1000 resultados para Comportamento organizacional - Aspectos morais e éticos
Resumo:
É crescente a busca pelo engajamento no trabalho por se tratar de um construto motivacional positivo, caracterizado por vigor, dedicação e absorção, sempre relacionado ao trabalho, implicando sentimento de realização que envolve estado cognitivo positivo e que é persistente no tempo. A busca em conhecer o que gera sentimentos positivos em trabalhadores no ambiente de trabalho é tema corrente em diversos estudos na área do comportamento organizacional. O construto de bem-estar no trabalho é constituído de três dimensões, a saber: satisfação no trabalho, envolvimento no trabalho e comprometimento organizacional afetivo associada aos afetos positivos dirigidos ao trabalho; e por sua vez o capital psicológico está relacionado com resultados de desempenho no trabalho, como otimismo, eficácia, esperança e resiliência. O presente estudo teve como objetivo analisar as relações entre engajamento no trabalho, bem-estar no trabalho e capital psicológico em profissionais da área de gestão de pessoas. Os participantes deste estudo foram 159 profissionais que atuam na área de gestão de pessoas em organizações diversas. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário eletrônico criado no ambiente Surveymonkey. O questionário era autoaplicável contendo as seguintes medidas. A análise dos dados foi realizada por meio do SPSS 19.0, calculando-se estatísticas descritivas e índices de correlação. Foi realizada, a priori, uma análise exploratória dos dados para verificar a precisão de entrada de dados, outliers e respostas omissas. Os resultados revelaram a existência de correlações positivas e significativas entre engajamento no trabalho, capital psicológico e as dimensões de bem-estar no trabalho (satisfação no trabalho, envolvimento no trabalho e comprometimento organizacional afetivo). Conclui-se que o indivíduo que apresenta vigor e absorção tem também em níveis acentuados otimismo, resiliência, esperança e eficácia e as dimensões de bem estar: satisfação no trabalho, envolvimento no trabalho e comprometimento organizacional afetivo.
Resumo:
O engajamento no trabalho é um dos objetivos dos gestores de pessoas. Este trabalho se propõe a analisar se a compatibilidade da pessoa com o ambiente de trabalho tem relação com o seu engajamento. Há três fatores na compatibilidade com o ambiente de trabalho (person-environment fit): person-job fit, que aborda a compatibilidade entre as habilidades da pessoa e o trabalho que ela realiza; person-organization fit, que está relacionado com os valores da pessoa frente os valores organizacionais; e needs-supply, que aborda a percepção do indivíduo quanto a ter suas necessidades atendidas pelo seu trabalho e pela organização em que trabalha. Construtos do comportamento organizacional, tais como satisfação no trabalho, comprometimento organizacional e intenções de rotatividade são comumente utilizados como variáveis sucessoras nos estudos de compatibilidade (fit), porém não foram encontrados estudos da relação entre a compatibilidade com o ambiente de trabalho (person-environment fit) e o engajamento no trabalho. Esta pesquisa de abordagem quantitativa baseou-se no instrumento Perceptions Fit, proposto por Cable e DeRue, em 2002; e no instrumento UWES Ultrech Work Engagement Scale, de Schaufelli e colaboradores, de 2006. Participaram da pesquisa 114 respondentes com no mínimo seis meses na atividade atual e pelo menos há cinco anos no mercado de trabalho. As análises por Modelagem de Equações Estruturais pelo método PLS (Partial Least Squares) comprovaram a hipótese de que quanto maior a compatibilidade entre a pessoa e seu trabalho, maior é seu engajamento. Além da hipótese central do trabalho de que a compatibilidade pessoa-trabalho influencia o engajamento no trabalho, a influência das dimensões de fit sobre o engajamento foi testada e os resultados mostraram que a dimensão necessidades atendidas (needs-supply) é a que mais influência tem sobre o engajamento. Este estudo inicia a discussão sobre a relação entre a compatibilidade da pessoa com o ambiente de trabalho e o seu engajamento, sugerindo reaplicação do método em públicos diferenciados, a fim de que os resultados possam ser utilizados para uma melhor eficácia da gestão de pessoas.
Resumo:
Reciprocidade indivíduo-organização e afetividade são dois fenômenos presentes na vida organizacional e que se tornaram tópicos de pesquisa no campo de estudos do comportamento organizacional. Esse estudo teve como objetivo reforçar as evidências empíricas acerca das relações entre cognições de troca indivíduo-organização e afetividade no contexto de trabalho. Para tanto, foram submetidas à teste empírico cinco hipóteses inspiradas em um estudo inédito desenvolvido por Siqueira (2002b). Contou-se com a utilização de um questionário composto por cinco escalas validadas, referentes as variáveis do estudo, que avaliaram percepção de suporte organizacional (PSO), percepção de reciprocidade organizacional (PRO), comprometimento organizacional normativo (CON), satisfação no trabalho (STR) e comprometimento organizacional afetivo (COA). Participaram 275 profissionais, sendo 183 pertencentes ao setor administrativo e 92 ao setor administrativo-acadêmico de uma Instituição de Ensino Superior, situada na região do Grande ABCD Paulista e com inserção no estado de São Paulo. OS participantes do estudo tinham idade média de 32 anos, sendo a maioria (58,2%) do sexo feminino, com escolaridade em nível superior (39,6%) e tempo médio de trabalho na organização de quatro anos. Os dados coletados foram organizados em um banco de dados eletrônico para tratamento estatístico, quando se utilizou o aplicativo SPSS (Statistical Package for the Social Scienses). Foram realizadas análises descritivas das variáveis e análises de correlação e de regressão múltipla para os testes das cinco hipóteses. Todas as hipóteses foram confirmadas. Conclui-se então, que o presente estudo reforça as proposições de Siqueira (2002b) acerca da pertinência de se considerar os três conceitos analisados (PSO, PRO E CON) como integrantes do esquema mental de reciprocidade. Ainda, os resultados do estudo reafirmam as evidências acerca da capacidade preditiva do EMR sobre satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Por fim, a análise dos dados aponta percepção de suporte organizacional como sendo o componente cognitivo do EMR com maior poder de influência sobre satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Portanto, cognições acerca das relações de troca social com organizações antecedem satisfação e comprometimento afetivo que, por sua vez, são importantes fatores a favor da organização, contribuindo para sua efetividade.
Resumo:
Esta pesquisa analisa a rotatividade docente como uma variável dependente do contexto em que os PPGAs (Programas de Pós-Graduação em Administração) analisados estão imersos. Portanto, foi adotada a Metodologia de Estudo de Casos Múltiplos com viés em redes sociais. Considera-se que as deliberações regulatórias da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e símbolos tais como estatutos, regimentos e cânones dos casos analisados neste estudo, influenciam as decisões de demitir. Foram encontrados indícios de que se trata da crença em uma rotatividade funcional como prática emergente no campo das IESs confessionais (UMESP, PUC/SP e UPM) como um recurso para adaptar-se às mudanças propostas pela CAPES. Para tal, com objetivo de produzir melhoras na produtividade científica e enquadrar-se aos critérios de avaliação da CAPES, os coordenadores de PPGA-Ego atribuem à rotatividade docente em outro PPGA-Alter como principal fator de sucesso do PPGA-Alter. As evidências encontradas se fundamentam na inter-subjetividade entre coordenadores de distintos programas dos casos analisados, portanto a rotatividade funcional pode ser dependente do contexto e não se trata de em fenômeno aleatório ou mesmo atomístico. O presente trabalho também contribui para a sugestão de futuros trabalhos, como por exemplo, a rotatividade disfuncional além de outros descritos no final. Em todos os três casos PPGA UMESP, PPGA UPM e PPGA PUC-SP ocorreu mobilidade docente para instituições estatais e particulares, que segundo os coordenadores entrevistados representava um movimento desfavorável sob algum aspecto para os docentes que se demitiram. Neste sentido passa a ser necessário um trabalho específico, eventualmente uma avaliação empírica com base nos constructos de intenção em demitir-se fundamentada nos estudos de Comportamento Organizacional ou Psicologia I/O (Industrial e Organizacional) como Congruência Pessoa-Organização (ARGYRIS, 1973, KRISTOFF, 1996), Modelos de RH (ARTHUR, 1982; MOBLEY, 1982; BAUM, 1993), Modelo Steers e Mowday e outros. Porém contextualizado e estruturado.
Resumo:
O empreendedorismo é um conceito cada vez mais presente nas organizações empresariais ou nos sistemas educacionais, assumindo um destaque incremental no debate público no que concerne ao futuro das políticas económicas para a competitividade, no âmbito da economia do conhecimento e da sociedade da informação. A sua pertinência instigou o seu estudo nas suas diferentes valências, agudizada pela crise estrutural do capital. Este trabalho visa a análise do conceito empreendedorismo, assente na caracterização do perfil comportamental do empreendedor e na identificação do seu papel nas organizações. Anui-se uma relação estreita entre o conceito de empreender e a descoberta profícua de oportunidades, que se fundeiam num espírito de mudança e inovação, central ao empreendedor. A competitividade afigura-se como uma premissa basilar na criação de valor e no progresso sustentável das organizações. O desafio consiste na mudança de paradigmas ao nível de: i) modelos de desenvolvimento, pela valoração do conhecimento e tecnologia em detrimento da dependência de recursos físicos e financeiros; e ii) fomentação da audácia e consolidação de uma cultura em inovação, competitividade e mudança. A intrínseca aliança do empreendedorismo-inovação assevera-se como fator crítico de desenvolvimento, dependente do perfil comportamental do indivíduo, líder, empreendedor. Essa dependência não imiscui a preponderância da formação para o empreendedorismo, que deve instigar e promover as competências vitais à criação inovadora e sustentável de novos empreendimentos. O estudo desenvolvido no âmbito do empreendedorismo permite asseverar uma dissimilitude de conceitos e aceções, alicerçados em evidências empíricas e científicas ainda exíguas. O trabalho perscrutado objetiva primordialmente uma maior sensibilização das comunidades organizacionais e académicas a esta temática que permita contribuir para uma compreensão mais abrangente e atual da sua relevância no seio das organizações, que vivenciam uma mudança de paradigma nas suas múltiplas dimensões. Esta mudança de paradigma insurge-se num contexto situacional económico-financeiro estrutural e globalmente debilitado, em que se assevera a premência do progresso sustentável das organizações aliada à pertinência do fator diferenciação, que se traduzem por uma transfiguração dos conceitos e padrões observados até aqui. O empreendedorismo assume uma capital importância, salientando-se a perspetiva comportamental do líder empreendedor no processo eficaz de criação de valor: incremental, diferenciador e sustentável. O comportamento organizacional deve assumir uma preponderância central na gestão empreendedora das organizações, ao nível dos seus agentes determinantes: condições (cultura, liderança, estratégia), recursos (capital humano, competências, relacionamentos externos, estruturas), processos (gestão de atividades de IDI, aprendizagem e melhoria sistemática, proteção e valorização de resultados) e resultados (financeiros e operacionais, mercado e sociedade). A análise privilegiadamente comportamental que instigue a diferenciação como fator de inovação e criação de valor nas organizações atuais é corroborada por um estudo de caso que visa a elaboração de um modelo estrutural conceptual e um modelo de correlações canónicas de empresas do ramo automóvel, em Portugal, concelho de Vila Nova de Famalicão, que: 1. Tendeu a observar: i) a tipificação e influência do perfil de empreendedor deste concelho e ramo de atividade nas múltiplas dimensões do empreendedorismo sustentável – desempenho organizacional, inibidores e aceleradores da atividade empreendedora e relevância do papel do líder empreendedor; e ii) a construção de um modelo estrutural conceptual e de um modelo de correlações canónicas que conduziu a quatro tipologias de empreendedor e a sua envolvente; 2. Intentou a ilustração de uma pertinência empírica futura para o seu desenvolvimento e aplicabilidade nas organizações.
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The development of a human individual was a matter of investigation for many thinkers through the history of philosophy. The meanings that this development has taken were, nevertheless, very diversified, involving moral, political, epistemological, aesthetical and even religious aspects. The main agents in this process of development of human individuality are, on the one hand, each individual, who has to strive to improve himself the most, creating and resorting to the means available to that; on the other hand, the fomentalist State also have to take his part in this process, given that such a State has a direct interest in the development of his own citizens; it has to act in such a way that it can foment new and enhance the old existing means that can be used to accomplish the task of developing the human individuality. The goal of this thesis is to investigate the meaning that such development has acquired for the utilitarian philosopher John Stuart Mill, from his conception of individuality.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de internacionalização de uma empresa venezuelana do segmento de mineração, materiais agrícolas e materiais de construção sob o prisma das teorias de poder de mercado e do comportamento organizacional. É um estudo de caso instrumental, que teve como fontes de dados os documentos fornecidos pela empresa, entrevistas com seus executivos e funcionários e informações disponíveis em seu website. Para análise e interpretação dos dados adotou-se o procedimento de adequação à teoria, já que os dados obtidos empiricamente foram contrastados com elementos de teorias já consolidadas acerca de internacionalização de empresas. Conclui-se que a estratégia adotada pela Agrogilca ajusta-se à Teoria do Poder de Mercado de Hymer, na qual as empresas tendem a intensificar sua posição no exterior e expandir suas operações. Seu processo de internacionalização não ocorreu dentro do sequenciado modelo de Uppsala, no qual o gradualismo de relacionamento coincide com o gradualismo de processos de internacionalização, mas, com exportações, onde as empresas tendem a intensificar sua posição no exterior. E por fim, também é coerente com a Estratégia Multidoméstica devido esta teoria considerar como motivo de internacionalização, as condições setoriais, estruturas políticas e necessidades dos clientes visando maior desempenho administrativo e competitividade da empresa.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de internacionalização de uma empresa brasileira do segmento de insumos químicos e adesivos sob o prisma das teorias de poder de mercado e do comportamento organizacional. É um estudo de caso instrumental, que teve como fontes de dados os documentos fornecidos pela empresa, entrevistas com seus executivos, informações disponíveis em seu website e anuários de comércio exterior. Adotou-se o procedimento de adequação à teoria, já que os dados obtidos empiricamente foram contrastados com elementos de teorias já consolidadas. Conclui-se que a estratégia adotada pela Artecola ajusta-se à Teoria do Poder de Mercado de Hymer, ou seja, a empresa buscou intensificar sua posição no exterior e expandir suas operações para outros mercados quando as possibilidades de concentração de mercado se exauriram nos países em que já operava. E, também, que é coerente com a Teoria Comportamental do Modelo de Uppsala, que identifica a distância psíquica como fator relevante na escolha de um país pela empresa que decide se internacionalizar.
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Denomina-se geração um conjunto de indivíduos da mesma idade. Seus filhos caracterizariam uma nova geração e assim sucessivamente, em recortes temporais, social e biologicamente justificados de 25 anos. Acreditava-se que os membros da mesma geração, embora apresentassem diferenças típicas dos grupos socioeconômicos e culturais nos quais se inseriam, teriam hábitos, comportamentos e aspirações semelhantes. As gerações trariam consigo as marcas do seu tempo. Contudo, em razão do avanço exponencial da tecnologia, sobretudo de comunicação, informação e transporte, estima-se que novas gerações sejam formadas em intervalos temporais cada vez menores, criando considerável diversidade na percepção sobre papel, atitude e comprometimento no ambiente de trabalho, entre líderes e liderados, sendo esta diferença tida como fonte potencial de conflitos. Este artigo visa identificar as diferentes percepções acerca dos atributos, percepções e valores de cada geração. Trata-se de uma pesquisa exploratória, apoiada na aplicação de questionários via redes sociais. Os resultados mostram diferenças discretas entre as gerações, o que não é indicativo de conflito. Foi observado que o comprometimento e a fidelidade ao trabalho mantem-se inalteradas como um valor percebido pelos profissionais.
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Este trabajo surge por una inquietud personal hacia el estilo de vida vegano y la posibilidad de profundizar en este tema a través del trabajo de grado, desarrollado por medio de una revisión documental, con miras a descubrir aspectos motivacionales y éticos que permiten comprender un poco más sus orígenes, prácticas, ética y demás aspectos que lo definen
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No presente número da COeG são mostrados alguns dos trabalhos apresentados na conferência, conduzidos por investigadores cujo traço de união é a expressão em língua portuguesa, e que exploram assuntos a diversos níveis da gestão da inovação e da tecnologia, desde o político ao estratégico, do processual ao operacional. A COeG alia-se, assim, a outras revistas científicas patrocinadoras e/ou apoiantes do evento, como a The R&D Management Journal, e a Creativity and Innovation Management, que apresentam brevemente edições especiais relacionadas com a reunião em Sesimbra.
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A formação avançada de recursos humanos tem vindo a ser objecto de um elevado investimento, com base no pressuposto de que estes recursos desempenham um papel crucial no desenvolvimento tecnológico. No entanto, os jovens pós-graduados têm vindo a deparar-se com dificuldades crescentes no mercado de trabalho académico, dificuldades essas que não estão a ser compensadas com o aparecimento de novas oportunidades no mercado de trabalho empresarial. Tal sugere a existência de alguma desadequação entre a oferta e a procura, ou seja, entre as competências dos indivíduos e as pretendidas por um mercado de trabalho em mutação. Este artigo aborda esse problema, examinando a questão do emprego de jovens cientistas no sector empresarial em Portugal. A investigação foi conduzida tendo em consideração quer o ponto de vista das empresas, quer o dos jovens cientistas e centrou-se nas seguintes questões: a) no caso das empresas que empregam mestres e doutorados, que tipo de competências são procuradas, como são geridos este tipo de recursos e que tipo de obstáculos se deparam à sua integração e utilização plena; b) no caso das empresas que não empregam, mas que poderiam beneficiar destes recursos, quais os motivos para a sua relutância; c) no caso dos jovens cientistas, qual a sua atitude em relação a uma carreira no sector empresarial e em que condições estariam dispostos a segui-la. A investigação permitiu detectar alguns desajustamentos entre os objectivos e expectativas das empresas e dos cientistas, bem como identificar alguns factores de relutância em ambos os grupos. Estes resultados permitiram- nos avançar algumas sugestões no sentido de promover o emprego de jovens cientistas no sector empresarial.
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A I&D multidisciplinar realizada em cooperação permite responder a desafios complexos com relativa rapidez. As organizações mais inovadoras começam a desenvolver mecanismos e estruturas de colaboração que apoiam este tipo de iniciativa, numa tentativa de alargar as fronteiras das suas bases de conhecimento. Contudo, a prática tem demonstrado que há, ainda, inúmeras dificuldades na sua implementação, devido a uma variedade de factores inibidores; são poucos os casos de sucesso conhecidos. Este artigo analisa a estratégia e a abordagem metodológica utilizada para dinamizar um projecto de I&D multidisciplinar no quadro de uma rede interorganizacional designada por “Casa do Futuro”. Apresentam-se as implicações do estudo na dinamização de redes baseadas na I&D multidisciplinar.
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Este artigo faz uma análise das diferenças e semelhanças do significado da gestão e das práticas em duas organizações de investigação e desenvolvimento. Uma organização é uma divisão de I&D de uma grande multinacional europeia e o outro tipo de organização em análise são três consórcios de I&D financiados pela CE. Os membros destes consórcios assumem entre si que têm relacionamentos simétricos e baseados em igualdade de poderes administrativos mas têm dificuldades em gerir um consenso sobre o que pretendem comunicar para a EC. No entanto para tornar o caso mais interessante na altura em que este estudo foi realizado a multinacional em questão tinha acabado de reformar a sua estrutura para ultrapassar as dificuldades de processos de consenso. Tendo em conta que há interesses tanto do sector privado como do público, uma das maiores diferenças entre a divisão de I&D de uma multinacional e dos consórcios de I&D financiados pela EC, poderá ser a promoção de diferentes tipos de investigação que beneficie diferentes partes sociais e comerciais.
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Platform strategies reflect a firm’s technology policy towards its new product development (NPD) activities. Depending on the technological complexities embedded in the platform, certain degree of interdependence is created between the firm and its suppliers. Firms may decide to what extent the suppliers should be involved in its NPD activities. There has been an increasing interest with issues related to supplier involvement in NPD. Involving suppliers early in NPD can help firms reduce costs, reduce concept-to-customer development time, improve quality, and provide innovative technologies. However, it requires a great effort and many tradeoffs need to be considered. This paper discusses the implications of early supplier involvement in new product development, specifically regarding to sourcing decisions and NPD processes when new components are designed and incorporated into the new platform. We would like to understand to what extent the NPD collaborates with suppliers, and at which stage of the NPD process suppliers are invited to participate in platform designs. A case study of Oticon, a Danish manufacturer of hearing aids, is presented. We describe how the successful introduction of a new platform of hearing aids is realized as well as how and when Oticon’s suppliers were involved during this process.