1000 resultados para Símbolos de poder
Resumo:
Comer é uma necessidade natural e fisiológica de todos os homens, em todos os tempos. Mas é também uma prática cultural complexa, que convoca não só a história e a cultura material, mas também a antropologia, a sociologia, a etnologia, a psicologia, a história de arte e a história das ideias. Numa sociedade tão frágil como a dos nossos antepassados, o acto de comer era um “lugar” fundamental de diferenciação e de distinção sociais e significado político. Na verdade, a mesa do rei constituiu um instrumento político para a monarquia, desde as formas relativamente simples da Idade Média até à sua cada vez maior complexidade na Época Moderna. Neste quadro, e tomando sobretudo por base fontes históricas e documentais portuguesas dos séculos XV e XVI, este estudo analisará a mesa do rei de acordo com as seguintes perspectivas: a dimensão política e simbólica da comida régia, os alimentos que iam à mesa do monarca, o conjunto dos discursos de advertência – religioso/moralista e médico - acerca da comida régia e dos excessos cortesãos e a magnificência e ostentação dos grandes banquetes em momentos cerimoniais importantes para a monarquia
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Antonio de Guevara (1480?-1545), es una figura singular de la cultura ibérica del siglo XVI. La proximidad al emperador Carlos V marcará su trayectoria personal y su producción literaria. La publicación, en 1528, del Libro Aureo de Marco Aurelio, dará cominezo a una carrera literaria que hará de Guevara uno de los autores más leidos y apreciados de la Europa del siglo XVI. Procurando inscribir su carrera vital en la coyuntura histórica de la España de su tiempo, este texto analiza l trayectoria y fortuna del Relox de Príncipes, publicado en 1529, y su irradiación ibérica y europea, con especial incidencia para el caso portugués.
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Este artigo procura contribuir para o estudo dos processos históricos que têm tomado populações muçulmanas como alvos preferenciais da governança e da análise políticas. Baseado em documentação de arquivos portugueses e franceses, o artigo procura assinalar as mais notórias representações identitárias que ideólogos e membros do aparelho colonial português construíram em torno dos grupos islâmicos da Guiné-Bissau e de Moçambique, incidindo especialmente nesta última colónia. Tais imagens articularam-se com as estratégias de governação das populações muçulmanas num quadro colonialista, sobretudo após a eclosão das guerras coloniais. O artigo defende que a posição semiperiférica de Portugal no sistema-mundo conferiu às suas representações e estratégias identitárias, nomeadamente as que se reportam aos muçulmanos colonizados, um carácter de profunda ambivalência.
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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais, na área de especialização de Relações Internacionais
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O teste de Montenegro, utilizado no diagnóstico da leishmaniose tegumentar, tem sido recentemente considerado marcador de imunogenicidade após vacinação. Neste estudo, avaliou-se o poder sensibilizante deste teste e a produção de y-IFN in vitro, em indivíduos não expostos a Leishmania. Utilizaram-se para o teste antígenos de L. amazonensis produzido em nosso laboratório (grupo I) ou produzido pela FIOCRUZ-RJ (grupo II). No dia 30, 33% dos indivíduos do grupo I e 42% do grupo II converteram o teste para positivo, comparando-se com 67% do grupo I e 50% do grupo II no dia 90. y-IFN foi detectado em 56% dos indivíduos do grupo I e 17% do grupo II no dia 30 (169±309 e 11±36pg/ml) e em 67% do grupo I e 58% do grupo II no dia 360 (69±107 e 18±20pg/ml). Estes dados demonstram que o teste de Montenegro induz, além de hipersensibilidade tardia, a produção de y-IFN.
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Tese de Doutoramento em Relações Internacionais, especialidade de História e Teoria das Relações Internacionais
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Organizações e Trabalho, nº 37/38, APSIOT, pp. 73-88
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Entre o maravilhoso do romance arturiano como dispositivo cultural em que os signos surgem como significantes que interpelam tanto o cavaleiro errante como o leitor, e o realismo como dispositivo retórico que faz da mimesis uma armadilha hermenêutica dominada pelo simulacro e o «trompe l’oeil», as obras de Jean Renart assumem um papel, cultural e poeticamente, mediador, convidando-nos a ir ao encontro dessa metáfora viva ricoeuriana que, nos limiares entre dois sistemas de representação contíguos embora parcialmente sobrepostos, reconfigura a linguagem, o sentido e o mundo (um sentido para o mundo) ao mesmo tempo que mantém em aberto os signos como significantes mediadores e permeáveis de um desejo de conhecimento (do outro, da letra, etc.) nunca satisfeito por natureza.
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Fundação para a Ciência e a Tecnologia Fundação Casa de Mateus
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Tendo como ponto de partida o armorial autárquico publicado por Inácio de Vilhena Barbosa em 1860, o presente trabalho incide sobre a relação entre a heráldica municipal e a representação do poder. O principal objectivo consiste em verificar de que modo o conjunto das armas autárquicas foi usado, desde o Antigo Regime até à monarquia constitucional, como parte integrante dos instrumentos de consagração política e de construção da memória. Foca-se em particular o papel que esse armorial desempenhou no processo oitocentista de edificação do Estado liberal, na afirmação da identidade nacional e na atestação abstracta de uma soberania da nação. A edição do armorial autárquico português na segunda metade do século XIX, longe de constituir um caso isolado, encontrou paralelo nos demais países europeus, onde tal género de publicação assumiu características e funções similares. Esta funcionalidade esteve na base da difusão das séries de armas municipais e da sua repetição em lugares associados à simbólica do poder ou à instrução cívica dos cidadãos.
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RODRIGUES, Miguel Jasmins (coord.),
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Tese de Doutoramento em História da Arte Contemporânea
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Neste texto, apresentado no I Congreso Internacional de Jóvenes Medievalistas Ciudad de Cáceres (2012), realizou-se a exposição de alguns fundos e catálogos portugueses que possuem documentos referentes à ação lusitana no Norte da África durante parte do século XV. A ênfase foi dada à apresentação dos fundos encontrados no Arquivo Nacional Torre do Tombo (ANTT), aos documentos presentes na coletânea documental intitulada Monumenta Henricina e, também, em alguns trechos da Crónica da Tomada de Ceuta de Gomes Eanes de Zurara (c.1410-1474). Assim, denota-se através da produção documental, tanto o interesse português nas terras em África, como, principalmente, a política régia para a construção de um discurso legitimador das conquistas naquele espaço.
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A presente investigação pretende demonstrar o poder dos conteúdos no processo de construção de relações entre marcas e consumidores. Se por um lado visa compreender de que forma é que a comunicação integrada de conteúdos – Content Marketing – pode ser uma ferramenta essencial para a empresa ganhar notoriedade, posicionamento e consequentemente receitas, por outro propõese analisar o papel do Content Marketing como uma das dimensões do Marketing Relacional. O estudo foca-se no mercado de bricolage, direccionado para a marca Leroy Merlin. Foi utilizado o método quantitativo através de inquéritos por questionário a uma amostra de 80 consumidores de bricolage em Portugal. Os resultados permitem concluir que no mercado estudado a qualidade intangível é a variável do marketing relacional com impacto na satisfação de clientes, sendo que para efeitos de fidelização, as variáveis significativas são: o compromisso, os factores do meio-envolvente e a notoriedade. O marketing de conteúdos revelou-se pouco significativo para a obtenção de satisfação e fidelização de clientes, no entanto apresentou um impacto indirecto através da notoriedade que depois terá relação com a satisfação e com a fidelização.
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A presente dissertação problematiza a trajectória colonial e pós-colonial do funaná, um género de música e dança historicamente associado à população caboverdiana santiaguense e, desde a Independência Nacional do país, difundido entre outros grupos em Cabo Verde e na diáspora. Ao propor uma história e etnografia multisituada, questiona de que modo no contexto da governação colonial, da construção do estado nação e na localização da diáspora da Área Metropolitana de Lisboa do presente póscolonial, o domínio da prática cultural, nomeadamente da prática musical, foi política e socialmente mobilizado na produção das fronteiras de diferença cultural da raça, da nação, do género e da subjectividade incidindo sobre as populações produtoras da cultura expressiva. Defende que após a Independência Nacional de Cabo Verde o funaná se tornou uma prática multiforme, codificando experiências sociais, estéticas e identidades diferenciadas. Enquanto que para uma jovem geração de músicos de perfil urbano e cosmopolita ela passou a ser reenquadrada de acordo com uma poética da nação, para as populações diaspóricas vivendo entre o interior de Santiago, a capital Praia e a Área Metropolitana de Lisboa ela persiste enquanto expressiva e performativa de uma condição diaspórica racializada.