-28,36. A histria Deuteronomista apresenta o ato da Revolta de Je como sendo um feito demasiadamente importante, na restaurao do culto a Jav em Israel, a partir de um contexto onde o culto a outras divindades, em Israel Norte, estava em pleno curso. No entanto, a partir da anlise conjunta da Estela de D, que tem como provvel autor o rei Hazael de Damasco, somos desafiados a ler esta histria pelas entrelinhas no contempladas pelo texto, que apontam para uma participao ativa de Hazael, nos desfechos referentes a Revolta de Je, como sendo o responsvel direto que proporcionou a subida de Je ao trono em Israel, clarificando desta forma este importante perodo na histria Bblica. Para tal anlise, observar-se- trs distintos tpicos, ligados diretamente ao tema proposto: (1) A Revolta de Je e a Redao Deuteronomista, a partir do estudo exegtico da percope de 2 Reis 10,28-36, onde esto descritas informaes pontuais sobre perodo em que Je reinou em Israel; (2) Je e a Estela de D, a partir da apresentao e anlise do contedo da Estela de D, tratando diretamente dos desdobramentos da guerra em Ramote de Gileade, de onde se d o ponto de partida Revolta de Je; e por fim (3) O Imprio da Sria, onde a partir da continuidade da anlise do contedo da Estela de D, demonstraremos a significncia deste reino, alm de apontamentos diretamente ligados ao reinado de Hazael, personagem mui relevante no evento da Revolta de Je.
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Nas dcadas de 1970 e 1980 houve a ecloso de experincias comunicacionais populares, em todo Brasil, com vasta produo de materiais, especialmente arquivados pelos centros de documentao. Em sua maioria, criados e financiados por setores progressistas da Igreja Catlica e Protestante. Entre eles, o Centro de Pastoral Vergueiro (CPV) e o Centro de Comunicao e Educao Popular de So Miguel Paulista (CEMI) que tambm tiveram importante papel na construo e preservao da memria das lutas populares no perodo de reorganizao social, no contexto de distenso da ditadura militar. No entanto, tais acervos esto em iminente risco, por falta de investimento e vontade poltica. O que seria um prejuzo histrico e cientfico para movimentos sociais atuais e pesquisa acadmica. O objetivo do estudo identificar a que se deve este desinteresse. A abordagem se d pelo mtodo da histria oral e como tcnicas de investigao adotamos a pesquisa bibliogrfica, documental e a pesquisa de campo, por meio da entrevista em profundidade. A falta de uma poltica pblica que garanta a preservao dos documentos sinal de que no Brasil predomina uma cultura que no privilegia a memria, sobretudo das camadas empobrecidas da populao. Alm do que, a memria pode ser subversiva. Afinal tais documentos expressam a fora da participao popular no processo de transformao social e podem despertar novas aes, o que no interessa aos grupos que esto no poder.
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A sexualidade de Lea e Raquel, o tero, as mandrgoras e o corpo de Jac so fatores que definem o alicerce do nosso texto como espaos de dilogo, mediao e estrutura do cenrio. O destaque principal est sob o captulo 30.14-16 que retrata a memria das mandrgoras. Como plantas msticas elas dominam o campo religioso e como plantas medicinais elas so utilizadas para solucionar problemas biolgicos. As instituies e sociedades detentoras de uma ideologia e de leis que regulamentam uma existncia apresentam na narrativa, duas irms, mas tambm esposas de um mesmo homem que, manipuladas por essa instituio que minimiza e oprime a mulher, principalmente a estril, confina-as como simples objeto de sexualidade e mantenedoras da descendncia por meio da maternidade. A memria das mandrgoras sinal de que a prtica existente circundava uma religio no monotesta. Ela existia sociologicamente por meio de sincretismos, fora e poderes scio-culturais e religiosos. Era constituda das memrias de mulheres que manipulavam e dominavam o poder sagrado para controle de suas necessidades. O discurso dessas mulheres, em nossa unidade, prova que o discurso dessa narrativa no se encontra somente no plano individual, mas tambm se estende a nvel comunitrio, espao que as define e lhes concede importncia por meio do casamento e ddivas da maternidade como continuidade da descendncia. So mulheres que dominaram um espao na histria com suas lutas e vitrias, com atos de amor e de sofrimento, de crenas e poderes numa experincia religiosa dominada pelo masculino que vai alm do nosso conhecimento atual. As lutas firmadas na f e na ideologia dessas mulheres definiram e acentuaram seu papel de protagonistas nas narrativas 9 bblicas que estudamos no Gnesis. A conservao dessas narrativas, e do espao teolgico da poca, definiu espaos, vidas, geraes e tribos que determinaram as geraes prometidas e fecharam um ciclo: o da promessa de Iahweh quanto descendncia desde Abrao. Os mitos e as crenas foram extintos para dar espao a uma f monotesta, mas a experincia religiosa
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Estudo sobre as construes simblicas e identitrias da mulher presentes na narrativa e na estrutura das personagens femininas do filme Malvola (2014) produo dos estdios Disney (EUA). A narrativa inspirada no conto de fadas A Bela Adormecida do Bosque e distingue-se pela perspectiva feminina, modificando as possibilidades de interpretação, alm de possibilitar a quebra do paradigma dicotmico relacionado ao Bem e ao Mal. A pesquisa tem por objetivo estudar a evoluo das construes imaginrias da mulher no cinema e traar paralelos entre as caractersticas arquetpicas das personagens de Malvola em relao identidade da mulher na contemporaneidade. Para tal, ser tomado como referencial terico os estudos do imaginrio social, com as obras de Gilbert Durand, Edgar Morin e, em especial, Michel Maffesoli; conceitos da psicanlise a partir dos trabalhos de C.G. Jung, Erich Neumann, Marie-Louise Von Franz e Clarissa Pinkola Ests; as teorias de Stuart Hall, Laura Mulvey e Gilles Lipovetsky relacionadas aos estudos culturais com nfase em gnero; e tambm o ecofeminismo atravs dos trabalhos de autoras como Vandana Shiva e Maria Mies. Nosso referencial terico-metodolgico a Hermenutica de Profundidade (HP) visando interpretação da estrutura simblica de nosso objeto. Resultam desta pesquisa a verificao de um processo de saturao de padres identitrios e simblicos provindos da modernidade e a evoluo de novas dinmicas nas narrativas presentes nas mdias e na comunicao