963 resultados para Saúde do Adolescente


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Esse estudo aborda a relao entre o Legislativo e o Executivo na produo de polticas. Identifica os elementos do sistema de produo legislativa do Brasil (regras estruturantes, atores, recursos, instncias de deciso e tipos de polticas produzidas) e prope um modelo para o caso brasileiro de presidencialismo de coalizo, com base em estudos sobre a relao entre o presidente e o Congresso dos EUA e tambm na vasta produo existente sobre o contexto nacional. O sistema estruturado pelo marco normativo de maior hierarquia, a Constituio, determinado historicamente, o qual privilegia a governabilidade com accountability e tambm orienta polticas segundo princpios de equidade, mas com responsabilidade oramentria. O modelo considera que as agendas estratgicas dos atores so produto de variadas influncias, incluindo o status quo (polticas existentes) e as demandas provenientes das conexes normativa e eleitoral. A primeira cria path dependencies e limita opes de poltica, realando questes de capacidade de governar. A segunda agrega preferncias em torno do pertencimento coalizo de governo ou oposio. As proposies legislativas decorrentes das agendas dos atores so processadas em instncias de deciso pr-determinadas do Congresso Nacional, segundo contedo e relevncia das matrias, onde os atores interagem por meio da seleo de vias legislativas e de outros recursos estratgicos. O arcabouo sistmico integrado s interaes estratgicas que ocorrem nas fases de iniciao, apreciao e concluso da tramitao de proposies legislativas (em trs vias distintas: a constitucional, a complementar e a ordinria). Essa estrutura reforada por regras que centralizam o processo decisrio durante a tramitao no Congresso. Os produtos do sistema so as leis com impacto em polticas pblicas. A partir desse modelo, o estudo analisa seus elementos e relaes, aplicando-o a um conjunto abrangente de propostas egislativas (cerca de 21 mil proposies sobre todos os temas, apresentadas no Congresso entre 1999 e 2006, nas trs vias). So observados indcios de quatro tipos de interao, segundo padres de conflito e liderana dos atores: liderana da coalizo, liderana do Legislativo, cooperao e impasse. Os dados opem-se demarcao da agenda entre os Poderes e indicam que o xito do Executivo variou inversamente com a hierarquia da via e que o desempenho do Legislativo superou o do Executivo na via constitucional, com destaque para a atividade do Senado, e na via ordinria (apenas no caso dos projetos de lei ordinria, pois os privilgios de iniciativa exclusiva do Executivo para leis oramentrias e de edio de medidas provisrias, com fora imediata de lei, garantem maior desempenho quantitativo a esse Poder nessa via). Contudo, a coalizo predominou amplamente em todas as vias. Anlises qualitativas com foco na poltica de saúde e seu financiamento reforam esses achados e sugerem que, apesar das muitas regularidades identificadas no sistema (rejeitando teses como a paralisia decisria ou a completa predominncia do Executivo), fragmentaes na sociedade e no Estado, persistem como fatores que limitam a produo de polticas mais equitativas

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Mediante narrativas de casos de apario de fantasmas em um complexo de guas termais localizado no Barreiro de Arax, em Minas Gerais, que mudou sua imagem de lugar de cura e saúde para ambiente de lazer e beleza, este trabalho buscou seguir pistas sobre: a ascenso, queda e renascimento do termalismo no Brasil; o problema da contaminao das guas minerais do Barreiro; as incongruncias nas aes das Polticas Pblicas. Tais aspectos produziram efeitos mltiplos nos trabalhadores das Termas e na populao local, tais como: fantasmas, medos, silncios, disputas e adoecimentos. A pesquisa toma como inspirao metodolgica os trabalhos de Alessandro Portelli com a Histria Oral, para obter e acompanhar as narrativas; a genealogia de Michel Foucault, para apresentar as mudanas no conceito de saúde e de teraputica no tempo; a Teoria do ator-rede de Bruno Latour, para seguir os actantes, humanos e no-humanos. Chama ateno para o cuidado de si como forma tica de estar no mundo, tendente a tornar a vida potente, criativa, abrindo uma possibilidade de algum se tornar mdico de si mesmo. Entende, nesse sentido, que podem ser viveis, desde que em ruptura com meras prticas de renovado controle da vida das populaes, as novas teraputicas implantadas no SUS ? Terapias Alternativas e Complementares, dentre elas, em particular, o Termalismo Social.

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Com as transformaes do Estado-Providncia e das sociedades contemporneas no que concerne ao exerccio de direitos, observam-se alteraes substantivas na estrutura, dimenses de ao e estratgias prprias dos mecanismos de reivindicao. No caso do direito saúde, a anlise dos casos de Brasil e Portugal permite discutir a interface entre Estado, sociedade e instituies jurdicas a partir da dimenso da cultura de participao dos cidados, das redes de solidariedade que constituem no espao local e na utilizao de mecanismos estatais e no-estatais. A respeito do arcabouo jurdico-institucional similar, a diversidade de repertrios de ao coletiva para reivindicar a efetivar este direito em ambos os pases foi a tnica desta pesquisa, que se desenvolveu em 2011 em ambas as localidades. O objetivo do trabalho consiste em discutir as estratgias e formas de efetivao da saúde como direito, de modo a refletir sobre as oportunidades polticas e a cultura poltica de cada experincia. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com o objetivo de discutir os desafios de efetivao do direito saúde com foco no acesso justia e nos repertrios de ao coletiva. As hipteses foram: a) h diferenas no que concerne aos itinerrios do cuidado em saúde, ora enfatizando a centralidade do Estado no cuidado (Brasil), ora responsabilidade o indivduo pela sua prpria saúde (Portugal), o que enseja impactos na prpria cultura de participao dos indivduos em ambos os pases; b) h diferenas no que concerne relao ente Judicirio e sociedade, ora estabelecendo polticas de proximidade com o cidado (Brasil), ora estabelecendo polticas de desjudicializao (Portugal), o que enseja repercusses na prpria forma como os indivduos concebem o sistema judicial e o ativam em seu cotidiano; c) os sistemas de saúde de ambos os pases foram construdos por influncia predominantemente internacional (Portugal) ou dos movimentos sociais (Brasil), de modo que isto permitiu constituir em cada um destes pases formas distintas de lidar com o direito saúde pelos cidados. Os resultados videnciam que a complexidade da eleio do mecanismo estatal ou no-estatal est fortemente relacionada cultura poltica dos cidados, alm de fatores polticos e econmicos oriundos das oportunidades polticas de cada um dos pases

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O objetivo deste estudo foi comparar as taxas de implantao das Equipes de Saúde Bucal, dos 92 municpios do estado do Rio de Janeiro, com as taxas dos procedimentos odontolgicos de primeira consulta, procedimentos preventivos e procedimentos bsicos dos mesmos municpios, verificando o perodo de 1998 a 2010. Os resultados, obtidos atravs de dados secundrios fornecidos pelas fontes de dados do Ministrio da Saúde, mostraram que o crescimento nas taxas dos procedimentos odontolgicos foi muito mais modesto do que o crescimento verificado nas taxas de cobertura das Equipes de Saúde Bucal no perodo estudado e que, aps a implantao dessas equipes, tambm no se observou impacto do aumento dessa implantao nas taxas de procedimentos odontolgicos. Os nicos procedimentos que parecem ter alguma relao com a implantao dessas equipes so os procedimentos preventivos. Concluiu-se que, pelo menos no estado do Rio de Janeiro, no se pode afirmar que as Equipes de Saúde Bucal tenham melhorado significativamente o acesso aos servios odontolgicos da populao em anos recentes e que isso serve de alerta para que, antes de mais investimentos no aumento do nmero de Equipes de Saúde Bucal, haja esforos no sentido de avaliar por que esse programa no tem proporcionado o aumento no acesso esperado.

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Com o envelhecimento populacional observa-se um aumento na prevalncia de doenas degenerativas como as demncias, caracterizadas pela presena de declnio da memria e de outras funes cognitivas, que resulta na incapacidade do indivduo para realizar suas atividades de vida diria. O presente estudo teve como objetivo descrever a prevalncia geral da sndrome demencial e de seus principais subtipos entre idosos, e verificar a associao entre nveis de complexidade da ocupao desenvolvida ao longo da vida com o desempenho cognitivo na velhice. O desenho do estudo foi transversal e conduzido em duas etapas: rastreio de comprometimento cognitivo e avaliao diagnstica. Foi utilizada a base de dados da Rede FIBRARJ, que avaliou clientes idosos (>65 anos) de uma operadora privada de saúde, residentes na zona norte do municpio do Rio de Janeiro. A seleo desta amostra foi feita por meio de amostragem aleatria inversa em cada estrato de sexo e faixa etria. Para cumprir o objetivo de estimar a prevalncia de demncia, foram avaliados 683 idosos. Para verificar a associao do desempenho cognitivo com a ocupao, foram includos 666 indivduos, que haviam respondido ao instrumento de rastreio cognitivo e aceitaram responder ao questionrios sobre ocupao. O diagnstico de sndrome demencial foi obtido segundo critrios do DSM-IV; as variveis gnero, idade, escolaridade, renda, situao conjugal e ocupao foram coletadas por entrevistas. Um total de 115 indivduos foram diagnosticados com sndrome demencial, resultando em uma prevalncia de 16,9% (IC 95%=14,4-19,8). Na regresso logstica mltipla, idade e escolaridade mostraram associao com sndrome demencial. Para idade, a associao foi mais forte entre aqueles com 90 anos ou mais (RP=8,85; IC95%=2,11-37,11) e 85-89 anos (RP=6,77; IC 95% =1,63-28,12). Em relao escolaridade, a razo de prevalncia foi de 2,77 (IC95%=1,07-7,19) para analfabetos e 2,63 (IC95%=1,31-5,27) para aqueles com 5 a 8 anos de estudos, comparado ao grupo com escolaridade superior. No trabalho com os dados, o grupo de alta complexidade obteve escore de desempenho cognitivo 1,08 pontos mais alto (p=0,019) que o grupo de baixa complexidade. No trabalho com coisas (objetos, equipamentos/mquinas), o escore para complexidade intermediria foi 0,53 pontos mais alto (p=0,044) que o da baixa complexidade. No houve diferena estatisticamente significativa no desempenho cognitivo entre os nveis de complexidade do trabalho com pessoas.. Conclui-se que a prevalncia de sndrome demencial na populao estudada foi superior obtida em estudos de bases populacionais e que a maior prevalncia de demncia estava associada ao aumento da idade e baixa escolaridade. Alm disto, mostrou-se que a maior complexidade do trabalho com dados e com coisas estava associada com melhor desempenho cognitivo na velhice, independentemente da idade, da escolaridadade, da renda e do tempo de ocupao.

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Este estudo visa potencializar a discusso sobre metodologias avaliativas delineadas para os servios de saúde mental. A questo que orienta a pesquisa como avaliar um servio de saúde do tipo Centro de Ateno Psicossocial (CAPS). Realizamos pesquisa avaliativa, em formato de estudo de caso, de um CAPS localizado na Zona Oeste do municpio do Rio de Janeiro. Apresentamos dados quantitativos e qualitativos sobre a assistncia prestada no servio, referentes a pacientes matriculados e encaminhados em um perodo de seis meses. O estudo contou com a observao participante do pesquisador, coleta de dados em pronturios e registros oficiais da unidade e discusso de casos clnicos em reunio com a equipe multiprofissional. Procedemos a consideraes avaliativas sobre o servio estudado, privilegiando os eixos de anlise: acesso, acolhimento e acompanhamento.

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Gnero, raa e transtornos mentais so variveis importantes a serem consideradas em estudos que avaliam a autopercepo do peso corporal. Se, por um lado, a sociedade contempornea se depara com um crescimento epidmico do sobrepeso e da obesidade, por outro os paradigmas corporais construdos socialmente para homens e mulheres tm-se tornado com o passar dos anos mais rigorosos e inatingveis, sendo relacionados no somente saúde, mas tambm ao sucesso pessoal, profissional e afetivo. Desse modo, perceber-se fora desse padro pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais comuns (TMC). Alguns grupos, entretanto, parecem ser menos vulnerveis a tais padres como no caso de indivduos da raa negra. No entanto, poucos estudos nacionais tm investigado essas questes. A presente tese avaliou a incidncia de TMC segundo a autopercepo do peso corporal entre funcionrios de uma universidade no Rio de Janeiro, assim como a concordncia entre a autopercepo do peso corporal e o ndice de Massa Corporal (IMC) segundo raa nessa mesma populao. O primeiro estudo avaliou dados da primeira onda de seguimento da coorte do estudo Pr-Saúde analisando atravs de modelos lineares generalizados os riscos relativos da associao entre o desenvolvimento de TMC e a autopercepo do peso corporal. O segundo avaliou a estrutura de concordncia entre a autopercepo do peso corporal e o IMC segundo raa. Os resultados do primeiro artigo evidenciaram associao entre incidncia de TMC e perceber-se acima do peso corporal (RR=1,42) no modelo ajustado por sexo. Na anlise que avaliou a concordncia entre o IMC e a autopercepo do peso corporal no foram observadas diferenas em relao raa e a concordncia variou de moderada a elevada em entre mulheres e homens, respectivamente.Em ambos os sexos, o padro de concordncia fora da diagonal principal indicou que categorias altas e baixas de IMC corresponderam s categorias extremas de percepo corporal. Entre as mulheres, entretanto, a concordncia dentro da diagonal principal sugeriu um padro de concordncia possivelmente maior para as categorias extremas de autopercepo de peso e IMC. No foram evidenciadas diferenas segundo raa, possivelmente, pelo fato das presses sociais em relao aquisio de peso ideal serem desenvolvidas, no Brasil, dentro de um contexto multiracial.

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O excesso de peso tem sido cada vez mais reconhecido como um importante problema de saúde entre os adolescentes. Para identificar seus fatores de risco, recentemente, alguns pesquisadores tm incorporando fatores psicossociais em modelos explicativos, incluindo a violncia familiar na infncia. No entanto, a questo ainda pouco explorada na literatura, sendo este o primeiro estudo nacional sobre o assunto. O objetivo deste estudo foi avaliar se a violncia na infncia um fator de risco para o excesso de peso na adolescncia. Para isso, foi realizado, em 2010, um estudo transversal (linha de base do Estudo Longitudinal de Avaliao Nutricional de Adolescentes / ELANA) com 1014 adolescentes entre 13 a 19 anos de idade pertencentes ao 1 ano do ensino mdio de duas escolas pblicas e quatro escolas particulares, localizadas na cidade e na regio metropolitana do Rio de Janeiro. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de massa corporal (IMC) e a violncia familiar na infncia por meio do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Modelos hierarquizados de regresso linear mltipla foram utilizados nas anlises. Dos 1014 adolescentes, 53,4% eram do sexo feminino e 50,2% estudavam em escola pblica. A prevalncia de excesso de peso foi de 26,7%. De acordo com o modelo multivariado, houve uma menor tendncia ao excesso de peso na adolescncia entre os meninos que sofreram violncia do tipo negligncia fsica na infncia (&#946;=0,196, 95% CI: 0,346; 0,045, p < 0,011), e de acordo com o aumento da idade para todas as dimenses da violncia aferida pelo CTQ (estimativas variaram de 0,136 a 0,126, p < 0.002). O risco de excesso de peso foi maior entre os adolescentes cujos pais apresentavam excesso de peso. Estimativas das variveis de IMC para mes e pais variaram de 0,065 a 0,066 (p < 0,001) e 0,051 a 0,053 (p < 0,001), respectivamente. Conclui-se que a exposio violncia na infncia parece no estar associada com o excesso de peso na adolescncia. Foi notada uma tendncia de reduo do ndice de massa corporal em adolescentes do sexo masculino que foram vtimas de negligncia fsica na infncia.

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Esse trabalho tem como perspectiva colocar em anlise o modo pelo qual os movimentos sociais vm abordando as questes da saúde do trabalhador docente em suas lutas, no apenas como ausncia de doena, mas como um estado em que a saúde rompe com os limites do previsvel. Estabelecemos como foco de anlise a atuao dos movimentos sociais em educao, em especial o Frum Nacional em Defesa da Escola Pblica na LDB, como um espao/tempo de proposio e articulao do movimento que busca, para o trabalho docente, a saúde. Trazemos como questo a tenso entre o modelo de gesto presente na atualidade e a proposta de gesto apresentada pelos movimentos que vinculavam a emergncia dos conselhos de participao social como uma forma de intensificar a implementao de um Estado democrtico. Retomar o processo de aprovao da LDB retomar um processo de lutas e de golpe na vida dos educadores, por isso nosso interesse em buscar sadas, espaos de tenso onde os movimentos esto presentes, onde a saúde prevalece.

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O cuidado no fim de vida em neonatologia um assunto que desperta diversos conflitos ticos entre os profissionais, principalmente pela possibilidade de adiamento da morte devido aos novos aparatos vindos do desenvolvimento da cincia, mesmo quando a cura no mais possvel. Este estudo analisou de maneira qualitativa a percepo dos profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva neonatal da rede federal do Rio de Janeiro. Nesta pesquisa foram realizadas vinte entrevistas com fisioterapeutas, mdicos, enfermeiros, tcnicos de enfermagem, psiclogo e nutricionistas, todas do sexo feminino. Elementos como a percepo em relao a: qual conduta realizada em pacientes em fim de vida, quais elas acreditam serem as mais adequadas, quais os sentimentos frente a um recmnascido terminal, quem elas percebem que decide nessas situaes e quem elas creem que deveria participar do processo de deciso, assim como se elas gostariam de participar caso fossem mes de um beb terminal, foram colhidos e divididos em categorias para serem discutidos. Como concluso, nota-se que as profissionais relataram que condutas que levam a distansia so frequentes no setor, apesar de muitas acreditarem que a melhor terapia seja a de cuidados paliativos. Sentimentos de tristeza, impotncia e angstia so comuns entre elas ao lidar com a terminalidade e obstinao teraputica. A falta de comunicao destaca-se como fator importante na viso das entrevistadas para a pequena contribuio de toda a equipe multidisciplinar e dos pais no processo decisrio em situaes de fim de vida.

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A Estratgia Saúde da Famlia na Cidade do Rio de Janeiro no pode ser pensada como um instrumento isolado no contexto de saúde local. A sua interao com a rede de saúde da cidade precisa ser considerada para que ocorra um fluxo de pacientes entre os nveis de ateno. O Rio de Janeiro dividido em dez reas Programticas com coordenaes de saúde prprias. O tamanho e a diversidade das regies da cidade do Rio de Janeiro faz com que estas reas tenham necessidades particulares e, consequentemente exijam respostas diferenciadas para as questes de saúde. A rea em foco neste estudo a 3.1 onde se localiza o Complexo do Alemo. O Complexo marcado pela pobreza, violncia e excluso social. No ano 2000 tinha o ndice Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,474, um dos piores entre os bairros do Rio de Janeiro. O cenrio de vulnerabilidade foi determinante para que o Complexo fosse uma das primeiras reas a ter intervenes do Programa de Agentes Comunitrios de Saúde e do Programa Saúde da Famlia na cidade do Rio de Janeiro. Este estudo procura relacionar as caractersticas da Estratgia Saúde da Famlia na Cidade do Rio de Janeiro com as caractersticas do modelo implantado no Complexo do Alemo, a partir de dados dos sistemas de informao e de busca bibliogrfica sobre a regio. H caractersticas que so comuns ao Rio de Janeiro e ao Complexo do Alemo, como por exemplo, a falta de uma programao de referncia e contra-referncia para atender a demanda dos pacientes da Estratgia Saúde da Famlia nos nveis secundrio e tercirio de cuidados. Existem tambm caractersticas que so prprias do Complexo do Alemo, como por exemplo, a quantidade de equipes compatvel com a populao segundo as diretrizes do Ministrio da Saúde, o que contrasta com a cidade como um todo que tem uma quantidade de equipes ainda pequena em relao populao.

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O objeto de estudo desta tese a formao profissional dos trabalhadores tcnicos de enfermagem e sua relao com as polticas de saúde no Brasil. Abrange o perodo que se estende dos anos 1920 at os anos 2000, visando compreender o progressivo alargamento do patamar de formao para o trabalho na rea. A tese defende que existe na atualidade brasileira uma tendncia geral de aumento da escolarizao dos trabalhadores tcnicos de enfermagem, que progressivamente vai tornar o tcnico de enfermagem junto com o enfermeiro de nvel superior as principais categorias profissionais da rea. Para orientar a anlise utilizamos os conceitos trabalho simples e trabalho complexo, buscando apreender a formao profissional em sua totalidade e historicidade. Nessa perspectiva, a pesquisa analisa as polticas educacionais na rea e as polticas de saúde, a progressiva racionalizao do trabalho hospitalar, as iniciativas da categoria de enfermagem, notadamente o Projeto Larga Escala e o Profae, as polticas neoliberais na atualidade materializadas na reforma do Estado e nas polticas de saúde de cunho privatizante, assim como a organizao da burguesia de servios de saúde. A concluso do trabalho indica que o aumento da escolaridade dos trabalhadores tcnicos de enfermagem est sendo determinado simultaneamente pelo conjunto dessas relaes. Sinaliza tambm para a constituio de uma alternativa de carter permanente na rea de formao profissional em saúde, do ponto de vista do capital instalado no setor, expressa na organizao do Servio Nacional de Aprendizagem da Saúde (SENASS) e do Servio Social da Saúde (SESS), tambm conhecido como Sistema S da Saúde

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O presente estudo busca avaliar se os processos gerenciais e a estrutura organizacional do setor de recursos humanos das secretarias estaduais e municipais refletem os investimentos tcnicos, polticos e financeiros alocados pela rea de gesto do trabalho e da educao, em nvel nacional. Mais ainda, identificar avanos e retrocessos, ns crticos e os rumos para a consolidao da rea. Parte do princpio de que os recursos humanos so um tema central na agenda de desenvolvimento das polticas pblicas de saúde e constituem-se em um fator essencial e crtico para o alcance das metas propostas no planejamento e implementao de sistemas nacionais de saúde mais eficientes. No caso do Brasil, fato que dirigentes de recursos humanos na rea da saúde enfrentam problemas que se perpetuam desde a implantao do Sistema nico de Saúde. Nos anos recentes, o Ministrio da Saúde, via Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Saúde, para alm de estabelecer as diretrizes nacionais da poltica nesse campo, vem implementando estratgias indutoras para a execuo e qualificao da gesto do trabalho e da educao em estados e municpios. Para realizao dessa tese, alm da reviso bibliogrfica e documental, foram utilizados os dados primrios do survey aplicado em pesquisa realizada pela Estao Observatrio de Recursos Humanos em Saúde IMS/UERJ; grupo focal com responsveis pelas estruturas de recursos humanos das secretarias de saúde dos estados e das capitais; entrevistas semi-estruturadas com atores envolvidos na conduo da poltica nacional de recursos humanos e formadores de opinio. Foi tambm destacado o estudo de caso do estado do Rio de Janeiro pioneiro no modelo de estruturao da rea no mbito do SUS. Os resultados revelam que o esforo de implementao da poltica de recursos humanos pela esfera federal no tem sido capaz de redirecionar de forma mais permanente os processos de formao e trabalho nas outras instncias do sistema de saúde, com vistas aos objetivos do sistema de saúde brasileiro. Embora sejam observadas mudanas pontuais, mantm-se o distanciamento discurso x prxis que condiciona uma baixa institucionalidade da rea, tanto no campo da poltica, como da gesto.

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A hipertenso arterial (HA) desempenha papel determinante na ocorrncia de eventos clnicos graves, havendo entretanto controvrsia quanto ao seu impacto no cotidiano do portador. A incapacidade temporria para a realizao de atividades habituais, definida como uma restrio temporria na capacidade funcional habitual do indivduo, um indicador de saúde recomendado pela Organizao Mundial da Saúde para uso em estudos populacionais. A partir do objetivo geral de investigar a associao entre hipertenso arterial e incapacidade temporria para atividades habituais, delineamos os seguintes objetivos especficos: A) Investigar se a elevao dos nveis pressricos determina a freqncia e o perodo acumulado de incapacidade temporria para atividades habituais; B) Investigar se o uso de medicaes anti-hipertensivas associa-se a alteraes na freqncia e no perodo acumulado de incapacidade temporria para atividades habituais. O estudo seccional com dados de 2953 participantes obtidos atravs de questionrio auto-administrado no Estudo Pr-Saúde, uma coorte de funcionrios tcnico-administrativos de universidade localizada no estado do Rio de Janeiro. A exposio foi avaliada a partir do valor aferido da PA e do uso de drogas anti-hipertensivas. Conduzimos a anlise separando os participantes em 4 grupos, combinando as informaes quanto PA aferida (< ou 140/90 mmHg), e o relato de uso ou no de medicao anti-hipertensiva. O desfecho foi avaliado com a utilizao de uma varivel composta com informao referente ocorrncia e ao perodo de incapacidade. Realizamos anlise multivariada atravs de regresso logstica multinomial. Temos como resultado 690 (23,4 %) participantes foram classificados como hipertensos, e 704 (23,8 %) relataram incapacidade temporria. O relato do uso de medicao anti-hipertensiva mostrou, entre os indivduos com PA < 140/90 mmHg, associao direta com a prevalncia de incapacidade temporria de longa durao, com OR=2,25 (IC 95 %: 1,31 3,87). A presena de PA 140/90 mmHg mostrou relao inversa com a chance de incapacidade temporria de curta durao entre os indivduos que no usavam medicao anti-hipertensiva, a qual porm no foi estatisticamente significativa (OR=0,64; IC 95 %: 0,40 1,03). Encontramos uma associao direta entre o uso de drogas anti-hipertensivas e incapacidade temporria de longa durao, a qual pode relacionar-se a efeitos adversos da medicao; os resultados sugerem tambm uma relao inversa entre os valores da PA e a prevalncia de incapacidade de curta durao, a qual no alcanou significncia estatstica, e que pode estar relacionada a um fenmeno conhecido como hipoalgesia associada HA.

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Este trabalho tem por objetivo conhecer, na viso da militncia com atuao no setor saúde no mbito do Estado do Rio Janeiro, as perspectivas para a ampliao e qualificao da participao social no SUS, considerando a contribuio das polticas da SEGEP/MS para a democratizao das polticas pblicas de saúde. Parte do conceito de Estado e sociedade civil do liberal Hobbes, buscando a evoluo histrica dos termos at os marxistas, com especial ateno ao conceito de Estado ampliado de Gramsci. A concepo gramsciana nos ajuda a compreender o processo de desenvolvimento da sociedade civil brasileira e a relao de nosso objeto de estudo com o Estado. Consultando as Portarias de criao e os relatrios de gesto da SGEP/MS, construmos nossa base documental que, confrontada com os depoimentos de militantes do setor saúde que atuam no Estado do Rio de Janeiro, subsidiaram nosso estudo. Nossas consideraes finais apontam para as contradies tpicas de um governo de coalizo, composto por fraes da classe subalterna que negociam o poder com a classe dominante.