995 resultados para restorative practices


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Esta pesquisa teve por objetivo apresentar na forma de relato de experiência, a mediação de conflitos por meio das práticas restaurativas no contexto escolar. Dessa forma pretendeu-se compartilhar um processo ocorrido em uma escola pública de um munícipio do Estado de São Paulo, que utilizou as práticas restaurativas na mediação de conflitos com alunos do 1º ano do ciclo I. Trata-se de uma pesquisa que utilizou o relato de experiência, como forma de construir conhecimentos que pudessem ser socializados e que implicaram em uma modificação da prática. A análise foi feito por meio de através de registros reflexivos, análise documental e observações. No processo de mediação de conflitos, foram utilizadas as práticas restaurativas, sendo o instrumento os círculos restaurativos que visam à resolução do conflito e a prevenção da violência através do diálogo, da reflexão e de um acordo entre as partes. Esta pesquisa mostrou que os círculos propiciaram a reflexão das crianças sobre suas ações, o diálogo entre todos os segmentos envolvidos, o fortalecimento de valores morais, o estímulo à utilização da mediação para a resolução de situações de conflito de forma assertiva e a construção de um ambiente cooperativo que atuou na direção da prevenção de ações violentas. Os princípios da Justiça Restaurativa favoreceram o desenvolvimento da autonomia moral, a cooperação no ambiente escolar e a restauração das relações.

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A população e as comunidades escolares vêm pressionando e cobrando as autoridades dos Sistemas de Justiça e da Educação por uma intervenção coerente e efetiva na resolução de conflitos que se estabelecem no ambiente escolar, uma vez que o atual modelo de Justiça, o retributivo, não tem sanado a situação. A Justiça restaurativa surge então como uma nova maneira para enfrentar esse problema e uma de suas estratégias é o círculo restaurativo, caracterizado como um grupo para restauração das relações e dos conflitos. Esta pesquisa visa: descrever e analisar os elementos estruturais dos círculos restaurativos e os fenômenos do campo grupal em processos restaurativos realizados no ambiente escolar para intervir em situações de conflito. A amostra foi composta de cinco práticas restaurativas que envolveram pré-círculo, círculo e o pós-círculo mediados por um facilitador e dois co-facilitadores. O tratamento dos dados se deu a partir da análise dos elementos estruturais da justiça restaurativa (cerimônia de abertura e fechamento, bastão de fala, e processo decisório consensual), considerando tais elementos iguais ao setting de base psicanalítica, visto que neste caso especifico, tem como objetivo deixar claro aos participantes do grupo qual é a proposta de funcionamento do mesmo; e de uma análise de conteúdo organizada a partir de categorias pré-definidas, segundo conceitos psicanalíticos (resistência, acting/atuação e insight/elaboração). Os resultados mostraram que foram estabelecidos elementos estruturais (setting) favorável ao encontro dos participantes e que predominaram no campo aspectos positivos, o que resultou no bom reestabelecimento do convívio em todos os casos analisados. Os elementos estruturais estabelecidos para a realização do círculo restaurativo criaram um espaço seguro onde os participantes se ligaram de modo positivo, mesmo com a situação de conflito. Considera-se importante creditar a figura do facilitador (Psicólogo) parte da realização da resolução do conflito. Conclui-se que a função continente; o manejo e compreensão das resistências, actings e dos insights contribuíram para que o campo grupal configurasse em coesão ao invés da desintegração. Finalmente, cabe acrescentar que a experiência demonstrou que as crianças e adolescentes respondem muito bem quando são convidados a participar de um círculo restaurativo e ali aprendem a agir de acordo com os valores vivenciados como em um processo educativo.

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A escola é uma instituição inserida na sociedade e, portanto reflete seus sintomas, dentre eles a violência, que de maneira geral vem sendo institucionalizada, sendo percebida como algo natural e imutável, e a maneira com a qual ela vem sendo tratada pela escola apenas a perpetua. Comumente a resolução dos conflitos perpassa por uma noção de justiça vinculada à punição e a obediência, havendo sempre uma relação proporcional ou não, entre o ato e sua sanção, sendo o enfoque no crime, ou seja, a justiça retributiva. A proposta de justiça restaurativa, diferentemente, visa exatamente o oposto, pois se fixa não no castigo e na vingança, mas na restauração das relações e na valorização de todos os envolvidos, por meio dos círculos restaurativos. Estes inserem o facilitador e os participantes. Inicialmente é feita uma apresentação do funcionamento do círculo. Afinal esse modo de organização é envolto de uma aura sagrada, em que todos se preparam para a restituição, pois se deve estar disposto a reconciliar-se. Nos círculos pode-se ouvir e falar por meio do bastão da fala que circula, quem está em seu poder conta sua versão da história sem estigmas de vítimas ou ofensores, ao recontar e ao ouvir o posicionamento do outro, há o estabelecimento de novos vínculos. A partir desta formação os sujeitos podem buscar soluções consensuais a fim de restabelecer as relações, sanar as necessidades individuais e eliminar as disputas conflituosas. A ênfase na responsabilização dos sujeitos em uma sociedade que delega responsabilidades promoveu na pesquisa a necessidade da discussão dos conceitos de culpa e vergonha como agentes reparadores. Tem-se por objetivo relatar experiências analisando o uso de processos restaurativos na promoção da resolução dos conflitos escolares. O estudo consta de uma amostra de quatro casos envolvendo adolescentes em conflitos escolares, que foram analisados qualitativamente, considerando as subjetividades envolvidas nos relatos. Assim, este trabalho mostra que o uso de práticas restaurativas no trato dos conflitos escolares, é uma possibilidade de intervenção que atua na melhora do ambiente e da convivência escolar, promovendo aprendizagens e troca de saberes, valorizando a tolerância ao diferente e a possibilidade de escuta, compreendendo o conflito de maneira positiva, abdicando condutas punitivas, mas principalmente restaurando relações. ões. Neste trabalho foi possível entender que a violência esta institucionalizada, naturalizada e reproduzida na escola, e que rompe essa cadeia ao compreender as causas da violência escolar, promovendo a substituição da violência pelo diálogo e por outras tantas outras respostas possíveis. Entender o conflito como inerente aos relacionamentos e o abordar como possibilidade de aprendizagem, os manejando sob a ótica da justiça restaurativa, promove uma rede multiplicadora de paz, em que os alunos disseminam às suas famílias e comunidade estes novos olhares. Reparar, restituir, reintegrar, restabelecer, recuperar, reconstituir, restaurar. A beleza dessa ideia, desse novo paradigma do qual essa pesquisa se apropria é a capacidade humana de se refazer, de se reinventar. Compreender a oportunidade de reiniciar, satisfazendo necessidades e compensando perdas, é validar a própria humanidade.

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This paper deals with the conceptions of the different school actors about the meaning and the implications of mediation in their schools, drawing on data from a qualitative approach carried out as part of a wider project to map mediation perspectives and practices in Catalonia. The authors analyze the scope of the situations regarded as suitable or unsuitable for the introduction of restorative practices, as well as the resistance to change in the practice of conflict resolutions and in the democratization of school culture.

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This study aimed at elucidating real-life aspects of restorative treatment practices. In addition, dentists' views and perceptions of and variation in restorative treatment practices with respect to dentist-related factors were evaluated. Reasons for placement and replacement of restoration, material selection, posterior restoration longevity, and the use of local anesthesia were assessed on two cross-sectional data sets. Data from the Helsinki Public Dental Service (PDS) included details on 3057 restorations performed by dentists (n=134) during routine clinical work in 2001. The other PDS data from Vantaa were based on 205 patient records of young adults containing information on 1969 restorations investigated retrospectively from 1994-1996 backwards; 51 dentists performed the restorations. In addition, dentists’ self-reported use of local anesthesia and estimates of restoration longevity were investigated by means of a nationwide questionnaire sent to 592 general dental practitioners selected by systematic sampling from the membership list of the Finnish Dental Association in 2004. All data sets included some background information on dentists such as gender, year of birth or graduation, and working sector. In PDS in 2001, primary caries was the reason for placement of restoration more often among patients aged under 19 years than among older patients (p<0.001). Among patients over 36 years of age, replacements represented the majority. Regarding dentist-related factors, replacements of restorations were made by younger dentists more frequently than by older dentists (p<0.001). In PDS in 1994-1996, the replacement rate of posterior restorations was greater among female dentists than among male dentists (p=0.01), especially for amalgams (p=0.008). The mean age of replaced posterior restoration among young adults was 8.9 (SD 5.2) years for amalgam and 2.4 (SD 1.4) years for tooth-colored restorations, the actual replacement rate for all existing posterior restorations being 7% in PDS in 1994-1996. Of all restorative materials used, a clear majority (69%) were composites in PDS in 2001. Local anesthesia was used in 48% of cases and more frequently for older patients (55%) than for patients aged under 13 years (35%) (p<0.001). Younger dentists more often used local anesthesia for primary restoration than did the older dentists (p<0.001), especially for primary teeth (p=0.005). Working sector had an impact on dentists’ self-reported use of local anesthesia and estimates of restoration longevity; public sector dentists reported using local anesthesia more frequently than private sector dentists for Class II (p=0.04) and for Class III restorations (p=0.01). Private sector dentists gave longer estimates of posterior composite longevity than public sector dentists (p=0.001). In conclusion, restorative treatment practices seem to vary according to patient age and also dentist-related factors. Replacements of restorations are common for adults. For children, clear underuse of local anesthesia prevails.

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What would a professional development experience rooted in the philosophy, principles, and practices of restorative justice look and feel like? This article describes how such a professional development project was designed to implement restorative justice principles and practices into schools in a proactive, relational and sustainable manner by using a comprehensive dialogic, democratic peacebuilding pedagogy. The initiative embodied a broad, transformative approach to restorative justice, grounded in participating educators’ identifying, articulating and applying personal core values. This professional development focused on diverse educators, their relationships, and conceptual understandings, rather than on narrow techniques for enhancing student understanding or changing student behaviour. Its core practice involved facilitated critical reflexive dialogue in a circle, organized around recognizing the impact of participants’ interactions on others, using three central, recurring questions: Am I honouring? Am I measuring? What message am I sending? Situated in the context of relational theory (Llewellyn, 2012), this restorative professional development approach addresses some of the challenges in implementing and sustaining transformative citizenship and peacebuilding pedagogies in schools. A pedagogical portrait of the rationale, design, and facilitation experience illustrates the theories, practices, and insights of the initiative, called Relationships First: Implementing Restorative Justice From the Ground Up.