986 resultados para Literatura canadense - Crítica e interpretação
Resumo:
A figura do índio, na Literatura Brasileira, durante anos foi marcada pelos relatos sob a perspectiva de não índios. As vozes dos povos indígenas foram silenciadas, ocultadas pelo discurso dominante, que disseminava ideias com base em seu ponto de vista, muitas vezes marcado pelo teor de superioridade diante desses povos. Principalmente presentes nos textos de viajantes e missionários da época da colonização, os reflexos dessa atitude ainda são marcantes nos dias atuais: preconceitos e ideias equivocadas sobre a cultura ameríndia. Tempos depois, passa-se do índio bárbaro e selvagem ao índio idealizado das obras românticas, mantendo o discurso parcial pautado na visão do outro. Em 1928, através da proposta antropofágica de Oswald de Andrade, inicia-se um novo período diante dessa realidade, muito embora ainda seja uma visão desenvolvida a partir do homem branco. Oswald contribuiu para trazer à tona a figura do índio sem a idealização romântica e com base na valorização dos nativos e de sua cultura. O modernista, com sua bandeira da assimilação crítica de conteúdos, propunha um resgate do primitivo como forma de integrar essa realidade aos novos tempos da industrialização, além de objetivar a ruptura com modelos pré-estabelecidos e eliminação do vetor dominante-dominado. Nos últimos anos, por outro lado, tem crescido o número de obras no âmbito artístico produzidas pelos próprios indígenas, trazendo as vozes que, na verdade, sempre existiram. Nesse contexto, encontra-se a obra de Eliane Potiguara. A mulher e indígena, voz marcante do livro Metade cara, metade máscara (2004), apresenta ao leitor o viver entre dois mundos, o adaptar-se ao universo contemporâneo sem perder as suas raízes e a sabedoria ancestral. Assim como Oswald, Potiguara resgata o primitivo, através do discurso construído a partir da mulher-terra, e assimila recursos do universo do não índio para gritar suas dores e sua esperança, o que possibilita um diálogo com a proposta da Antropofagia oswaldiana. Pretende-se, a partir da ideia desenvolvida por Benedito Nunes (2011) acerca do caráter diagnóstico, terapêutico e metafórico da Antropofagia, estabelecer relações entre os pensamentos de Oswald de Andrade e Eliane Potiguara por meio da arte literária, refletindo sobre a ruptura com padrões pré-estabelecidos através de novas perspectivas, a exemplo da literatura indígena
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Comparatistas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Comparatistas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Americanos), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Brasileiros), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2015
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Teoria da Literatura), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2015
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Esta dissertação propõe uma leitura de um conjunto de obras de Ana Teresa Pereira centrada nas relações entre escrita e representação. Estas obras são: O Fim de Lizzie e outras histórias (2008), O Verão Selvagem dos Teus Olhos (2008), Inverness (2010), A Outra (2010), A Pantera (2011) e O Lago (2011). Partindo da hipótese de que aquele binómio constitui um problema teórico importante na abordagem a estas obras, interroga-se as diversas instâncias em que ele se manifesta nos textos, tendo em conta a encenação do acto de escrita e de outros actos de criação, bem como o recurso a um campo semântico do domínio do teatro, com o qual a narrativa se confunde, pondo em evidência e em diálogo diferentes acepções do conceito de “representação”. A reflexão atenta essencialmente em três eixos: o pensamento sobre arte que atravessa estas narrativas, a figuração auto-reflexiva do texto e a forma como Ana Teresa Pereira desenvolve uma noção de teatralidade na articulação entre escrever e representar. Esta noção é também a que une ideias de livro, de palco e de mundo, gerando tensões consequentes entre ficção, realidade e literatura.
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Americanos), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2015
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A dissertação baseia-se numa leitura do conto “Uma aventura secreta do marquês de Bradomín”. Este texto narrativo destaca questões relacionadas com a ficção contemporânea portuguesa, como a construção da personagem com estatuto de protagonista, oscilando entre ser real e ser ficcional, a autoria feminina, a importância do dizer e do silêncio. A personagem feminina apresenta a sua história partilhada com o marquês de Bradomín e os sentidos mudam em consonância com as condições temporal e discursiva; a simbologia torna-se um acto de ideologia e de interpretação, uma vez que a expressividade humana está para além das palavras, produzindo silêncios enquanto se discursa. A personagem escreve por palavras que ocultam outras, que são apenas aludidas e, como a narradora recorre à memória, o seu texto discursivo pode apresentar-se de forma lacunar, com a desculpa do esquecimento. Neste caso, os sentidos podem ser sempre outros e o (in)dizível persiste.
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Se analizan tres fábulas mitológicas de Samaniego, comparadas con los textos análogos de otros fabulistas como Esopo, Babrio, Fedro o La Fontaine. Las originales versiones del escritor español nos sirven para reflexionar sobre las posibilidades creativas de la lectura en el aula mediante el ejercicio de la comparación y de la emulación.
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La intenció d'aquesta tesi ha estat analitzar la dimensió biogràfica i crítica de Ramon Esquerra (1909-1938?). Es pretén arribar a la seva teoria a través de la seva pràctica, reconstruir el pensament global d'Esquerra a partir de l'obra dispersa que ens ha llegat i deixar constància d'un pensament literari -un pensament que mai no formularia de manera completa, però que existia i evolucionava a través de la ressenya de les obres d'altri o de la publicació de manuals i estudis-. L'activitat vital i professional de Ramon Esquerra parteix d'una autèntica passió per la literatura i la crítica literària. Aquesta activitat s'articula principalment i té el seu fruit en el camp del periodisme, la traducció i la docència. En tots tres camps, es revela com a intermediari i peça fonamental en la difusió de la literatura occidental i universal a Catalunya, que introdueix, primer, a través d'una crítica comparatista intuïtiva i, després, a través del model francès de la literatura comparada d'entreguerres, que disciplina la primera i en canvia bona part dels centres d'interès.
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La tesi doctoral consisteix en una lectura crítica de la secció "Ofrena" composta de 178 poemes, del llibre que el poeta català (1884-1970) va publicar el 1957 com a obra poètica completa, després d'una profunda selecció i revisió dels poemes que havia escrit al llarg de més de 50 anys. La lectura deixa de banda la dimensió historiogràfica de la poesia de Carner i es centra en una anàlisi textual de la secció a partir d'un apartat de conceptes provinents de la teoria literària d'aquest segle i d'alguns dels corrent de pensament que en formen part, com l'estructuralisme, la semiòtica, el New Criticism, la desconstrucció, etc. Així, la tesi té dos objectius fonamentals: l'estudi del corpus que formen els poemes de la secció "Ofrena" de Poesia, i l'esbós de les possibilitats crítiques que ofereixen determinats enfocaments de l'estudi sincrònic de la literatura.
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Simón Bolívar es una de las figuras más destacadas en la historia de los países andinos por el papel trascendental que juega en los procesos independentistas de principios del siglo XIX y es una imagen que trasciende su época para pervivir en la memoria y en los proyectos de las generaciones posteriores. Ahora bien, es evidente que, a lo largo de los años, desde diferentes materias y ámbitos, se ha generado variedad de interpretaciones en torno a un todo que se simplifica en un nombre y un apellido. La historia, la filosofía, la literatura y hasta la psicología se han puesto en la tarea de elaborar innumerables discursos sociales en torno a su pensamiento y personalidad. Sin embargo, es la literatura, desde sus recursos narrativos, la materia de estudio que ahora interesa abordar. A partir del análisis del cuento El último rostro de Álvaro Mutis, de El general en su laberinto de Gabriel García Márquez, de la novela histórica Manuela del ecuatoriano Luís Zúñiga, y Yo, Bolívar Rey, del escritor venezolano Caupolicán Ovalles, este trabajo de tesis, desde el análisis crítico literario, aborda las diferentes formas de representación que se han generado de Simón Bolívar en estas obras literarias contemporáneas. Desde un ejercicio de literatura comparada, se pretende explorar e investigar las distintas construcciones que desde la denominada nueva novela histórica se han elaborado sobre un mismo objeto de estudio. Teniendo en cuenta los aportes interpretativos emergentes desde diversas áreas, en este caso crítica literaria e historiografía, se hará una lectura crítica al respecto mostrando algunas diferencias y contrastes entre las variadas exploraciones que sobre el tema se han realizado desde las últimas décadas del XX y evidenciar la construcción de cierto imaginario literario que se afianza y fortalece desde el texto escrito.
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Este análisis contribuye a mostrar la entrada literaria a la región insular del Ecuador, a fin de entender cómo se ha construido el imaginario respecto a este archipiélago por quienes se han visto lo suficientemente atrapados como para tematizarlo en un nivel discursivo estético, llegando a conformar un corpus que ha empezado a explorarse, en virtud de su particular valor cultural. Por eso, aquí se indaga cómo las Islas Galápagos, conocidas como “Las Encantadas”, han sido leídas, representadas e imaginadas en la literatura producida por una selección de escritores ecuatorianos y extranjeros. En el primer capítulo se ofrece una breve contextualización socio-histórico-cultural sobre el Archipiélago de Colón, donde se explica cómo ha ingresado en el mapa mental mundial y sus implicaciones en la construcción de obras literarias que dan cuenta de esos hitos que han hecho posible su histórica trascendencia. En el segundo capítulo, se explora textos literarios en los que predomina la ‘visión romántica’, en tanto escenario de contemplación y búsqueda de la Edad de Oro donde Natura y ser humano comulgan armónicamente. Finalmente, en el tercer capítulo se examina narraciones que adjudican al archipiélago un carácter infernal, su correlación con una forma de ver la naturaleza como mera ‘materia prima’ para el ejercicio de un proyecto utilitario; y si desde esa mirada aparece (o no) alguna posibilidad de pensar en un mundo más humano y solidario, a partir de la observación e interacción de ese ‘encantado’ grupo de satélites oceánicos.