955 resultados para semi-heavy layers
Resumo:
Os solos do semi-árido nordestino têm sido reconhecidos como deficientes em P. Todavia, a grande diversidade de ordens a que eles pertencem indica que não devem ser semelhantes quanto às concentrações das diferentes formas deste elemento. A concentração de P foi avaliada em 69 amostras de solo das dez ordens mais comuns no semi-árido, nas camadas de 0-20 e 20-40 cm. O P foi extraído pelo Mehlich-1 e por fracionamento seqüencial, por extração com resina, NaHCO3, NaOH e H2SO4, e por digestão peróxido/sulfúrica. O P total (somatório das frações) variou de 52 a 1.625 mg kg-1, estando a maioria dos solos na faixa entre 100 e 200 mg kg-1, na camada de 0-20 cm, com uma grande variabilidade entre as ordens e dentro delas. Grande variabilidade foi encontrada também para qualquer das frações. De modo geral, Neossolos Flúvicos, Vertissolos, Luvissolos e Cambissolos tiveram os maiores valores; Argissolos, Neossolos Litólicos e Latossolos, valores intermediários, e Neossolos Regolíticos, Planossolos e Neossolos Quartzarênicos, os mais baixos. O maior reservatório de P, de forma geral, foi o P residual e os menores, as frações mais lábeis (P resina e Pi-NaHCO3), representando juntas entre 7 e 12 % do P total. Mehlich-1 extraiu baixas proporções de P total dos Vertissolos (1 %) e alta proporção dos Latossolos (24 %), o inverso ocorrendo com a extração com bicarbonato (11 e 5 %, respectivamente). A resina extraiu baixas proporções em todas as ordens (1 a 6 %).
Resumo:
A conversão de áreas de caatinga em agricultura e pecuária de subsistência é uma das características marcantes da região semi-árida do Nordeste do Brasil. O presente estudo investigou o efeito dessa conversão sobre os propágulos de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) em 10 locais diferentes, distribuídos nos Estados da Paraíba e de Pernambuco. Cada local consistiu de uma área de vegetação nativa (caatinga) contígua com uma área cultivada, na mesma posição de encosta. Amostras de solo foram coletadas a intervalos de 20-30 m, nas profundidades de 0-7,5 e 7,5-15 cm (10 locais x 2 usos do solo x 2 profundidades com 4 pontos amostrais) ao longo de uma transecção que cruzava as áreas contíguas. As raízes (< 2 mm) catadas das amostras de solo (n = 160) foram coloridas com azul de tripan para quantificar o grau de colonização por FMA, verificando-se também o tipo de estruturas fúngicas presentes. Esporos de FMA extraídos do solo por peneiramento úmido foram incubados em solução de cloreto de iodonitrotetrazólio (INT) e contados, considerando-se viáveis os corados pelo INT. O solo foi analisado quanto ao teor de P-resina e CO total (COT). Para análise dos resultados, as 10 áreas com vegetação nativa foram separadas em dois subgrupos: caatinga preservada (CaatP, n = 6) e caatinga raleada (CaatR, n = 4), por apresentarem diferentes graus de degradação. Pelo mesmo motivo, as áreas cultivadas também foram separadas em dois subgrupos: cultivada preservada (CultP, n = 4) e cultivada degradada (CultD, n = 6). Dessa forma, foram estabelecidos quatro níveis de intensidade de uso do solo ou degradação, conforme o histórico de uso, a observação visual da degradação da vegetação ou do solo e a erosão do solo avaliada pela técnica do 137Cs. O efeito da intensidade de uso do solo nos propágulos de FMA somente foi observado na camada de 0-7,5 cm, exceto para esporos não-viáveis. A densidade de esporos viáveis variou de 1,4 a 6,8 esporos/50 g de solo e a de não-viáveis, de 91,4 a 226 esporos/50 g de solo. A categoria CaatR foi a que apresentou resultados mais consistentes em relação ao estímulo do desmatamento seletivo (raleamento) sobre os propágulos, com maior número de esporos viáveis, maior intensidade de colonização e diminuição da proporção de amostras com vesículas, em relação às demais categorias. Os teores de P-resina nas amostras de solo foram, em geral, muito baixos (< 6 mg kg-1), tendo-se observado que a colonização radicular em amostras com teores inferiores a 1,5 mg kg-1 foi menos intensa naquelas com P-resina acima desse valor. Observou-se também que a colonização das raízes foi favorecida pelos teores mais altos de COT, o mesmo acontecendo com o número de esporos viáveis.
Resumo:
A qualidade do solo pode mudar com o passar do tempo, em decorrência de eventos naturais ou ações antrópicas. A adoção de práticas de cultivo orgânico reduz o revolvimento do solo, favorecendo a recuperação de suas propriedades físicas e químicas. Este trabalho teve como objetivo comparar propriedades físicas, químicas e biológicas de solos cultivados com algodão em bases orgânicas e no sistema convencional, assim como identificar as que possam ser utilizadas como indicadores de qualidade do solo. Selecionaram-se seis áreas submetidas ao cultivo orgânico e três ao cultivo convencional para coleta de amostras de solo deformadas e indeformadas, nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-30 cm. Técnicas de estatística univariada e multivariada foram utilizadas para análise dos dados. Os resultados mostraram que os indicadores físicos e químicos testados individualmente não foram sensíveis para diferenciar as áreas sob sistema de cultivo orgânico daquelas sob cultivo convencional. No entanto, a aplicação de técnicas de análise multivariada - no caso, componentes principais e a discriminante de Anderson - permitiu a distinção entre algumas áreas cultivadas sob cultivo orgânico comparativamente às convencionais, até mesmo as que estavam em transição. Dos indicadores biológicos, a fauna edáfica mostrou-se mais precisa na avaliação da qualidade do solo, distinguindo de forma satisfatória as áreas sob sistema de cultivo orgânico das que estavam sob sistema convencional.
Resumo:
A atividade biológica do solo é responsável por inúmeras transformações físicas e químicas dos resíduos orgânicos que são depositados, mantendo, assim, a sustentabilidade do ambiente. O presente estudo objetivou avaliar a distribuição da comunidade microbiana e da mesofauna edáfica no semi-árido da Paraíba. Para determinação da população de microrganismos, foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0-15 cm. A contagem total de fungos e de bactérias foi realizada em meios de cultura específicos. A extração da mesofauna foi feita pelo método de Berlese-Tullgren modificado. Oscilações no conteúdo de água do solo e na temperatura promoveram variações na população microbiana. A população de fungos foi superior à de bactérias nos dois anos de observação, provavelmente devido ao pH do solo da área de estudo, que é ligeiramente ácido. O índice de diversidade de Shannon (H) e o de Pielou (e) variaram de acordo com a época de coleta. Os grupos mais freqüentes da mesofauna do solo foram Diptera (42,5 %), Acarinae (40,3 %) e Collembola (8,8 %), indicando que esses organismos possuem papel importante na ciclagem de nutrientes em área de Caatinga.
Frações de nitrogênio em Luvissolo sob sistemas agroflorestais e convencional no semi-árido cearense
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Os sistemas agroflorestais têm sido amplamente promovidos como sistemas de produção agrícola sustentáveis, principalmente para regiões subdesenvolvidas, onde o uso de insumos externos é inviável. Este trabalho objetivou avaliar o impacto de quatro sistemas agroflorestais e um sistema convencional sobre os teores de N total, mineral e em diferentes frações orgânicas, após cinco anos de uso de um Luvissolo na região semi-árida cearense, em experimento instalado na Embrapa Caprinos, em Sobral (CE). Os sistemas testados foram: agrossilvipastoril (AGP); silvipastoril (SILV); tradicional cultivado em 1998 e 1999 (TR98); tradicional cultivado em 2002 (TR02); cultivo convencional (CC); e uma área de Caatinga (CA). Nas amostras de solo, avaliaram-se os teores de N total, N-NH4+, N-NO3-, N microbiano, N da matéria orgânica leve (livre e oclusa) e o N das substâncias húmicas. Os resultados indicaram que todos os tratamentos condicionaram elevados teores de N-NO3-, representando entre 10,3 e 23,5 % dos teores de N total. O sistema CC reduziu os teores de N total e das frações das substâncias húmicas em 38 e 44 %, respectivamente, na camada superficial do solo. Dentre os sistemas agroflorestais, os sistemas AGP e TR98 causaram redução significativa dos teores de N total, N da matéria orgânica leve (livre e oclusa) e N das substâncias húmicas. O tratamento SILV preservou e, em alguns casos, aumentou os teores de N do solo e, portanto, constituiu um sistema que pode ser recomendado como uma alternativa sustentável de manejo do solo para o semi-árido cearense.
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A semisupervised support vector machine is presented for the classification of remote sensing images. The method exploits the wealth of unlabeled samples for regularizing the training kernel representation locally by means of cluster kernels. The method learns a suitable kernel directly from the image and thus avoids assuming a priori signal relations by using a predefined kernel structure. Good results are obtained in image classification examples when few labeled samples are available. The method scales almost linearly with the number of unlabeled samples and provides out-of-sample predictions.
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Apesar da ocorrência comum de Luvissolos e Planossolos nas áreas de rochas do Pré-Cambriano na região semi-árida do Brasil, há poucas informações disponíveis sobre a micromorfologia e a gênese desses solos. Objetivou-se com este trabalho realizar a caracterização micromorfológica de perfis de solos dispostos em toposseqüências nas quais os Luvissolos são os principais componentes e, com isso, gerar informações para subsidiar a interpretação da sua gênese. Doze perfis de solos, sendo 10 de Luvissolos e dois de Planossolos, distribuídos em quatro toposseqüências, foram selecionados em áreas semi-áridas dos Estados de Pernambuco e da Paraíba. Amostras indeformadas foram coletadas de horizontes selecionados, impregnadas, cortadas e polidas para confecção das seções delgadas, que foram analisadas sob microscópio petrográfico. A descrição das amostras indicou que não há evidências micromorfológicas que sustentem que a argiluviação tenha sido um processo efetivo na formação do gradiente textural dos solos estudados. A remoção preferencial (erosão diferencial) da argila dos horizontes superficiais é apontada como o principal processo atuante na formação do gradiente textural encontrado na maioria dos solos estudados. As principais pedofeições observadas estão relacionadas ao intemperismo dos minerais primários, notadamente da biotita, à dinâmica de formação e dissolução dos compostos de Fe e à reorganização da massa do solo em função das mudanças de umidade do solo decorrentes das alternâncias entre períodos secos e chuvosos.
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This paper reports the microstructural analysis of S-rich CuIn(S,Se)2 layers produced by electrodeposition of CuInSe2 precursors and annealing under sulfurizing conditions as a function of the temperature of sulfurization. The characterization of the layers by Raman scattering, scanning electron microscopy, Auger electron spectroscopy, and XRD techniques has allowed observation of the strong dependence of the crystalline quality of these layers on the sulfurization temperature: Higher sulfurization temperatures lead to films with improved crystallinity, larger average grain size, and lower density of structural defects. However, it also favors the formation of a thicker MoS2 interphase layer between the CuInS2 absorber layer and the Mo back contact. Decreasing the temperature of sulfurization leads to a significant decrease in the thickness of this intermediate layer and is also accompanied by significant changes in the composition of the interface region between the absorber and the MoS2 layer, which becomes Cu rich. The characterization of devices fabricated with these absorbers corroborates the significant impact of all these features on device parameters as the open circuit voltage and fill factor that determine the efficiency of the solar cells.
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Optical absorption spectra and transmission electron microscopy (TEM) observations on InGaAs/InP layers under compressive strain are reported. From the band¿gap energy dispersion, the magnitude of the strain inhomogeneities. Is quantified and its microscopic origin is analyzed in view of the layer microstructure. TEM observations reveal a dislocation network at the layer interface the density of which correlates with ¿¿. It is concluded that local variations of dislocation density are responsible for the inhomogeneous strain field together with another mechanism that dominates when the dislocation density is very low.
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Phosphorus fractions were determined in soil samples from areas fertilized or not with farmyard cattle manure (FYM) and in samples of FYM used in the semi-arid region of Paraiba state, Brazil. Soil samples were taken from the 0-20; 20-40 and 40-60 cm layers of 18 cultivated areas, which, according to interviews with farmers, had been treated with 12 to 20 t ha-1 FYM annually, for the past 2 to 40 years. Soil samples were also collected from four unfertilized pasture areas as controls. Phosphorus in the soil samples was sequentially extracted with water (Pw), resin (Pres), NaHCO3 (Pi bic and Po bic), NaOH (Pi hid and Po hid), H2SO4 (Pacid) and, finally, by digestion with H2SO4/H2O2 (Presd). Nine FYM samples were extracted with water, resin, Mehlich-1, H2SO4, NaOH or digestion with H2SO4/H2O2, not sequentially, and the extracts analyzed for P. The sampled areas had homogeneous, sandy and P-deficient soils; increases in total soil P (Pt) above the mean value of the control areas (up to 274 mg kg-1 in the 0-20 cm layer of the most P-enriched samples) were therefore attributed to FYM applications, which was the only external P input in the region. Regression analysis was used to study the relationship between soil P fractions and Pt. The Pacid fraction, related to Ca-P forms, showed the greatest increases (p < 0.01) as a result of FYM applications, rising from 8.4 mg kg-1 in a non-fertilized sample to 43.8 mg kg-1 in the sample with the highest Pt content. The sum of Pw, Pres and Pi bic, considered as labile P, showed comparable increases with Pacid, while Pi hid showed the smallest increase due to FYM applications. Organic P forms also increased, more so the fraction Po hid, considered less labile, than the more labile one, Po bic. The residual P fraction was practically half of Pt, independently of the Pt value. Increases in labile P, Pacid and organic P were justified by the high average concentration of Pw (36 %), Pacid (34 %), and Po hid (30 %) in the FYM. Significant changes in the proportion of P forms among soil layers indicated the downward movement of P in organic forms.
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Transmission electron microscopy studies have been performed to characterize InxAl1−xAs layers grown by molecular beam epitaxy on (100) InP substrates. The first observations of compositional nonuniformities in strained InAlAs layers are reported. The coarse quasiperiodic structure present in each sample has been found to be dependent upon the growth parameters and the sample characteristics.
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Introduction: Prior repeated-sprints (6) has become an interesting method to resolve the debate surrounding the principal factors that limits the oxygen uptake (V'O2) kinetics at the onset of exercise [i.e., muscle O2 delivery (5) or metabolic inertia (3)]. The aim of this study was to compare the effects of two repeated-sprints sets of 6x6s separated by different recovery duration between the sprints on V'O2 and muscular de-oxygenation [HHb] kinetics during a subsequent heavy-intensity exercise. Methods: 10 male subjects performed a 6-min constant-load cycling test (T50) at intensity corresponding to half of the difference between V'O2max and the ventilatory threshold. Then, they performed two repeated-sprints sets of 6x6s all-out separated by different recovery duration between the sprints (S1:30s and S2:3min) followed, after 7-min-recovery, by the T50 (S1T50 and S2T50, respectively). V'O2, [HHb] of the vastus lateralis (VL) and surface electromyography activity [i.e., root-mean-square (RMS) and the median frequency of the power density spectrum (MDF)] from VL and vastus medialis (VM) were recorded throughout T50. Models using a bi-exponential function for the overall T50 and a mono-exponential for the first 90s of T50 were used to define V'O2 and [HHb] kinetics respectively. Results: V'O2 mean value was higher in S1 (2.9±0.3l.min-1) than in S2 (1.2±0.3l.min-1); (p<0.001). The peripheral blood flow was increased after sprints as attested by a higher basal heart rate (HRbaseline) (S1T50: +22%; S2T50: +17%; p≤0.008). Time delay [HHb] was shorter for S1T50 and S2T50 than for T50 (-22% for both; p≤0.007) whereas the mean response time of V'O2 was accelerated only after S1 (S1T50: 32.3±2.5s; S2T50: 34.4±2.6s; T50: 35.7±5.4s; p=0.031). There were no significant differences in RMS between the three conditions (p>0.05). MDF of VM was higher during the first 3-min in S1T50 than in T50 (+6%; p≤0.05). Conclusion: The study show that V'O2 kinetics was speeded by prior repeated-sprints with a short (30s) but not a long (3min) inter-sprints-recovery even though the [HHb] kinetics was accelerated and the peripheral blood flow was enhanced after both sprints. S1, inducing a greater PCr depletion (1) and change in the pattern of the fibres recruitment (increase in MDF) compared with S2, may decrease metabolic inertia (2), stimulate the oxidative phosphorylation activation (4) and accelerate V'O2 kinetics at the beginning of the subsequent high-intensity exercise.