8 resultados para Magalhães Neto, Antônio Carlos, discursos etc., análise, Brasil
em Línguas
Resumo:
Neste estudo buscamos refletir sobre as necessidades educacionais que o sujeito que se constitui na e pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) possui e como o Estado, enquanto responsável pela educação desse sujeito, se coloca frente a essa questão. Para tanto, partiremos do discurso presente na Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e do capítulo IV do Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005, que disserta sobre o uso e a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação. A fundamentação teórica tomada por base neste artigo é da Análise de Discurso de Linha Francesa (AD) originada por Pêcheux na França e estruturada no Brasil pelo grupo da professora Eni Orlandi. A AD concebe a língua funcionando para a produção de sentidos. Além disso, também nos embasarão, bibliografias referentes à Politica de Língua e a História das Ideias Linguísticas (HIL).
Resumo:
Entender a poesia da geração denominada pela crítica brasileira de “marginal dos anos 70” exige um duplo olhar que nasce do entrecruzamento da poética e da política. Ao pensar essa poesia há que se considerar as condições de produção em uma época de “verdes negros anos”, como diz Cacaso, bem como o modo como elas são problematizadas estética e materialmente. Os poetas lançam mão de estratégias como o “poemão” e o embaçamento da autoria poética, as quais lhes permitem existir e resistir em tempo de “Brasil político”, como dizia Ferreira Gullar. A participação do autor nas diversas etapas de produção e distribuição dos livros é um dado importante, pois assegura a aproximação do poeta com seu público leitor, espécie de cúmplice, e garante a circulação dos livros. Em um dado momento, parece ter sido mais importante assegurar o trânsito do livro de mão em mão, forma de resistência poética e política, do que primar pelo acabamento dos versos. Pensaremos essas questões à luz dos escritos de Antônio Carlos de Brito (Cacaso), Roberto Schwarz, Alfredo Bosi, Heloísa Buarque de Hollanda, Zuenir Ventura, Carlos Alberto Messeder Pereira, Glauco Mattoso, Flora Sussekind e Ricardo de Carvalho Duarte (Chacal).
Resumo:
A literatura infanto-juvenil surgiu com a criação da ideia de infância. Hoje, ela se apresenta a partir de adaptações de obras literárias em livros interativos fazendo-se valer de ferramentas e suportes tecnológicos atuais. Neste artigo, propomos uma retomada à história da literatura infanto-juvenil – a partir de autores como Zilberman (1985;1987) e Ariés (1985) – e uma análise de seu diálogo contemporâneo com as novas mídias digitais – a partir de autores como Bolter & Grusin (2000). Para tanto, discorreremos desde a criação da infância até a criação do livro interativo, perpassando a questão da literatura como mídia e seu dialogo intermidiático com novas tecnologias.
Resumo:
The purpose of this text is to reflect on some of Antônio Carlos Ferreira de Brito (Cacaso)´s verses aiming to demonstrate not only their oscillations, but also how they are fundamentally related to the moment of production. The excess of reality - conceived as trauma – it is hard to be assimilated and it is revealed in some poems. Wounded-poems that testify about the impossibility of saying at the same time they are the evidence of the necessity of telling. Telling to, cathartically, expel the pain and release the traumatic memory. Resistance to remembering and facing the pain cross this poetic path and suggest how they both are almost irreconcilable. Some concepts like trauma, memory and testimony will be elucidated.
Resumo:
Este artigo trata da importância da expressão da cultura surda por meio da literatura surda, discutindo a construção do cenário de produções literárias, especialmente as adaptações. Servindo como mais uma ferramenta para profissionais que trabalham com literatura e folclore na educação de surdos. Durante anos a comunidade surda vem lutando por seus direitos de vez e de voz em meio a sociedade ouvinte e dominante, na adaptação para a literatura surda, o surdo vê-se representado. Tendo em vista ao deparar-se com as mesmas dificuldades propostas no texto dos personagens surdos, com a identidade e as lutas que no decorrer da literatura vai sendo descrita. Por meio de contos e lendas podemos alcançar a atenção para esse debate, despertando interesse de surdos e ouvintes para a cultura surda. Ver-se a relevância de mais produções nessa área, por isso realizamos esse trabalho e propomos a criação de outros. No Amazonas temos a Lenda do boto cor-de-rosa, adaptação da literatura escolhida, pois é um ícone na cultura ribeirinha contada, enaltecida em diversas correntes literárias. Essa adaptação também pode ser útil para disseminação nas escolas da rede pública e privada da Língua Brasileira de Sinais, cultura e literatura surda divulgando sua importância na quebra das barreiras comunicacionais, bem como apresentar a determinada lenda aos alunos surdos despertando-lhes o interesse e valorização na cultura e identidade nortista. Para embasamento teórico desse trabalho foram utilizados como referência alguns autores indispensáveis ao referir-se a temática da surdez, da literatura surda e da cultura: Strobel, Skliar e Eagleton.
Resumo:
Este texto apresenta uma resenha da obra FRONTEIRAS PLATINAS EM MATO GROSSO DO SUL (Brasil/Paraguai/Bolívia): biogeografias na arte, crítica biográfica fronteiriça, discurso indígena e literaturas de fronteira, escrita por Marcos Antônio Bessa-Oliveira, Edgar Cézar Nolasco, Vânia Maria Lescano Guerra e Zélia Ramona Nolasco dos S. Freire. O livro, publicado pela Editora Pontes de Campinas, é fruto de reflexões empreendidas ao longo dos anos por esses pesquisadores do estado de Mato Grosso do Sul (MS), de diferentes universidades, acerca da crítica do pensamento fronteiriço. A obra é constituída de quatro capítulos, além de um prefácio e uma apresentação, em um total de seis textos. A partir de diferentes lugares enunciativos, os autores fomentam a importância dos estudos que pensam os sujeitos marginalizados, no intuito de destacar as noções-chave que atravessam reflexões de intelectuais fronteiriços e se apoiam, sobretudo, nos estudos pós-coloniais, epistemologias outras que constituem o ponto de partida para os estudos no âmbito das artes, da literatura e da linguística.
Resumo:
RESUMO: A educação de surdos hoje no Brasil vive um período de transição, de conflitos e contradições: por um lado o discurso da diferença cada vez mais presente na fala de educadores e em parte da legislação educacional em vigor; por outro lado a “diferença” surda continua sendo representada nas práticas escolares em geral sob a ótica da normalização que insiste em invisibilizar as especificidades linguísticas e culturais dessa minoria, apesar dos avanços alcançados pelo decreto 5626. Com esse cenário em mente objetivamos refletir sobre as pressões normativas guiadas por ideologias monolíngues (BLACKLEDGE, 2000) que tentam formatar um suposto uso ideal de português e de Libras. O capítulo está dividido em três partes: primeiro, apresentamos algumas considerações no âmbito da legislação acerca do estatuto de Libras no Brasil. Em seguida, tematizamos o processo de (in)visibilização das línguas de sinais com vistas a mostrar que a (re)construção do conceito de língua como algo fixo, também, em relação às línguas de sinais, pode ser usado para sedimentar desigualdades em relação ao surdo na escola. Por fim, refletimos, a partir de alguns dados de pesquisa, sobre as tensões existentes entre as línguas nos contextos bi-multilíngues que caracterizam a escolarização de surdos e as ideologias linguísticas que geram efeitos de hierarquização sobre os usos de Libras e de Português.
Resumo:
O presente estudo suscita uma problematização sobre o papel dos/as professores/as de língua estrangeira no manuseio de materiais didáticos disponíveis em seu contexto de atuação, a partir de uma proposta de análise e de suplementação de um livro didático de língua inglesa, tendo por base teorizações contemporâneas acerca de perspectivas críticas na educação linguística (DUBOC, 2012; PENNYCOOK, 2001, 2006; PESSOA; URZÊDA-FREITAS, 2012; SCHEYERL, 2012; AUTORA 1, 2015; SIQUEIRA, 2010, entre outros/as). A proposta deste estudo surgiu a partir das ações de um projeto desenvolvido no âmbito do programa Pró-Licenciatura de uma universidade pública do centro-oeste brasileiro. Um dos objetivos do projeto era produzir e adaptar materiais didáticos suplementares para uma turma de nível iniciante de inglês do Centro de Idiomas da instituição, que atende gratuitamente a comunidade interna e externa. Assim, com base em uma abordagem qualitativa de pesquisa e de cunho documental, compartilhamos aqui um recorte do projeto mencionado, apresentando a análise de um dos capítulos do livro didático adotado pela referida instituição, a partir das três visões de mundo discutidas por Leffa (2017): o mundo revelado, o encoberto e o possível. A análise aponta que é possível adaptar e elaborar materiais didáticos pautados em perspectivas críticas em turmas de níveis básicos, mesmo em face de contextos desafiantes e com recursos limitados. Concluímos, então, que o estudo e a ampliação de materiais didáticos sob a ótica dos três mundos discutidos por Leffa (2017) requer análise, pesquisa, reflexão, crítica, agência e coautoria/cocriação, em um processo contínuo, interpretativo e, sobretudo, não prescritivo.