Antropologia e Performance - Agir, Atuar, Exibir
Data(s) |
23/03/2015
23/03/2015
2014
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Resumo |
Estamos na Primavera de 2012, de visita ao museu do Quai d’Orsay, em Paris. Enquanto nos deslocamos pelo espaço da exposição permanente, deparamos com um grupo de crianças, acompanhado por duas professoras. São meninos de uma escola primária de Paris e estão de visita ao museu. Uma das professoras pede-lhes que se sentem no chão, numa das partes da longa exposição permanente, enquanto se aproxima uma mulher vestida com um traje que se identifica de maneira difusa com a América Latina. Atriz ou antropóloga? A mulher fala com os meninos da dança dos Chunchus e da Morenada bolivianas, encena, dramatiza, chama-os a participar. Ensina e representa, enquanto o público infantil colabora. Alguns meninos menos timoratos entram no jogo, dão-lhe troco, agem e atuam, exibem-se e encenam. Escapam ao papel, reinventam-no e têm de ser reencaminhados para o contexto de partida. Play e ritual: a performatividade precipita a realidade, nesta transição entre o retorno da liberdade recreativa, do jogo, da brincadeira, até à gramática do ritual, repleta de regras, de interdições, de noções de correção, de um rito (Boissevain, 1992). Transforma as relações pela sua simples enunciação, no sentido que é dado ao termo «performativo»: dizer é fazer (Austin, 1962). |
Identificador |
978-989-8448-26-2 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
100LUZ |
Relação |
Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT Fundação para a Ciência e Tecnologia no âmbito do projecto PEst-OE/ELT/UI0657/2014 www.100luz.pt |
Direitos |
restrictedAccess |
Palavras-Chave | #Antropologia do espectáculo #Performance |
Tipo |
book |