914 resultados para Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (SP)


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A prática do ioga tem se tornado cada vez mais popular, não apenas pelos benefícios físicos, mas principalmente pelo bem-estar psicológico trazido pela sua prática. Um dos componentes do ioga é o Prãnãyama, ou controle da respiração. A atenção e a respiração são dois mecanismos fisiológicos e involuntários requeridos para a execução do Prãnãyama. O principal objetivo desse estudo foi verificar se variáveis contínuas do EEG (potência de diferentes faixas que o compõem) seriam moduladas pelo controle respiratório, comparando-se separadamente as duas fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), na situação de respiração espontânea e controlada. Fizeram parte do estudo 19 sujeitos (7 homens/12 mulheres, idade média de 36,89 e DP = ± 14,46) que foram convidados a participar da pesquisa nas dependências da Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. Para o registro do eletroencefalograma foi utilizado um sistema de posicionamento de cinco eletrodos Ag AgCl (FPz, Fz, Cz, Pz e Oz) fixados a uma touca de posicionamento rápido (Quick-Cap, Neuromedical Supplies®), em sistema 10-20. Foram obtidos valores de máxima amplitude de potência (espectro de potência no domínio da frequência) nas frequências teta, alfa e beta e delta e calculada a razão teta/beta nas diferentes fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), separadamente, nas condições de respiração espontânea e de controle respiratório. Para o registro do ciclo respiratório, foi utilizada uma cinta de esforço respiratório M01 (Pletismógrafo). Os resultados mostram diferenças significativas entre as condições de respiração espontânea e de controle com valores das médias da razão teta/beta menores na respiração controlada do que na respiração espontânea e valores de média da potência alfa sempre maiores no controle respiratório. Diferenças significativas foram encontradas na comparação entre inspiração e expiração da respiração controlada com diminuição dos valores das médias da razão teta/beta na inspiração e aumento nos valores das médias da potência alfa, sobretudo na expiração. Os achados deste estudo trazem evidências de que o controle respiratório modula variáveis eletrofisiológicas relativas à atenção refletindo um estado de alerta, porém mais relaxado do que na situação de respiração espontânea.

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Este estudo teve por objetivos: - descrever as dificuldades nas relações entre as filhas-cuidadoras e suas mães idosas dependentes de cuidados, a partir de relatos das filhas; - investigar, a partir dos relatos da história familiar dessas filhas, a existência de conflitos prévios a necessidade de cuidar, relacionados à construção dos vínculos; identificar os principais desafios associados assistência ao cuidador familiar de idosos no que tange a resolução de conflitos com o idoso dependente. Método – tratou-se de um estudo qualitativo em que foram apresentados três casos clínicos de cuidadoras que haviam sido encaminhados para atendimento psicológico pela equipe multiprofissional de um Instituto de Geriatria e Gerontologia, unidade de atenção secundária da Secretaria de Estado da Saúde de S.P. Os resultados indicaram dificuldades relacionais entre ambas: cuidadoras filhas e mães idosas. As cuidadoras revelaram sobrecarga física e emocional e grande sofrimento. Todavia, a existência desses conflitos remontava às relações anteriores à atual situação de dependência; ficando bastante evidenciado, tanto pelas histórias de vida das cuidadoras, quanto pelo conteúdo trazido durante o processo terapêutico, a repetição das relações primeiras estabelecidas entre mãe-filha. O processo psicoterapêutico pôde permitir a essas cuidadoras a compreensão da necessidade em ter suas falhas ambientais supridas, na medida em que foi propiciado um ambiente favorável ao relacionamento humano. Assim, ao observarmos que ao longo do processo as pacientes apresentavam mudanças significativas, entendemos que a psicoterapia pode figurar como meio preventivo e preservação de equilíbrio psíquico.

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Among the species of freshwater shrimp being cultivated, Macrobrachium rosenbergii stands out. Knowledge about the behavior of this species and the influence of certain factors on its development can help optimize management practices and minimize the likely impacts shrimp farming has on the environment and the animals themselves. The objective of this study was to characterize the species' behavior during early stages of development under different stocking densities over a 24-hour cycle. Ten day old postlarvae were transferred from the Jundiaí School of Agriculture (EAJ - Escola Agrícola de Jundiaí) in Macaíba (RN), Brazil to the Shrimp Behavior Laboratory (LSPR - Laboratório de Estudos do Comportamento do Camarão) at the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), where they were weighed and measured. Eight aquaria with constant temperature, aeration and filtration, and subjected to a12 h light/12 h dark cycle were used for each experiment. Each aquarium also contained two shelters made of bricks and the water quality was monitored weekly. Behavioral observations were made at two densities: 25 individuals/m-² and 40 individuals/m-². The methods for recording behaviors were: behavioral sampling – enter and leave the shelter, exploring on the substrate, exploring in the water column, move away, attack, pursuit and cannibalism; scan sampling - inactivity, feeding, exploration, digging, swimming, cleaning and staying in the shelter. Observations were made during a 15 minute period/per aquarium at a frequency of 4 times daily, for 4 days/week, and over 4 weeks. Food was provided 2 times/day for each aquarium population, immediately before the 1st and 3rd observation periods. Our results demonstrate that at high density, there is an increased frequency of agonistic behavior; during the light phase, there is a greater frequency of behaviors that result in less exposure (inactivity, cleaning and staying in the shelter); during the dark phase, there is an increased frequency of behaviors that result in greater exposure (feeding, exploration, swimming and digging); at times of feed offer, there is an increased frequency of leaving the shelter, moving away, pursuit, feeding, exploration and swimming. At low density, the animals showed a lower frequency of agonistic behaviors, greater weight gain and higher growth rates, which indicates that this is a more favorable growing environment for cultivation and when applied, can generate better living conditions, favor survival rates and increase management success

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O crescimento demográfico de idosos é um fenômeno mundial e exerce influência sobre o desenvolvimento e funcionamento das sociedades. Fatores sociais, econômicos, ambientais, biológicos e culturais influenciam o processo de envelhecimento, que pode vir acompanhado de contínua perda na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, de maior vulnerabilidade ao estresse, limitações funcionais e diminuição da qualidade de vida do indivíduo. Todavia, ao longo do curso da vida, o indivíduo vivencia múltiplas exposições adversas à saúde, e o declínio da mobilidade surge como um dos primeiros sinais do envelhecimento, repercutindo na saúde física e mental do indivíduo. Para contribuir com o conhecimento sobre os desfechos relacionados ao envelhecimento e mobilidade, o estudo IMIAS investiga idosos em quatro países com diferentes perfis epidemiológicos. O presente estudo abordou os possíveis fatores associados ao declínio físico em idosos de distintas sociedades, sobre a perspectiva epidemiológica do curso da vida e dos biomarcadores da inflamação e do estresse. Objetivos: 1) Analisar as relações entre as adversidades sociais e econômicas, vivenciadas durante a infância, a fase adulta e a velhice, com o baixo desempenho físico em populações idosas, de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. 2) Verificar a associação entre os níveis elevados da proteína c-reativa (PCR) com o desempenho físico em idosos de diferentes populações. 3) Avaliar se a desregulação nos níveis de cortisol diurno exerce influência sobre o desempenho físico em idosos com distintos perfis epidemiológicos. Métodos: Foram utilizados dados da linha de base do IMIAS – Estudo Internacional de Mobilidade no Envelhecimento, composto por 1.995 indivíduos entre 65 e 74 anos de idade, residentes em comunidades de quatro países (Albânia, Brasil, Canadá, Colômbia). O desempenho físico foi avaliado através do Short Physical Performance Battery (SPPB) e da força de preensão manual. As adversidades durante o curso da vida foram estimadas a partir de eventos e exposições sociais, econômicas e culturais ocorridas durante a infância, fase adulta e velhice. Para avaliar o percurso biológico e suas associações com a mobilidade, a proteína c-reativa e o cortisol foram considerados como biomarcadores da inflamação e do estresse, respectivamente. No sentido de responder as questões de investigações, foram conduzidas análises de estatística descritiva, bivariada e multivariada, mediante técnicas de distribuição de frequências, teste qui-quadrado, odds ratio e regressões logística, linear e multinível. Resultados: O desempenho físico foi menor nos participantes que vivem na Colômbia, Brasil e Albânia do que nos que vivem no Canadá, mesmo quando ajustados por idade, sexo e adversidades durante o curso da vida. O baixo nível de desempenho físico (SPPB < 8) foi associado a ter sofrido adversidade social e econômica na infância, ter tido ocupação semiqualificada na fase adulta, morar sozinho e possuir renda insuficiente na velhice. A PCR esteve associada com a baixa força de preensão manual e com o SPPB<8. Entretanto, a associação entre a PCR e a força de preensão manual não se manteve quando ajustada por fatores socioeconômicos e hábitos de saúde. As associações negativas entre SPPB e PCR permaneceram significativas mesmo após ajustes por idade, sexo, escolaridade, local de pesquisa e condições de saúde. O baixo desempenho físico (SPPB ≤ 8) foi associado com uma significativa diminuição nos níveis de cortisol ao acordar, em comparação com os níveis de cortisol de idosos com bom desempenho físico (SPPB > 8), mesmo após modelos controlados por local de estudo, sexo, depressão, hábitos de saúde, uso de psicotrópicos e índice de massa corporal. Conclusões: Os resultados evidenciaram associação entre a inflamação, o estresse e as desigualdades sociais e econômicas na infância, sobre o desempenho físico de idosos com diferenciados perfis epidemiológicos. Enfatizamos que a promoção do envelhecimento saudável requer considerar políticas e práticas que favoreçam o bem-estar econômico e social para crianças, adultos e idosos.

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Voice disorders (VD) in the elderly can interfere negatively in communication, emotional well-being and quality of life, conditions that correspond to greater exposure to illness and social isolation bringing consequent economic impact for the health system. It is assumed that institutionalized confinement, weakness and morbidity associated to nursing home (NH) contribute to transform VD an especially prevalent condition in institutionalized elderly, including those without cognitive impairment. Thus, the aim of this study was to determine the prevalence and associated factors of VD in NH elderly residents without cognitive impairment. There is no epidemiological diagnostic instruments of VD for elderly populations, so the first step of this study was dedicated to prepare and analyze the psychometric properties of a short, inexpensive and easy to use questionnaire named Screening for Voice Disorders in Older Adults (Rastreamento de Alterações Vocais em Idosos—RAVI). The methodological procedures of this step followed the guidelines of the Standards for Educational and Psychological Testing and contemplated validity evidence based on test content, based on response processes, based on internal structure and based on relations with other variables, as well as reliability analysis and clinical consistency. The result of the validation process showed that the RAVI final score generate valid and reliable interpretations for the epidemiological diagnosis of VD in the elderly, which endorsed the use of the questionnaire in the second stage of the study, performed in ten NH located in the city of Natal, Rio Grande do Norte. At this stage, data from socioeconomic and demographic variables, lifestyle, general health conditions and characterization of the institution were collected. It was performed a bivariate analysis and it was calculated the prevalence ratio as a magnitude association measure, with a confidence interval of 95%. The variables with p-value less than 0.20 were included in the multiple logistic regression model that followed the Forward selection method. The odds ratio found in the multivariate model was converted into prevalence ratio and the level of significance was 5%. The sample consisted of 117 subjects with predominance of females and average of 79.68 (± 7.92) years old. The prevalence of VD was 39.3% (95% CI: 30.4-48.1%). The multivariate model showed statistically significant association between VD and depressive symptoms, smoking for a year or more and selfreported hearing loss. In conclusion, VD is a prevalent health condition in NH elderly residents without cognitive impairment and is associated with factors involving psychosocial, lifestyle and communicative disability that require attention of managers and professionals involved with NH environment. Strategies to encourage communication and social integration, actions to combat smoking and minimizing the effects of hearing loss could stimulate the physical well-being, emotional and mental health of institutionalized elderly population, contributing to the vocal and communicative maintenance, a more effective social inclusion and better overall health condition.

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The use of behavioural indicators of suffering and welfare in captive animals has produced ambiguous results. In comparisons between groups, those in worse condition tend to exhibit increased overall rate of Behaviours Potentially Indicative of Stress (BPIS), but when comparing within groups, individuals differ in their stress coping strategies. This dissertation presents analyses to unravel the Behavioural Profile of a sample of 26 captive capuchin monkeys, of three different species (Sapajus libidinosus, S. flavius and S. xanthosternos), kept in different enclosure types. In total, 147,17 hours of data were collected. We explored four type of analysis: Activity Budgets, Diversity indexes, Markov chains and Sequence analyses, and Social Network Analyses, resulting in nine indexes of behavioural occurrence and organization. In chapter One we explore group differences. Results support predictions of minor sex and species differences and major differences in behavioural profile due to enclosure type: i. individuals in less enriched enclosures exhibited a more diverse BPIS repertoire and a decreased probability of a sequence with six Genus Normative Behaviour; ii. number of most probable behavioural transitions including at least one BPIS was higher in less enriched enclosures; iii. proeminence indexes indicate that BPIS function as dead ends of behavioural sequences, and proeminence of three BPIS (pacing, self-direct, active I) were higher in less enriched enclosures. Overall, these data are not supportive of BPIS as a repetitive pattern, with a mantra-like calming effect. Rather, the picture that emerges is more supportive of BPIS as activities that disrupt organization of behaviours, introducing “noise” that compromises optimal activity budget. In chapter Two we explored individual differences in stress coping strategies. We classified individuals along six axes of exploratory behaviour. These were only weakly correlated indicating low correlation among behavioural indicators of syndromes. Nevertheless, the results are suggestive of two broad stress coping strategies, similar to the bold/proactive and shy/reactive pattern: more exploratory capuchin monkeys exhibited increased values of proeminence in Pacing, aberrant sexual display and Active 1 BPIS, while less active animals exhibited increased probability in significant sequences involving at least one BPIS, and increased prominence in own stereotypy. Capuchin monkeys are known for their cognitive capacities and behavioural flexibility, therefore, the search for a consistent set of behavioural indictors of welfare and individual differences requires further studies and larger data sets. With this work we aim contributing to design scientifically grounded and statistically correct protocols for collection of behavioural data that permits comparability of results and meta-analyses, from whatever theoretical perspective interpretation it may receive.

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Para melhorar o apoio social prestado às pessoas com deficiência em Portugal, urge perceber como esta população perceciona a própria Qualidade de Vida (QV). Este trabalho tem como objetivos: adaptar e validar a escala Gencat de Calidade de vida à população portuguesa adulta com deficiência; estudar como se manifesta a Qualidade de Vida na população portuguesa adulta com deficiência; analisar a relação de QV com algumas variáveis socio demográficas da população portuguesa adulta com deficiência, tipos de incapacidades e gravidade da amostra. A escala Gencat foi aplicada a 303 pessoas com perturbações motoras, sensitivas e/ou do desenvolvimento. Foi realizada a caraterização sociodemográfica do informador e da pessoa avaliada e a caracterização da gravidade da perturbação sofrida. O estudo psicométrico resultou numa escala de 54 itens e 8 domínios: Autodeterminação, Suporte Institucional, Satisfação Ocupacional, Bem-Estar Emocional, Inclusão Social, Condições Habitacionais e Comunitárias, Auto-eficácia e Bem-estar Físico. A escala apresenta boas propriedades psicométricas. A idade está inversamente correlacionada com as dimensões apoio institucional e bemestar físico da escala de Gencat. A população analfabeta apresenta menor QV global, nomeadamente na autodeterminação, suporte institucional, inclusão social e bem-estar físico. As pessoas institucionalizadas relativamente às que vivem em contexto familiar apresentam valores mais baixos de QV, nomeadamente na autodeterminação, suporte institucional, inclusão social e auto-eficácia, mas apresentam pontuações melhores condições habitacionais e comunitárias. O grau de incapacidade e a intensidade das perturbações cognitiva, motora, autismo e cegueira correlaciona-se inversamente com a QV, nomeadamente na autodeterminação, no suporte institucional, na inclusão social e o bem-estar físico.

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Objetivos: O presente estudo tem como objetivos gerais analisar a perceção que as mães de famílias monoparentais têm das suas forças familiares, do suporte social e da sua saúde mental, segundo algumas características sociodemográficas. Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, de análise univariada, com uma amostra de 43 mães de famílias monoparentais. Na recolha dos dados utilizámos o Questionário das Forças Familiares (QFF) (Melo & Alarcão, 2011) para avaliar as forças e processos de resiliência familiar; a Escala de Apoio Social (EAS) (Matos & Ferreira, 2000) para avaliar o apoio social percebido; o Mental Health Inventory (MHI5) (Ribeiro, 2001) para avaliar a perceção de saúde mental e ainda um questionário para a caracterização sociodemográfica da amostra. Participantes: A nossa amostra é constituída por 43 mães de famílias monoparentais femininas, tendo em média 38 anos de idade, solteira ou divorciada/separada, vivendo nesta situação há aproximadamente 4 anos. As participantes apresentam um nível de escolaridade do ensino secundário (41,9%) e do ensino superior (46,5%) e, maioritariamente encontram-se empregadas (81,4%). A maioria das mães tem apenas 1 filho (62,8%) e a situação mais comum de agregado doméstico é apenas viverem com os seu(s) filho(s) (72,1%). Resultados: De um modo geral estas mulheres apresentam uma boa perceção, tanto das suas forças familiares (M = 109,84), como do suporte social (M = 58,33) bem como da sua saúde mental (M = 20,05), sendo que estas variáveis se correlacionam entre si de uma forma positiva e significativa. As mães com menor número de filhos e aquelas que apresentam um provável bem-estar psicológico revelam uma melhor perceção das forças familiares, quando comparadas com as que têm mais filhos e as que apresentam provável sofrimento psicológico, respetivamente. Conclusões: A nossa investigação revela que as mães de famílias monoparentais femininas têm capacidades para percecionar forças na sua família e também para percecionar um bom suporte social e um bem-estar positivo, estando todos estes fatores interligados. Porém, torna-se pertinente promover e desenvolver iniciativas que de alguma forma ajudem estas famílias a potenciarem as suas próprias competências, devendo ser sinalizadas para acompanhamento psicológico as situações em que se verificam algumas dificuldades de adaptação.

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Introdução: Uma relação de vinculação segura implica a presença de um modelo representacional das figuras de vinculação como “disponíveis” e capazes de proporcionar protecção e que a qualidade dos cuidados parentais precoce é fundamental a determinar a saúde mental dos indivíduos. Se esta relação assume um enorme relevância para a saúde mental de qualquer ser humano, a institucionalização de crianças/jovens, envolvendo ameaças em termos da disponibilidade das figuras de vinculação constitui uma condição propícia para atrasos de desenvolvimento e aumento da probabilidade do desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica. Os objectivos deste estudo passam, então, por analisar as diferenças na vinculação, mas também na auto-estima, de jovens institucionalizados vs nãoinstitucionalizados. Metodologia: A nossa amostra é constituída por 223 jovens nãoinstitucionalizados de duas escolas do Concelho de Coimbra (média de idades M=15.3; desvio-padrão, DP=1.97) e 47 jovens institucionalizados (M=15.5 DP=1.93). Tanto os jovens institucionalizados como não-institucionalizados preencheram um questionário com questões sóciodemográficas, relacionais, escolares, de saúde e bem-estar (com pequenas particularidades em algumas variáveis conforme a sub-amostra), o Inventory of Parent Attachment (IPPA) e a Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). A sub-amostra de jovens institucionalizados respondeu ainda a questões sobre a sua adaptação/vivência ao/no Lar. Resultados: Os rapazes da amostra não institucionalizada apresentam uma pontuação média mais elevada de auto-estima vs. raparigas. Nos jovens institucionalizados não foram encontradas diferenças de género a este nível. Não existem diferenças de género, em ambas as sub-amostras, na pontuação total do IPPA e suas dimensões. Os rapazes nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados não divergem na pontuação média total de autoestima. O mesmo sucede com as raparigas. Ambas as sub-amostras não divergem na pontuação média total do IPPA e suas dimensões. Na amostra não-institucionalizada quer nos rapazes, quer nas raparigas não existem diferenças na pontuação total média na RSES, entre os jovens mais novos vs. mais velhos. Na amostra institucionalizada também não se verificam diferenças na pontuação total na RSES por idades. Nos jovens não institucionalizados foram encontradas diferenças na pontuação total média no IPPA (e suas dimensões, à excepção da Alienação), por idade, com os mais novos a apresentarem sempre valores médios mais elevados. Na amostra institucionalizada estas diferenças não se verificaram. Nos rapazes e raparigas da amostra não-institucionalizada verificaram-se associações significativas entre a pontuação na RSES e no IPPA e em todas as suas dimensões. O mesmo se verificou na subamostra institucionalizada. Não existe uma associação significativa entre a pertença a dada sub-amostra e a pertença ao grupo “pouco seguro” vs. “muito seguro”. Apesar de outras associações terem sido encontradas, importa reforçar as associações significativas entre a pontuação na auto-estima e na vinculação total e suas dimensões (quer nos rapazes e raparigas não-institucionalizados, como na amostra institucionalizada) e variáveis como a sintomatologia depressiva, a sintomatologia ansiosa e algumas variáveis relacionais. Discussão/Conclusão: De um modo geral parecem não existir diferenças entre jovens nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados em termos de vinculação e de auto-estima. Porém, a uma vinculação insegura e uma menor auto-estima associam-se piores outcomes (e.g. sintomatologia depressiva) em ambas as amostras. Os profissionais trabalhando com adolescentes não-institucionalizados ou institucionalizados devem preocupar-se em avaliar a sua auto-estima e vinculação, procurando, eventualmente, nelas intervir terapeuticamente. / Introduction: It is well kown that a secure attachment relation implies the presence of representational model of the attachment figures as being available and able to provide protection and that the quality of earlier parental care is crucial in determining subjects mental health and there developmental trajectories. If this relation assumes such a big relevance to the mental health of any human being, the institutionalization of children/adolescents, even when truly needed, involving threats in terms of the availability of attachment figures constitutes a condition that might lead to developmental delays and might increase the probability of psychopathological sintomatology developing. The aims of this study are, then, to analyze if there are attachment differences and, also, in self-esteem, between a sub-sample of non-institutionalized and institutionalized adolescents. Methodology: Our sample comprises 223 adolescents non-institutionalized from two schools of Coimbra Council (mean age, M=15.3; standard deviation, SD=1.97) and 47 institutionalized adolescents (M=15.5 SD=1.93). Both sub-samples filled in a questionnaire with sociodemographic, relational, about school, health and well-being questions (with small particularities in some variables, regarding each sub-sample), the Inventory of Parent Attachment (IPPA) and the Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). Institutionalized adolescents also answered questions about the adaptation/life to/in the institution. Results: Boys from the non-institutionalized sub-sample present an higher self-esteem mean score vs. girls. We did not find significant gender differences in self-esteem mean score in the subsample of institutionalized adolescents. There are no gender differences, in both sub-samples, in IPPA (and all its dimensions) total score. Non-institutionalized boys vs. institutionalized boys do not differ in their self-esteem mean score. The same is valid for girls. Both subsamples do not differ in their IPPA (and all its dimensions) mean score. In the noninstitutionalized sample, either in boys, either in girls there are no differences regarding total RSES mean score, between younger (12-15 years old) and older (16-20 years old) adolescents. In the institutionalized sample there were also no differences regarding this score, by age groups. In the non-institutionalized sub-sample we found differences in IPPA total mean score (an in all its dimensions, with the exception of Alienation), by age, with younger adolescents presenting always higher mean scores. In the institutionalized sample there were no differences. Both in boys and girls from the non-institutionalized sample there were significant associations between RSES score and IPPA (and all its dimensions) score. The same result was found in the total institutionalized sample. Although other significant associations were found, we must reinforce the presence of significant associations between self-esteem score and IPPA total score (and of its dimensions) (either in boys and girls noninstitutionalized, either in the institutionalized sub-sample) and variables such as lifetime and depressive symptomatology in the last two weeks, anxious symptomatology in the last two weeks and some relational variables. Discussion/Conclusion: In general, we did not found significant differences between non-institutionalized vs. institutionalized adolescents in terms of attachment and self-esteem. However, a secure attachment and a lower self-esteem are associated with worst outcomes (e.g. depressive symptomatology) in both samples. Professionals working with adolescents, either or not institutionalized must assess their selfesteem and attachment and might, eventually, intervene on these aspects therapeutically.

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Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Ensino Especial – ramo de Problemas de Cognição e Multideficiência

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A esperança média de vida tem vindo a aumentar, resultando no envelhecimento da população mundial e, consequentemente, num aumento das populações com idades mais avançadas. Torna-se, por isso, importante estudar as especificidades do envelhecimento para que possamos trazer bem-estar e qualidade de vida a esta população que é cada vez mais numerosa, já que o envelhecimento traz mudanças a nível do corpo humano que se vão repercutir na saúde geral e na saúde oral. Os idosos apresentam, normalmente, pobres condições de saúde oral, sendo as doenças orais que mais acometem a esta população a perda dentária, a experiência de cárie, as altas taxas de prevalência de doença periodontal, a xerostomia e o pré-cancro/cancro oral. Além do envelhecimento populacional, têm sido notadas, ao longo do tempo, mudanças na estrutura familiar. Tudo isto leva a que o número de idosos institucionalizados aumente. Neste estudo foram utilizados dados, ainda não publicados, recolhidos no âmbito do projeto Sorrisos de Porta em Porta, que pertence à Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Portugueses. Este projeto visa a promoção de hábitos de saúde oral na população idosa e atua através da realização de ações de sensibilização subordinadas à temática da saúde oral no idoso e realização de rastreios de saúde oral aos idosos que se encontrem no âmbito de uma reposta social. Foram observados um total de 3586 idosos com idade igual ou superior a 65 anos, onde 70,3% eram do género masculino. A idade média (desvio padrão) encontrada foi 81,9 (±7,5) e a maioria referiu ser autónoma nos cuidados de higiene oral, no entanto, observou-se que grande parte dos idosos não realizava a escovagem diária e mais de metade destes disse não sentir necessidade de o fazer. Observou-se também, que apenas 13,7% tinham tido a sua última consulta de Medicina Dentária nos últimos 6 meses e a maioria disse visitar o Médico Dentista por razões de dor dentária. A média (desvio padrão) obtida para o Índice CPOd foi 26,3 (±8,4), sendo a componente “Perdidos” a mais significativa. Relativamente ao Índice de Placa, a maioria apresentava um acúmulo de placa bacteriana maior de 1/3 mas menor de 2/3. Quanto ao tipo de desdentação a maior percentagem era a de idosos desdentados parciais sem prótese. Foi também realizada uma pesquisa bibliográfica. Com este estudo concluiu-se que o estado de saúde oral dos idosos é bastante pobre consequência de uma pobre higiene oral e de falta de cuidados de saúde oral. Há uma grande necessidade de se instruir as pessoas relativamente à importância da Medicina Dentária e dos problemas que uma má saúde oral pode trazer para a saúde em geral.

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A dor tem sido apontada como uma das principais causas do sofrimento humano, contribuindo para a diminuição da qualidade de vida, tanto a nível psicossocial como económico. O seu controlo no pós-operatório tem sido palco de investigação pela frequência do fenómeno e pelas consequências de sofrimento e riscos desnecessários para a pessoa que a sofre. O enfermeiro no âmbito das suas competências profissionais, encontra-se numa posição relevante para promover o bem-estar e conforto recorrendo a intervenções farmacológicas e não farmacológicas para o seu controlo. O ambiente físico da unidade de cuidados pós-cirúrgicos pode atuar como mais uma fonte de desconforto e assim contribuir para aumentar a complexidade da gestão da dor da pessoa alvo de cuidados. Assim, pretende-se analisar a influência da iluminação e da temperatura ambiente da unidade como estímulos nas manifestações de dor da pessoa em pós-operatório imediato e, a gestão das mesmas por parte do enfermeiro. É um estudo descritivo, exploratório, de natureza observacional, realizado numa unidade de cuidados pós cirúrgicos de uma unidade hospitalar. Os dados foram colhidos em 64 observações de prestação de cuidados - por dez enfermeiros - nas primeiras quatro horas após a admissão da pessoa submetida a cirurgia. Foi construída, para registos de dados, uma lista de verificação que inclui condições de temperatura ambiente, grau de sedação e indicadores não-verbais de dor. Os principais resultados obtidos demonstram que a pessoa em situação pós-cirúrgica que se encontra num ambiente em que a iluminação natural e a temperatura estão mais controladas ou ausentes apresenta um número de episódios de dor menor do que aquela que se encontra num ambiente com iluminação intensa ou ambiente térmico não controlado. A gestão da luminosidade poderá ter influenciado mais a ausência de manifestações de dor, do que a gestão da temperatura ambiente. Há recurso quase exclusivo à terapêutica farmacológica para o controlo da dor da pessoa em situação pós cirúrgica. Não se observam comportamentos intencionais de controlo das condições de iluminação e temperatura da unidade nas primeiras horas de pós-operatório.

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Brazil is the third largest producer and exporter of turkey meat, especially in Paraná state, with the largest production volume. In worldwide the animal welfare is a prerequisite for food quality of animal origin, especially in Europe. The Regulation of European Community No 1099/2009 provides requirements for poultry stunning that associate with animal welfare as a means to minimize the pain and suffering from the slaughter. Improper application of callousness should produce low-quality meat, and significant industry losses. This Research aimed to evaluate the impacts on the quality of meat from turkeys, applying electrical stunning parameters established in the Regulation No 1099/2009 of the Council of 24 September 2009. Was applied an outline with 8 tests set equidistantly to frequency, and set parameters for current and voltage, and a control test. Were conducted qualitative assessments of hematoms and bruises / fractures in carcasses, hematoms, blood splashed and bleeding in turkey breast, and quantitative pH, color (L *), water holding capacity and shear force in turkey breast. The individual assessments showed no significant difference (p>0,05). In multivariate cluster analysis was the formation of two distinct groups: group 1 - 50 Hz to 200 Hz (low frequency) and group 2 - 633 Hz to 1500 Hz (high frequency), which showed significant difference (p= 0,016). In principal component analysis multivariate, the group 1 tend to have a higher incidence of bruising, blood splashed, bleeding and water holding capacity in breast turkeys, and bruises / fractures and hematoms on carcasses. The Group 2 tends to have a lower incidence of these parameters, and higher pH values, shear force and color (L *). Positive correlation was obtained for the parameters pH and shear force (r= 0.7506, p=0.0198); bleeding and splashed blood (r= 0.8811, p= 0.0017), and negative correlation to color (L*) and splashed blood on breast (r= -0.7889; p= 0.0115); breast hematoms and shear force (r= -0.7844; p= 0.0123). It has been observed that at lower frequencies stunning tends to have higher incidence of defects in the carcasses and turkey breast. The use of high frequencies in stunning, create smaller quantity of trimming, and an increase in turkey breast volume produced, with a financial gain of approximately R$250,000.00 / year. Moreover, there is no need increase the workers to do the trimming tasks and, therefore, higher financial results for companies. Therefore, we recommend the use of high frequencies in the stunning of turkeys.

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Desde a publicação do livro Silent Spring, 1962, de Rachel Carson, do livro The Limits to Growth, 1972, do Clube de Roma e do impacto provocado pelo Relatório Brundtland, Our Common Future, 1987, pela World Commission on Environment and Development, que os organismos internacionais se envolvem em parcerias e assinam declarações de compromisso com a Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável – EADS. O objetivo do presente artigo é realizar uma narrativa sobre os eventos dedicados à EADS, com início na Conferência de Estocolmo até à Conferência do Rio+20. O estudo teve como base metodológica uma revisão crítica da literatura. Concluiu-se que a sociedade tomou maior consciência sobre os problemas ambientais a partir de 1970. Despontaram as primeiras respostas político-administrativas na Conferência de Estocolmo e, mais tarde, publicou-se a Informação Brundtland pela equipa interdisciplinar de experts em meio ambiente. Daqui resultaram o Tratado de Bem-estar (garantia dos direitos mínimos aos cidadãos pelo Estado) e o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Surgiu assim a solidariedade social para com o futuro da humanidade, que implicou o princípio de “não hipotecar os recursos das gerações futuras”. Na Conferência do Rio a EADS foi plenamente aceite e divulgada pelo mundo. Todavia, com a entrada do novo milénio, a atenção dada à EADS regrediu significativamente.

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Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2016.