701 resultados para imaginário
Resumo:
ABSTRACT: The present article is an hermeneutic reading of the poem The nausea, written by Felipe Fortuna, with the purpose of exploring the poetic work through a quadridimensional vision of the artistical object, in which the elements – the writer, the society (sociable forms, ideologies, programs, pedagogies, codes and stratification zones), the work and the imaginary (symbol image’s constellations gathered around regimes or postures) – are closely related. Equally, this work intends to demonstrate, using an hermeneutic perspective, guided by the classical hermeneutics, all the elements that compose the poem show themselves as a single and coherent shape, indissoluble association moved by a pathos that stimulates the work. KEY WORDS: Gratuitousness, pathos, imaginary, Felipe Fortuna.
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A presente investigação tem como objetivo tecer considerações acerca da presença dos rituais simbólicos na lírica da poeta curitibana Adélia Maria Woellner. A opção pelas obras de Woellner justifica-se pela relevância da obra da autora no quadro mais amplo da literatura paranaense e brasileira, além do reconhecimento que sua obra tem atingido no exterior. Serão analisados poemas em que se nota a presença de mitos, imagens e símbolos de povos distintos, como, por exemplo, da cultura judaica, grega e chinesa, buscando demonstrar a influência da memória mítica no fazer poético de Woellner, a partir dos mitemas presentes nos poemas e por meio das imagens e símbolos utilizados na construção poética, salientando que também a retomada dos mitos antigos apresenta-se como uma forma de rememoração do passado. Visa-se, ainda, observar como o tema da memória, na lírica woellneriana, encontra-se ligado à representação simbólica, ou seja, a influência que a memória exerce sobre as imagens e símbolos, alguns de caráter universal, dos quais a poeta se utiliza. A presente pesquisa bibliográfica está embasada na Teoria do imaginário, na Sociologia e na Mitocrítica, amparando-se na perspectiva teórica de autores como Mircea Eliade, Gaston Bachelard, Gilbert Durand, Octavio Paz, e Chevalier & Gheerbrant.
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Edgar Allan Poe foi um dos maiores expoentes da literatura fantástica. Destacou-se ao escrever histórias com fatos insólitos que provocam reações inquietantes em seus personagens e leitores. O presente artigo tem como objetivo fazer um estudo crítico do conto O coração delator, de Edgar Allan Poe, à luz da teoria de Tzvetan Todorov. Para tanto, utilizamos as observações sobre a obra de Edgar Allan Poe que Todorov abordou no livro Introdução à literatura fantástica. No conto analisado, um conto de crime com um narrador-protagonista que está no limite entre o real e o imaginário, procuramos identificar alguns elementos marcantes em sua estrutura e conteúdo. Todorov demonstra que a situação presente na literatura fantástica promove uma ‘hesitação’, pois no mundo que conhecemos pode acontecer algo insólito e inesperado e coincidir ou não com o mundo real. Verificamos e apresentamos a junção dos elementos que proporcionam o efeito de estranhamento e ambigüidade, bem como o ‘pandeterminismo’, características dos textos fantásticos de Edgar Allan Poe.
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A proposta deste trabalho é discutir algumas representações deidosos que aparecem na mídia impressa (revista Veja), através da análise da materialidade linguística de recortes discursivos selecionados. Nosso objetivo é levantar questionamentos sobre a identidade do idoso na sociedade contemporânea, através do imaginário que é construído por esses meios de comunicação, numa perspectiva teórica dos discursos e dos estudos da identidade. Tal problemática se põe em relevância no momento em que a população envelhece e denega esse envelhecimento, em nome da busca de um imaginário da eterna juventude. Propomo-nos, com a análise, revelar um pouco do imaginário social do idoso veiculado por essa mídia e problematizar as identidades propostas aos idosos por esses veículos deinformação, buscando desconstruir estereótipos e produzir novos olhares sobre a velhice, de forma a disseminar tal debate em outras instâncias discursivas, como o discurso pedagógico.
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O objetivo deste artigo é apresentar e analisar, com base em uma pesquisa sociolingüística, alguns dados sobre bilingüismo e redes de comunicação, ressaltando a importância da relação língua/religião para a manutenção de uma língua étnica de um grupo minoritário na cidade de Cascavel. Nesse caso, trata-se da comunidade ucraniana de Cascavel, a qual apresenta como marca, a religiosidade, representada pelo rito Bizantino da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Objetivou-se analisar os fatoresembrenhantes do bilingüismo situacional e as condições, os motivos que tornam a preservação e a manutenção da língua e da cultura possíveis nesse grupo. O estudo evidenciou que a religião é forte aliada na manutenção e na preservação da língua, bem como no imaginário simbólico dessa etnia, por apresentar ritos que ainda são realizados na língua de origem. Desse modo, é por meio dela que a identidade étnica e cultural se mantém, ao mesmo tempo em que contribui para abrandar o estigma. Nesse sentido, as famílias e a igreja são preponderantes na manutenção da língua e da cultura ucraniana. Ainda é possível afirmar que a identidade, a cultura e a língua constituem a força motriz da comunidade.
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In the 90s of the 20th century, Brazil has undergone significant changes in its development model, with the withdrawal of the state from economic activities. We consider how the discourse on privatization constitutes a relevant place for observation of recent Brazilian history. In this period, the privatization of state companies, among them telecommunications ones are performed. This article analyzes, based on the theoretical and methodological principles of discourse analysis in the tradition opened by Michel Pecheux, as the press feeds the imagination of future in the discourse on privatization of telecommunications companies. To do so, in order to understand the discursive relationships established in dominant commercial media, we devote our analysis to a corpus of reports and articles extracted from newspapers Folha de S. Paulo and O Estado de S. Paulo, which, in general, have taken a position in favor of privatization and changes in the Brazilian development model. The analysis shows that the future benefits are designed for the whole society. Thus, the past is represented negatively, because it would have produced bad effects on society and must therefore be rejected and denied in its historical continuity. In this discursive practice, privatization is introduced as a symbolic milestone period related to modernity and the construction of citizenship prosperity that will fall in the future to be built from this event. Positive meanings are focused in the future, which is directly related to privatization. Thus, the privatist position of the analyzed newspapers try to crystallize the sense of 'privado' as something beneficial and desirable, stabilizing a memory for the discursive event of privatization. This management of historical time, therefore, produces a line of continuity between present and future and a rupture between past and present, whose links are deleted to produce positive meaning for the privatization of the telecommunications.
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Resumo: Neste texto trato da ideia de representação, discutindo como essa se traslada para a da representação linguística e em que esse movimento contribui para a compreensão do objeto língua como um território de saber atravessado por uma perene reformulação e ressignificação de sentidos. Para tanto, revisito o próprio conceito de representação (Far, 2011; Jodelet, 2000, 2001; Moscovici, 1976, 1978, 2009; Sá, 1996; Zarate, 2010) e passo a problematizar o seu deslocamento para o de representação linguística (Arnoux e Del Valle, 2010; Boyer, 1996, 2003; Calvet,1998; Houdebine-Gravaud,2002; Petitjean, 2009), articulando conceitos como o de imaginário (Pesavento,1995;) e atitudes linguísticas (Dominique Lafontaine,1997; Fasold, 1984; Saville-Troike,1989). Interessa-me, ao longo deste texto, levantar algumas questões de natureza teórica e conceitual com o fim de promover um debate em torno da dimensão simbólica e, mais notadamente, de como essa pode ser relevante para a redefinição das práticas dos sujeitos, no caso de professores de línguas, situando-as no âmbito da educação linguística de professores.Palavras-chaves: Representação; educação linguística; língua
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A obra de Gabriel García Márquez nos apresenta uma produção que abrange ao mesmo tempo uma escrita crítica e uma escrita criativa. Em seus textos, o autor funde diferentes estilos de escritas deixando aparecer um texto híbrido, onde o ficcional e o histórico se fundem a exemplo de autobiografia, memória, relatos, reportagens e entrevistas que revelam o sujeito escritor, a exemplo de Viver para Contar (2002). Este texto se propõe a refletir sobre a relação imbricada entre autobiografia e outros gêneros das escritas de si na obra de Gabriel García Márquez, um tecido que revela diversas camadas do real, do imaginado, da história oficial e da memória pessoal. Intenta-se apresentar o autor não apenas como um construtor da obra literária, mas como construtor de um pensamento crítico articulando obra, vida social e práticas culturais contemporâneas em conjunto com sua escrita hibrida que vai do real, ao imaginário, memorialístico, histórico, critico, entre outros.
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O estudo parte da análise do diálogo estabelecido entre os discursos dos autores Bartolomeu Campos de Queirós e Lygia Bojunga com Monteiro Lobato em suas obras. Para essa análise tomamos como corpus as obras Vermelho amargo (2011) e Por parte de pai (1995), do Bartolomeu; e da Lygia, O abraço (2010) e Sapato de salto (2006) e, com exemplos dessas narrativas, pretendemos mostrar as intertextualidades nas obras de Lygia e Bartolomeu, com destaque para o talento deles em singularizar suas obras. Esses autores se destacam no cenário da literatura infantojuvenil brasileira e possuem grandiosa habilidade em equilibrar a realidade e o imaginário, em suas obras, ou seja, narram ficções que proporcionam às crianças um espaço com situações e fatos do cotidiano, mas com liberdade de imaginação. Observa-se nesses autores a afirmação do discurso de Lobato de preocupação com a educação das crianças, mas sem prezar pelos saberes “inteiros” e “derradeiros” e por uma representação utópica da vida.
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A partir do século XVII, inúmeros autores, como os irmãos Grimm e Hans Christian Andersen, pesquisaram e, posteriormente, publicaram histórias baseadas no folclore popular europeu. Como o período em que tais fenômenos ocorreram converge com o nascimento da família burguesa, que redirecionou a visão acerca da criança, as histórias produzidas por esses autores acabaram por ser adaptadas ao universo infantil. A figura do diabo fazia parte da memória coletiva europeia, sua presença é notadamente perceptível no ideário da Idade Média, logo, a inserção desse personagem em obras fictícias para crianças tornou-se comum nos enredos infantis da época. O artigo analisará, em alguns contos produzidos entre os séculos XVIII e XIX, as similitudes perceptíveis na criação do personagem, e comprovará seu caráter folclórico, bem como sua construção literária a partir de um denominador coletivo comum: a memória popular, que inspirou as primeiras histórias infantis, uma vez que o gênero antes de ocupar o espaço da escrita, esteve presente na memória dos povos e foi levada de geração a geração por meio da oralidade.
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Neste estudo buscamos refletir sobre as necessidades educacionais que o sujeito que se constitui na e pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) possui e como o Estado, enquanto responsável pela educação desse sujeito, se coloca frente a essa questão. Para tanto, partiremos do discurso presente na Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e do capítulo IV do Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005, que disserta sobre o uso e a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação. A fundamentação teórica tomada por base neste artigo é da Análise de Discurso de Linha Francesa (AD) originada por Pêcheux na França e estruturada no Brasil pelo grupo da professora Eni Orlandi. A AD concebe a língua funcionando para a produção de sentidos. Além disso, também nos embasarão, bibliografias referentes à Politica de Língua e a História das Ideias Linguísticas (HIL).