10 resultados para Policial-fantástico

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Edgar Allan Poe foi um dos maiores expoentes da literatura fantástica. Destacou-se ao escrever histórias com fatos insólitos que provocam reações inquietantes em seus personagens e leitores. O presente artigo tem como objetivo fazer um estudo crítico do conto O coração delator, de Edgar Allan Poe, à luz da teoria de Tzvetan Todorov. Para tanto, utilizamos as observações sobre a obra de Edgar Allan Poe que Todorov abordou no livro Introdução à literatura fantástica. No conto analisado, um conto de crime com um narrador-protagonista que está no limite entre o real e o imaginário, procuramos identificar alguns elementos marcantes em sua estrutura e conteúdo. Todorov demonstra que a situação presente na literatura fantástica promove uma ‘hesitação’, pois no mundo que conhecemos pode acontecer algo insólito e inesperado e coincidir ou não com o mundo real. Verificamos e apresentamos a junção dos elementos que proporcionam o efeito de estranhamento e ambigüidade, bem como o ‘pandeterminismo’, características dos textos fantásticos de Edgar Allan Poe.

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Ao ler a correspondência de João Guimarães Rosa com seu tradutor francês, Jean-Jacques Villard, surpreendi-me ao descobrir que um de seus contos mais conhecidos, A terceira margem do rio, havia sido publicado na revista Planète, editada pelos pais do realismo fantástico Louis Pauwels e Jacques Bergier. A revista, criada na esteira da comoção provocada por O despertar dos mágicos, colocava-se, antes de tudo, contra o positivismo científico dominante na época e levava em conta os fenômenos paranormais, a alquimia, as capacidades inexploradas do cérebro humano. “Rien de ce qui est étrange ne nous est étranger ” era o lema da revista. Neste artigo, pretendemos, por um lado, contar a estória da publicação e da tradução desse conto e, por outro, pensar esse fenômeno como integrado ao modo como as obras de Guimarães Rosa foram recebidas na França dos anos 1960.  

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Este estudo busca fundamentar a inter-relação entre dois aspectos pertinentes à mediação da leitura de textos infantojuvenis no cenário escolar: a adaptação e o imaginário arquetípico. O primeiro é temporal, sempre ajustado a determinado público ou contexto, a fim de obter aceitação. O segundo, atemporal, pois diz respeito ao grande reservatório de imagens ou conjunto de imagens oníricas ou oriundas da mente primitiva, que alicerça nosso modo de viver, pensar e agir. Dessa forma, este texto objetiva mostrar como esses dois tópicos estão dispostos na literatura infantojuvenil. Para tanto, discorremos sobre esses temas em três obras adaptadas em cordel para crianças e jovens: O pequeno Polegar, Pinóquio e O Soldadinho de Chumbo à luz dos estudos da adaptação, da literatura fantástica e dos estudos do imaginário arquetípico, amparo teórico elencado para este estudo bibliográfico. Esta proposta surgiu da necessidade de fundamentação de um trabalho de mediação de leitores no contexto de formação de professores, na vivência do componente curricular Literatura Infantil, do curso de graduação em pedagogia em uma universidade pública no Nordeste brasileiro. A partir do olhar hermenêutico das obras da literatura infantojuvenil adaptadas em cordel, conclui-se que os elementos em análise se revelam potencialmente significativos para dinamizar o processo de mediação da leitura no contexto escolar.

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The speech of romance, Death With Interruptions, play with the serious and the comic describing life, replete of conventions, of ten million habitants at an unnamed country. The characters are destituted of personal identity and assume collective identities. The artistic text shows itself fulfilled by a stubborn critic that denounces revolt, forged by the sensation of disaggregation and loss of values and the verification of a picture of misery, injustice and inconsequence, that results from a greedy run of interests. The narrator uses irony to personal and collective attitudes, the unused situations and the very idea of death and god. The text shows itself full of denounces, related to the general state of disaggregation. Split in two cores (the momentary interruption of death activities and the return to hers works), the narrative speech establish a reality, pervade by fantastic, that forces us to a metaphysics reflection about the insoluble enigmas that surrounds the human existence. Death suffers a humanization process, as a tentative to bring her closer to the human kind, to her exact place. Keywords: romance; death; identities.

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No presente artigo apresento resultados iniciais da pesquisa A imagem da polícia na literatura brasileira, na qual identifico e examino as imagens desta instituição elaboradas por escritores brasileiros em três momentos da história: os primeiros anos da república brasileira (1889-1910), a Era Vargas (1935-1945) e os anos de chumbo da ditadura civil-militar brasileira chegando até a abertura política (1969-1985). As imagens que compõem a primeira fase da pesquisa foram extraídas de obras de Machadode Assis, Aluízio de Azevedo, Lima Barreto e Jõao do Rio e foram publicadas nos anos em que tanto havia uma reforma política no Brasil (a passagem do sistema monárquico para o republicano), quanto estava em curso uma tentativa de reforma da instituição policial, tendo em vista a inserção de aspectos ditos mais científicos de investigação e de punição. O levantamento e a análise dos textos permite aquilatar as críticas feitas pelos escritores da época ao literaturizarem uma instituição problemática porque era eivada de preconceitos, atrasos e resistente a inovações. Além disso, aspectos ainda hoje presentes na crítica à polícia, tais como a violência desproporcional e a corrupção, comparecem na literatura produzida no período e possibilitam uma compreensão mais ampla da realidade policial desde o ponto de vista da arte literária.

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Regarding the importance the reader takes on in studies about reading and literary genres, this paper presents reflections about the reader’s role in the constitution of the literary genres as esthetics conventions which the writer dialogues, as well as, about the literary genres theory issues, important to literary analysis, and allow to an useful understanding, and consequently, the esthetical experience in reading literary texts. This paper focuses particularly, in a reflection about the reading concepts and esthetical conventions of the fantastic genre, from the theoretical assumptions of Tzvetan Torodov and Vincent Jouve. From reflections developed related to reception theories, about the reading processing and the reader’s contribution in the creation of the fantastic genre, was possible propose an approach and establish analogies between the referential from de Todorov and Jouve Both authors recognize the importance of the reader’s role to the literary text completeness and suggest the text to present features and conventions, as textual strategies of stylistic, linguistic and formal order which conduct the reader to the achievement of the text meanings.

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This article aims to analyze the book Bufo & Spallanzani (1985), of the Brazilian writer Ruben Fonseca, in order to observe how it approaches and/or departs from some characteristics attributed to the Detective Novel, particularly in light of Tzvetan Todorov's theory. For that, this reading turns to the study of the multifaceted figure of the narrator, who is, at the same time, writer and murderer. Therefore, it aims to clarify what are the implications, aesthetic and/or otherwise, of the voice given to the killer-writer, as well as what is the role of the detective in the condiction of a secondary character.

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Based on the fantastic narrative, this paper aims to present an analysis of the short story “Sonata”, from Erico Verissimo, which is part of his work Fantoches e outros contos, originally published in 1932. This is the first book published by this author, the only one of his own composed just by short stories. For the purpose of this paper, first of all, it is clarified the concept of fantastic narrative, according to the understanding of some authors – as Todorov (1979), Rodrigues (1988) and Calvino (2004) –, and, furthermore, it is briefly discussed the concepts of strange and marvelous, which contributes to the definition of fantastic. It is also mentioned aspects related to the emergence of fantastic and the reasons of its existence. To verify this element in the narrative, it is required a strange or supernatural event and, also, the hesitation of the reader and of a character. Besides, this kind of narrative involves a certain way of interpretation – the way that the reader faces the events presented by the story contributes to support the fantastic. After these considerations, it is presented a thorough analysis of the short story “Sonata”, which has music as a guide and presents the point of view of its main character, who is not named. That is the story of a young piano teacher that, in the context of World War II, moved by the desire of escaping from reality, gets immerse in old newspapers. In his reading, he finds out an ad from 1912, the year he was born, which requests the services of a piano teacher. From that moment on, a journey to the past starts, and, then, it is possible to verify the presence of several elements that point to the fantastic and allow the reader to experience the hesitation, such as the theory here in use indicates.

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The present proposal aims at to reflect, in the scope of the Discourse Analysis (AD) of Pêcheux tradition, about differents interpretations of the “índia” tattoo. More accurately, we treat of the two dissimilar interpretations: the first one was presented by “Cartilha de Orientação Policial – Tatuagens: Desvendando Segredos” (2011), produced by the Military Policy of Bahia State that brings to its readers the direction attributed to some tattoos; and the second, it is that we do, from a semi-structured oral interview realized with a citizen who has the “índia” tattoo materialized on his body and that does not know about the Cartilha. We clarify beforehand, that we conceive a tattoo as a text that produce discourses. Made this registration, we point out that in this study we understand there are two distinct instances, that produce and mobilize directions that are also affected by the distinct imaginary. Thus, our objective is to oppose the predetermined direction by the Cartilha with the one that we could produce from the analysis of the interview of the tattooed citizen about his tattoo. From lectures and other works realized by us, we understand that the tattoo means and that the senses are not only in drawing, but beyond it. In this perspective, we call attention to the fact that as the words are not endowed with a sense a priori, as proposed by the pecheuxtiano legacy, as the tattoos that process the meaning production also do not let us predetermine senses in authoritarian form. In reading/interpretation of a tattoo, multiple interpretations can be produced, depending on the memory effects that are mobilized at the moment. New interpretations can be projected and this discursive work of attribution of directions is one that can influence the reader society in (pre)concepts about the tattooed citizen and/or with the tattoo that he carries in his body.

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O presente artigo problematiza por meio da análise a intervenção do fantástico no conto “Pirlimpsiquice”, que integra a obra Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa. Ao centralizar o episódio extraordinário da realização de uma peça teatral por um grupo de meninos de um Colégio de padres, a narrativa tematiza a palavra infantil como elemento transformador da realidade. A partir de proposições de Chaves (1978), Rosset (1998), Mello (2000), Jenny (1979) e Nitrini (2000), a discussão aborda o estabelecimento do duplo e a intertertextualidade no universo narrado, como recursos para a concretização do fantástico. A investigação indica que, no conto em análise, o faz-de-conta infantil funde-se ao faz-de-conta teatral e a representação assume o lugar do representado, estabelecendo uma tensão entre o imaginado e o real. Por sua condição imprevisível e inacabada, a nova realidade instaurada pela palavra infantil coincide com o viver verdadeiro, revelando o “transviver” protagonizado pelas personagens.