997 resultados para história da arte
Resumo:
Partindo da consciência de que o artesanato se encontra num momento de considerável vigor, apesar da aparente supremacia tecnológica, bem como de que a percepção em relação ao artesanato foi sofrendo variações ao longo do tempo, a presente dissertação pretende averiguar o estatuto e o significado do artesanato, no âmbito da prática artística contemporânea. Com o intuito de analisar alguns dos possíveis desdobramentos desta reflexão, o presente estudo divide-se em três capítulos. Após um preâmbulo, que consiste numa breve história dos ofícios com início na Antiguidade Clássica, desembocando na ruptura entre a beleza e a utilidade que surgiu no século XVIII, o primeiro capítulo constitui uma análise das disputas e diálogos entre a arte popular, as belas-artes a indústria, assumindo um balizamento cronológico que se estende desde a Revolução Industrial e do movimento Arts and Crafts de Oitocentos até à era digital que emergiu na década de 1980. O segundo capítulo dedica-se a interrogar o entrelaçamento da actividade artesanal na dicotomia entre a cultura de elite e a cultura de massas, a partir da sua formulação no século XIX e terminando na actualidade. Neste percurso, sobressai a identificação da cultura popular com o feminino e, consequentemente, com a decoração, no contexto do Modernismo, a qual foi alvo de revisão e de crítica no seio do Pós- Modernismo, assim como do feminismo dos anos 1970 e 1980. Procura-se ainda indagar de que maneira o “artesanativismo” feminista inspirou a actual revigoração da aliança entre o artesanato e o activismo. Finalmente, no terceiro e último capítulo, o nosso estudo centra-se na obra de quatro artistas-artesãos contemporâneos, em que os temas anteriormente desenvolvidos são tratados de forma sistemática. Serão problematizadas criações tão díspares e geograficamente distantes quanto as da portuguesa Cristina Rodrigues e do ganiano El Anatsui, da norte-americana Anne Wilson e da austríaca Kathrin Stumreich.
Resumo:
A recusa da estratificação do tempo, que surge na segunda metade do século XX, resulta da perda de fé numa grande narrativa e modifica a percepção do tempo cronológico: os acontecimentos já não se sucedem ordeiramente, manifestam-se em simultâneo no presente ou são criteriosamente convocados a partir do presente. Esta reformulação do tempo implica a reformulação do conceito de contemporâneo, permitindo questionarmo-nos, tal como Giorgio Agamben: “De quem e do que somos contemporâneos? E, antes de tudo, o que significa ser contemporâneo?” Com esta dissertação pretende-se analisar algumas formulações do conceito de contemporâneo, especialmente a partir de Giorgio Agamben, Walter Benjamin, Hannah Arendt e Georges Didi-Huberman, com a intenção de compreender as implicações da temporalidade na experiência estética e as possibilidades que as conceptualizações elaboradas oferecem à constituição de uma comunidade humana. Na segunda parte do trabalho, relaciona-se a problemática da contemporaneidade com as reflexões sobre arte e estética do escultor Rui Chafes através do seu texto “A História da Minha Vida”, um relato das principais influências da formação artística do narrador. Este relato ultrapassa os limites cronológicos, onde o artista olha para trás definindo o seu próprio tempo presente e o seu passado. O presente surge como a inteireza que resume a atenção do artista e nos descreve a sua caminhada através do tempo artístico. O narrador revive na primeira pessoa o percurso dos artistas que desde a Idade Média ao Barroco – trabalharam anonimamente a pedra e a madeira em nome dos mestres e ao fazê-lo assume-se como o escultor-aprendiz que recusa a promoção a mestre, e revela em si, através dos valores supremos do trabalho, da sabedoria e da experiência, toda a arte que o precedeu.
Resumo:
Este trabalho de investigação começou por ser estruturado em torno de quatro grandes capítulos (quatro grandes linhas de orientação temática), todos eles amplamente desenvolvidos no sentido de podermos cartografar alguns dos principais territórios e sintomas da arte contemporânea, sendo certo também, que cada um deles assenta precisamente nos princípios de uma estrutura maleável que, para todos os efeitos, se encontra em processo de construção (work in progress), neste caso, graças à plasticidade do corpo, do espaço, da imagem e do uso criativo das tecnologias digitais, no âmbito das quais, aliás, tudo se parece produzir, transformar e disseminar hoje em dia à nossa volta (quase como se de uma autêntica viagem interactiva se tratasse). Por isso, a partir daqui, todo o esforço que se segue procurará ensaiar uma hipótese de trabalho (desenvolver uma investigação) que, porventura, nos permita desbravar alguns caminhos em direcção aos intermináveis túneis do futuro, sempre na expectativa de podermos dar forma, função e sentido a um desejo irreprimível de liberdade criativa, pois, a arte contemporânea tem essa extraordinária capacidade de nos transportar para muitos outros lugares do mundo, tão reais e imaginários como a nossa própria vida. Assim sendo, há que sumariar algumas das principais etapas a desenvolver ao longo desta investigação. Ora, num primeiro momento, começaremos por reflectir sobre o conceito alargado de «crise» (a crise da modernidade), para logo de seguida podermos abordar a questão da crise das antigas categorias estéticas, questionando assim, para todos os efeitos, quer o conceito de «belo» (Platão) e de «gosto» (Kant), quer ainda o conceito de «forma» (Foccilon), não só no sentido de tentarmos compreender algumas das principais razões que terão estado na origem do chamado «fim da arte» (Hegel), mas também algumas daquelas que terão conduzido à estetização generalizada da experiência contemporânea e à sua respectiva disseminação pelas mais variadas plataformas digitais. Num segundo momento, procuraremos reflectir sobre alguns dos principais problemas da inquietante história das imagens, nomeadamente para tentarmos perceber como é que todas estas transformações técnicas (ligadas ao aparecimento da fotografia, do cinema, do vídeo, do computador e da internet) terão contribuído para o processo de instauração e respectivo alargamento daquilo que todos nós ficaríamos a conhecer como a nova «era da imagem», ou a imagem na «era da sua própria reprodutibilidade técnica» (Benjamin), pois, só assim é que conseguiremos interrogar este imparável processo de movimentação, fragmentação, disseminação, simulação e interacção das mais variadas «formas de vida» (Nietzsche, Agamben). Entretanto, chegados ao terceiro grande momento, interessa-nos percepcionar a arte contemporânea como uma espécie de plataforma interactiva que, por sua vez, nos levará a interpelar alguns dos principais dispositivos metafóricos e experimentais da viagem, neste caso, da viagem enquanto linha facilitadora de acesso à arte, à cultura e à vida contemporânea em geral, ou seja, todo um processo de reflexão que nos incitará a cartografar alguns dos mais atractivos sintomas provenientes da estética do flâneur (na perspectiva de Rimbaud, Baudelaire, Long e Benjamin) e, consequentemente, a convocar algumas das principais sensações decorrentes da experiência altamente sedutora daqueles que vivem mergulhados na órbita interactiva do ciberespaço (na condição de ciberflâneurs), quase como se o mundo inteiro, agora, fosse tão somente um espaço poético «inteiramente navegável» (Manovich). Por fim, no quarto e último momento, procuraremos fazer uma profunda reflexão sobre a inquietante história do corpo, principalmente com o objectivo de reforçar a ideia de que apesar das suas inúmeras fragilidades biológicas (um ser que adoece e morre), o corpo continua a ser uma das «categorias mais persistentes de toda a cultura ocidental» (Ieda Tucherman), não só porque ele resistiu a todas as transformações que lhe foram impostas historicamente, mas também porque ele se soube reinventar e readaptar pacientemente face a todas essas transformações históricas. Sinal evidente de que a sua plasticidade lhe iria conferir, principalmente a partir do século XX («o século do corpo») um estatuto teórico e performativo verdadeiramente especial. Tão especial, aliás, que basta termos uma noção, mesmo que breve, da sua inquietante história para percebermos imediatamente a extraordinária importância dalgumas das suas mais variadas transformações, atracções, ligações e exibições ao longo das últimas décadas, nomeadamente sob o efeito criativo das tecnologias digitais (no âmbito das quais se processam algumas das mais interessantes operações de dinamização cultural e artística do nosso tempo). Em suma, esperamos sinceramente que este trabalho de investigação possa vir a contribuir para o processo de alargamento das fronteiras cada vez mais incertas, dinâmicas e interactivas do conhecimento daquilo que parece constituir, hoje em dia, o jogo fundamental da nossa contemporaneidade.
Resumo:
Os Livros de Artista são obras de arte contemporâneas cujo nascimento se situa no século XX. As coleções deste tipo de documentos encontram‐se em museus e em bibliotecas. Nas bibliotecas os riscos do manuseamento estão mais presentes porque os Livros de Artista são tocados para serem lidos. As particularidades deste tipo de coleções, onde os livros têm tamanhos diversos, formas variadas e materiais díspares, levou‐nos à reflexão sobre o impacto do seu manuseamento nas bibliotecas. A reflexão baseou‐se no estudo das práticas em uso na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian. A observação da gestão do risco do manuseamento em Livros de Artista na instituição e a revisão da literatura permitiram a elaboração de um conjunto de regras. As regras devem ser seguidas pelas instituições que têm à sua guarda coleções de Livros de Artista. Acreditamos que a sua adoção, progressiva e continuada, contribui para a minimização dos efeitos do manuseamento e constitui um auxílio na disponibilização e acessibilidade ao longo do tempo dos Livros de Artista. Não anula, de forma total e absoluta, os efeitos do uso de uma coleção de Livros de Artista. Os Livros de Artista para serem lidos são tocados e, por isso, existirá sempre um dano – o desgaste.
Resumo:
Projecto de mestrado em Mediação Cultural e Literária
Resumo:
El trabajo de investigación realizado durante los tres últimos años de beca se centra en las teorías críticas y en las prácticas artísticas contemporáneas que utilizan la traducción como mediación cultural en los procesos de transmisión y recepción de las obras de arte contemporáneo. En el contexto artistico contemporáneo la traducción es entendida como intercambio, adaptación, traslado o transacción. Tomando como referentes conceptuales las teorías nacidas en el marco interdisciplinar de los Estudios Visuales y de los Estudios de Traducción, dicha investigación se ha centrado en el análisis del fenómeno de la traducción en la producción artística. A partir de este análisis se han investigado las conexiones entre estas disciplinas humanísticas y la práctica artística, así como la problemática que éstas conllevan en la formulación de nuevos criterios y nuevas categorías de la Historia del Arte actual. En la práctica artística cuestiones relativas a la traducción se han podido integrar al arte visual: por un lado como práctica indispensable para la comprensión e interpretación de la obra de arte entre diferentes contextos geográficos o culturales, y por otro, como elemento “formal” indispensable para la realización de los artefactos artísticos que, a su vez, quieren interpretar diferentes realidades sociales, antropológicas o políticas. Sobretodo a partir de la serie On Translation del artista catalán Antoni Muntadas, así como de otros artistas de varios contextos geográficos y culturales, se han analizado las dinámicas prácticas y teóricas de la traducción que acompañan el proceso de la realización de los artefactos artísticos. Muchas de estas obras de arte contemporáneo asimilando los significantes propios del contexto cultural, social, político, económico, y utilizando elementos formales variados (sobretodo tecnológicos) necesitan de un análisis interdisciplinar.
Resumo:
Los niveles auriñacienses de la Cueva del Castillo han arrojado en los últimos años un conjunto de elementos sobre materias duras animales que presentamos en este trabajo. Entre los efectivos recuperados destaca la presencia de utensilios de diversas tipologías así como elementos de arte mueble. La industria ósea de la Cueva del Castillo tiene el interés de confirmar que las bases del comportamiento humano durante el Paleolítico Superior respecto al aprovechamiento de las materias duras animales están definidas ya desde las fases iniciales del Auriñaciense. Además, algunos de los elementos representados en la muestra se cuentan entre los útiles más representativos de estas fases iniciales del Paleolítico Superior que van a mantenerse después a lo largo de toda la secuencia superopaleolítica.
Resumo:
Leo Frobenius, fundador del Afrika Archiv y director del Forschungsinstitut für Kulturmorphologie (FK), centró la mayor parte de su actividad etnográfica en la documentación y estudio del arte rupestre. Tras estudiar las obras de Hugo Obermaier sobre el arte parietal en la Península Ibérica, decidió, en 1934, organizar una expedición para documentar los principales yacimientos francocantábricos y del Levante español. En ella se estudiaron tan sólo los yacimientos de Roca dels Moros de Cogul y el Barranco de la Valltorta, pero sirvió de base para la programación de una nueva expedición cuyos objetivos eran mucho más ambiciosos. En 1935, con la ayuda de Obermaier, Bosch Gimpera y Martínez Santa Olalla, y el amparo diplomático de la Embajada de Alemania en Madrid, realizó la petición de acceso a las principales cuevas con arte parietal, permiso que consiguió tras arduas negociaciones. En los meses previos al inicio de la Guerra Civil, un grupo de dibujantes y fotógrafos del FK trabajó en las cuevas de El Castillo, La Pasiega y Altamira, obteniendo copias a escala natural de grabados y pinturas que pasaron a formar parte del archivo del Instituto. En 1938, y como consecuencia del apoyo de Alemania al bando nacional, Martínez Santa Olalla, miembro de la Falange, se convirtió en el referente de Frobenius en España, desplazando a Obermaier. Dicha relación tendría como consecuencia el giro en la política arqueológica de los vencedores de la contienda y su vinculación con la organización Das Ahnenerbe de las SS.
Resumo:
El dos de noviembre de 1935 se inauguró el Museo Arqueológico de Barcelona, sito en el antiguo edificio del Palacio de las Artes Gráficas construido para la Exposición Universal de 1929. Era el resultado de una ardua trayectoria iniciada por Pere Bosch Gimpera en 1916 por la que intentaba aplicar en Cataluña el esquema tripartito de protección del patrimonio histórico-artístico y arqueológico que había aprendido durante su estancia en Alemania como becario de la JAE entre 1911 y 1914, basado en la suma de tres conceptos: investigación, docencia y difusión. El nuevo equipamiento nacía bajo los auspicios de la Generalitat republicana y tras haber superado múltiples obstáculos derivados de la concepción clasista y winckelmaniana que ejercían tanto los responsables del museo del parque de la Ciudadela, como los integrantes de la Junta de Museos de Barcelona, más preocupados por el goce artístico de las obras de arte que por su inclusión como documentos en el ámbito del estudio de los procesos históricos.
Resumo:
El presente artículo es una reflexión de orden teórico y metodológico sobre el concepto de Arte Moderno (s. XV-XVIII) aplicado a la universidad española. Un repaso a las ideas que el autor considera fundamentales en el desarrollo de la teoría, docencia e investigación del mencionado período artístico e histórico.
Resumo:
A ideia do "fim da história", subentendida no capítulo final da Fenomenologia do espírito, serviu de base para o início de uma discussão, feita a partir das posições assumidas por Alexandre Kojève nos seus cursos sobre Hegel em Paris, na década de 1930, e em sua publicação no final dos anos 1940 (com reedição em 1968), voltou à baila com o artigo de Francis Fukuyama, de 1989, sobre o "fim da história", no qual ele comemorava o fim do "socialismo real" e a hegemonia mundial completa dos Estados Unidos da América. Passada a euforia sobre a "nova ordem mundial", inclusive em virtude de sucessivas crises econômicas, é interessante recolocar a questão sobre as condições sob as quais são aceitáveis conceitos associados a esse tema, especialmente o substantivo "pós-história" e o adjetivo "pós-histórico". A tese a ser defendida nesse artigo é a de que o campo da estética é um âmbito em que esses conceitos são defensáveis. Como exemplos de reflexões estéticas frutíferas que deles se valem, são consideradas a noção de "arte pós-histórica", de Arthur Danto, e os desdobramentos estéticos do conceito de "pós-história", tal como sustentado por Vilém Flusser.
Resumo:
Màster Oficial en Estudis Avançats en Història de l'Art.
Resumo:
Matrials didàctics del grup d'investigació Observatori sobre la Didàctica de les Arts (ODAS)
Resumo:
Se completa con un material escrito que se puede utilizar antes o después del visionado del audiovisual para la introducción genérica en la historia de Mallorca y la preparación de una visita al palacio
Resumo:
Se trata de un cuaderno destinado a los educadores como un recurso para el conocimiento de la ciudad. Contiene un resumen de los cambios urbanísticos experimentados en el espacio urbano de Palma de Mallorca a lo largo de estos siglos, los principales acontecimientos históricos y la huella de las diferentes sociedades que se han establecido en la isla. Al final del volumen se proponen posibles itinerarios complementarios para ahondar en el conocimiento de la ciudad y se ofrece una bibliografía básica.