278 resultados para Enunciação sincrética
Resumo:
O presente artigo apresenta e discute alguns resultados de uma investigação sociológica em curso acerca das transformações sociais resultantes das intervenções urbanísticas e habitacionais promovidas pelo Estado no centro do Porto ao longo do último meio século. A investigação em causa é bastante abrangente – quer do ponto de vista do horizonte temporal que abarca, quer do ponto de vista temático –, pelo que neste artigo as atenções estarão centradas na enunciação, a partir da reconstituição empírica e analítica dos pontos de vista de educadores e professores de um agrupamento vertical de escolas, de algumas das dinâmicas recentes da relação das famílias com a instituição escolar em contextos sociais caracterizados por níveis elevados de privação económica e cultural e por processos vincados de segregação física e simbólica.
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pp. 95-105
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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos Portugueses (Área de Especialização em Estudos Literários)
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Amante da Cidade, é a sua configuração do espaço através dos tempos que se impõe como desafio ou ainda, a marca indelével dos tempos na vivência do espaço. Transformá-la em linguagem é talvez redator. Mas a atracção a considerá-la como "um tecido", "uma escrita", acarreta e desafia a sua leitura. Desta leitura se poderá dizer que ela é tanto o discurso que sobre a cidade se tece, lendo, apreendendo, articulando os elementos arquitectónicos e a sua inserção no espaço urbano, a rede de vias, acessos, comunicações que no seu interior se estabelece, como também a própria deambulação no espaço urbano, feita de vivências, ritmos e paragens: hipóstases e êxtases, enfim, o conjunto de prádcas citadinas a que poderemos chamar globalmente actos de enunciação.
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Conhecer e saber remetem, pelo seu semantismo, para actividades .que exprimem funções cognitivas. São aliás classificados como verbos de actividade mental (Mateus et alii, 1998: 270-272). Não seria, porém, necessário recorrer ao seu semantismo específico para, enquanto formas lingüísticas, se constituírem, desde logo, como representações lingüísticas, marcadoras, portanto, de determinadas operações de natureza cognitiva, operações essas de que resultam, naturalmente, os enunciados. Partimos, pois, de uma concepção de linguagem como actividade simbólica de representação - de base cognitiva, portanto -, actividade que implica um sistema de operações concatenadas que se fazem marcar por formas gramaticais. Segundo esta concepção de linguagem, definida no interior da Teoria Formal Enunciativa proposta por Antoine Culioli, a enunciação enquadra-se no contexto global da construção da significação. Ora, a significação não é considerada em si mesma como um dado, mas, antes pelo contrário, concebida como o resultado ou finalidade última da actividade lingüística levada a cabo por um sujeito.
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Dissertação de mestrado em Ciências da Educação - Análise e intervenção em Educação
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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Migrações, Inter-etnicidades e Transnacionalismo
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No âmbito de uma reflexão geral sobre o modo como a subjectividade pode ser expressa através da linguagem (entendendo-se por subjectividade essa experiência individual de continuidade - ou descontinuidade em casos patológicos - do self através do tempo), procurarei colocar em destaque alguns dispositivos linguísticos que permitem ao sujeito exprimir a percepção que tem de si próprio e o conceito que devido a isso forma de si. A escolha de alguns desses dispositivos em detrimento de outros está condicionada pela análise dum texto de um paciente diagnosticado como esquizofrénico, texto esse que me foi facultado já há alguns anos na Casa de Saúde do Telhai e que fazia parte do dossier clínico do mesmo doente. De entre as várias expressões que em Linguística agrupamos sob a designação de referência deictica indiciai, isto é, de entre as diversas expressões cujo referente depende e varia de acordo com a situação comunicativa em que são empregues, os pronomes pessoais são, tal como pôde destacar Emile Benveni ste na sua apresentação do quadro formal da enunciação (1974), excelentes candidatos à expressão da subjectividade.
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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História Económica e Social Contemporânea
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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Linguística – especialização em Linguística Portuguesa
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Estamos na Primavera de 2012, de visita ao museu do Quai d’Orsay, em Paris. Enquanto nos deslocamos pelo espaço da exposição permanente, deparamos com um grupo de crianças, acompanhado por duas professoras. São meninos de uma escola primária de Paris e estão de visita ao museu. Uma das professoras pede-lhes que se sentem no chão, numa das partes da longa exposição permanente, enquanto se aproxima uma mulher vestida com um traje que se identifica de maneira difusa com a América Latina. Atriz ou antropóloga? A mulher fala com os meninos da dança dos Chunchus e da Morenada bolivianas, encena, dramatiza, chama-os a participar. Ensina e representa, enquanto o público infantil colabora. Alguns meninos menos timoratos entram no jogo, dão-lhe troco, agem e atuam, exibem-se e encenam. Escapam ao papel, reinventam-no e têm de ser reencaminhados para o contexto de partida. Play e ritual: a performatividade precipita a realidade, nesta transição entre o retorno da liberdade recreativa, do jogo, da brincadeira, até à gramática do ritual, repleta de regras, de interdições, de noções de correção, de um rito (Boissevain, 1992). Transforma as relações pela sua simples enunciação, no sentido que é dado ao termo «performativo»: dizer é fazer (Austin, 1962).
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As Comédias do Minho (CdM) são uma associação cultural criada em 2003 por iniciativa de cinco municípios do Vale do Minho – Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira – com o objectivo de oferecer às comunidades deste território rural um projecto cultural próprio. Ao longo dos dez anos de existência as Comédias do Minho têm vindo a arrecadar distinções e a ganhar reconhecimento público. O presente trabalho surge da necessidade de entender as razões por detrás destes factos. Procura-se identificar as práticas das CdM a partir do mapeamento da sua orgânica e eixos operativos (Companhia, Projecto Pedagógico e Projecto Comunitário), evidenciando as características que singularizam este projecto cultural no Vale do Minho. Pretende-se, ainda, relacionar as práticas das CdM com a comunidade e o território de acção. A partir da enunciação destes factos, propõe-se a reflexão sobre a possibilidade de existência de práticas de cultura em zonas rurais, deixando em aberto diversas possibilidades de leitura que o caso CdM revela.
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Este artigo propõe um alargamento na abordagem normalmente aplicada à fotografia em Portugal, reclamando um espaço de abertura disciplinar e metodológica que permita, por um lado, deslocar o olhar do investigador de uma história feita de centros e de momentos marcantes e, por outro, reflectir sobre as várias dimensões discursivas e socioculturais em que a imagem fotográfica existe e dialoga com os seus públicos. Na linha da abertura fundadora que os estudos culturais provocaram na estrutura das Humanidades interessará, do mesmo modo, fomentar uma investigação baseada numa consciente focalização no objecto de estudo que seja capaz de articular diversos contributos teóricos e disciplinares no campo unificado dos estudos fotográficos. Partindo não apenas da profunda enunciação que Jean‑Pierre Esquenazi traça da noção de instituição, mas também da reformulação do termo estudos culturais que Mieke Bal propõe com o conceito de análise cultural, este artigo procurará sobretudo caracterizar e debater a pertinência de um campo de estudo para a fotografia, que se pretenda transnacional, interdisciplinar e metodologicamente flexível, e que permita abarcar criticamente as várias dimensões culturais que a imagem fotográfica sempre cumpre.
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O presente artigo analisa, no quadro da ecolinguística, uma notícia publicada num jornal brasileiro, acerca de um funcionário público proeminente detido pela polícia. Reconhece a centralidade da enunciação para a análise linguística e procura identificar a ideologia subjacente à modalização operada. Defende que o artigo analisado simplifica a realidade, cria dicotomias simplistas e, num certo sentido, manipula os factos para criar espetacularização e atrair o público. Em particular, evoca o interdiscurso ambiental que percorre a esfera pública para, por associação, valorizar a imagem do indivíduo-alvo e, em seguida, inverter a valorização e criar dele uma imagem fortemente disfórica. O interdiscurso ambiental é, então, dado como pacífico, aceite inquestionavelmente por todos os cidadãos, e a militância ambiental é apresentada como traço mais elevado do caráter do indivíduo em causa.. Apesar de se apresentar como uma notícia, com caraterística de texto objetivizado, o artigo em análise é claramente avaliativo e substitui os tribunais pela praça pública para a condenação do indivíduo-alvo, mesmo sem o ter ouvido e considerado a sua defesa.
Resumo:
A regulação dos media tem ganho relevo nas agendas nacionais e internacionais mas nem sempre a utilização corrente do conceito é consistente, correndo o risco de significar tudo e nada em simultâneo. Independentemente do intenso e profícuo debate concetual que o tema suscita na comunidade académica, julgamos pertinente o estudo das estruturas de regulação mediática que operam no terreno da União Europeia. Este trabalho reflete sobre as entidades de regulação mediática que atuam na defesa do interesse público, ainda que existam as mais diversas modalidades de enunciação e de defesa desse interesse pelos vários estados, e decorre de um esforço de investigação coletivo, enquadrado no projeto “Regulação dos Media em Portugal: O Caso da ERC”, que agregou elementos sobre os organismos reguladores dos media na Europa.