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Resumo:
Grande preocupaçao para o ensino de lÃngua materna tem sido a questao dos estudos linguÃsticos, no que se refere à PolÃtica de LÃngua, cujas bases alicerçam-se nas discussoes sobre a identidade cultural, ideológica e linguÃstica de um povo. Objetivamos, assim, discutir polÃticas linguÃsticas implementadas em diversos momentos no que tange à questao cultural lusófona. Por isso, julgamos necessário apresentar as concepçoes de PolÃtica LinguÃstica, de Cultura, de Ideologia e de Lusofonia numa acepçao mais ampla dos termos. Observaçoes atinentes à s PolÃticas de LÃngua presentes no cotidiano de uma naçao em movimento num mundo lusófono crescente, leva-nos aos instrumentos tecnológicos referentes à linguagem (gramatizaçao: gramática e dicionário) e à história do povo que fala. Assim, consideramos como Calvet (1996:3) que a PolÃtica LinguÃstica, sendo uma relaçao imposta pelo Estado a um dado povo, estabelecendo uma planificaçao lingüÃstica que leva uma maioria a adotar a lÃngua de uma minoria, impoe se pela responsabilidade do Estado com a assunçao de uma determinada lÃngua e de uma nova identidade, o que provoca a consolidaçao do processo de nacionalizaçao de um grupo. Uma unidade linguÃstica foi prescrita por Portugal que determinou uma PolÃtica LinguÃstica Brasil/Portugal, trazendo para territórios de "além-mar" uma lÃngua nacional portuguesa que acabou identificando o brasileiro como povo. Determinados pelo princÃpio "uma lÃngua, uma naçao", que fortalece a sobrevivência do Estado, fundamo- nos na necessidade de aprendizagem e de uso de uma lÃngua oficial como obrigaçao para os cidadaos e na obrigatoriedade da sistematizaçao, isto é, de gramatizaçao (Auroux 1992, p. 65). Esse fenômeno foi generalizado no século XVI quando houve a gramatizaçao dos vernáculos europeus, determinando, assim, a instauraçao de uma PolÃtica LinguÃstica