831 resultados para Língua portuguesa Brasil Teses


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Buscamos investigar, neste trabalho, quais so os discursos sobre os gneros discursivos que circulam entre sujeitos-professores que atuam nos anos finais (4 e 5 anos) do Ensino Fundamental I, em escolas pblicas municipais. Buscamos compreender tambm, a maneira como esses sujeitos (se) significam, em suas relaes com a língua e a histria. O interesse pela temtica investigada se d, principalmente, porque observamos, ao longo de nossos anos de experincia no magistrio, que, embora os gneros discursivos conforme definidos por Bakhtin (1997) sejam considerados pelos Parmetros Curriculares Nacionais e por outros documentos legais que fundamentam a Educao Bsica, como um dos principais objetivos do ensino de língua portuguesa, o conceito ainda desperta muitas dvidas nos docentes. Filiamo-nos Anlise de Discurso de matriz francesa, postulada por Pcheux (2009), rea do conhecimento basicamente constituda na interseco entre o materialismo histrico, a psicanlise e a lingustica, e que considera a língua como lugar de materializao do discurso que a língua em movimento, em uso pelos sujeitos. Na construo de nosso referencial terico, mobilizamos, ainda, a teoria bakhtiniana dos gneros do discurso, e as contribuies de tericos das cincias da educao, tais como Pimenta (2012), Tardif (2002), Giroux (1997), Sacristn (1998), entre outros. O corpus da pesquisa representado por seis entrevistas semiestruturadas, realizadas com sujeitos-professores que atuam em classes de 4 e 5 ano do ensino fundamental, em escolas de rede pblica municipal. A partir da transcrio das entrevistas, foram realizados recortes que constituram o material analisado neste estudo. As anlises realizadas aqui indiciam que os sujeitos-professores entrevistados circulam por formaes discursivas e ideolgicas cristalizadas, no que diz respeito relao dos estudantes com a língua. Tais docentes buscam desenvolver um trabalho pedaggico mediado pelos critrios de suposta familiaridade, utilidade ou praticidade em relao aos usos sociais que os gneros discursivos poderiam ter para os estudantes. Alm disso, as anlises discursivas de alguns recortes apontam para um equvoco na compreenso do conceito bakhtiniano de gneros discursivos, compreendidos, no cotidiano escolar, como uma classificao tipolgica e estanque, excluindo a dinamicidade e a plasticidade que envolvem o conceito, conforme proposto por Bakhtin (1997). A cristalizao da definio do conceito de gneros discursivos, na dimenso tipolgica, favorece o cerceamento da prtica pedaggica, colaborando para a difuso de prticas que visam o esgotamento dos gneros discursivos, buscando apresentar o maior nmero possvel de gneros aos estudantes, sob a forma de modelos que devero ser seguidos em suas produes textuais futuras, e que lhes sero cobrados em avaliaes internas e externas.

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Esse trabalho tem por objetivo analisar comparativamente o espao nas obras Luuanda, do escritor angolano de língua portuguesa Luandino Vieira, e Texaco, do escritor martinicano de língua francesa Patrick Chamoiseau. Para esse fim, partimos do pressuposto que, como se pode observar a partir de seus ttulos, os protagonistas das narrativas so os espaos: os musseques luandenses e a favela martinicana, chamada bairro Texaco. Eles configuram os tempos, os narradores, os personagens e os enredos. E configuram, sobretudo, uma linguagem literria que subverte as línguas dominantes o portugus e o francs incorporando aos textos as línguas dominadas: o quimbundo angolano e o crioulo martinicano. Vemos, portanto, a partir dos espaos analisados nas narrativas que a histria oficial contestada e reescrita pelos autores e, em seu lugar, temos as histrias dos vencidos que nunca se calaram, que resistiram s invases, s dominaes, s assimilaes e procuram sobreviver. Verificamos, pois, que o modo de sobrevivncia, nas obras, pela ocupao e subverso dos espaos e pela subverso da forma de narrar.

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O Controle judicial das polticas pblicas necessrias para a efetivao dos direitos constitucionais sociais prestao tema muito polmico na atividade jurisdicional brasileira. H os que defendem a interveno irrestrita na tarefa de impor administrao pblica a qualquer custo a efetivao das polticas pblicas de sua competncia. Contudo o nosso trabalho defende que a interveno do Poder Judicirio no controle de polticas pblicas possvel, segundo comando constitucional contido no artigo 3 da Carta Magna, mas com limitaes para evitar a violao do princpio da separao dos poderes. Para demonstrar a nossa concepo sobre o tema partimos da definio e da natureza dos direitos fundamentais sociais e sua concepo na ordem constitucional brasileira. Analisamos as principais funes dos direitos fundamentais, concentrando a nossa ateno na funo prestacional, ou direito a prestao em sentido estrito. Nesse particular passamos a discutir as questes que envolvem a efetivao dos direitos fundamentais sociais, a partir de sua eficcia jurdica e social at aos aspectos referentes a sua concretizao. Salientamos que a efetivao dos direitos fundamentais sociais derivados passa por uma atividade legislativa de conformao antes de sua efetivao e que os originais poderiam ser concretizados imediatamente, sem se descurar da necessidade de outra atividade legislativa de destinao dos recurso pblicos atravs da lei oramentria, na foi ressaltado que deveria ser tomado como um dos critrios para essa destinao o princpio do mnimo existencial. Analisamos a tese recorrente de defesa da administrao para justificar a no efetivao dos direitos sociais prestao, a denominada tese da reserva do possvel, salientamos que embora relevante, no era absoluto esse argumento. Contudo a atuao jurisdicional no controle das polticas pblicas, no pode fugir da ateno aos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade.

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Tese de doutoramento, Lingustica (Lingustica Educacional), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2016

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Tese de doutoramento, Lingustica (Lingustica para o Diagnstico e Interveno), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, Faculdade de Medicina, 2016

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A presente dissertao versa sobre a prova ilcita na investigao de paternidade, com a percepo que inexistem direitos e garantias absolutos. Sob esse ponto de vista, prope-se a demonstrar que tanto o direito prova quanto a garantia constitucional da inadmissibilidade da prova obtida por meios ilcitos so passveis de sofrer restries. Essas restries, entretanto, no podem implicar na supresso de direitos e garantias fundamentais. Elas devem limitar-se ao estritamente necessrio para a salvaguarda de outros direitos constitucionalmente protegidos, luz de um juzo de ponderao entre os valores conflitantes. Os valores colidentes a serem analisados no presente trabalho so, por um lado, a proteo constitucional dispensada intimidade, vida privada, imagem, honra, ao sigilo da correspondncia, s comunicaes telegrficas, aos dados, s comunicaes telefnicas e ao domiclio do suposto pai e, por outro, o direito do filho conhecer a sua origem gentica e receber do genitor assistncia material, educacional e psicolgica, alm da herana no caso de morte deste. Avultam-se, ainda, os comandos constitucionais da paternidade responsvel (CF, o art. 226, 7) e da prioridade absoluta que a Constituio Federal confere s questes afetas criana e ao adolescente. Nessa linha de perspectiva, procura conciliar o direito fundamental ao conhecimento da origem gentica com a garantia constitucional que veda a obteno da prova por meios ilcitos, reduzindo, quando necessrio, o alcance de um desses valores contrastantes para que haja a preservao do outro e o restabelecimento do equilbrio entre eles. Com o intuito de facilitar a compreenso do assunto, o estudo sobre a prova ilcita na investigao de paternidade encontra-se dividido em trs captulos. No primeiro captulo so estudados o objeto da prova na investigao de paternidade, os fatos a provar, as teorias sobre o objeto da prova, o nus da prova, a distribuio e a inverso do nus da prova na investigao de paternidade, o momento da inverso do nus da prova, o dever de colaborao e a realizao do exame de DNA sem o consentimento das partes. Partindo da compreenso da prova como instrumento capaz de propiciar ao juiz o convencimento dos fatos pertinentes, relevantes e controvertidos deduzidos pelas partes como fundamento da ao ou da defesa, sustenta-se que os fatos a provar no so apenas os principais, mas, tambm, os acessrios que se situem na mesma cadeia deles. Desenvolve-se, outrossim, estudo sobre as teorias utilizadas pela doutrina para explicar o objeto da prova, a saber: a) a teoria clssica; b) a teoria da afirmao; c) a teoria mista. Nesse tpico, merece nfase o fato das legislaes brasileira e portuguesa estarem aliceradas sob as bases da teoria clssica, em que pesem as divergncias doutrinrias sobre o assunto. No item reservado ao nus da prova, este concebido como uma atividade e no como uma obrigao, diante da autonomia de vontade que a parte tem para comportar-se da maneira que melhor lhe aprouver para alcanar o resultado pretendido. Embora no traduza um dever jurdico demonstrar a veracidade dos fatos que ensejam a constituio do direito alegado, quem no consegue reunir a prova dos fatos que alega corre o risco de perder a demanda. No que tange regra de distribuio do nus da prova, recomenda-se a observao das disposies do art. 333 do CPC, segundo as quais incumbe ao autor comprovar o fato constitutivo do seu direito e ao ru a existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Argumenta-se que o CPC brasileiro adota o modelo esttico de distribuio do nus da prova, pois no leva em conta a menor ou maior dificuldade que cada parte tem para produzir a prova que lhe incumbe. Porm, ressalta-se o novo horizonte que se descortina no anteprojeto do novo CPC brasileiro que se encontra no Congresso Nacional, o qual sinaliza no sentido de acolher a distribuio dinmica do nus da prova. Esse novo modelo, contudo, no afasta aquele previsto no art. 333 do CPC, mas, sim, o aperfeioa ao atribuir o nus a quem esteja em melhores condies de produzir a prova. Ao tratar do dever de colaborao, idealiza-se a busca descoberta da verdade como finalidade precpua do ordenamento jurdico. E, para se alcanar a justa composio da lide, compreende-se que as partes devem atuar de maneira escorreita, expondo os fatos conforme a verdade e cumprindo com exatido os provimentos formais. Sob essa tica, sustenta-se a possibilidade de inverso do nus da prova, da aplicao da presuno legal de paternidade e at mesmo da conduo coercitiva do suposto pai para a realizao de exames, caso o mesmo a tanto se recuse ou crie, propositalmente, obstculo capaz de tornar impossvel a colheita da prova. Defende-se que a partir da concepo do nascituro, a autonomia de vontade dos pais fica restringida, de forma que a me no pode realizar o aborto e o pai no pode fazer pouco caso da existncia do filho, recusando-se, injustificadamente, a submeter-se a exame de DNA e a dar-lhe assistncia material, educacional e psicolgica. por essa razo que, em carter excepcional, se enxerga a possibilidade de conduo coercitiva do suposto pai para a coleta de material gentico, a exemplo do que ocorre no ordenamento jurdico alemo (ZPO, 372). Considera-se, outrossim, que a elucidao da paternidade, alm de ajudar no diagnstico, preveno e tratamento de algumas doenas hereditrias, atende exigncia legal de impedir unies incestuosas, constitudas entre parentes afins ou consanguneos com a violao de impedimentos matrimoniais. Nesse contexto, a intangibilidade do corpo no vista como bice para a realizao do exame de DNA, o qual pode ser feito mediante simples utilizao de fios de cabelos com raiz, fragmentos de unhas, saliva e outros meios menos invasivos. O sacrifcio a que se submete o suposto pai mostra-se, portanto, nfimo se comparado com o interesse superior do investigante que se busca amparar. No segundo captulo, estuda-se o direito fundamental prova e suas limitaes na investigao de paternidade, a prova vedada ou proibida, a distino entre as provas ilegtima e ilcita, a manifestao e alcance da ilicitude, o tratamento dispensado prova ilcita no Brasil, nos Estados Unidos da Amrica e em alguns pases do continente europeu, o efeito--distncia das proibies de prova na investigao de paternidade e a ponderao de valores entre os interesses em conflito: prova ilcita x direito ao conhecimento da origem gentica. Nesse contexto, o direito prova reconhecido como expresso do princpio geral de acesso ao Poder Judicirio e componente do devido processo legal, materializado por meio dos direitos de ao, de defesa e do contraditrio. Compreende-se, entretanto, que o direito prova no pode ser exercido a qualquer custo. Ele deve atender aos critrios de pertinncia, relevncia e idoneidade, podendo sofrer limitaes nos casos expressamente previstos em lei. Constituem exemplos dessas restries ao direito prova a rejeio das provas consideradas suprfluas, irrelevantes, ilegtimas e ilcitas. A expresso provas vedadas ou proibidas definida no trabalho como gnero das denominadas provas ilcita e ilegtima, servindo para designar as provas constitudas, obtidas, utilizadas ou valoradas com afronta a normas de direito material ou processual. A distino que se faz entre a prova ilcita e a ilegtima leva em considerao a natureza da norma violada. Quando h violao a normas de carter processual, sem afetar o ncleo essencial dos direitos fundamentais, considera-se a prova ilegtima; ao passo em que havendo infringncia norma de contedo material que afete o ncleo essencial do direito fundamental, a prova tida como ilcita. Esta enseja o desentranhamento da prova dos autos, enquanto aquela demanda a declarao de nulidade do ato sem a observncia da formalidade exigida. A vedao da prova ilcita, sob esse aspecto, funciona como garantia constitucional em favor do cidado e contra arbtrios do poder pblico e dos particulares. Nessa tica, o Direito brasileiro no apenas veda a prova obtida por meios ilcitos (CF, art. 5, X, XI, XII e LVI; CPP, art. 157), como, tambm, prev sanes penais e civis para aqueles que desobedeam proibio. A anlise da prova ilcita feita luz de duas concepes doutrinrias, a saber: a) a restritiva - exige que a norma violada infrinja direito ou garantia fundamental; b) a ampla compreende que a ilicitude afeta no apenas as normas que versem sobre os direitos e garantias fundamentais, mas todas as normas e princpios gerais do direito. A percepo que se tem luz do art. 157 do CPP que o ordenamento jurdico brasileiro adotou o conceito amplo de ilicitude, pois define como ilcitas as provas obtidas com violao a normas constitucionais ou legais, sem excluir quelas de natureza processual nem exigir que o ncleo do direito fundamental seja atingido. Referido dispositivo tem sido alvo de crticas, pois a violao da lei processual pode no implicar na inadmissibilidade da prova e aconselhar o seu desentranhamento dos autos. A declarao de nulidade ou renovao do ato cuja formalidade tenha sido preterida pode ser suficiente para contornar o problema, sem a necessidade de excluso da prova do processo. Noutra vertente, como a vedao da prova ilcita no pode ser levada s ltimas consequncias nem se converter em meio facilitador da prtica de atos ilcitos e consagrador da impunidade, defende-se a sua admisso nos casos de estado de necessidade, legtima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exerccio regular de um direito. Assim, entende-se possvel a utilizao pela vtima de estupro, no processo de investigao de paternidade movido em prol do seu filho, do exame de DNA realizado mediante anlise do smen deixado em sua vagina por ocasio do ato sexual que resultou na gravidez. Sustenta-se, ainda, a possibilidade de utilizao das imagens captadas por circuito interno de cmaras comprobatrias do estupro para fazer prova da paternidade. Ressalta-se, outrossim, que no Brasil a doutrina e a jurisprudncia tm admitido a prova ilcita, no processo penal, para comprovar a inocncia do acusado e, em favor da vtima, nos casos de extorso, concusso, sequestro e outros delitos similares. No ponto relativo ao efeito-distncia das proibies de prova, aduz-se que as experincias americana e alem da fruit of the poisonous tree doctrine e da fernwirkung so fonte de inspirao para as legislaes de vrios pases. Por fora da teoria dos frutos da rvore envenenada, o vcio da planta transmite-se aos seus frutos. Ainda no segundo captulo, estabelece-se breve comparao do tratamento conferido prova ilcita nos ordenamentos jurdicos brasileiro e portugus, destacando-se que no regime de controle adotado pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil a prova ilcita tratada como ineficaz e deve ser rejeitada de plano ou desentranhada do processo. J na Constituio portuguesa adotou-se o regime de nulidade. Aps o ingresso da prova ilcita no processo, o juiz declara a sua nulidade. O terceiro captulo dedicado ao estudo dos meios de prova e da incidncia da ilicitude no processo de investigao de paternidade. Para tanto so eleitos os meios de prova enumerados no art. 212 do Cdigo Civil, quais sejam: a) confisso; b) documento; c) testemunha; d) presuno; e) percia, alm do depoimento pessoal previsto no CPC, analisando a incidncia da ilicitude em cada um deles. M vontade a investigao de paternidade envolva direitos indisponveis, isso no significa que as declaraes das partes no tenham valor probatrio, pois o juiz pode apreci-las como elemento probatrio (CC, art. 361). Por meio do depoimento e confisso da parte so extradas valiosas informaes sobre o tempo, o lugar e a frequncia das relaes sexuais. Todavia, havendo emprego de mtodos proibidos, tais como ameaa, coao, tortura, ofensa integridade fsica ou moral, hipnose, utilizao de meios cruis, enganosos ou perturbao da capacidade de memria, a prova ser considerada ilcita e no ter validade nem mesmo como elemento probatrio a ser livremente apreciado pelo juiz. A prova documental estudada como a mais vulnervel incidncia da ilicitude, pelo fato de poder expressar-se das mais variadas formas. Essa manifestao da ilicitude pode verificar-se por ocasio da formao da prova documental, no ato da sua obteno ou no momento da sua exibio em juzo por meio falsificao material do documento pblico ou particular, da omisso de declarao deveria constar, insero de declarao falsa ou diversa da que devia ser escrita, alterao de documento verdadeiro, emprego de mtodos proibidos de prova para confeco do documento, etc. Na esteira desse raciocnio, em se fazendo constar, por exemplo, da escritura pblica ou particular ou do testamento (CC, art. 1.609, II e III) declarao falsa da paternidade, a prova assim constituda ilcita. Do mesmo modo, considerada ilcita a prova obtida mediante indevida intromisso na vida privada, com violao de domiclio, emails, sigilos da correspondncia, telefnico ou fiscal, realizao de gravaes, filmagens, etc. Na prova testemunhal entende-se como elemento configurador da ilicitude o emprego de mtodos proibidos por parte de agentes pblicos ou particulares, tais como tortura, coao, ameaa, chantagem, recursos que impliquem na diminuio ou supresso da capacidade de compreenso, etc, para que a testemunha faa afirmao falsa, negue ou cale a verdade dos fatos. Destaca-se, ainda, como ilcita a prova cujo acesso pela testemunha tenha ocorrido mediante violao reserva da vida privada. No caso das presunes, vislumbra-se a possibilidade de incidncia da ilicitude quando houver ilicitude no fato conhecido, do qual se vale a lei ou o julgador para extrarem as consequncias para deduo da existncia do fato desconhecido. A troca maliciosa de gametas citada como meio ilcito de prova para alicerar a presuno de paternidade no caso de inseminao artificial homloga. A consecuo da prvia autorizao do marido, mediante coao, tortura, ameaa, hipnose, etc, na inseminao artificial heterloga, tambm tratada como ao danosa e capaz de viciar e infirmar a presuno legal de paternidade. Enxerga-se, outrossim, no meio de prova pericial, a possibilidade de maculao do resultado do exame por falha humana intencional no processo de coleta, transporte, armazenamento, manipulao ou troca do material gentico coletado. Em se verificando essa situao, fica comprometida a credibilidade da prova pericial ante a sua ilicitude.

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Esta uma investigao em lingustica aplicada que, ao procurar perceber melhor o modo como o processo de aprendizagem do aprendente chins de portugus como língua estrangeira(PLE)pode ser afetado pela aquisio do significado metafrico, assume um pendor lingustico, no deixando de se situar no mago do ato pedaggico. Admitindo a hiptese da existncia de uma correlao positiva entre a frequncia do uso da metfora gramatical e o nvel de proficincia dos aprendentes na expresso escrita, esta dissertao pretende aprofundar a compreenso dos mecanismos de aquisio do Portugus por aprendentes (PLE/PL2) que tm como língua materna o Chins, designadamente os que se prendem com a aquisio de processos metafricos. Neste estudo, teremos como referncia a teorizao sobre o significado metafrico proposto por Halliday (1985, 1994, 2004). A ocorrncia de metforas gramaticais foi escrutinada emdois manuais de ensino de PLE concebidos para os nveis A2 e B1 do QECR, de forma a poder identificar, qualitativa e quantitativamente, os padres textuais metafricos com que os aprendentes tm que lidar nestes momentos especficos do processo de aprendizagem. Para compreender a produo escrita de pendor metafrico dos aprendentes, realizada anlise sistemtica de amostras da expresso escrita de alunos de PLE chineses dos mesmos dois nveis, constantes no Corpus de Portugus Língua Estrangeira/Língua Segunda, COPLE2. Do confronto dos dados dos dois planos de anlise, foi possvel confirmar que a transio entre os dois nveis subsequentes escolhidos (A2 e B1) representa uma mudana crucial no padro metafrico, quer dos textos propostos aos aprendentes, quer dos textos por estes produzidos, mudana esta que pode explicar alguns dos bloqueios de aprendizagem associados ao nvel B1 e seguintes. Foi possvel, entre outros aspetos, identificar a primazia da metfora ideacional na acomodao da expresso metafrica, compreender como o aprendente evita o recurso metafrico, tornando a sua escrita menos abstrata e densa, como o aprendente aborda a metfora interpessoal, restringindo o seu uso a gneros discursivos muito especficos. Sendo, embora, um estudo exploratrio, permite confirmar que esta linha de investigao oferece dados inestimveis aos professores de PLE e agentes de ensino, em geral.

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Estudo sobre os jornais tnicos em língua portuguesa destinados a brasileiros que migram para os Estados Unidos. O objetivo mapear os jornais impressos de Massachusetts e identificar se o jornal Brazilian Times, o mais antigo a circular no estado, colabora com a aculturao e/ou enraizamento das pessoas que trocaram as terras brasileiras pelo nordeste dos Estados Unidos. A metodologia englobou pesquisa bibliogrfica, de modo a fundamentar o estudo com os conceitos histricos e atuais de cidadania, comunidade e a problemtica da migrao; pesquisa documental; entrevistas semi-estruturadas e anlise de contedo do jornal. A pesquisa documental reuniu dados sobre jornais tnicos e a situao migratria Brasil - Estados Unidos. A anlise de contedo tomou como corpus 11 edies do jornal publicadas de 2001 a 2011, a qual procurou identificar e analisar os temas jornalsticos priorizados e o tipo de abordagem, alm de comparar o espao destinado ao jornalismo e publicidade e traar o perfil dos anunciantes. As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com editores do jornal e com leitores brasileiros que vivem da regio onde, preferencialmente, circula a edio impressa. Conclui-se que o Brazilian Times tanto ajuda a preservar aspectos culturais do Brasil, quanto colabora com a integrao dos migrantes ao modo de vida estadunidense. Se por um lado tem como principal objetivo o lucro, visto que reserva a maior parte do espao para anunciantes, por outro apresenta caracterstica tpica de jornais tnicos, tal como nfase nos assuntos de interesse dos migrantes (minoria), o que lhe confere um espao como formador de opinio junto comunidade brasileira nos Estados Unidos.

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Esta dissertao tem como objetivo verificar, de acordo com o conceito de marketing poltico, como se deu a construo da imagem pblica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na revista Veja durante as eleies presidenciais de 1994. Para tanto, analisou-se 19 edies desse peridico, todas relativas ao perodo de junho a outubro do referido ano. Estudou-se a propaganda ideolgica e suas categorias, como codificao, controle ideolgico, contrapropaganda e difuso, presentes no material emprico analisado. Este trabalho desenvolveu-se luz dos procedimentos metodolgicos referentes ao Estudo de Caso enquanto tipo ou estratgia de pesquisa. Entre as tcnicas para a coleta de dados, realizou-se a Anlise de Contedo de natureza quantitativa e qualitativa dos dados pesquisados e entrevista com o prprio ex-presidente. Por meio deste estudo obteve-se os seguintes resultados: Fernando Henrique Cardoso teve o maior volume em centmetro/coluna em relao ao seu opositor, o candidato Luiz Incio Lula da Silva. Em relao aos cdigos utilizados nas matrias analisadas, o volume maior em centmetro/coluna ocorreu no cdigo lingustico, significando que a revista Veja deu mais nfase s palavras, s frases e aos pargrafos que compem as estruturas articuladas, segundo os padres histricos e culturais da língua portuguesa. No que diz respeito aos gneros informativos, o volume maior em centmetro/coluna foi em reportagem, isso significa que a revista enfatizou os fatos que repercutiram e produziram efeitos na sociedade, e que foram percebidos pela revista. Concluise que as matrias publicadas fortaleceram significativamente a sua imagem perante os leitores da Veja, favorecendo-o em relao ao seu opositor, mas no chegaram a eleg-lo.(AU)

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O objetivo deste trabalho analisar as representaes sociais da língua portuguesa que circulam entre os estrangeiros que prestam a prova de proficincia CELPE-Bras, exame institudo pelo governo brasileiro para avaliar a proficincia nessa língua. Apoiado na perspectiva psicossocial das representaes sociais, conforme entendida por Serge Moscovici e colaboradores e complementada pela viso dialgica de Ivana Markov, buscou-se analisar as representaes de estrangeiros relativas língua portuguesa por meio de questionrio, contendo questes abertas, fechadas e de associao livre, aplicados a 95 candidatos ao exame CELPE-Bras na sua edio de 2012, de modo a responder s seguintes questes orientadoras: 1) Quais as representaes sociais que o estrangeiro candidato ao exame CELPE-Bras tem da língua portuguesa? 2) As motivaes para a vinda ao Brasil e para realizar o exame CELPE-Bras impactam as representaes sociais da língua? 3) Essas representaes sociais so influenciadas de acordo com a matriz cultural de origem do examinando? As anlises indicam que a língua portuguesa vista como bonita, musical e difcil, e que h uma tendncia a repetirem-se, para a língua, os contedos estereotipados da cultura brasileira, tanto entre estrangeiros latino-americanos como entre os pertencentes a outras matrizes culturais, independentemente de suas motivaes de aprendizado.

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As empresas que almejam garantir e melhorar sua posio dentro de em um mercado cada vez mais competitivo precisam estar sempre atualizadas e em constante evoluo. Na busca contnua por essa evoluo, investem em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e em seu capital humano para promover a criatividade e a inovao organizacional. As pessoas tm papel fundamental no desenvolvimento da inovao, mas para que isso possa florescer de forma constante preciso comprometimento e criatividade para a gerao de ideias. Criatividade pensar o novo; inovao fazer acontecer. Porm, encontrar pessoas com essas qualidades nem sempre tarefa fcil e muitas vezes preciso estimular essas habilidades e caractersticas para que se tornem efetivamente criativas. Os cursos de graduao podem ser uma importante ferramenta para trabalhar esses aspectos, caractersticas e habilidades, usando mtodos e prticas de ensino que auxiliem no desenvolvimento da criatividade, pois o ambiente ensino-aprendizagem pesa significativamente na formao das pessoas. O objetivo deste estudo de identificar quais fatores tm maior influncia sobre o desenvolvimento da criatividade em um curso de graduao em administrao, analisando a influncia das prticas pedaggicas dos docentes e as barreiras internas dos discentes. O referencial terico se baseia principalmente nos trabalhos de Alencar, Fleith, Torrance e Wechsler. A pesquisa transversal de abordagem quantitativa teve como pblico-alvo os alunos do curso de Administrao de uma universidade confessional da Grande So Paulo, que responderam 465 questionrios compostos de trs escalas. Para as prticas docentes foi adaptada a escala de Prticas Docentes em relao Criatividade. Para as barreiras internas foi adaptada a escala de Barreiras da Criatividade Pessoal. Para a anlise da percepo do desenvolvimento da criatividade foi construda e validada uma escala baseada no referencial de caractersticas de uma pessoa criativa. As anlises estatsticas descritivas e fatoriais exploratrias foram realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), enquanto as anlises fatoriais confirmatrias e a mensurao da influncia das prticas pedaggicas e das barreiras internas sobre a percepo do desenvolvimento da criatividade foram realizadas por modelagem de equao estrutural utilizando o algoritmo Partial Least Squares (PLS), no software Smart PLS 2.0. Os resultados apontaram que as prticas pedaggicas e as barreiras internas dos discentes explicam 40% da percepo de desenvolvimento da criatividade, sendo as prticas pedaggicas que exercem maior influencia. A pesquisa tambm apontou que o tipo de temtica e o perodo em que o aluno est cursando no tm influncia sobre nenhum dos trs construtos, somente o professor influencia as prticas pedaggicas.

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As empresas que almejam garantir e melhorar sua posio dentro de em um mercado cada vez mais competitivo precisam estar sempre atualizadas e em constante evoluo. Na busca contnua por essa evoluo, investem em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e em seu capital humano para promover a criatividade e a inovao organizacional. As pessoas tm papel fundamental no desenvolvimento da inovao, mas para que isso possa florescer de forma constante preciso comprometimento e criatividade para a gerao de ideias. Criatividade pensar o novo; inovao fazer acontecer. Porm, encontrar pessoas com essas qualidades nem sempre tarefa fcil e muitas vezes preciso estimular essas habilidades e caractersticas para que se tornem efetivamente criativas. Os cursos de graduao podem ser uma importante ferramenta para trabalhar esses aspectos, caractersticas e habilidades, usando mtodos e prticas de ensino que auxiliem no desenvolvimento da criatividade, pois o ambiente ensino-aprendizagem pesa significativamente na formao das pessoas. O objetivo deste estudo de identificar quais fatores tm maior influncia sobre o desenvolvimento da criatividade em um curso de graduao em administrao, analisando a influncia das prticas pedaggicas dos docentes e as barreiras internas dos discentes. O referencial terico se baseia principalmente nos trabalhos de Alencar, Fleith, Torrance e Wechsler. A pesquisa transversal de abordagem quantitativa teve como pblico-alvo os alunos do curso de Administrao de uma universidade confessional da Grande So Paulo, que responderam 465 questionrios compostos de trs escalas. Para as prticas docentes foi adaptada a escala de Prticas Docentes em relao Criatividade. Para as barreiras internas foi adaptada a escala de Barreiras da Criatividade Pessoal. Para a anlise da percepo do desenvolvimento da criatividade foi construda e validada uma escala baseada no referencial de caractersticas de uma pessoa criativa. As anlises estatsticas descritivas e fatoriais exploratrias foram realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), enquanto as anlises fatoriais confirmatrias e a mensurao da influncia das prticas pedaggicas e das barreiras internas sobre a percepo do desenvolvimento da criatividade foram realizadas por modelagem de equao estrutural utilizando o algoritmo Partial Least Squares (PLS), no software Smart PLS 2.0. Os resultados apontaram que as prticas pedaggicas e as barreiras internas dos discentes explicam 40% da percepo de desenvolvimento da criatividade, sendo as prticas pedaggicas que exercem maior influencia. A pesquisa tambm apontou que o tipo de temtica e o perodo em que o aluno est cursando no tm influncia sobre nenhum dos trs construtos, somente o professor influencia as prticas pedaggicas.

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The objective of this research is to describe and analyze in literary corpus, the way we conceptualize emotions, especially anger. Using the assumptions of the call Cognitive Theory of Metaphor, present a general overview of cognition metaphor on the basis of Cognitive Linguistics, and in a deeper way, we analyze the metaphorical conceptualization of anger. The proposal embodied mind, prevalent in current cognitive science, is fundamental for studies involving mental simulation. Recent research shows that the metaphor is the result of cognitive processes that involve our perception sensorimotor combined with socio-cultural experiences. The ability to build via frequency standards for our experiments is crucial to our language, including metaphorical constructions. Such constructions are the result of cognitive processes that involve the relationship between image schemas and frames. Image schemas comes from our sensorimotor experience, which lists the limits of our bodies to the limits of our surroundings, and frames, in turn, comes from our ability to stock sociocultural events. The metaphorical construction is the result of this constant relationship between body, mind and culture, situating us in bodily experiences and cultural. By analyzing five national literary works, we created an analytical framework on how anger is understood, specifically in Portuguese language. The results are important to understand, through language, how culture is part of our cognition, in conjunction with the sensorimotor aspects.

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This is a qualitative and reflexive research with focus on digital literacy. Among the digital media that could support the teaching of argumentation in the Science & Technology and Information Technology undergraduate courses of the Federal University of Rio Grande do Norte, we chose a serious game as object of research. Given the object of study in the discipline of reading and writing II argumentation and genre from the order of argumentative writing -, common to the undergraduate courses mentioned, we invest on the development of a serious game, named ArgumentACTION, because we believe that it may, in fact, become a promising didactic instrument. Therefore we intend to understand whether and how this game can help students develop their reading and writing skills more independently, specifically towards an argumentative order genre: the opinion piece. With this research, we intend to contribute to the teaching of the Portuguese language on three bases: extending theoretical scope, in order to generate greater intelligibility on the teaching-learning process of argumenting; proposing a new methodological possibility, with the incorporation of a serious games to teaching; perfecting the game with which we are working, in order to build and make available a more refined digital tool to subsidize the teaching and learning of reading and writing of opinion pieces. To do so, we use the following as theoretical-methodological: Studies of Literacy (KLEIMAN, 2012b; TINOCO, 2008; OLIVEIRA, 2010; GEE, 2009; 2010; ROJO, 2012), The Applied Linguistics (KLEIMAN, 1998; BUSH-LEE, 2009), The Philosophy of Language (BAKHTIN, VOLOSHINOV, 2012) and Critical Pedagogy (DEWEY, 2010). A group of students from the upper mentioned undergraduate courses collaborated with this research by playing and analyzing the game. They were also interviewed about their experience in this matter. From the data generated, we established the categories of analysis: decollection, interest, multimodality/multisemiosis and interactivity, agent of literacy, learning principles. The conclusions we obtained show that the investment in applications, especially games, can bring real benefits to the teaching/learning of the Portuguese language; moreover they reveal that the work on argumenting has much to gain with the incorporation of serious games; however the possible advantages depend on a focused teaching practice and constant improvements and updates of this type of interactive tool, as well as the pedagogical practice from those who use and develop the games.